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História Só vejo você - Encontrando O Rumo


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Boa noite, meninas. Consegui formular um capítulo depois da meia noite e cá estou :D
Está pequeno, mas espero que gostem. Beijos!

Capítulo 25 - Encontrando O Rumo


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Encontrando O Rumo

POV NARRADOR

O calor do verão estava com seus dias contados, o outono estava a caminho, fazendo os termômetros mostrarem temperaturas mais amena, mas isso não era motivo para tirar Bia da piscina, que nos últimos quatro dias, vinha apresentando um comportamento mais caseiro. Não quis ir para a Universidade, nem sair de casa para mais nada. O máximo que fazia era ir até o jardim, ou dar um mergulho na piscina, mas logo voltava para o quarto e se deitava na cama.

Mary já estava começando a ficar preocupada com ela, em todos os anos que trabalhou na casa, nunca tinha visto Bia dessa maneira, porém não fazia nada para mudar esse comportamento fora do comum. Sabia que se perguntasse algo para ela, iria ouvir grosserias, então preferia deixar ela em paz. Bia sempre foi uma menina forte, e dessa vez não seria diferente.

Após nadar de uma extremidade a outra, Bia se sentou na borda da piscina e ficou olhando sem ver para a água cristalina, que refletia a luz do sol, se movimentando em pequenas ondas com muita doçura. Seus pensamentos estavam voltados para a ruiva, ainda não entendia como tudo saiu tão errado de uma hora para outra. Apesar de estar se sentindo muito vazia por ter perdido a garota que estava apaixonada, não se permitiu derramar nenhuma lágrima. Achava que chorar era coisa para pessoas fracas e isso não iria resolver nada, pelo contrário, só iria arruinar sua beleza, lhe dando olhos inchados e vermelhos. Preferia ficar em silêncio, apenas deixando o tempo curar essa ferida. Balançou os pés na água, e começou a recordar o dia em que fez Beka descobrir que realmente gostava de mulheres. Um sorriso apareceu em seu rosto ao se lembrar de cada detalhe, a pegada dela foi tão forte que fez Bia perder a noção de tudo naqueles minutos. Bia mordia os lábios, ao mesmo tempo que sorria, sentindo o mesmo prazer que sentiu aquele dia, mas um vento frio a fez despertar e se tocar que tudo não passava de uma quente lembrança. Desfazendo o sorriso e sentindo o frio que aquele vento trazia, pulou na água novamente, nadou até a outra extremidade e saiu da piscina, indo até a espreguiçadeira. Pegou a toalha, e após se secar, se enrolou na mesma e foi para o quarto. Porque tinha que se apaixonar pela ruiva? Sem ter resposta, foi para o banheiro tomar um banho. Já estava na hora de voltar a ser a Bianca de sempre, se o tempo não queria curar seu coração, ela iria curá-lo na marra.

Tomou um banho rápido, tinha pressa em resolver a sua vida, e quando se decidia em fazer algo, queria fazer o mais rápido possível. Colocou o vestido mais simples que encontrou em seu closet, mas foi difícil, pois a maioria era vestido para festas. Nos pés preferiu uma sandália. Deixou os cabelos molhados, apenas os escovou. Passou um perfume com fragância floral/frutal suave para o final de uma tarde, pegou a maleta com suas maquiagens, mas antes de sair do quarto se lembrou de algo que estava no criado mudo.

ㅡ Porque não? ㅡ Pensou alto, foi até ele, abriu a gaveta e pegou o papel que continha o número da tal Rafa. O guardou na bolsa, pegou a bolsa também e foi atrás de Mary. Encontrou-a no quarto dela, sentada numa poltrona com um livro entre os dedos.

ㅡ Mary, preciso da sua ajuda. ㅡ Disse ao entrar, fazendo Mary a olhar e após analisá-la dos pés a cabeça sorriu.

ㅡ Vai sair?

ㅡ Vou, meu quarto é muito legal, mas cansei dele. Pode me fazer uma maquiagem bem leve?

ㅡ Mas é claro, Bibi. ㅡ Mary largou o livro na cama e pediu para que Bia se sentasse na poltrona.

ㅡ Não gosto desse apelido, me chame de Bia, já disse mil vezes. ㅡ Reclamou, se sentando.

Mary riu e pegou a maleta, deixou-a na cama e pegou a base. ㅡ Me desculpe, eu não consigo te chamar de Bia.

ㅡ Já passou da hora de aprender. Vou começar a descontar um dólar do seu salário para cada vez que pronunciar meu nome errado. ㅡ Dizia com os olhos fechados, sem ver Mary segurando o riso enquanto a maquiava.

ㅡ Quem te ensinou a ser assim, bib… Bia? ㅡ Segurou a vontade de rir outra vez.

ㅡ Quase perdeu um dólar, Mary. ㅡ Bia estava realmente levando a sério o desconto.

ㅡ Calma, Bia. Só fiquei feliz em ver que irá sair de casa.

Bia abriu os olhos, desfez a cara amarrada e sorriu. Também estava se sentindo melhor agora. Queria por sua vida nos trilhos outra vez, ficara muito tempo parada e estava cansada disso.

Quando Mary terminou a maquiagem, Bia se olhou no espelho e amou a imagem que viu. Estava muito bonita, se paquerou um pouco enquanto ajeitava os cabelos, deu um beijo em Mary e disse que não tinha hora para voltar. Procurou o motorista e após o encontrar vendo futebol em seu quarto, disse que iria sair e que o esperava no carro. Sem demora, logo ele entrou no carro e a levou para onde queria.

A viagem pareceu mais longa do que se lembrava, talvez fosse a ansiedade para ver Rebeca. Estava achando esses sentimentos muito estranhos, pois nunca ligou para nada, sempre viveu de bem com a vida, mas agora se sentia diferente. Sempre que iria ver ela ficava ansiosa e quando a via sentia o famoso frio na barriga. Todos esses sentimentos eram novos para ela e não gostava nenhum pouco de sentí-los. Ficou enrolando impaciente uma mecha de cabelos o caminho todo e quando chegou em frente à casa dela, abriu a porta e pulou do carro, pedindo para o motorista que esperasse ali mesmo.

Passou pelo portão sem bater, pois sempre fazia isso quando ia visitá-la. Ao chegar na porta da sala, bateu na porta e esperou, pegando o mexa e voltou a enrolar.

Beka abriu a porta e quando viu Bia levou um susto. ㅡ Bia…

ㅡ Eu mesma, posso entrar? ㅡ Bia sorriu, mas na verdade estava muito decepcionada com Beka.

ㅡ Pode, entra… ㅡ Beka abriu mais a porta e ficou de lado dando passagem para que a loira entrasse. Fechou a porta em seguida e se virou.

ㅡ Quero que me conte como tudo aconteceu, como você e a Mel viraram namoradas tão rápido. ㅡ Bia disse logo, estar ali, olhando para Beka só mostrava que seu coração ainda estava muito machucado.

ㅡ Ela me mandou uma mensagem um dia, fui até a casa dela, conversamos e nos entendemos. Ela me convidou para sair no dia seguinte e me pediu em namoro. Você estava certa quando disse que tínhamos muita química. ㅡ Beka sorria enquanto falava, era muito nítido o brilho em seus olhos e a alegria que sentia.

ㅡ Ela te pediu em namoro? ㅡ Bia estava surpresa, Mel estava mesmo decidida. Pelo jeito não queria mais correr riscos e agarrou a ruiva.

ㅡ Sim, eu que pretendia fazer isso, mas ela foi mais rápida. Foi tudo tão perf…

ㅡ Eu imagino. ㅡ Bia cortou a frase de Beka, sabia que tinha perdido Beka para sempre, afinal, Beka a amava.

ㅡ Você está bem, Bia? ㅡ Beka notou que ela estava um pouco diferente.

ㅡ Como acha que eu estou? ㅡ Perguntou séria, sentindo as mesmas náuseas que sentira no sábado.

ㅡ Eu não sei, você está diferente, sinto que não está feliz.

ㅡ E não estou, mesmo. ㅡ soltou sem pensar e quando viu já era tarde. Passou a mão nos cabelos num gesto nervoso e decidiu abrir o jogo. ㅡ Quer saber a verdade, não gostei de saber que vocês estão namorando, você estava comigo, nós estávamos ficando e você começa a namorar com ela. ㅡ Falou tudo bem rápido, odiando mostrar seu ponto fraco.

ㅡ Bia, você entendeu tudo errado, eu sempre falei que gostava da Mel, e você dizia que só queria se divertir, lembra?

ㅡ Eu não queria dizer a verdade, mas eu queria mais que diversão. ㅡ Sentindo um nó na garganta e seus olhos lacrimejarem, Bia respirou fundo tentando se controlar.

ㅡ Me desculpe, Bia… mas eu amo a Mel, e você sabia disso.

ㅡ Eu sabia, mas explica isso para ele. ㅡ Bia apontou para o coração ㅡ Eu me apaixonei por você…

Beka ficou sem fala, não sabia como ajudar Bia, apesar de querer ajudar e a confortar. Se aproximou dela e a abraçou, nessas horas um abraço ajudava muito mais.

Bia a abraçou bem apertado e sem conseguir se conter mais, deixou as lágrimas rolarem por sua face. Ficaram assim por alguns minutos, em completo silêncio, a não ser pelas fungadas que Bia dava ao tentar controlar o choro.

ㅡ Se eu soubesse que iria ficar assim, nunca teria permitido. ㅡ Beka quebrou o silêncio, ainda a abraçando ㅡ Eu sou a culpada por estar assim agora.

ㅡ Não fale besteiras, Beka. Foi muito bom ficar com você e repetiria tudo outra vez se fosse possível. ㅡ Bia se afastou um pouco para olhar Beka, deu um meio sorriso e beijou-a com um longo selinho. Sem ser correspondida, parou o selinho e se afastou. ㅡ Desculpa, eu… vou embora… ㅡ Bia segurou o choro outra vez e sem se despedir, saiu da casa de Beka e correu para a rua.

Correu ao lado contrário de onde estava seu carro e quando sabia que ninguém mais a veria, se encostou numa parede e se permitiu chorar copiosamente, prometendo para si mesma que nunca mais iria se apaixonar outra vez. Quando conseguiu se controlar, abriu a bolsa e tirou um lenço, limpou seu rosto e assou o nariz. Precisava se divertir, estava cansada de bancar a boba. Pegou, então, o papel de sua bolsa, seu celular e discou o número. Não deu mais que duas chamadas e uma voz rouca atendeu.

ㅡ Alô.

ㅡ Rafa? ㅡ Bia confirmou se era esse mesmo o nome da garota no papel.

ㅡ Sou eu, quem fala?

ㅡ É a Bianca, não sei se lembra de mim…

ㅡ Hum, a loira da boate?

ㅡ É acho que sou essa, se não teve outra loira… Enfim, onde você está? Preciso te ver.

ㅡ Eu… estou ocupada agora, pode ser daqui uma hora?

ㅡ Perfeito, pode me encontrar naquele bar famoso que tem ao lado da Rodeo Drive?

ㅡ Sei qual é, posso sim. Te encontro lá em uma hora.

A garota não esperou mais nada e desligou a ligação, deixando Bia de boca aberta.

ㅡ Mal educada! ㅡ Sorriu voltando a andar, foi até seu carro e entrou no mesmo, dizendo ao motorista para onde queria ir. Retocou sua maquiagem que tinha saído devido à suas lágrimas. Não se recordava muito bem dessa tal Rafa, sabia que ela era atraente e bonita e convencida, mas se tinha uma conversa decente, não lembrava. Agora iria ter a oportunidade de conhecê-la melhor e se ela fosse interessante e não fosse grudenta, poderia se tornar seu novo brinquedo. Sorriu, estava se sentindo melhor, a Bia irresponsável estava voltando!



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