No dia seguinte eu não consegui dormir direito, só fiquei sentada na cadeira em frente a janela, pensando em um jeito de sair daqui com a Maria. Me pergunto como ela veio parar aqui.
A porta se abre e Jason entra com uma bandeja de bolo nas mãos, ele a coloca em cima da penteadeira e pega a bandeja com pão e água, antes dele sair o pergunto se tem algo no bolo que ele trouxe.
- Você é bem esperta criança - ele para na porta. - Não tem nada no bolo, eu juro.
- Não confio em você, Jason - respondo sem olhar para ele.
- Maria contou meu nome ? - pergunta.
- Se ela dissesse ?
- Não a problema com você, mas sim com ela.
- Não ouse se aproximar dela, Jason - levanto da cadeira ainda de costas para ele.
- Você é bem confiante, criança.
- Não mude de assunto.
- Ok, não me aproximo.
Ele sai do quarto e viro para a Maria que ainda dormia na cama abraçada com um ursinho de pelúcia que estava na cama. Respiro fundo e volto para a cadeira onde estava sentada.
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- Meninas, eu vou sair, se comportem - ele disse entre a porta e ouço seus passos se distanciando.
Levanto da cadeira e procuro algo afiado para me defender, abro o guarda-roupa e vejo pregos fundados na madeira da porta, tento tirar o prego mas o faço sem sucesso, lembro que ele deixou uma colher de aço no prato do bolo, pego e tento tirar o prego que agora começa a sair.
- O que está fazendo ? - Maria pergunta.
- Tirando o prego do guarda-roupa - respondo.
- O que vai fazer com um prego ?
- Me defender quando ele se aproximar de mim, ai nós escapamos - ela volta a dormir tranquilamente.
Fiquei horas tentando tirar mas só afroxei o prego um pouco.
Ouço passos vindo e fecho a porta com delicadeza e volto para a cadeira em frente a janela, ele abre a porta e a fecha entrando no quarto.
- Se comportaram ? - ele pergunta para nós.
Fico quieta e a Maria faz o mesmo.
- Maria… se comportaram ? - ele olha para a Maria que se segurava com força.
- Não ! A moça estava tirando um prego para se defender de você, Jason - ele disse rápido e apontando para mim, e logo ela sussurra um Desculpa.
Jason se aproxima de mim e me agarra no braço me puxando para fora do quarto, comecei a me debater para me soltar mas ele me dá um soco no rosto e sinto algo escorrer da minha boca, olho para chão e era algo vermelho. Ele abre uma porta e me joga na cama com tudo, o quarto era bem melhor do que estava antes.
É bem iluminado, com cama de casal, janelas trancadas com barricadas também e tapete felpudo.
- O que vai fazer comigo ? - sento na cama.
Ele não responde e só tranca a porta atrás dele, se aproxima de mim e recuo saindo de cima da cama e encostando na parede, ele para quando nossos corpo se colam, a única coisa que dava para ouvir era nossa respiração e seus olhos ficam verdes florescentes.
- Max… - ele diz meu nome.
- Como… - ele me interrompe colocando o dedo indicador entre meus lábios.
Logo depois ele cela nossas bocas com um beijo lento e viciante, arregalo os olhos e o empurro fazendo ele tropeçar e quase cair no chão de madeira. Tampo minha boca com as costas da mão e limpo o sangue que escorria da minha boca.
Ele se levanta e limpa o sangue da boca, porque eu tinha mordido sua boca com força.
- Você é bem agressiva, eu gosto disso - ele abre um sorriso.
- Seu louco… - sussurro.
- Enquanto não se comportar, você fica comigo.
Fico brava por ele dizer isso e por ele ter me beijando a força.
- Fica fofa brava.
Ignoro o que ele disse e viro a minha cabeça para o lado, ele sai do quarto e começo a escorregar as minhas costas na parede sentado no chão.
Começo a surtar, bater na parede, no chão, chuto a cama fazendo empurra-lá, depois choro jogada no chão.
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Tempo se passou e eu ainda estou jogada no chão olhando para o teto de madeira, respiro fundo e solto o ar lentamente.
*Por que ele me beijou ? Por que ele me prendeu aqui ? O que será que ele vai fazer comigo ? Eu não vou ficar aqui para descobrir !
Sento no chão e procuro algo afiado ou pontudo para me defender, novamente acho um prego no canto do quarto e o escondo quando Jason abre a porta.
- Está melhor ? - ele pergunta se aproximando de mim.
Confirmo com a cabeça.
- Que bom…
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