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História Só vejo você - Apaixonadas


Escrita por: MikaWerneck

Capítulo 10 - Apaixonadas


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Apaixonadas

Com um sorriso bobo estampado em seu rosto, Mel dirigia o carro automaticamente ainda sentindo a magia do selinho que recebeu a pouco tempo. Quando se deu conta estava fazendo o caminho que levava a casa de Duda. Estava mais calma agora, a tremedeira já havia passado e não sabia como tinha chegado bem até ali. Resolveu parar um pouco, afinal,  precisava pegar suas coisas que havia deixado com Duda.

Estacionou o carro em frente a casa dela e desceu do carro. Fechou a porta, ligou o alarme e foi até a porta da casa, onde apertou a campainha e esperou. Após um minuto, uma empregada abriu a porta. Ao vê-la, Mel sorriu e disse:

一 Bom dia, a Duda está?

一 Ela está, mas creio que não seja uma boa hora para visitas.

一 Porque não? 一 Mel ficou preocupada imaginando coisas terríveis.

一 Ela está de castigo, e muito indisposta.

Fazendo cara de espanto, Mel continuou: 一 E a mãe dela está?

一 Está sim, quer falar com ela?

一 Sim, eu gostaria. Posso?

一 Sim, entre e sente-se que vou chamá-la.

Mel deu um meio sorriso, entrou, se sentou no sofá e ficou aguardando. Essa empregada parecia ser bem chata, ainda bem que sua mãe nunca precisou de empregadas, apenas uma faxineira que ia a uma vez por semana, elas parecem ser muito abusadas.

一 Olá, queria falar comigo? 一 A mãe de Duda perguntou se sentando ao lado de Mel.

一 Sim, senhora 一 Mel falou assim, pois ela tinha a aparência de ser idosa já 一 Eu queria dizer que a Duda não teve culpa em ficar assim.

一 Não? Ela foi obrigada a beber?

一 Ninguém nos obrigou, mas fomos enganadas. 一Mel estava tentando explicar, mas estava morrendo de medo, pois ela estava fazendo uma cara de má, muito séria. 一 Um idiota quis se aproveitar de mim e colocou alguma coisa em nossa bebida. Não sei o que foi, mas nos fez perder os sentidos.

一 Droga! Foi isso que deu no resultado do exame que fizemos. Ela chegou aqui muito mal, corremos levar ela pro hospital, porque não conseguia nem falar. O médico disse que ela estava quase tendo uma overdose. Ficamos muito assustados, nunca vimos ela desse jeito. Ela teve que fazer lavagem estomacal pra tirar as substâncias que estavam lhe fazendo mal.

Mel ficou assustada, não se lembrava se tinha bebido mais ou menos que Duda. Pra dizer a verdade ela nem se lembrava que Duda também tinha bebido o líquido da garrafa.  Mas se Duda tinha ficado assim tão ruim, porque tirando a dor de cabeça ela não teve os mesmos sintomas?

一 E eu posso ver a Duda?

一 Eu não devia deixar, mas vou abrir uma exceção. E espero que essa seja a última vez que vocês tenham usado drogas, porque se tornar a repetir eu vou ter que proibir vocês de se verem.

一 Mas não usamos drogas, alguém colocou por maldade em nossa bebida. Nós sabemos muito bem que não podemos usar drogas. Não somos mais crianças.

一 Assim espero! Vem, vou te levar até o quarto dela.

Mel deu um leve sorriso e agradeceu a ela por ter permitido. Segiu Glória até o quarto em silêncio. Quando Glória abriu a porta, anunciou que Mel estava ali e queria vê-la.

Mel entrou no quarto e viu Duda deitada na cama, ela deu um sorriso preguiçoso e Mel sorriu também se sentando na cama.

一 Vou deixá-las a sós. 一 Glória disse e saiu do quarto fechando a porta.

一 Como você está? 一 perguntou sentindo pena e culpa.

一 Não sei, acho que estou grogue. Faz uns dez minutos que cheguei do hospital. Meu pai disse que eu quase morri. 一 Duda falava bem devagar como se quisesse dormir.

一 Meu Deus! 一 Mel arregalou os olhos assustada.

一 Mas eu não senti nada, além de muito sono. 一 Duda riu ao terminar de falar e Mel riu também. 一 A pior parte eu não vi, que foi quando cheguei em casa. Graças a Deus!

一 Me desculpa, Duda. Nunca imaginei que aquele rostinho bonito fosse tão mau caráter.

一 Você não teve culpa, eu tomei aquilo porque eu quis, ninguém me obrigou. Mas me conta, você conseguiu ficar com ele, está curada?

一 Eu deixei ele me beijar, mas não gostei. Sabe quando você não sente nada? Foi um beijo totalmente sem graça, e ele estava com um gosto ruim na boca. Eu senti nojo e queria empurrar ele, mas ele me agarrou e eu tive que suportar aquilo por mais tempo. Foi horrível. Depois não lembro de mais nada.

一 Então não está curada? 一 Duda ficou meio que decepcionada, ela iria amar beijar aquele moço lindo.

一 Não… Você não vai acreditar no que ele fez comer comigo.

一 O que ele te fez? 一 Duda estava curiosa.

一 Ele colocou droga na bebida para me estuprar. 一 Mel fez cara de nojo ao contar.

一 Ele conseguiu?  一 Duda ficou pasma 一 Como foi?

一 Pra dizer a verdade, não lembro de nada. Não sei como tudo aconteceu, mas foi a Beka quem me salvou. Ela disse que jogou spray de pimenta no olho dele. Ele tinha me levado pro terraço da danceteria para abusar de mim.

一 Oh my god! Que vagabundo, tranqueira.

一 Pois é, mas graças a Deus ele não conseguiu fazer nada. Temos que tomar mais cuidado nas baladas. E nunca mais aceitar bebida de ninguém desconhecido.

一 Temos que tomar muito cuidado, não quero mais ficar de castigo. 一 Duda fez cara de triste ao terminar de falar.

Mel sorriu e abraçou Duda e depois se deitou ao seu lado.

一 Só sei de uma coisa, o nosso plano deu todo errado.

Duda virou o rosto para olhar para Mel, que olhava para o teto com cara de apaixonada.

一 A Beka estava dormindo comigo hoje quando acordei e nem sei como isso aconteceu.

一 Como assim dormindo? 一 Duda ficou com cara de sem vergonha imaginando cenas quentes.

Mel olhou pra ela e deu um tapa em seu braço ao ver a cara de safada da amiga.

一 Calma, não dessa maneira que você está pensando.  A gente estava vestida, só dormimos mesmo.

Duda riu alto, e continuava olhando para Mel com cara de safada.

一 Conte-me mais.

一 Eu não lembro de nada de ontem, que saco! 一 Mel disse chateada 一 Hoje acordei com muita dor de cabeça e ela me ajudou muito. Ela fica sorrindo e me olhando de um jeito que eu fico maluquinha. Acho que estou apaixonada e quanto mais tempo ficamos perto, mais essa paixão aumenta. Isso é saudável?

一 Uau, que tudo! 一 Duda sorria ouvindo essa revelação, mas ficou triste com a pergunta 一 acho que você está perguntando pra pessoa errada, Mel.

一 Me desculpa, Duda.

一 Tudo bem, mas achei que a Beka ficou com ciúmes de você ontem.

一 Ciúmes? Que horas? 一 Perguntou toda curiosa.

一 Na hora que o menino chegou falando com você eu notei que ela não gostou e quando você aceitou dançar com ele, ela reclamou e ficou com mau humor.

一 É sério, Duda?

一 Sim, pra mim aquilo foi ciúmes.

一 Não, não pode ser. Porque ela nunca demonstrou gostar de mim. 一 Mel ficou pensativa olhando para o teto.

一 Na verdade, agora que estamos falando disso, acho que ela demonstra até demais. Ela sempre está disposta a te ajudar, quer sempre te proteger, e é só com você. Nunca vi ela assim comigo ou com a Bia.

No fato de querer ajudá-la, era verdade, mas que isso era só com Mel, não era verdade. Pelo menos nunca percebeu nada diferente.  Ou será que Mel era tão cega que não enxergava nem um palmo à sua frente.

一 Mel, esquece isso, talvez eu esteja errada. 一 Duda disse isso notando que ela ficou pensativa.

Mel olhou para Duda e sorriu,  mas na verdade ainda estava processando as informações que acabou de ouvir.

Ficou mais um pouco com Duda e depois voltou para sua casa. Dessa vez dirigiu normalmente sabendo para onde iria.  Ao chegar colocou o almoço no microondas e depois tirou a mesa do café, mas ainda estava pensativa. Será que Beka gostava dela mesmo, ou era apenas impressão de Duda? Sem ter as respostas deitou a cabeça na mesa, tendo um flash back do primeiro beijo com Beka, ignorando completamente o alarme do microondas que avisava que a comida já estava esquentada.

 

POV REBECA

Saí do carro meio que desnorteada, por causa do selinho que dei sem querer em Mel. Que poder é esse que ela tinha sobre mim? Primeiro esqueci que tinha que pegar a Lisa, já estava abrindo o portão de casa quando lembrei da minha loirinha, então dei a volta, atravessei a rua e toquei a campainha, mas como Lourdes estavam demorando pra abrir a porta, me encostei no muro e toquei minha boca sorrindo, lembrando do último selinho, ainda podia sentir a maciez daqueles lábios nos meus. Automaticamente comecei a me lembrar de Mel sobre meu colo rebolando toda linda,  lembrei da sua calcinha vermelha e dos beijos que demos, como se eu vivesse tudo novamente.

一 Você está bem, Rebeca?

Levando um susto, abri meus olhos. Não lembrava de tê-los fechado. Me virei e olhei para a senhora que me encarava.

一 Estou ótima 一 sorri tentando disfarçar, mas eu devia estar com uma cara de boba que creio que meu sorriso não a convenceu. 一 A Lisa deu muito trabalho?

一 Que trabalho? Aquela menininha é um amor. Muito bem educadinha. Nem chega aos seus pés quando tinha a mesma idade.

Fiz uma cara de que não gostei disso e ela deu uma gargalhada gostosa.

一 Mas é verdade, lembro muito bem da ruivinha peralta que não dava sossego pro seu pai. Queria subir e mexer em tudo. Sempre acompanhando seu irmão que era outro serelepe.

Sorri tendo pequenas lembranças de passar o dia todo brincando com meu irmão, eramos muito unidos antes de papai partir. Então voltei aos dias atuais e suspirei de tristeza lembrando que muito coisa havia mudado. Disfarcei a tristeza olhando em volta procurando pela Lisa.

一 A Lisa só é assim porque eu cuido muito bem dela… 一 falei toda convencida e voltei a olhar para Lourdes que ria do que eu acabei de dizer.

一 Seja mais humilde, mocinha.

Dei risada e olhei em volta de novo. 一 Onde está a Lisa?

一 Ela está dormindo, vou lá pegar ela. Entra, senta, fique a vontade.

Sorri e entrei na sala simples, me sentei no sofá e esperei ela me trazer minha irmãzinha. Lourdes era muito boazinha e amava crianças. Seu sonho era ser mãe, mas Deus não permitiu que isso acontecesse. Sem filhos e viúva há alguns anos, ela amava ficar com as crianças da rua, quando suas mães tinham algum compromisso e não tinha com quem deixá-las.

一 Prontinho, aqui está sua irmãzinha.

Sorri e estiquei minhas mãos para pegá-la. 一 Muito obrigada por cuidar dela pra mim.

一 Imagina, Rebeca, eu faço com muito amor.

一 Quando precisar de algo é só pedir, venho correndo te ajudar. 一 Sorri ao terminar de falar e me levantei indo em direção à porta.

一 Volte mais vezes, para conversar, gosto muito de você.

Sorri e dei uma piscadinha para ela, saindo em seguida, meio que às pressas. Estava morrendo de medo de Victória já ter voltado, ela iria querer explicações e eu nem sabia o que dizer. Abri o portão, entrei, fechei e fui até a porta que estava aberta, só podia ter sido Ricardo, ele sempre deixava tudo aberto por onde passava. Entrei, fechei a porta e a casa estava em silêncio, fui primeiro conferir se Vitória já tinha chego, não a encontrando respirei aliviada e fui colocar Lisa no berço, mas ao entrar em meu quarto o encontro todo revirado. Até meu colchão estava fora do lugar.

一 Ah, não! De novo, não… 一 Coloquei Lisa no berço e olhei o quarto novamente 一 Não acredito que Ricardo veio revirar meu quarto outra vez. Ele vai se ver comigo.

Passando a mão nos cabelos com raiva, saí de meu quarto e fui até o quarto dele. Abri a porta com força e ascendi a luz, vendo-o todo esparramado em sua cama, apenas com uma cueca boxer preta. Nem liguei pelo fato de ele ainda estar dormindo e chacoalhei ele com força para acordá-lo, mas ele nem se mexia, parecia que estava morto. Parei um pouco para recuperar minhas energias e olhei em volta, seu quarto estava muito bagunçado também, com roupas espalhadas por todo os lados, as portas do guarda roupa aberta, pratos vazios e com restos de comidas, latas de cerveja e refrigerante jogados no chão. Levei a mão à testa olhando tudo aquilo decepcionada e voltei a chacoalhar ele. Dessa vez ele se mexeu e virou de lado.

一 Me erra, Beka.

一 Acorda, porque você fez aquilo no meu quarto? 一 disse tentando virá-lo para mim, mas ele era pesado e não consegui.

一 Me deixa dormir.

Um cheiro forte de álcool vinha toda vez que ele falava e então entendi que estava bêbado. Desisti de tentar acordar ele e peguei as roupas do chão, dando uma organizada mais ou menos naquela bagunça. Peguei o lixo do chão e os pratos e saí do quarto dele. Levei os pratos para a cozinha e coloquei o lixo no lixo. Não sabia que Ricardo estava tão porco assim, ele nunca deixava ninguém entrar em seu quarto, mas achava que ele arrumasse ele as vezes. Mas não, ele estava muito relaxado, quando ele acordar ele irá me ouvir.

Fui para meu quarto e comecei a arrumar tudo, já estava ficando cansada de ver meu quarto todo revirado, depois eu que tinha que ser a boboca e arrumar tudo. Levei algum tempo para conseguir organizá-lo, me sentia cansada,sentei a cama e abracei meu travesseiro, fechando os olhos. Pensei em Mel e me esqueci de todo o resto. Ainda conseguia me lembrar do sabor de seu beijo e do calor de sua pele. Queria reviver tudo aquilo, mas dessa vez queria que ela estivesse sóbria, sem ter bebido nada, pois assim saberia que o sentimento dela por mim era real.

 

FLASH BACK ON

 

Mel estava com muita dor, dava para ver a forma como ela franzia a testa. Também, depois de ter bebido tanto, ela ainda teve sorte de ser só a dor de cabeça. Eu já sabia que ficar na claridade com dor de cabeça forte não era muito bom, então fechei as cortinhas e voltei a me sentar na cama, mediquei ela, então agora só o tempo poderia curar sua dor. Mas eu ainda não estava satisfeita, queria ajudar ela mais, queria fazer sua dor sumir com um passe de mágica, então tive a ideia de massagear sua cabeça, igual papai fazia com minha mãe quando ela tinha dores de cabeça. Ainda conseguia ver Mel, mesmo com o quarto escuro, me ajolhei atrás dela e levei minhas mãos em sua testa, fazendo movimentos circulares. Senti que o corpo dela deu uma estremecida e sorri, achando que tinha assustado ela.

一 Quer uma massagem pra passar a dor?

一 Sim

Ouvi ela responder e sorri, vi um sorriso em seus lábios e meu coração pulou mais rápido, então fiquei em dúvida se vi ela sorrindo mesmo ou se eu estava imaginando coisas. Me concentrei na massagem, tentando fazer da melhor forma possível. Ouvia ela gemendo algumas vezes e quando ela franzia a testa devia ser porque a dor estava bem forte e quando só gemia devia estar gostando. Percebi que ela dormiu uma vez e passei a mão levemente em seu rosto. A pele dela era tão macia que eu não queria mais parar de acariciá-la, então gemeu outra vez e voltei a massagem rapidamente. Notei que ela tinha acordado, sua respiração esta mais agitada, mas foi logo se acalmando de novo. Quando notei que ela dormia profundamente e não acordava mais com facilidade, voltei a tocar em seu rosto, contornando-o.

一 Você é linda Mel, me deixa cuidar de você pra sempre?

Me ajoelhei em seu lado e encostei meu rosto no dela, roçando-o com carinho. Eu sabia que isso não era saudável, mas eu queria enlouquecer de amor, mesmo que fosse platônico. Aspirei o perfume dos cabelos dela e me senti embriagada, como ele era bom. Dei um beijo em sua testa e sem conseguir resistir, beijei seus lábios num longo selinho. Sorri e passei as mãos em seus cabelos, eu realmente estava enlouquecendo, tinha que sair de perto dela logo e foi o que eu fiz, me levantei e fui até a porta, olhei para trás e a olhei mais um pouquinho. Ela parecia um anjo dormindo.

 

FLASH BACK OFF

 

一 Melissa, porque você tem que ser assim tão linda? 一 Suspirei ao terminar de falar e olhei no berço, Lisa estava em pé e esticava os bracinhos pra mim.

一 Des-ce, Tata, des-ce…

Sorri e fui até ela, tirando-a do berço, dei um beijo estalado em sua bochecha.

一 Pronto, meu amor, já está fora do berço. Cade meu beijo?

一 Ati… 一 Lisa fez um biquinho e me beijou no rosto me derretendo de amores por ela. Coloquei ela no chão e fiquei olhando para onde ela ia, mas ela me puxou, como sempre fazia quando queria minha companhia para brincar.

Me abaixei atendendo seu pedido e vi ela abrindo um lindo sorriso.


 


Notas Finais


Beijinhos!


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