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História Só um acordo - Encrenca


Escrita por: CoisaInusitada

Notas do Autor


Oe!

Voltei com mais cap e eu to bem animadakkkk


Vejo vcs lá embaixo!

Capítulo 2 - Encrenca



Jen's POV

Michael passou a primeira noite em minha casa. Eu não tenho nada a reclamar, ele não roncou, nem fez nenhum barulho esquisito. Na verdade ele nem fez muita bagunça quando chegou, ele ficou calado e me perguntou onde era o quarto dele. Eu sei que fui precipitada chamando ele pra morar comigo, mas eu estou precisando de um personagem, e ele não me parece uma pessoa má.

Ele se mostrou meio introvertido quando chegou em casa, mas creio que ele vai se acostumar.


O meu despertador tocou, era sete da manhã. Desativei ele e me estiquei em cima da cama ainda, tomei coragem e me levantei em direção do meu banheiro. Me despi para tomar um banho quente e relaxante. Liguei o chuveiro deixando a água morna cair em minhas costas me relaxando da tensão da noite passada. Gemi baixinho, aquilo nas minhas costas era bom, me relaxava. Me lavei, depois me enrolei na toalha e me enxuguei.

Fiz minhas higiene, escovei os dentes e penteei o cabelo. Saí de meu banheiro, vesti meu pijama que eu tinha tirado, calcei minhas chinelas e vesti um roupão cinza que tinha ali perto. Peguei meu bloco de notas com a caneta e me direcionei pra fora do quarto.

Abri a porta do meu quarto e passei pelo corredor coçando os olhos. Michael estava na mesa com o caderno aberto fazendo alguma coisa. Ele escrevia bastante e depois apagava.

- Bom dia. - disse passando por ele indo até a cozinha.

- Hm. - ele me respondeu. Anotei em meu bloco de notas o jeito que ele responde de manhã e coloquei ele em cima do balcão.

Peguei o pacote de café e coloquei uma medida na minha cafeteira, coloquei água e liguei na tomada. Me perguntei se Michael já tinha comido, ele estava muito quieto.

- Michael, já comeu? - perguntei.

- Ainda não, estou muito concentrado aqui. - me respondeu.

- O que gosta de comer? - perguntei.

- Qualquer coisa, é comida. - disse irônico. A ironia dele não tem limites.

Peguei queijo e presunto de peru na geladeira, abri o armário pegando o pão, coloquei as coisas no pão e esquente na sanduicheira. O misto quente dele terminou e eu coloquei em um prato, coloquei suco de laranja em um copo pra ele. Liguei a torradeira e coloquei dois pães nela, adoro torradas de manhã.

A cafeteira tinha terminado o café e eu coloquei em minha xícara com leite e canela, e sem açúcar. A torradeira tinha terminado os meus pães, peguei eles e passei geleia de morango. Coloquei em uma bandeja tudo e levei até a mesa. Dei o lanche de Mike e me sentei de frente pra ele comendo o meu café da manhã.

- Valeu. - ele disse dando uma mordida no pão. Continuou escrevendo e apagando naquele caderno dele. O que ele estava fazendo?

- Está fazendo o que? - perguntei.

- Redação de inglês. - disse apagando o que tinha escrito.

- Deixa eu ver. - disse esticando a mão. Ele me passou o caderno e eu li. Estava bom, mas faltava organização.

- Você tem idéias boas, só precisa organizar elas. - disse.

- Como eu faço isso? - perguntou.

- Assim. - disse colocando uns tópicos ao lado do caderno dele. Ele leu os tópicos que eu fiz e começou a escrever outra vez.

Tomei meu café e esperei ele terminar de escrever. Ele escrevia rápido, e a letra dele era bonita até, tinha idéias boas e diferentes ele seria um bom escritor se quisesse, a única coisa que faltava era organização no texto dele.

- Aqui. - ele me direcionou o caderno. Li toda a redação dele em pouco tempo e balanceia a cabeça positivo.

- Ta ótimo. - respondi.

- É sério? - perguntou. - Eu quase nem mudei nada.

- Não era pra mudar mesmo, era só pra organizar, você tem muitas idéias boas. - disse.

- O que? - ele perguntou incrédulo.

- O que foi? - perguntei rindo.

- Você é uma escritora formada em inglês e editora também, como pode gostar de um texto feito por um aluno de ensino médio?

- Como sabe que eu sou formada em inglês e que também sou editora de textos? - perguntei curiosa. Ela ficou estático por uns segundos.

- Dei uma pesquisada sobre você há algum tempo. - ele disse.

- Hum, Ok. - disse sem querer prolongar aquilo. - E respondendo a sua pergunta, a capacidade de escrever não tem idade, se você escreve bem é porque tem argumentos maduros, não importa se tem dezoito ou vinte e um anos. - disse e ele ficou pensativo.

- Diz por experiência própria não é? - perguntou com um tom de zoação.

- Como assim? - perguntei.

- Começou a escrever com onze anos. - ele disse.

- Sim. - concordei.

- Escrevia sobre o que?  Pôneis e unicórnios? - perguntou rindo de mim.

- Você parece um pônei. - disse e ele me olhou debochado. - E eu vou pegar mais café.- disse segurando uma torrada com geleia entre os dentes, mas eu deixei ela cair em cima do meu roupão cinza.

- Desastrada.

- Merda. - reclamei. Tirei o roupão cinza, revelando a minha blusa de alça e o short que estava usando e faziam parte do meu pijama azul claro. Eu sei que aquele short era meio curto pra eu usar na frente dele, mas agora já foi.

- Uau. - ele disse me olhando de cima a baixo

- Que é? - perguntei passando um guardanapo na geleia que eu deixei cair no roupão cinza.

- Não sabia que tinha tudo isso. - ele comentou me olhando. Que droga.

- Você quer carona pra escola? - perguntei mudando de assunto. Tirei toda a geleia do meu roupão.

- Não sei, já chamei atenção demais ontem. - ele disse terminando de comer o lanche dele.

- Eu quero ver como é seu colégio. - disse e ele me olhou impaciente. Na real eu só quero zoar ele lá.

- Ta, só me faz um favor?

- O que? - perguntei.

- Vai vestida de estudante, não quero ser alvo de mais bullying. - ele disse guardando seu material na mochila.

- E porque você seria? - perguntei.

- Nada. - respondeu ríspido.

- Vou falar que sou sua prima. - disse pegando a louça e levando pro lava-louças.

- Melhor do que nada. - ele caçoou de mim.

Fui até meu quarto e vesti uma roupa num tanto adolescente, minhas calças skiny ainda estavam ali junto com todos os all stars e as blusas de banda, minha adolescência foi comum.

Vesti uma camisa preta de mangas cumpridas, coloquei uma calça skiny preta que eu não usava há muito tempo e um all star preto. Deixei meu cabelo solto como estava mesmo e fui até o banheiro escovar os dentes. Voltei à sala e Michael estava em pé perto da porta.

- Ta parecendo minha ex namorada. - ele caçoou de mim.

- Que graça, palmas pra você. - disse irônica.

- Vamos logo, está me atrasando. - disse ele me cobrando e pegando a guitarra dele. Caminhei pra fora de meu apartamento com ele e o tranquei.

Descemos até o estacionamento e entramos em meu carro, eu coloquei o cinto nele de novo e coloquei o meu logo em seguida. Dirigi até o colégio dele.

Assim que chegamos, eu desci do carro com ele, o pátio estava mais cheio do que ontem. Todo os olhares estavam pra nós, todo queriam saber quem era a menina que estava andando com o Clifford. O sinal tocou e eles começaram a correr sem parar em direção das salas.

- Precisa pegar alguma coisa no armário?

- Não. - ele respondeu, menos mal.

Andei ao lado dele sem me afastar e sem dizer uma palavra até que ele chegou na sala dele.

- Com licença, professora. - Michael bateu na porta.

- Ora, Clifford, qual o motivo do atraso? - ela perguntou. Michael ficou meio estático, decidi comandar.

- Eu trouxe ele, o trânsito estava congestionado. - disse e todos prestaram atenção em mim. A professora ficou quieta me olhando com os olhos arregalados, eu era muito conhecida naquela cidade.

- Claro, Srta.Monroe. - ela disse mais calma, ou mais puxa saco eu acho. Tudo bem, Michael, pode entrar.

- Quer que eu venha te buscar? - perguntei cochichando.

- Não, eu pego carona com meus amigos. - ele cochichou de volta. Caminhou até uma cadeira vazia e se sentou.

- Até. - acendei e saí da sala, tenho dó do Mike quando essas pessoas começarem a fazer perguntas pra ele sobre mim.

Michael's POV

Caminhei até minha mesa e me sentei nela.

- Michael ta namorando com uma escritora? - Calum me perguntou.

- Não. - respondi baixo.

- Ta, e porque você veio com ela? - Luke perguntou. - E desde quando vocês se conhecem? Cara, eu to confuso!

- Ela me conheceu ontem, e me pediu ajuda num trabalho dela sobre personalidade forte, sei lá. Aí ela me disse pra ir morar com ela...

- Você ta morando com uma pessoa que conheceu há menos de um dia? - Ash perguntou incrédulo.

- Sim.

- Michael, você é louco. E se ela for uma assassina louca por sangue? - Ash perguntou.

- Ta brincando? Olha o tamanho dela, ela tem 1,60 e tem o corpo pequeno. Eu sou bem mais alto e mais forte que ela. - disse e Calum riu. - Que é, Calum?

- Ela sabe que você é fã dela? - Calum perguntou rindo. Idiota!

- Eu não sou fã dela. - disse. Eu me recuso a admitir isso.

- Não, só stalkeia a vida dela. - Luke disse.

- Ta, eu sei algumas coisas sobre ela...

- Algumas coisas? - Ash perguntou rindo. - Você deve saber até a cor da calcinha dela hoje.

- Também não exagera...é roxa. - disse e eles riram de mim.

Desde que o livro dela lançou, eu quis saber quem era ela, eu li o livro online e gostei bastante, gostei ao ponto de querer seguir ela em todas as redes sociais e saber se ela vai lançar outro livro ou não. Eu sei bastante sobre ela, mas não quis parecer um fanático pra cima dela.

Minha decepção de fã começou quando ela passou o dia todo dando livros autografados e nesse dia eu estava viajando. Calum me zoa bastante, porque ele sabe o quanto eu sou fã.

- Michael, o fã apaixonado. - Calum fez piada.

- Cala a boca, eu não fico te zoando por que você é louco pela Katy Perry. - disse e ele me olhou sério.

- Você já ta apelando. - ele parou. - A Katy é uma mulher linda e minha namorada.

- Vocês são estranhos, são iludidos. - Luke disse rindo com Ash.

- Né. - Ash concordou.

- Irwin, você cala a boca porque beijaria o pé da Hayley Williams. - disse e ele me olhou sério. - E Hemmings, supera que você nunca vai ter um filho com a Mila Kunis.

- Destruidor de sonhos. - Luke reclamou.

- Michael! - a professora chamou minha atenção. - Espero que já tenha terminado sua redação, caso contrário ficará de recuperação.

- Você não fez, né? - Luke me perguntou.

- Fiz sim. - disse eles me olharam assutados.

- Você é péssimo em inglês. - Ash disse.

- Andar com uma escritora tem suas vantagens. - disse rindo.

Peguei minha redação e levei até a professora. Ela tomou de minha mão e passou a ler. A medida que ela lia, a cara rancorosa dela ia suavizando e ficando mais calma. Assim que terminou ela de ler, me olhou com um sorriso sincero, estranho da parte dela.

- Você melhorou muito. - ela disse pegando a caneta e o carimbo. Carimbou e me deu visto, ganhei nota máxima. - Passou com oito.

- Hm, que bom. - disse pegando minha redação e me sentando. Todos ali, inclusive o tal do Carl ficava me observando, ele é um idiota.

- O que aconteceu aqui? - Calum cochichou rindo. Revirei os olhos prestando atenção na aula.

Jen's POV.

Assim que voltei pra casa, comprei um café e fui direto para meu notebook revisar alguns textos. Eu estava lendo um texto de uma garota que se diz se inspirar no meu livro, na verdade eu não gosto da escrita dela, é muito clichê para um livro.

- Ah, qual é, "antes da escola faz um coque frouxo e vai no Starbucks" outra vez? - perguntei parando de ler e tomando meu café. Sério, essa cena é clichê demais. Escutei a porta ser aberta, era Trisha, minha amiga e empregada, ela vem aqui duas vezes por semana.

- Oi, Jen. - ela disse entrando em meu apartamento.

- Oi, Trisha. - disse lhe dando um sorriso.

- Quer que eu já comece a arrumar? - perguntou.

- Se quiser se sentar um pouco, fique a vontade. - disse digitando no computador. Ela se sentou no sofá.

- Ei, de quem é esse violão e esse tênis? - perguntou.

- Ah, é do Michael. - disse me virando pra falar com ela.

- Michael? Está namorando? - perguntou e eu ri.

- Não. - disse. - Michael é um amigos que está me ajudando naquele artigo de personalidade forte.

- Ah, então vou ver muito ele aqui. - ela disse e eu concordei.

- Ele é tranquilo, mas não se ofenda com as ironias dele. - disse e ela riu pegando seu avental.

- Vou começar a arrumar a casa então. - ela disse.

- Tudo bem. - respondi.

Ela pegou uma vassoura e passou a varrer a casa.

Michael's POV

Assim que as aulas acabaram, fui direto ao auditório com os outros, vamos ensaiar para tocar no baile do colégio. Eu achei simplesmente ridículo isso, odeio bailes e ainda mais de colégio. Quando entrei no auditório, Carl estava lá dentro com os outros babacas. Que inferno, eu não posso ter paz!

- Hey, Clifford. - ele me chamou irônico.

- Vai pro inferno! - Berrei. Eu odeio esse cara.

- Michael, sem brigas. - Ash pediu.

- Vejo que conseguiu uma guitarra nova, será que nós podemos ver ela? - perguntou tentando tomar de minha mão. Eu entreguei pra Calum antes de ele pegar.

- Não vai chegar perto dessa! - disse alto avançando pra perto dele.

- Foi ela que te deu? - perguntou irônico.

- E se foi? Qual o problema? - perguntei. Sério, vou quebrar a cara dele.

- Nenhum, mas vai perder seu brinquedinho. - ele disse tentando pegar, mas empurrei ele o derrubando no chão.

- Não vai fazer isso outra vez! - gritei. ele se levantou e me empurrou também.

Foi isso que me motivou a dar um murro na cara dele, já estava farto das babaquices dele. Ele voltou e me deu outro na boca e eu senti o gosto de sangue na língua e o corte em minha boca.

- Michael, chega! - Ash e Luke tentaram me segurar, mas eu consegui me soltar deles. Carl deu outro soco em meu rosto eu não me segurei, fechei uma das mãos e acertei em seu nariz arrancando sangue dele.

- Desgraçado! - gritou pra mim. Os monitores do colégio chegaram na mesma hora e me seguraram antes que eu pudesse socar mais ele.

- Quieto, garoto! - eles disseram. - Os dois na diretoria agora!

E eles me levaram pra diretoria.

Eu não tinha problema em ir pra lá, o problema em si é que o diretor me odeia, e Carl é o preferido dele, eu sei que vou sair perdendo nessa.

- Ele me provocou. - tentei explicar para o diretor.

- Você tirou sangue do meu nariz! - Carl berrou.

- Parem os dois! - o diretor disse. - Carl, está liberado, vá a enfermaria.

- Que? Mas foi ele que começou! - eu disse alto.

- Até mais, Clifford. - ele disse saindo da diretoria.

- Michael, você mais do que ninguém deve ficar calado! - ele disse.

- Mas eu não comecei isso! - eu tentei outra vez. - Eu só fui tocar com meus amigos....

- Eu não vou te escutar, simples Michael. - ele disse. - Quero falar com seus pais.

- Ah, por favor, eu tenho dezoito anos já. - disse.

- Não importa! Não tem maturidade o suficiente, quero falar com seus pais. - ele insistiu.

- Meus pais não estão na cidade. - disse.

- Bom, não tem ninguém que esteja com você? - ele perguntou. Pensei se devia colocar a Jen nesse problema. Ela disse que queria a minha personalidade, ta aí uma coisa da minha personalidade, eu sou muito nervoso.

- Tem uma pessoa sim. - disse. Ele me passou o telefone.

Jen's POV

Estava concentrada em um texto quando meu celular começa a tocar, não sei quem era, era um número desconhecido.

- Alô.

- Jen. - era a voz de Michael.

- Michael? - perguntei incrédula.

- É, pode vir aqui na escola? - perguntou.

- Ta, mas porque? - perguntei curiosa.

- Aconteceram umas coisas aqui. - ele disse.

- É muito grave? - perguntei.

- Só vem! - ele insistiu. Me levantei rápido pegando a chave do carro e minha bolsa.

- Ta, já to chegando. - disse e encerrou a chamada. Eu espero que ele esteja bem, pelo o que eu sei da personalidade dele, ele pode quebrar uma pessoa de boa.









Continua....


Notas Finais


Mike dando socos. Kkkk

Comentem sobre o cap, eu amo ler comentários.


Bye bye e até mais!


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