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História Só um acordo - Passado


Escrita por: CoisaInusitada

Notas do Autor


OE GENTE! ❤

Olha só, demorei menos tempo pra postar 😂😂

Descobri que tenho mais inspiração pra escrever quando escuto música, então é isso que eu vou fazer pra acelerar e aí eu vou começar a postar todo dia se eu conseguir. 😂😂😂

Vejo vcs lá embaixo!

Capítulo 14 - Passado


Fanfic / Fanfiction Só um acordo - Passado


Jen's POV

- O que ela quer, Eliza? - perguntei.

- Quer que você e eu vamos dormir na casa dela hoje, amanhã e o final de semana. - ela falou. Eu tinha uma desculpa convincente pra isso.

- Não posso, Mike está lá em casa.

- Falei do Mike pra mamãe, ela disse que não tem problema em levar ele. - ela disse. Eu guiei o carro para o acostamento e parei.

Encostei a cabeça no volante e fechei os olhos sentindo o aperto em minha garganta.

Eu queria chorar. Chorar de mágoa, de raiva, de saudades, de medo, de orgulho, de tudo.

Fazia três anos que eu não falava com minha mãe,  eu amo ela demais, e tudo o que eu passei com ela me irritava e me fazia querer odiar ela, mas eu não conseguia. Era minha mãe apesar de tudo e eu passei muitas coisas junto a ela, uma parte desse afastamento é minha culpa.

Ela que me expulsou daquela casa, disse que não queria voltar a me ver nunca mais. E eu prometi a ela, que e nenhum ano a mais da vida dela, voltaria a me ver, e foi isso que eu fiz até agora. Mas ela sabe a falta que faz na minha vida? Ela sabe dos três Natais que eu passei longe dela sem dizer um "eu te amo, mãe"?

Era doloroso só de lembrar que nunca mais eu senti o calor dela, ou que nunca mais eu falei com ela, mas o que mais doía, era lembrar que eu tratei ela como se ela estivesse morta. Isso me fazia querer morrer só de lembrar. 

- Jen, mamãe sente sua falta. - Iza colocou a mão em meu ombro.

Eu também sentia a falta dela, mesmo com os xingamentos e as humilhações que ela me falava quando estava com raiva e com medo de me perder.

- Ela não sentia quando me expulsou de casa. - falei com a voz embargada deixando as lágrimas caírem. Mike se virou pra prestar atenção em mim.

- Ela tinha medo. - Iza falou.

Eu também tinha medo, fiquei com medo aquela noite que passei na rua. Passei a noite chorando na casa de Louise, tinha sido jogada fora por minha própria mãe.

- Eu também fiquei com medo. - disse com a voz falha. Não tinha mais controle da minha voz.
- Ela sabe. - Iza apertou meus ombros. - Ela quer mudar, Jen.

- Não sei se quero voltar a ouvir os insultos dela. - disse magoada.

Por mais que eu amasse minha mãe, ela me magoou muito. Ela me fez chorar diversas vezes, me acusou várias vezes de coisas que eu não tive culpa, como a separação dela e de meu pai. Ela quis me obrigar a seguir uma carreira em que eu não queria, e isso a fez me expulsar de casa.

- Ela não vai mais fazer aquelas coisas. - Iza falou passando a mão por meus cabelos.

- Como sabe? - perguntei. Foi a vez de Mike falar, mesmo não sabendo muito sobre o assunto.
- Ela é sua mãe, ela está sentindo sua falta, ela quer mudar por você. - Mike falou. Olhei pra ele e o mesmo estava sorrindo.

Aquela raiva que ele estava sentindo de mim parecia ter acabado, e agora a expressão que ele tinha era de compreensão e amor.

- Você vai? - Iza perguntou.

- Não sei, Eliza. - falei enxugando as lágrimas.

- Pensa um pouco com o Mike essa tarde sobre isso. - ela disse abrindo a porta do carro.

- Você vai embora? Está com raiva de mim? - Perguntei. Ela riu fraco.

- Não, não estou com raiva de você. - ela fechou a porta do carro e foi até minha janela. - Vou pegar um táxi e ir pra casa dela conversar com ela.

- E eu?

- Conversa com Mike, explica essa confusão pra ele. - ela disse sorrindo pra Mike. - Fica tranquila, nada vai acontecer. Chora um pouco, conta pro Mike o que você ta afundando aí dentro.

- E depois? - perguntei. Eu pedindo conselhos pra minha irmã mais nova.

- Vai pra casa dela, ela sente muito sua falta, ela passa o dia vendo suas fotos e olhando seu quarto, ela chora de saudade. - Eliza falou.

- Tem certeza? - perguntei.

- Sim, ela quer te ter outra vez.

- E o que vai falar pra ela?

- Que você ainda está um pouco magoada com ela, e que está meio hesitante de ver outra vez. - ela falou.

- Tudo bem. - respondi.

- Passeia, esfria a cabeça, relaxa um pouco pra hoje a noite. - ela disse beijando meu rosto. - Te vejo mais tarde.

- Tchau. - me despedi. Ela acenou pra um táxi e ele parou, ela entrou no carro e logo o mesmo saiu.

- Jen. - Mike me chamou.

- Fala. - disse enxugando minhas lágrimas e ligando o carro.

- Quer ir pra casa? - perguntou.

- Não, eu quero ir pra um lugar maior cheio de coisas. - disse dando seta pra sair do acostamento.

- Tipo que lugar? - perguntou.

- O shopping. - disse e ele me olhou confuso. Eu ri mínimo. - Eu sei, é estranho, mas me relaxa olhar muitas coisas.

- Ah, então ta. - ele disse por fim. Respirou fundo e me olhou. - Me perdoa?

- Porque? - perguntei.

- Por ter ficado com ciúmes e ter descontado minha raiva em você. - ele disse.

- Você estava com ciúmes de mim? - perguntei um pouco alto do que devia.

- Você sabia. - ele falou.

- Não, eu não sabia. - falei e olhei pra ele de relance.

- Falei demais. - ele disse rindo.

- Michael, não precisa ter ciúmes de mim. - disse sorrindo e puxando a mão dele e apertando. - Meu coração é seu, garoto.

Ele apertou minha mão e riu.

- Não brinca com isso. - ele falou.

- Ta bom, eu não gosto do Ben, não faz o meu tipo loiros. -  disse e ele riu.

- Me lembra de sempre pintar o cabelo. - ele falou rindo.

- Porque? - perguntei.

- Sou loiro. - respondeu sorrindo.

- Meu loiro. - disse e ele abriu num sorriso enorme.

- Ok, resolvemos o seu problema. - falei.

- Jen.

- Fala. - pedi.

- Você odeia sua mãe? - ele perguntou.

Eu senti aquele aperto no peito.

- Não, eu não odeio ela. - disse com a voz embargada.

- Ei, não precisa chorar. - ele falou apertando minha mão e sorrindo.

- Eu sei, eu sei. - disse piscando e deixando as lágrimas caírem. - É só que, toda vez que eu lembro da minha mãe eu fico assim.

- O que houve entre você e ela? - Mike me perguntou.

- Minha mãe não era a que se chama de paciente nem compreensiva. Por ter engravidado cedo de mim, ela acreditava que se controlasse minha vida eu não ia acabar como ela.

- E como ela queria controlar sua vida? - perguntou.

- Ela queria que eu seguisse um tipo diferente de carreira. - disse virando no estacionamento do shopping e estacionando meu carro perto da entrada.

Eu tirei os pés do pedal e afastei o banco para trás.

- O que ela queria pra você? - Mike perguntou.

- Pega meus tênis pra mim dentro do porta-luvas. - pedi. Ele abriu o porta-luvas e tirou meu par de Converse que não tinha cadarço e me entregou. - Ela queria que eu cantasse.

- E você não era muito boa. - ele falou alternativo.

- O que? Eu canto muito bem. Nunca me ouviu cantar? - perguntei colocando o tênis.

- Não. - me respondeu.

- Depois eu canto pra você. - falei.

- E o que mais aconteceu? - perguntou voltando ao assunto.

- No dia em que eu contei que seria escritora, ela me expulsou de casa. - disse de cabeça baixa.

- Nossa. - falou.

- Foi um pesadelo. 

- Me conta como foi. - ele pediu.

Flashback On

Eu tinha dezoito anos, faltava só mais um ano para o fim da minha faculdade e eu finalmente podia ficar mais perto de minha mãe. E pra melhorar o dia, tinha recebido a proposta de um empreendedor, ele queria que eu escrevesse um livro pra ele. Era a melhor notícia pra nós, principalmente agora que nós estávamos com um pouco de dificuldades em casa.

- Mamãe! - chamei minha mãe alegre enquanto entrava em casa.

- Jen, voltou cedo da escola? - perguntou ela da cozinha.

- Faculdade, mãe. - falei correndo até a cozinha. Era por volta das nove da noite.

- Tinha me esquecido que era faculdade, o curso é tão inútil. - ela criticou minha faculdade de Literatura. Ela não gostava dessa ideia de me ver estudando sobre livros.

- Não importa, mãe...

- Jen, tenho uma notícia ótima pra você. - ela me interrompeu.

- Mãe, deixa eu terminar. - pedi.

- Não, o meu com certeza é mais importante. - ela disse me puxando pela mão e me fazendo sentar na cadeira da mesa.

- O que é? - perguntei.

- Bom, mandei um dos seus vídeos tocando piano e adivinha. - ela falou sorrindo.

- Não sei. - disse confusa.

- Você foi aceita para um concurso de talentos, pode ganhar até trinta mil dólares cantando. - ela disse. Era bom, até porque eu cantava um pouco bem, mas eu não queria seguir carreira nisso.

- Mãe...

- Ah, eu já pensei nas roupas que você vai usar. Pensei em...

- Mãe! - falei alto. - Eu não quero ir.

- Você quer sim, é seu sonho. - ela disse.

- Não, mãe, não é. - falei com um pouco de antipatia na voz. - Mãe eu não quero trabalhar com música, eu quero escrever livros.

- Eu não vou deixar que gaste seu tempo com bobagens, você vai pra esse concurso! - ela falou se levantando.

- Eu não quero ir! - gritei. Eliza apareceu na porta da cozinha. Na época ela tinha quinze anos.

- Mamãe, o que foi? - Eliza perguntou.

- Sua irmã não quer nos ajudar a subir na vida! - ela disse. Eliza estava com a mão no estômago, provavelmente com fome.

Nós não passávamos fome, mas também não tínhamos o melhor banquete do mundo.

- Jen, o que ta acontecendo? - ela perguntou.

- Mamãe não quer me deixar ser escritora, ela quer que eu vire uma cantora! - falei com desprezo. Eu só queria escrever.

- Mãe, a Jen pode nos ajudar sendo escritora. - Eliza sempre foi meiga.

- Eliza, você está com fome, não percebe a gravidade da situação? - minha mãe perguntou.

- E desde quando a fome da Eliza é minha culpa? - perguntei.

- Desde quando você decidiu fazer aquele curso idiota de Literatura! - minha mãe falou alto. - Se tivesse me obedecido e aceitado aquele contrato, nós não estávamos mais aqui!

- Eu não quero ser cantora, mãe! É difícil entender isso? - perguntei.

- Sim, livros são inúteis, pare de achar que vai ser uma escritora, porque você não vai! Você nasceu com essa voz pra explorar mais dela! - ela falou arrogante.

- Não quero isso! Eu quero ter uma vida só minha onde eu escolho o que vou ser! - falei.

- Ah, a bebê quer uma vida só sua? Então ta. - ela disse. Apontou pra porta da sala. - Sai da minha casa, agora!

- Mãe! - Iza gritou.

- Agora, Jennifer! Pra rua! - ela mandou. - Dentro da minha casa se faz o que eu quero!

- Você não pode fazer isso comigo, são quase dez horas da noite e está chovendo! - disse apontando para a janela.

- Você vai! - ela disse alto. Me pegou por um dos braços e arrastou até a porta de casa.

- Mãe. - tentei fazer ela parar, mas foi em vão.

- Não me importo com você, quero que saia agora e não volte tão cedo! - ela abriu a porta. - Só volte quando estiver desistido desse seu sonho patético ou para pegar suas coisas quando comprar uma casa com o seu dinheiro dos seus livrinhos!

E ela bateu a porta na minha cara.

Flashback Off

- Nossa. - Mike falou baixo. - O que você fez?

- Depois que eu saí de lá, eu fui pra casa da Louise. Lá eu mandei meu manuscrito para o email de John falando que eu aceitava o contrato e se podia adiantar meu dinheiro inicial.

- E o que ele disse? - perguntou Mike curioso.

- Que me mandaria o dinheiro. E no outro dia, eu já tinha financiado meu apartamento. - disse sorrindo. - Eu não voltei pra casa, não voltei nem pra pegar minhas coisas. Com o tempo das vendas dos meus livros, eu pegava meu salário, que era bom, e ia comprando coisas, até que eu deixei o apartamento da forma que você conhece.

- Nuca mais falou com sua mãe? - me perguntou.

- Não. - disse com lágrimas nos olhos. - Eu falava pela Eliza, ela ia até a casa da minha mãe e dizia pra ela como eu estava. Eu fui até boa, tirei minha mãe daquela casa pequena e coloquei ela em um condomínio bonito com uma casa grande.

- Mas ela sente sua falta. - Mike falou. Eu me deitei no meu banco.

- Sim. - respondi.

- Quer ver sua mãe? - Mike perguntou.

- Quero, mas eu to com medo. - disse entre soluços.

- Do que tem medo? - Mike perguntou.

- Que a gente brigue outra vez ou que ela na verdade comece a me ofender como antigamente. - falei soluçando e encolhendo as pernas no banco do meu carro.

Mike se aproximou de mim e me abraçou.

- Não precisa ter medo disso. - ele disse beijando o topo da minha cabeça.

- E se acontecer? - perguntei.

- Não vai, confia em mim. - ele falou. - Sua mãe te ama, ela vai mudar por você.

- Como tem certeza? - perguntei.

- Mãe é mãe. - disse rindo mínimo e arrancnaod uma risada minha também.

Eu apertei ele pelo abraço e me senti mais segura ali com ele. Era disso que eu precisava, de um aconchego que me fizesse ter coragem. E ali com Mike eu estava me sentindo bem melhor do que hoje cedo.

- Eu gosto tanto de você. - falei abraçando o peito dele e sorrindo. O cheiro do perfume dele me embriagava.

- Também gosto de você, talvez mais do que imagine. - ele disse me beijando no rosto.

- Eu sei, imagino isso. - apertei e dei um beijo no peito dele por cima da blusa.

- Quer sair do carro? De repente ficou meio quente. - ele falou me fazendo rir.

- Quero. - falei.

...

Nós demos umas voltas pelo shopping e eu comprei umas roupas pra mim e pra ele, eu não estava afim de voltar em casa e pegar roupas pra quatro dias. Michael ficou insistindo pra eu não comprar roupas pra ele, mas eu peguei mesmo assim.

Comprei coisas pra usar em casa que dava pra usar fora de casa também, como calça jeans, calça moletom e blusas diferentes. Michael quase me matou por isso, ele não queria que eu comprasse nada pra ele.

- Comprou muita coisa. - Michael falou entrando em meu carro.

- Vamos passar quatro dias na casa da minha mãe, e eu não to afim de voltar em casa. - disse e ele sorriu.

- Você não existe. - disse com um sorriso.

Liguei o carro e tentei me lembrar do caminho de volta pra casa da minha mãe, fazia tempos que eu não ia lá. Fazia na verdade muito tempo que eu não tinha um contato com ela, e isso era muito ruim para a minha cabeça, eu sei que quando chegar na casa dela vou chorar e voar nos braços dela.

Saudades do cheiro de perfume clássico que ela sempre teve, do abraços amoroso dela, da comida dela, eu sentia falta de tudo. Até agora eu vivi sem minha mãe e me passando por uma pessoa equilibrada e sem precisar de uma mãe, só que a verdade era que eu sentia falta demais da minha mãe.

Fui diminuindo a velocidade do carro quando virei a esquina da casa dela, eu senti um frio enorme na barriga. Me senti ansiosa, meu coração martelava no meu peito e minha mente trabalhava em mil possibilidades em como minha mãe me receberia.

Estacionei o carro em frente a casa grande de minha mãe, já estava anoitecendo, o sol estava se pondo no horizonte e a luz do pôr-do-sol tornava as coisas ainda mais desesperadoras para mim.

- Nossa, é linda a casa. - Mike falou.

- Muito. - respondi.

Abri a porta do carro e bati ela, Michael desceu do carro também. Caminhei com ele ao meu lado e fui até a porta de madeira clara. Coloquei a mão na maçaneta e respirar fundo antes de abrir a porta e quase ter um ataque cardíaco ao ver minha mãe.












Continua...

PS: lê as notas finais.


Notas Finais


Ansiosos? Eu to 😂😂😂

Enfim, to correndo pra escrever Mais que amigos pq eu to mt frenética e hiperativa pra escrever!

Lembra de A Agente?

Bella e eu pensamos em uma segunda temporada pra A Agente. E como alguns de vocês já leram a primeira temporada, queríamos a opinião de vocês pra saber sobre a segunda temporada.

Comentem sobre o cap!

Bye! ❤


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