Jen's POV
Depois daquela noite em que estudei com Mike, se passaram três dias e nesses três dias eu ajudei Mike a estudar aquelas matérias que não eram muito agradáveis. Ele conseguiu fazer e não esqueceu como era, isso era bom pra ele.
Hoje é sábado, e geralmente é um dia que eu tiro pra passear e ter um programa legal, afinal eu gosto de descansar final de semana. Eu vou sair hoje e chamar Mike, tenho que saber como é ele fora de casa.
Resolvi me levantar, olhei no relógio e eram nove da manhã. Me levantei e fui em direção do banheiro, eu queria tomar um banho e fazer minhas higiene. Tomei um banho quente e meio longo, eu vou começar relaxando de manhã. Fiquei tempo suficiente para meus dedos enrugarem.
Saí de la, satisfeita voltei para meu quarto e vesti um vestido rosa claro de tecido leve e a saia era rodada, parecia um vestido de criança, mas era assim que eu queria estar. Calcei minhas sapatilhas, soltei meus cabelos e fui até a sala aonde Mike estava sentado no sofá.
Ele me encarou perplexo, a boca se formando em um perfeito "O", acho que ele nunca me viu assim. Eu sorri pra ele que continuava boquiaberto.
- Você ta linda. - ele me elogiou olhando de cima abaixo.
- Defina linda. - Cruzei os braços sorrindo pra ele.
- Extremamente inocente. - ele disse me olhando de cima a baixo.
- Isso é ruim? - perguntei.
- Não, é bem sexy. - ele mordeu o lábio inferior. - Te deixa parecendo uma puritana.
- Ah ta. - disse dando gargalhadas. - A puritana com alma de lobo. - disse e ele riu.
- Aonde você vai? - perguntou se levantando e vindo na minha direção.
- Aonde nós vamos. - corrigi ele. - Vamos fazer um piquenique no parque da cidade.
- Não, obrigado, odeio sair. - ele disse se afastando de mim sentando no sofá outra vez. Caminhei até ele e segurei sua mão.
- Vamos, por favor. - Pedi, mas ele me olhou com cara de tédio. - Eu prometo que quando a gente voltar, nós passamos no Mc Donald's e você pede o que quiser. - ele sorriu malicioso ainda me olhando. Eu pedia aquilo como uma adolescente boba, perto dele eu me sentia uma adolescente boba.
- E o que mais? - perguntou. Eu pensei bem, ele gosta do meu livro então eu vou dar o que ele quer.
- Te levo pra ver minha editora, você vai comigo em uma tarde de autógrafos e eu te dou spoiler do segundo livro. - disse e ele me olhou com os olhos cheios de brilho, eu sei que ele quer isso, nem vai adiantar esconder.
- Eu nem gosto do seu livro. - ele se fez de indiferente.
- Eu mexi no seu celular, você leu três vezes o meu livro. - disse dando pulinhos. Mas ele me olhou mal humorado. Puxou a mão dele da minha e me olhou com as sombrancelhas juntas.
- Você mexeu no meu celular? - ele perguntou sério me encarando. Ok, to meio assustada.
- Foi só um pouquinho. - disse e ele respirou fundo nervoso.
- Quando foi isso? - perguntou me olhando fundo nos olhos. Michael está mesmo zangado comigo?
- No dia que eu cuidei dos seus machucados. - disse baixinho me afastando dele.
- Como conseguiu pegar meu celular? - perguntou um pouco alto.
- Você se levantou da cama e ele estava lá. - disse olhando ele nos olhos, desprezo. Não, desprezo de novo não, eu não quero passar por isso outra vez.
- Você é inacreditável. - ele disse irônico se levantando e eu o olhei nos olhos. - Eu não peguei seu celular pra saber sobre a sua vida, porque mexeu no meu? Pra saber da minha?
- Ninguém precisa pegar meu celular pra saber da minha vida. - disse baixo. - E não, não foi pra saber da sua vida, eu apenas fiquei curiosa, mexi de uma forma inocente, só queria saber que livros você lia. E por você saber tanto sobre mim, achei que éramos amigos, obviamente fui precipitada. - disse tudo aquilo olhando nos olhos dele. Eu era boa em contrariar a pessoa, e Mike agora está sem argumentos, tenho certeza.
- Você fala demais, esse seu jeito de escritora é... - ele não terminou, mas eu já sabia o que ele ia dizer.
- Irritante? Já escutei muito isso. - disse dessa vez de cabeça baixa só de lembrar às vezes que eu fui desprezada. - E você ia dizer que deve ser por isso que eu estou sozinha, né? - perguntei e ele me olhou surpreso. Eu já tive essa conversa, várias vezes. Algumas lágrimas teimosas brotaram em meus olhos. - Talvez seja por isso. - disse reprimindo a vontade de chorar.
- Isso não justifica do porque pegou meu celular. - ele tentou se manter sério, mas com minha resposta ele estava repensando as palavras.
- Eu peguei porque eu quis, simples. - respondi me sentando na mesa de jantar. - E fica tranquilo que eu só olhei os livros que você lia. - dessa vez eu deixei as lágrimas saírem de meu rosto.
- Eu vou pensar um pouco. - ele disse se retirando da sala e indo para o quarto dele. Eu não era de ficar em prantos, mas eu chorava baixinho.
Eliza's POV
- Oi, Calum. - disse entrando na casa de Calum, ele estava no sofá conversando com Ash.
- Oi, Iza. - ele me chamou pelo apelido e me abraçando, eu fiz o mesmo com Ash. Eu era amiga deles, mas Luke tem uma certa implicância comigo.
- Tudo certo com as músicas?- perguntei.
- Sim, quer ajudar a gente? - perguntou Ash.
- Eu quero. - disse, mas senti minha garganta meio seca. - Minha garganta ta meio seca, eu vou só tomar água.
- Ta. - Calum respondeu. Caminhei até a cozinha e dei de cara com Luke na minha frente. Meu coração palpitou e eu me desiquilibrei caindo no chão.
- Desastrada. - ele disse frio me levantando. Porque com a minha irmã ele é gentil?
- Obrigada. - agradeço sorrindo pra ele.
- Hm. - Luke respondeu entediado mexendo no celular.
- Luke vocês vão tocar no baile da escola? - perguntei e ele revirou os olhos.
- Ta cansada de saber que sim. - ele disse impaciente. Luke me odiava.
- É que depois que vocês ficaram sem um lugar pra ensaiar, eu achei que...
- Ta, eu não ligo! - ele me interrompeu ainda mexendo no celular.
- Luke porque você me odeia? - ele me olhou nos olhos.
- Eu não te odeio, você que e muito chata, se você fosse menos grudenta eu ia gostar de você. - ele disse me faznedo ficar meio desorientada e magoada.
Ele saiu da cozinha me deixando lá confusa de como eu sou chata.
Mike's POV
Eu estava meio apreensivo com o que fiz, eu nem sei como consegui magoar a pessoa que eu mais gosto. Parabéns, Michael! Você é o único fã que tem a proeza de machucar o seu ídolo, você é um gênio, seu otário.
Resolvi ligar para o Calum, ele também é fã de uma mulher, vai que ele sabe o que eu tenho que fazer. Peguei meu celular e disquei o número dele.
- Calum.
- Fala, Clifford. - ele disse.
- Antes de eu perguntar, a galera ta perto de você?
- Não, eu to no meu quarto. - ele respondeu.
- Ok, é que aconteceu uma coisa. - disse.
- Cara, o que você fez? - ele perguntou sério.
- Eu meio que magoei a Jen. - disse.
- Ah? - ele perguntou alarmado. - Você meio que magoou ela? Como?
- Ela tava falando que mexeu no meu celular, e eu me irritei com ela...
- E começou a falar um monte de merda! Né, Clifford! - ele berrou.
- É. - eu respondi.
- Você tem que aprender a controlar esse seu nervosismo! Ela é sua celebridade crush, ELA É SUA CRUSH! - ele gritou. Calum as vezes é explosivo e quer falar de mim.
- Ta, mas eu me deixei levar na hora, foi sem querer.
- Ah, nossa que desculpa! - ele disse irônico. - Michael, você tem que parar com isso.
- Eu sei. - disse. - Me ajuda a resolver isso.
- Ajudo, mas vai ter que fazer uma coisa que você não faz muito. - ele disse. Lá vem.
- O que?
- Pedir desculpas. - ele disse e eu rosnei.
- Ah não. - resmunguei. Eu sou um cara muito orgulhoso, as vezes não consigo pedir desculpas porque o orgulho fala mais alto.
- É a única forma, vai lá e pede desculpas, não é difícil, Gordon. - ele disse e eu bufei me dando por vencido.
- Ta, eu vou lá. - disse me levantando.
- Boa sorte, cara. - ele disse desligando o telefone.
Guardei o telefone e caminhei até a porta, segurei a maçaneta e respirei fundo antes de gira ela e abrir a porta. Caminhei pelo corredor chegando até a sala de jantar e olhando Jen, que continuava da mesma forma como a deixei, com os braços apoiados na mesa e sua cabeça deitada neles sem me dar visão de seu rosto. Não sei se ela estava dormindo, entoa resolvi chamar.
- Jen?
- Diga. - ela disse ainda com o rosto nos braços. Sorri da calma dela e me aproximei dela colocando uma das mãos em seu ombro.
- Ainda está chateada comigo? - perguntei próximo da cabeça dela.
- Não sei. - disse ela. Passei a acariciar seus cabelos longos e lisos, como eu gostava desses cabelos.
- Ei, eu queria ver seu sorriso, ele me deixa alegre sabia? - perguntei.
- Se gosta tanto dele, porque trocou por dois olhos cheios de lágrimas? - perguntou. Ela é boa, eu tenho que admitir, e eu tenho que ser melhor pra ela se convencer.
- Jen. - chamei colocando as mãos nos dois ombros dela e deixando minha boca próximo ao ouvido dela. Afastei seu cabelo podemos ver metade do rosto dela que estava vermelho e um pouco inchado. O olhar dela era vago, não estava se concentrando em nada visual.
- Hm? - ela perguntou ainda sem dar muita importância.
- Me desculpa? - eu pedi no ouvido dela e a vi repuxar o canto da boca. - Desculpa o meu jeito explosivo, idiota, e adolescente. Desculpa pela aquelas palavras, eu realmente não queria ter dito, acho que estava com medo.
- Medo do que? - ela perguntou curiosa. Ta dando certo.
- Medo de você achar que eu sou um idiota fanático por você, ou um adolescente frágil com problemas fúteis e emocionais. - disse e ela sorriu.
- E o que mais? - perguntou.
- Não te acho irritante, na verdade adoro o seu jeito. - disse e os olhos dela brilharam. - É uma mulher linda, inteligente, muito engraçada e escreve muito bem. Nenhum escritor nunca conseguiu me deixar preso em um livro, mas você conseguiu isso, não sei como, mas conseguiu.
- Isso é legal sabia? - ela perguntou me olhando e sorrindo.
- O que? Eu te elogiar? - perguntei retribuindo o sorriso dela e acariciando seus cabelos. Quando eu passei a fazer carinho nela? Ou melhor, quando chegamos a essa intimidade?
- Você se abrir de vez em quando. - ela disse dessa vez se sentando e virando o rosto pra mim. - Fica mais calmo.
- Você me acalma. - disse e ela sorriu.
- Que bom. - ela sorriu. E que sorriso, é uma das coisas que eu elegi ela a mulher famosa que eu gosto. - Agora me conta.
- Contar o que? - perguntei.
- Me conta do que mais gostou em meu livro. - ela disse segurando minhas mãos.
- Ah não. - resmunguei.
- Por favor. - ela pediu juntando as mãos. Hoje ela está extremamente fofa.
- Com uma condição. - propus.
- E qual é? - perguntou.
- A gente vai fazer o piquenique que você pediu.
- Eu não sei. - ela disse com um pé atrás. .
- Por favor. - pedi igual a ela arrancando uma gargalhada dela.
- Ta bom! - ela berrou. - Mas, eu quero um abraço.
- E porque não? - perguntei me levantando e puxando ela pra abraçar.
- Você tem o abraço tão bom. - ela disse me fazendo sorrir. Muita gente já me elogiou nesse aspecto, dizem que é confortável a forma que eu abraço.
- Defina bom. - eu imitei ela hoje de manhã.
- Você abraça com vontade. - ela disse me fazendo rir.
- Vamos? - perguntei.
- Sim. - ela pulou feito uma criança.
- A cesta está feita? - perguntei.
- Sim, está. - ela levantou a cesta mostrando.
- Ok, então vamos. - disse segurando a mão dela e levando até a porta e pegando a chave do carro dela.
- Você sabe dirigir? - ela perguntou.
- Sim, claro. - respondi. Eu tinha tirado carteira há algum tempo.
- Então vamos. - ela disse.
(...)
Eu dirigi o caminho todo escutando ela cantarolar Love Story da Taylor Swift, achei fofo a forma como ela cantava baixinho.
Quando chegamos ao parque, estacionei o carro a passamos a caminhar pra chegar ao meio do parque onde tinha bastante grama e uma árvore de cereja, ela era toda rosa. Foi aí que entendi o motivo de ela ter vindo de rosa.
Olhamos ao longe e tinha dois caras caminhando na nossa direção, eles nos olharam e fizeram uma expressão alegre.
- Te conhecem? - Perguntei.
- São meus primos, apenas aja naturalmente. - ela disse me fazendo rir.
Eles se aproximaram até nós e pararam em nossa frente.
- Oi, Jen. - um deles, o mais novo, disse abraçando Jen.
- Oi, Brad. - ela respondeu tímida o abraçando.
- Você ta linda, Jen. - o outro disse.
- Obrigada, Chad. - ela disse abraçando o outro que parecia um pouco mais velho.
- Ta e namorado novo, é? - o tal do Brad perguntou malicioso.
- É meu amigo, Michael. - Jen me apresentou.
- Ah. - eles disseram juntos. - Vamos voltar pra casa, nossa mãe quer te ver, passa lá em casa qualquer dia.
- Tudo bem. - Jen respondeu ainda acanhada.
- Até. - eles foram embora. Segurei sua mão a puxando pra caminha só meu lado, indo em direção da árvore rosa que ela gostava.
Quando chegamos, eu estendi a toalha no chão e sentei com ela debaixo da cerejeira.
- Porque fica acanhada perto dos seus primos? - perguntei e ela corou.
- É complicado. - ela disse.
- E porque hoje mais cedo você disse que já sabia que eu ia te chamar de irritante? - perguntei.
- É um pouco longo.
- Posso escutar. - disse. Els pensou um pouco e me olhou de volta.
- Ok, eu conto.
Jen's POV
- Os meus primos, você achou eles simpáticos? - perguntei a Mike.
- Sim, eles pareciam gostar de você. - Mike disse.
- Eles nem sempre foram assim. - disse.
- Me explica. - ele pediu.
- Brad e Chad nunca gostaram de mim quando eu era mais nova, desde quando nasci até os treze anos, eles fingiam que gostavam de mim. - disse me lembrando daquelas coisas. - Eles me chamaram de escritora irritante, jogaram na minha cara que eu nunca chegaria a nada e que eu era uma fracassada. Disseram que eu era feia e que a fama não aceitava gente feia.
- Que filhos da puta! - ele disse meio alto.
- Porém, eu ainda gostava deles, e fazer o que? Eram meus únicos amigos, mesmo que fosse uma mentira. - disse. - Mas, com dezoito anos, eu consegui lançar meus livro, fiquei linda, me cuidei um pouco mais e montei minha própria empresa.
- Continua. - ele disse sorrindo.
- Nessa mesma época, eles estava tentando uma bolsa pra fazer faculdade de psicologia e direito, mas não conseguiriam. E os pais deles e nem eles tinham condições de pagar uma faculdade. - disse.
- Bem feito. - Mike disse rindo.
- Mas eu queria ajudar de alguma forma. - disse o olhando pra ele tenta adivinha o que eu fiz.
- E o que você fez? - ele perguntou.
- Paguei todas as mensalidades das duas faculdades, do começo até o fim do curso. - respondi e ele formou a boca em um perfeito "O".
- Você ta brincando, né? - perguntou.
- Não, eu fiz isso, fiz isso porque ainda gostava deles e queria provar isso. - disse sentindo minha voz embargar. - Eu sou o tipo de pessoa que não gosta de ver ninguém perto magoado ou contrariado.
- Assim como fez com a minha guitarra, não é mesmo? - ele perguntou sorrindo.
- Sim. - uma lágrima teimosa desceu por meu rosto. - Eles passaram a me olhar com outros olhos depois disso, e eles sempre estão querendo fazer de tudo pra se desculpar, sinceramente eu acho que eles mudaram. - disse fungando.
- E porque você está chorando? - ele perguntou.
- Porque ninguém da minha família me apoiou quando eu precisava. - disse o olhando nos olhos. - Ninguém disse "Jen, você vai lançar esse livro", eles disseram "você sabe que é um fracasso, então larga isso e faz uma coisa que preste".
- Minha nossa. - Michael se lamentou baixo. - E porque você mora sozinha?
- Por causa disso, porque eu quero ficar o longe possível. - disse soluçando. - Ninguém me apoiou, além de minha mãe, Eliza e meus avós. Todos nos jogavam no buraco, me acertava com palavras dilaceradoras.
- Por isso vocês gostam de ficar sozinhas? Por liberdade? - perguntou.
- Sim, eu prefiro assim, e ela também. - disse sorrindo pra ele.
- Posso fazer uma coisa? - ele pediu.
- O que? - perguntei. Ele me puxou para o colo dele me sentando ao lado dele.
- Se acalma. - ele pediu em meu ouvido.
- Tudo bem. - disse.
(...)
Depois de um tempo ali no colo dele, eu melhores e me levantei. Eu passei a pular e correr atrás dele que entrou na brincadeira, aquele meu vestido me fazia parecer uma criança inocente e fofa.
Logo eu cansei e resolvi voltar pra casa, era por volta das seis da tarde. Ele conversou bastante comigo sobre algumas bandas e sobre música, mae uma dois a ainda faltava. Ele não me contou o que achou do meu livro.
- Você ainda não me contou sobre o que achou do meu livro. - disse olhando para ele que estava dirigindo. Ele riu esperto e me olhou por uma fração de segundos.
- Posso surtar aqui? - ele perguntou.
- Pode, só não bate o carro. - disse rindo. Ele respirou fundi e me olhou.
- Cara, você é uma gênia! - ele disse alto me fazendo gargalhar. - O começo, quando a Alex e o Zack descobrem que estão sendo traídos pelos namorados e, como vingança, aqueles dois idiotas resolvem do nada ir pra Las Vegas e ferrar com tudo, muito foda! De onde tirou aquilo?
- Sei lá, era uma ideia da minha mente. - disse e ele me olhou sorrindo.
- E a forma como você escreve, você conseguiu minha atenção três vezes o que dá mais ou menos nove dias. - ele disse me fazendo gargalhar mais ainda.
- Eu escrevo bem? - perguntei.
- Bem demais. - ele disse. - Como consegue fazer as pessoas entrarem na história?
- Eu, sinceramente, não sei, eu faço isso desde mais nova, é uma coisa natural. Eu consigo colocar a situação na cabeça de vocês como se estivesse acontecendo de verdade. - disse. - Eu já recebi muita essa pergunta.
- É talento isso, Jen. - ele disse. - Sua escrita me deixou com uma pontada de intensidade.
- Quer dizer que se sente vivo quando lê meus livros? - perguntei e ele revirou os olhos rindo.
- É. - ele disse rindo comigo.
- E você? Como faz as pessoas apertarem o coração? - perguntei.
- Como assim? - perguntou em dúvida.
- Você canta tão bem. Eu fico com o coração apertado quando canta Wherever You Are. - eu disse e ele sorriu.
- Isso não é ruim? - perguntou.
- Não na minha visão, quando digo coração apartado é porque sua voz mexe comigo. - disse e ele me olhou malicioso.
- Credo isso é muito piegas. - ele disse fazendo careta. Dei um tapa na nuca dele e ele riu.
- Cala a boca. - disse sorrindo com ele.
Ele me olhou por mais alguns momentos, sorriu e balançou a cabeça como se desistisse de perguntar alguma coisa. Eu observei ele ele enquanto ficava se corroendo de curiosidade querendo saber alguma coisa.
- Pergunta o que você quer saber. - disse.
- Quando foi seu primeiro beijo? - ele arremessou o dardo e acertou em cheio. Eu foi pega desprevenida. Apenas sorri e mordi os lábios o olhando.
Essa vai ser uma história longa.
Continua...
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