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História Só vejo você - Boba Alegre


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Olá! Estou atrasada, eu sei, mas aqui estou o//
Acabei perdendo a motivação para escrever esses dias, e para não postar um capítulo ruim, decidi esperar a inspiração aparecer. Não sei se ficou bom, mas está melhor do que antes, haha.
Boa leitura ;D

Capítulo 28 - Boba Alegre


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Boba Alegre

POV NARRADOR

A semana para os namorados apaixonados passava de um jeito mais devagar. Pelo menos, era assim que Beka estava vendo o tempo depois que começou a namorar com Mel. Já estava fazendo quase uma semana que não a via e parecia que o tempo não passava. Tudo o que ela mais queria era poder estar com Mel, poder beijá-la, abraçá-la e amá-la. Todas as manhãs ainda achava que o namoro com Mel era apenas um sonho lindo, mas assim que recebia uma mensagem de bom dia da morena, via que era realidade e ficava muito feliz. A vida decidiu ficar legal com ela de repente e tudo parecia estar dando certo. Devia estar em seu paraíso astral, pois até mesmo a creche havia ligado no dia anterior, dizendo que Lisa já estava matriculada e que a partir de segunda já podia começar a ir. Beka ficou tão feliz, pois com Lisa na creche, já podia começar a trabalhar.

O sorriso em seu rosto era visível o tempo todo, nem mesmo Victória com seu mau humor conseguia a atingir. Beka decidiu ignorar as coisas ruins, pois somente a alegria do amor tinha lugar em seu coração apaixonado.

O celular tinha se tornado uma ferramenta indispensável naqueles dias. Trocava mensagens com Mel o tempo todo, era dia e noite com o aparelho na mão e a cada novo alerta de mensagem recebida, abria um sorriso, antes mesmo de ler. Mas Beka não se importava em ficar com cara de boba alegre o tempo todo, pelo contrário,  estava gostando disso, se sentindo viva e cheia de esperança de que sua vida iria melhorar.

Naquela manhã, Lisa tinha acordado manhosa, não queria comer nada, chorava à toa e pedia colo o tempo todo. Beka já tinha identificado que era febre ao medir a temperatura da pequena e a medicado. Mas mesmo assim Lisa continuava enjoadinha. Tentou agradá-la de todas as maneiras, mas não tinha jeito, Lisa só ficava mais tranquila em seu colo, obrigando Beka a fazer suas atividades carregando a pequena.

Enquanto arrumava seu quarto, ouviu o celular apitar, sorriu já sabendo que era uma mensagem de Mel e o pegou rapidamente, lendo a mensagem que dizia:

"Beka, meu amor, não aguento mais ficar longe de você, preciso te ver."

Seu sorriso ia de orelha a orelha, os olhos brilhando de emoção, mas quando Lisa chorou em seu colo, se lembrou que não ia poder ver sua amada naquele dia e seu sorriso se desfez. Foi com um aperto no coração que respondeu:

"Minha doce Mel, sonho acordada o tempo todo com você, também quero te ver, mas a Lisa acordou doente essa manhã e não posso deixá-la sozinha. Desculpa por não poder ir até a sua casa hoje. Te amo!

Enviou a mensagem e se sentou na cama. Não tinha jeito, Lisa precisava de cuidados e ela precisava ser responsável.

Ficou fazendo cafuné na loirinha, acalmando ela, deu um beijo em sua testa.

ㅡ Te amo, loirinha. Fica boa logo. ㅡ sorriu voltando a fazer cafuné na irmãzinha.

 

POV MELISSA

Não entendia para que os professores pediam tanto trabalho, seminários e ficha de leitura. Antes de começar a namorar com a ruiva mais linda e fofa desse mundo eu não me importava, até posso dizer que eu gostava, pois ajudava a passar o tempo. Mas agora eu não queria mais ficar o dia todo envolvida nisso, eu só queria passar meu tempo com a Beka. Meus momentos com ela eram mágicos, e eu me sentia a mulher mais feliz do mundo. Nossos momentos quentes foram tão perfeitos que eu precisava revivê-los o mais rápido possível. Eu não imaginava que eu fosse assim, mas depois de nossa primeira vez eu só pensava em fazer amor com ela. Será que isso era normal ou eu estava me transformando numa ninfomaníaca? A segunda possibilidade me assustava. Hoje eu estava ainda pior, me concentrar nas aulas foi muito difícil, principalmente quando eu trocava mensagens com ela pelo celular. Eu não conseguia evitar meus sorrisos involuntários, e todo mundo já estava percebendo. Minhas novas colegas de classe viviam dizendo que eu estava apaixonada e viviam me perguntando com quem eu falava direto pelo celular, eu dizia que era bobagem delas e estava conversando com uma amiga, afinal, Beka continuava sendo minha amiga. Era óbvio que elas não acreditaram, então hoje contei para elas que gosto de uma ruiva linda e somos namoradas, e elas entraram em choque.

“Você não se parece em nada com uma lésbica” “Eu nunca iria desconfiar” “Eu devo ficar preocupada?” “Vai dar em cima de mim?”

Essas e outras frases, me fizeram rir e revirar os olhos, não sei se elas acreditaram em mim, mas eu disse a verdade sobre não ver mais ninguém da mesma forma como vejo a Beka, ela é única e sempre será assim. É como se fossemos feitas uma para outra, e até mesmo antes de eu começar a enxergar ela como mulher, nós já tínhamos essa afinidade.

E lá estava eu, pensando outra vez nela, sem conseguir me concentrar no trabalho. Tentei novamente ler o texto do site que eu tinha aberto, mas acabei me lembrando dos beijos que ela me dava na balada, um beijo mais gostoso que o outro, e aqueles beijos e chupões no pescoço que me deixavam toda arrepiada, ah, como eu precisava deles, mesmo se ficasse marcas, como ficou da última vez e mesmo que minha mãe as visse, como ela viu e me perguntou da última vez (nesse dia eu tive que dizer que estava ficando com um rapaz, ela ainda não estava pronta pra ouvir que a filha dela gosta de mulher, e depois ela acabou rindo e pedindo que eu escondesse as marcas do meu pai), eu não me importava. Eu precisava vê-la. Peguei meu celular e enviei uma mensagem, se ela viesse para casa eu poderia adiantar o trabalho enquanto ela não chegasse, mas quando ela me respondeu que não poderia vir, fiquei muito triste. O que eu iria fazer com a saudade dela que eu estava sentindo? Se eu não a visse logo, não iria conseguir fazer mais nada. Mas eu já sabia como resolver isso, eu iria até lá.

ㅡ Isso mesmo, Mel, vai vê-la ㅡ Disse a mim mesma em voz alta e acabei rindo da minha loucura. Decidida, olhei novamente para a tela do computador e fechei todos os sites, desliguei o computador e fui tomar um banho. Eu não iria avisá-la que estava indo pra lá, iria fazer uma surpresa.

Toda feliz com essa ideia, tomei meu banho, passei hidratante, perfume, escolhi uma roupa um tanto provocante e me vesti. Penteei os cabelos, fiz uma maquiagem bem suave para aquela tarde ensolarada, porém fria, devida aos ventos gelados que diminuíam a sensação térmica. Após me arrumar, tranquei toda a casa e corri para o carro. Eu estava ansiosa demais para vê-la.

 

POV REBECA

Mesmo sabendo que Lisa não queria comer nada, preparei uma papinha com os legumes que ela mais gosta e estava tentando dar para ela, mas ela só fazia virar o rostinho com cara de choro.

ㅡ Come, meu amor, para melhorar logo. ㅡ Insisti conversando com ela, mas ela balançou a cabeça em negativa, fazendo aquele bico lindo, me dando vontade de mordê-la.

Lembrei que Mel também sabia fazer esse bico e eu morria de vontade de beijá-la toda vez, mas eu ainda não podia beijá-la naquele tempo. Pensar nela me fez sorrir, ela é tão linda, tão meiga, tão perfumada… só de pensar nela já sinto a fragrância do seu perfume tão gostoso, que saudades de poder cheirar seus cabelos…

Uma mão tampou meus olhos e levei um susto, eu estava sozinha em casa, quem poderia ser? Levei minhas mãos até as mãos que me tampavam a visão e ao sentir a maciez daquela pele eu já sabia quem era. Continuei tocando as mãos e fui seguindo até seus braços bem lentamente.

ㅡ Mel? ㅡ Perguntei só para não estragar a brincadeira dela e quando ela soltou meus olhos, me abraçou pelas costas e me deu um beijo no rosto. Senti meu coração acelerar e sorri de alegria. Eu estava sentada no chão, então, coloquei o prato de Lisa para o lado e a puxei, fazendo com que ela se sentasse em meu colo.

ㅡ Como acertou tão rápido? ㅡ Ela me perguntou rindo enquanto caia em meu colo.

ㅡ Impossível não reconhecer essas mãos tão macias, que só você tem, de olhos fechados. ㅡ Respondi com aquele sorriso bobo que não saia mais da minha face. Abracei ela bem apertado, deitei a cabeça em seu ombro, fechei os olhos, sentindo seu perfume tão gostoso. Mel também me abraçava bem apertado, fazendo com que eu me sentisse muito amada. ㅡ Eu estava morrendo de saudades sua.

ㅡ E eu também, é sério, não consigo mais pensar em mais nada, eu só penso em você. ㅡ Mel afrouxou um pouco o abraço e roçou seu nariz em meu rosto com muito carinho.

Essa fala e esse gesto fizeram meu coração bater ainda mais rápido e sem conseguir resistir mais, procurei os lábios dela com os meus e a beijei como se fosse a primeira vez. A maciez de seus lábios carnudos, o sabor de sua boca tão doce era tudo o que eu precisava. Era como um balsamo, tranquilizante e revigorante. Ficamos por minutos assim, entre beijos e carícias, onde as palavras não eram necessárias, nosso amor falava por si só, até que Lisa começou a reclamar.

ㅡ Tata, tata. ㅡ Olhei para o lado me lembrando da loirinha e sorri, ela estava tocando em meu ombro enquanto me chamava.

ㅡ Que foi meu amor? ㅡ Perguntei para ela e ela apenas me estendeu os bracinhos pedindo colo.

ㅡ Eu acho que ela está com ciúmes de mim, Beka. ㅡ Mel disse rindo e acabei dando um beijo em seu rosto.

ㅡ Eu acho que é isso mesmo, Mel, ela nem gosta mais de colo, só quer ficar no chão. ㅡ Eu ri, mas acabei levantando a Lisa e a sentei no colo de Mel. ㅡ Pronto, tem Rebeca para todas.

ㅡ Ah, não! Agora quem ficou com ciúmes foi eu ㅡ Mel disse com a voz mimada, me fazendo rir.

ㅡ Colocar a Lisa aqui no meio não foi uma boa ideia.

ㅡ Ela gosta de chocolate? Tenho um aqui na bolsa.

ㅡ  Ela ama chocolate, mas não sei se ela vai querer hoje, ela está toda enjoadinha.

ㅡ Vamos tentar…

Fiquei olhando Mel se esticar toda para pegar a bolsa que ela havia jogado no chão quando me abraçou e não pude deixar de notar no quanto ela estava sexy. Usava uma bota preta, com uma saia de tecido leve, também preta, que no momento estava levantada, deixando à mostra suas coxas e uma blusa de manga longa xadrez nas cores vermelho e preto. Quando ela conseguiu pegar a bolsa e se levantou, toda distraída procurando pelo chocolate, pude notar que a blusa era de botões e alguns do peito para cima estavam abertos, deixando visível um sutiã vermelho. Uau, aquilo só devia ser uma provocação.

ㅡ Achei, vamos ver se ela irá recusar. ㅡ Mel disse e voltei a olhar em seu rosto, ela estava toda sorridente e acabei morrendo de amores outra vez. ㅡ Lisa, quer chocolate?

Olhei para ver qual seria a reação de Lisa. Quando ela viu a barra de chocolate na mão de Mel, seus olhinhos brilharam e pela primeira vez naquele dia, ela deu um sorriso, esticou a mão e falou: ㅡ Totoiate, dá.

ㅡ Own, que gracinha, Beka, dá até vontade de morder. ㅡ Mel entregou a barra para Lisa e afagou os cabelos finos dela com carinho.

ㅡ Demais, eu mordo ela todos os dias. ㅡ Acabei rindo e dei um beijo na boca de Mel. ㅡ Eu sempre escuto quando abrem o portão, mas hoje eu não ouvi você chegando.

ㅡ Desculpa por entrar assim sem avisar, é que quando eu cheguei, já estava tudo aberto. O portão, a porta da sala.

ㅡ Foi o Ricardo, toda vez ele deixa as portas abertas, parece que nem tem medo do perigo. Mas você pode entrar sempre sem avisar, sem problema nenhum, pelo contrário, irei amar. ㅡ Sorri e a beijei outra vez, o beijo já começava a ficar intenso quando Lisa começou a chorar, então nos separamos. ㅡ O que foi, Lisa?

ㅡ Abe totoiate…

ㅡ Oh meu Deus, a Mel malvada não abriu seu chocolate? ㅡ Olhei para Mel e começamos a rir, esquecemos do principal, que judiação.

ㅡ Desculpa, eu esqueci desse detalhe, bebês não sabem abrir embalagens. ㅡ Mel pegou a barra e a abriu, dobrou a embalagem até a metade e devolveu para Lisa ㅡ Eu nunca tive uma irmãzinha.

ㅡ Então está perdoada. ㅡ Fiz Mel sorrir outra vez e abaixei meus olhos para ver se Lisa comia o chocolate, mas meus olhos pararam no vale entre os seios perfeitos de Mel e mordi meus lábios, voltei a olhar para os olhos dela ㅡ Quer ir para o quarto?

ㅡ Sim, estou querendo isso já faz quatro dias. ㅡ Mel ficou com a maçã do rosto corada, mas acabou sorrindo ao mesmo tempo, deixando ela ainda mais linda do que já era.

ㅡ Somos duas. ㅡ Sorri e tirei Lisa do colo dela, a ajudei a se levantar e depois me levantei. Peguei Lisa no colo, mas antes de ir para o quarto, me lembrei do portão, eu precisava fechar ele. ㅡ Espera eu fechar o portão? Assim se chegar alguém iremos ouvir. ㅡ Mel concordou e então fui saindo da sala, ㅡ É rapinho. ㅡ Com passos apressados fui até o portão e o fechei, ainda bem que nosso portão fazia barulho, se alguém chegasse não iria nos pegar desprevenidas. Voltei para a sala, fechei a porta e fui até Mel, sorrindo. Ela me esperava na porta do meu quarto, parei ao seu lado e a beijei, em seguida entramos, fechei a porta que não tinha chave e coloquei Lisa no berço, que me olhou com cara de choro, mas logo se lembrou do chocolate e voltou a chupá-lo.

Me virei para Mel e ela me olhava com um sorriso no olhar, eu não sabia se era possível me apaixonar ainda mais por ela, só sabia que ela era irresistível. Andei, a olhando dos pés a cabeça e parei em sua frente.

ㅡ Acho que você vestiu essa roupa de propósito, só para me provocar… ㅡ Vi que ela ficou corada e minhas suspeitas só foram confirmadas.

ㅡ Porque acha isso? ㅡ Começou a piscar, me fazendo rir. ㅡ Impressão sua.

ㅡ Sei bem quando está mentindo, a propósito, acho que você fica linda quando fica assim toda sem jeito. ㅡ Sorri ao ver que ela estava ainda mais embaraçada.

ㅡ Cala a boca e me beija logo! ㅡ Me puxou pela blusa e me beijou, e dessa vez, o beijo ganhou intensidade rapidamente.

Minhas mãos foram diretamente para as coxas dela, pude apertar e alisar aquele bumbum macio, cheio de vontade, mas eu estava com pressa, então puxei ela até a minha cama e me sentei, fazendo com que ela se sentasse em meu colo e já fui logo abrindo o restante dos botões de sua blusa que ainda estavam fechados. Peguei em sua cintura e a apertei, fazendo Mel gemer entre o beijo. Eu sentia que ela também me tocava, mas estava gostando mais de sentir o prazer do que me dar, então, iria apenas dar prazer a ela. Parei o beijo com um longo selinho e comecei a beijar o seu pescoço, e dar leves chupadas. Senti a pele dela se arrepiando e a lambi até a orelha. A pele dela estava muito perfumada e muito macia, me dando ainda mais vontade de chupá-la inteirinha. Minhas mãos apertavam os seios dela por cima do sutiã e isso só fazia ela gemer mais e mais. Parei de dar atenção ao pescoço dela e fui em direção ao seios, sorri ao ver que o sutiã tinha o fecho na parte frontal, isso só facilitava a minha vida e, sem perder tempo, o abri e afastei eles, deixando os seios dela livres para eu poder saboreá-los. Enchi eles de beijos e comecei a chupar eles intercaladamente, eu estava me sentindo nas nuvens. Poder amá-la novamente, poder tocá-la, era como reviver um sonho do qual eu nunca mais queria acordar. Virei Mel, e a deitei na cama, levei minha mão entre suas pernas e a toquei por cima da calcinha, sem parar de dar atenção os seus seios.

ㅡ Beka, a Lisa está olhando. ㅡ Mel disse entre gemidos e eu olhei para Lisa. Ela estava nos olhando em pé no berço, com o rosto cheio de chocolate.

ㅡ Ela ainda é pequena demais para entender o que estamos fazendo. ㅡ Olhei para o rosto dela e ela me sorriu. Sem resistir, a beijei na boca, e voltei a tocá-la por cima da calcinha, abafando seus gemidos com meus beijos, mas um barulho me fez parar. Parei o beijo de repente e fiquei prestando atenção.

ㅡ O que foi? ㅡ Mel perguntou sem entender nada.

ㅡ Acho que ouvi um barulho no portão. Espera, vou ver se foi aqui mesmo. ㅡ Falei bem rápido e me levantei, olhei discretamente pela janela e vi Ricardo conversando com um amigo. ㅡ É o meu irmão, talvez ele não entre. ㅡ Disse com uma pontinha de esperança e voltei até a cama. Fiquei de quatro sobre ela e dei beijos em seu pescoço.

ㅡ Tem certeza? ㅡ Me perguntou meio assutada.

ㅡ Não... Quer esperar? ㅡ Parei com os beijos, a olhei e ela balançou a cabeça dizendo que sim.

Sorri, dei um selinho e me deitei ao lado dela, ela se virou e ficamos uma olhando para a outra, com um sorriso no rosto.

ㅡ Te amo tanto. ㅡ Falei bem baixinho e o sorriso dela aumentou. Ela pegou a minha mão, entrelaçou nossos dedos e as levou até seu rosto, num gesto carinhoso.

Ficamos namorando em silêncio, apenas nos olhando por alguns minutos, até que Ricardo abriu o portão. Num gesto desesperado, Mel se levantou fechando seu sutiã.

Me levantei e sentei na beirada da cama, puxei ela entre as minhas pernas e comecei a fechar os botões de sua blusa. Eu não sabia se eu ria, ou se eu chorava por estar vestindo ela e escondendo aquele corpo magnífico. Assim que terminamos, ela correu em frente ao espelho e ficou ajeitando os cabelos.

ㅡ Beka, preciso que… ㅡ Ricardo disse entrando no quarto, mas logo se calou, vendo Mel parada em frente ao espelho.

ㅡ Precisa do que? ㅡ Perguntei séria, notando a maneira como ele olhava para Mel, quase a comendo com os olhos.

ㅡ Depois eu te falo. ㅡ Olhou Mel dos pés a cabeça outra vez. ㅡ Maninha, você precisa trazer mais vezes amigas bonitas assim para a casa.

ㅡ Cai fora Ricardo, ela não gosta de ruivos. ㅡ Meu ciúmes era bem visível, e não fiz questão de esconder.

ㅡ Passa lá no meu quarto depois, morena. ㅡ Ricardo disse todo divertido e se retirou.

Corri até a porta, a fechei, voltei ao lado de Mel e a abracei por trás.

ㅡ Acha que ele percebeu alguma coisa? ㅡ Mel parecia estar nervosa.

ㅡ Do que nós fazíamos, não, só percebeu o quanto você está sexy com essa roupa. ㅡ Fiz uma careta ao terminar de falar.

ㅡ Beka, não fica com ciúmes, eu só quero você. ㅡ Ela sorriu e se virou para mim, me deu um beijo apaixonado e depois voltamos a nos sentar na cama. ㅡ Acho que nunca conseguiremos fazer aqui na sua cama. ㅡ Mel fez uma carinha triste e ficou tão fofa que não resisti e dei um beijo em seu rosto.

ㅡ Não fica triste, Mel, podemos só namorar. Eu gosto de ficar assim juntinha com você. ㅡ Falei a abraçando.

ㅡ Não sei o que há comigo, mas desde que nos beijamos pela primeira naquela brincadeira, eu só penso em fazer amor contigo, tanto que eu até sonhava.

ㅡ Você sonhava que estava fazendo amor comigo? ㅡ Fiquei surpresa com essa informação, eu imaginava que ela não pensava em nada disso, ela parecia ser muito tranquila.

ㅡ Eu sonhava. ㅡ Mel riu, e acabou ficando corada.

ㅡ Então naquele dia que você ficou bêbada, você só estava matando sua vontade?

ㅡ O que? Nós fizemos aquele dia? ㅡ Mel ficou chocada e eu acabei rindo.

ㅡ Não, não fizemos nada, mas só porque eu me segurei ao máximo, porque você estava cheia de fogo, e ficava toda hora me atentando. ㅡ Falei rindo e a abracei mais forte.

ㅡ Então não eram sonhos, eu estava mesmo te agarrando? ㅡ Mel se distanciou um pouco para me olhar nos olhos.

Balancei a cabeça concordando e ela tampou o rosto com as mãos toda tímida, me fazendo rir ainda mais.

ㅡ Que vergonha, meu Deus!

ㅡ Relaxa, Mel, você me fez um teste de resistência e eu passei. ㅡ Sorri convencida e sem que eu esperasse, ela tacou o travesseiro em meu rosto, me fazendo cair para trás. Me acabei de tanto rir com essa atitude dela.

ㅡ Eu não queria bater tão forte, perdão… ㅡ Me levantei enquanto ela falava e beijei a boca gostosa dela com muita vontade. Parei de repente e sorri ㅡ Te perdoar pelo que, se não me machucou? Eu te amo, morena. ㅡ Vi ela sorrir e a ataquei outra vez com um beijo surpresa, desses de tirar o fôlego. Quando não conseguíamos mais respirar, parei o beijo e me deitei na cama, sorrindo de orelha a orelha.

ㅡ Olha, a Lisa dormiu. ㅡ Mel ficou em pé e foi até o berço para olhar Lisa. Fiquei olhando a cena e não pude deixar de imaginar essa mesma cena, mas com uma filha nossa. ㅡ Awn, ela está tão fofinha assim toda lambuzada de chocolate, Beka, posso tirar uma foto?

ㅡ Pode, fique à vontade, Mel. ㅡ Sorri e continuei admirando aquela cena.

Depois de muitas fotos, Mel se deitou ao meu lado, me deu um beijo e me mostrou as fotos em seu celular. Mel tinha razão, Lisa estava realmente fofinha, com chocolate nas bochechas, nariz, queixo e mãos. Ficamos comentando as fotos e quando percebemos já estava noite. Mel teve que ir para casa, disse que se não fosse pelo trabalho que ela precisava terminar, ficaria comigo por muito mais tempo. É obvio que ouvir essas palavras me fez derreter toda e só não a segurei para dormir comigo, porque minha porta estava sem chave. Sorrindo à toa, tirei Lisa do berço com cuidado e a limpei com lenços umedecidos. Deixei ela em minha cama enquanto preparava a mamadeira dela e logo voltei para o quarto. Fiz Lisa tomar todo o leite e tirei a sua temperatura. Respirei aliviada ao ver que ela estava sem febre e a deitei no berço novamente, torcendo para que na manhã seguinte ela já estivesse bem.


Notas Finais


Obrigada por ler e comentar <3
Beijos!


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