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História Só vejo você - Remoendo o Passado


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Oiie!!! Acharam que eu não viria, não é? Nana, nina, não, aqui estou.
Com o último capítulo pude notar o quando vocês curtem um hot e vi que minhas leitoras são todas safadenhas kkk
Quase perdi a vida com algumas ameças por ter parado onde parei kkk
Enfim, agora já podem ler, eeee \o/
Divirtam-se ;D

P.S: Leiam as notas finais.

Capítulo 30 - Remoendo o Passado


POV NARRADOR

Rafa foi se aproximando de Bia,  dançando ao som das batidas da música de maneira suave conseguindo seduzir Bia apenas com isso. Após perceber que tinha Bia sobre controle com sua sedução, não conseguia mais parar de sorrir. Parou de andar quando faltava apenas cinco centímetros para encostar em Bia, colocou o boné na cabeça da loira e escorregou seu dedo indicador lentamente sobre a testa dela, passou pelo nariz e ao chegar sobre os lábios rosa de Bia, os contornou bem devagar.

Bia a olhava com as pupilas dilatadas, seu corpo estava completamente inerte, apenas absorvendo as sensações que aquela sedução estava lhe provocando.

Passou a língua sobre os lábios da loira e sorriu ao sentir que ela tremeu com esse toque, virou se novamente de costas e voltou a rebolar, se abaixando como se fosse se sentar no colo dela, mas ao invés disso ficou roçando sua bunda sobre as coxas de Bia. Virou-se novamente e se sentou de pernas abertas no colo de Bia, sem parar de rebolar. Levou as mãos aos cabelos, os levantando, de maneira bem sexy, mordendo os lábios e olhando para o rosto de Bia, que parecia estar em transe. Riu gostosamente com isso e pegou as mãos de Bia, levando-as até a sua cintura, se inclinou e lambeu o pescoço dela, dando uma forte chupada que fez bia gemer. Sorriu e depositou um beijo na suave marca vermelha que se formou no local. Ainda segurando as mãos de Bia, as levou até seus seios e fez com que ela os apertasse.

Nesse momento, Bia saiu do transe e assim que Rafa soltou suas mãos, continuou a massagear os seios de Rafa, sem parar de olhar para os olhos dela. Rafa rebolava muito bem, soltou de um dos seios e os levou até as coxas dela, apertando-a várias vezes, pegou na bunda dela e a agarrou com força, fazendo Rafa rebolar ainda mais rápido. Sorriu e abaixou os olhos para o quadril da pequena se movimentando suavemente. Levou as mãos por baixo da regata preta que ela usava e tocou a pele quente da barriga dela. Bia queria vê-la dançar sem aquelas roupas feias, então voltou a pegar na barra da camiseta e a levantou. Rafa entendendo o que ela queria, a ajudou a tirar sua blusa e voltou a rebolar sobre a coxa da Loira. Bia sorriu ao ver aquela barriga lisinha e levando suas mãos até as costas da pequena a inclinou para trás, enchendo a pele quente de Rafa de beijos. Contornou o umbigo dela com sua língua, e foi percorrendo com ela até um osso saltado que ficava em baixo da barriga, bem próximo ao elástico da calça moletom que ela usava. Chupou a pele dela em cima do osso e sentiu o corpo da pequena estremecer, ao mesmo tempo que ela gemeu. Sorrindo satisfeita, Bia se levantou e aproveitando que suas mãos seguravam as costas dela, pegou no sutiã, o abriu com praticidade e em menos de três segundos, Rafa já estava sem seu sutiã. Sorrindo, Bia ficou observando Rafa rebolando sem roupa na parte de cima. Os seios pequenos dela nem se mexiam conforme ela se movimentava, eles eram bem firmes, eram lindos.

Rafa deixou que Bia admirasse seu corpo por alguns minutos e decidida, pegou a blusa que Bia usava pela barra e puxou para cima, Bia sem esperar essa atitude, a olhou e ao ver o sorriso que Rafa dava sorriu também, levantando os braços, dando liberdade para que ela puxasse sua blusa. Sem perder tempo, Rafa terminou de tirar a blusa e sorriu, a loira já estava sem sutiã, segurou nos braços de Bia e levando seu tronco para a frente, encostou seus seios nos dela e voltou a rebolar, sentindo o calor dos corpos se misturando um com o outro. A essa altura a música já tinha acabado, mas para Rafa isso não era problema, pois continuava dançando mesmo sem música. Estava amando sentir seus seios roçando um contra o outro e as mãos de Bia passeando por suas costas como se não encontrasse uma saída por aqueles caminhos, indo e voltando sem parar. Sua respiração estava acelerada, sentia-se apaixonada, mas sabia que não estava. Sentiu que a loira tocou no cós de sua calça a abaixando sorrateiramente, fazendo Rafa rir e se levantar para tirar a própria calça.

ㅡ Você usa cueca? ㅡ Bia quebrou o silêncio ao ver Rafa com uma cueca boxer branca da Calvin klein.

ㅡ De vez em quando eu uso, algum problema? ㅡ Atirou essas palavras toda séria contra Bia.

ㅡ Nenhum problema, está bem sexy. ㅡ Bia mordeu os lábios.

Rafa sorriu, e deu um passo para a frente, tocou no queixo de Bia o levantando, deu um beijo na boca que Bia, foi até a orelha e disse com a voz ainda mais rouca de propósito: ㅡ Fico feliz que tenha achado meu corpo sexy. ㅡ Mordeu a ponta da orelha de Bia ㅡ Agora me deixe ver você…

Sem esperar resposta, Rafa empurrou Bia para trás, fazendo com que ela caísse deitada na cama e como se o tempo fosse passar bem rápido, abriu os botões da calça preta que ela usava e a puxou de uma vez. Bia estava usando uma calcinha pink fio dental que deixou Rafa sem ar.

ㅡ Bianca, assim você me mata, que maravilha! ㅡ elogiou se abanando e se inclinou para beijar as lindas pernas Bia.

Bia riu com o elogio, e perdeu o fôlego com os beijos nas pernas. Rafa tinha algo que a deixava sem ar, mas gostava muito disso. Virou se de costas quando a pequena a forçou a isso e apertou os lençóis na tentativa inútil de controlar seus gemidos com as mordidas que ela estava dando em sua bunda.

Rafa estava se deleitando com aquele bumbum perfeito. Aquela calcinha fio dental deixava ele ainda mais bonito, totalmente sexy. Mordia, apertava, beijava incessantemente. Ouvir os gemidos da loira só a deixava ainda com mais vontade. Puxou a calcinha dela e a virou de frente novamente, ficando em pé. Tirou a cueca que usava e ficou olhando para Bia, ela parecia estar com dificuldade para respirar. Sorriu e subiu na cama, colocou uma perna entre as pernas dela e pegou na mão de Bia para que ela se sentasse e a puxou. Bia sorriu e segurou nos ombros dela assim que se sentou, puxando Rafa para iniciar um beijo ardente e provocante. Ambas buscavam cheias de prazer a língua uma da outra, com muita sede. Puxões de cabelos, arranhadas nas costas, mordidas e muito prazer fizeram parte desse beijo que não queria mais ter fim nem para uma e nem para outra, mas pela falta de ar que ambas sentiam tiveram que se separar. Ficaram se olhando bem de perto, e sorrisos eram presentes em seus lábios enquanto recuperavam o fôlego.

Após alguns minutos se olhando, Rafa se inclinou para trás, se apoiando na cama com suas mãos, encaixando suas pernas entre as de Bia e começou a movimentar seu quadril devagar. Bia gemeu ao sentir a intimidade de Rafa roçando entre a sua, quente e úmida. Mordeu os lábios e se apoiou na cama também, movimentando seu quadril, para pressionar sua intimidade com a dela. Rafa sorriu, mordeu os lábios também e foi aumentando o ritmo das reboladas a medida que Bia aumentava também. Essa também fazia parte de uma das melhores sensações do mundo e uma de suas posições favoritas, pois era muito prazerosa. E como Bianca era linda, e tinha um corpo lindo e seu temperamento era forte, só fazia com que o momento ficasse ainda melhor.

Após longos minutos de muito prazer, Bia estava deitada sobre o peito de Rafa enquanto sua mão direita, brincava tranquilamente sobre a pele da barriga lisa da pequena. Viu várias vezes os músculos da barriga dela se contraírem, a pele se arrepiar e Rafa suspirar com seus toques.

ㅡ Ficar aqui na minha cama com você, foi bem melhor que ter ido no show, sabia? ㅡ Rafa disse com a voz tão grave que Bia se arrepiou toda.

ㅡ Eu também tenho essa sensação… ㅡ Bia sorriu e levantou sua cabeça para olhar para o rosto de Rafa e esta sorriu preguiçosamente.

ㅡ Quer comer alguma coisa? ㅡ Rafa passou a mãos nos cabelos de Bia, os colocando atrás da orelha, pois queria ver seus olhos ㅡ Estou com fome, ainda tenho pizza que sobrou de ontem.

ㅡ Pizza velha? ㅡ Bia fez cara de nojo, nunca comeu coisas de um dia para o outro. Tudo o que sobrava na casa dela ia para o lixo. ㅡ Acho que não é uma boa idéia,podemos…

ㅡ Para de ser fresca, Bianca. ㅡ Rafa riu e se sentou na cama, pegou a regata e a vestiu, depois se levantou, vestiu a cueca e foi até a geladeira, abrindo-a. ㅡ Vou esquentar a pizza, e pra beber tem… ㅡ Procurou algo decente, mas só viu uma garrafa com água e uma garrafa de coca-cola pela metade ㅡ Coca-cola e água. ㅡ Riu em seguida tentando disfarçar a vergonha que sentia por não ter nada decente em sua geladeira.

ㅡ Vou ficar com a coca-cola, mas ainda acho que deveríamos ligar num restaurante e pedir coisa melhor.

ㅡ Não, nada disso, vou esquentar o que tenho aqui. ㅡ disse já colocando o prato com dois pedaços de pizza no microondas. Apertou os botões e foi até o armário para pegar os copos. ㅡ Para um pouco de ser tão patricinha.

Bia riu, mas estava com uma certa repulsa em comer comida do dia anterior. Tentou disfarçar isso e olhou para o lado. Viu um porta retrato com uma foto de uma menina bem loirinha, com cabelos na altura do ombro e uma franja quase cobrindo os olhos. Esta foto a fazia lembrar de algo, mas não sabia o que.

ㅡ No que está pensando? ㅡ Rafa se sentou e pôs uma bandeja na cama.

ㅡ Em nada… ㅡ Bia olhou para os pedaços de pizza e não pareciam ruins, mas teria que provar para comprovar. Sentiu um ar gelado e cruzou os braços ㅡ Está um pouco frio, me empresta uma dessas camisetas suas.

ㅡ Sério? Não vai mudar sua personalidade por usar uma de minhas camisetas?

Rafa estava usando o jeito de Bia pensar contra ela mesma, Bia riu alto disso e apontou para suas roupas no chão.

ㅡ Minhas roupas são apertadas e preciso de uma roupa mais confortável para dormir. Pode me emprestar uma?

ㅡ Nesse caso eu te empresto. ㅡ Rafa riu, se levantou, abriu o guarda roupa, pegou uma camiseta branca bem grande e entregou para Bia. ㅡ Assim está bom para você?

ㅡ Deixe me ver… ㅡ Bia vestiu a camiseta e ficou em pé ㅡ Não preciso de mais nada, essa camiseta virou um vestido para mim.

Rafa a olhava e não gostou nem um pouco da imagem que via, aquela camiseta grande não combinava em nada com Bia, não a deixava sexy e nem realçava as curvas que ela tinha, mas preferiu não comentar nada disso.

ㅡ Parece mesmo um vestido ㅡ Riu e pegou um pedaço de pizza. ㅡ Vem, senta aqui e come, se não logo a pizza esfria.

Bia sorriu e se sentou, olhou para a pizza, mas não viu os talheres, como Rafa queria que ela comesse sem os talheres?

ㅡ Mas como vou comer, com as mãos?

ㅡ Sim, eu estou comendo com as mãos, para de ser fresca, Bianca.

Bianca revirou os olhos, pegou na pizza com cara de nojo, levou até a boca e mordeu. O sabor não estava ruim e nem parecia que era pizza do dia anterior.

ㅡ Até que não está tão ruim quanto eu pensei. ㅡ Disse assim que engoliu e pegou o copo com o refrigerante para beber.

ㅡ Eu te disse que era frescura sua. ㅡ Rafa sorriu, e bebeu um pouco do refrigerante ㅡ Amanhã descobriremos se você foi intoxicada ou não.

Bia parou de mastigar ao ouvir essas palavras, levou a mão até a boca pra poder falar de boca cheia ㅡ Como assim?

Rafa deu uma gargalhada e se jogou para trás ㅡ Nada, só estava brincando, boba!

ㅡ Idiota! ㅡ Bia deu um tapa no braço dela e voltou a comer a pizza. Seu olhos bateram outra vez no porta retrato e então como um flash se lembrou. ㅡ Seu nome é Rafaela Collins, e estudamos juntas, você disse. Em que ano?

ㅡ Na terceira série, porque? ㅡ Rafa franziu o cenho com a curiosidade de Bia, porque ela queria saber disso agora?

ㅡ Aquela foto, estou me lembrando… ㅡ Bia apontou para o porta retrato ㅡ Ela é você?

ㅡ Sim, sou eu com nove anos, se lembra de mim?

ㅡ Mais ou menos… você está bem diferente agora, por isso não te reconheci. Você pinta os cabelos? ㅡ Bia olhava de Rafa para o quadro procurando por semelhanças.

ㅡ Não, meus cabelos escureceram com o tempo, mas são naturais.

ㅡ Espera, não é possível. ㅡ Bia começou a rir ao se lembrar de uma Rafinha no colégio quando tinha uns 8 anos. ㅡ É você a Rafinha?

Rafa revirou os olhos e ficou séria, então ela se lembrou quem ela era. ㅡ Sim, me chamavam assim por eu ser a mais baixa da turma.

ㅡ Foi com você que eu brigava todo dia? ㅡ Bia não conseguia parar de rir, sua barriga chegava até a doer.

ㅡ Exatamente… ㅡ Rafa se levantou, não estava vendo nenhuma graça para Bia rir tanto. ㅡ Quer mais pizza?

ㅡ Não, obrigada! ㅡ Bia respirou fundo tentando se controlar do ataque de riso ㅡ Mas você se lembra porque brigávamos tanto?

ㅡ Não lembro. ㅡ Rafa não queria continuar, aquele assunto era muito  desconfortável para ela. Levou as coisas sujas até a pia e as lavou.

ㅡ Que pena, eu mal lembro de nós naquela época, imagina os motivos pelos quais brigávamos tanto. ㅡ Bia se deitou na cama e ficou olhando Rafa lavar a pequena louça. Percebeu que ela ficou incomodada com o passado. Não riu em nenhum momento e ficou bem séria. Mas porque será? Esperou ela voltar para a cama e se deitar ao seu lado, estava em dúvida se voltava ao assunto ou se começava um novo, mas se começasse um novo não iria entender o porque de ela ter ficado daquele jeito. ㅡ Tem algo te incomodando?

ㅡ Não, está tudo bem. ㅡ Rafa mentiu, olhando para o teto.

ㅡ Então porque está assim? ㅡ Bia se virou e sentou no quadril de Rafa, olhando no rosto dela.

ㅡ Assim como? ㅡ Preferiu se fazer de desentendida, não queria voltar ao passado.

ㅡ Está triste, tem algo no passado que te magoa muito. ㅡ Bia se inclinou e se apoiou com as mãos na cama, ao lado do ombro de Rafa.

ㅡ Eu estou de boa, é impressão sua. ㅡ Rafa sorriu, mas na verdade queria dar um soco em Bia por estar fazendo essas perguntas.

ㅡ Não, não está. Te conheço pouco, mas sinto que não está nada bem.

ㅡ Acho que devemos parar de falar disso, e aproveitar o tempo de outra maneira. ㅡ Rafa sorriu de novo e aproveitando o fato de Bia estar só com aquela camiseta sentada de pernas abertas em seu colo, levou a mão entre as pernas dela e tocou-a na intimidade, pegando Bia de surpresa que abriu a boca na mesma hora para soltar um gemido.

ㅡ Acho que você tem toda a razão. ㅡ Bia sorriu, sentindo os dedos de Rafa brincarem em sua intimidade, fechou os olhos e mordeu os lábios.

Sorrindo satisfeita, Rafa respirou aliviada. Era fácil demais fazer Bia parar de fazer perguntas.

 

xxx

 

Olhando Bia dormir tranquilamente, estava Rafa, sentada no sofá, com o controle do vídeo game entre os dedos, mas sem jogar. Não conseguia dormir pois seus pensamentos estavam voltados nos motivos pelos quais queria se vingar, e agora, mais do que nunca sentia essa vontade. Ver Bia rindo daquele jeito do que arruinou a sua vida ainda na infância foi a gota d’água. É claro que ela sabia quais foram os motivos pelos quais elas brigavam tanto e ver ela rindo daquele jeito, só comprovava que ela não tinha nenhum coração. Podia já ter passado muitos anos, mas ainda se lembrava perfeitamente de tudo. Sempre desenhou muito bem, mesmo quando ainda não estudava, e seus pais aos perceberem esse dom, quiseram colocá-la num colégio particular, onde depois que se formasse no ensino fundamental e no médio teria muita facilidade para ingressar na melhor universidade de Artes dos estados Unidos, pois ambas trabalhavam em conjunto, porém a falta de dinheiro não permitiu que ela fosse para o tal colégio particular. Mesmo assim, seus pais fizeram de tudo para que ela conseguisse tirar boas notas nas escolas públicas com a finalidade de um dia conseguir uma bolsa no colégio. Um dia surgiu a oportunidade e Rafa finalmente ganhou uma bolsa de estudos no colégio, para a alegria dela e dos pais de Rafa. Eles viviam dizendo que ela era o orgulho deles e que sempre daria muita felicidades aos dois. Mas, como a felicidade dura pouco tempo nesse mundo, Rafa não conseguiu fazer amizade com uma menina loira, muito bonita que se chamava Bia.

Bia, quando criança, era tão mesquinha que só pelo fato de saber que Rafa era bolsista, queria manter distância dela, e, para o desespero de Rafa, ela tinha uma rodinha de amigos que pensavam assim como ela. Faziam de tudo para ver os bolsistas fora do colégio. Para eles, pessoas de classe média não deviam estudar ali.

Rafa passou por poucas e boas naquele colégio, mas como era muito esperta, sempre conseguia se livrar das brincadeiras de péssimo gosto. Um dia, no entanto, já na sala de aula, Bia começou a azucriná-la, jogando bolinhas de papel sujas de tinta guache ainda molhadas, sujando todo o uniforme de Rafa e depois começou a rir, dizendo que ela não sabia usar tintas, e que estava se sujando toda. Todos os alunos da classe começaram a rir dela, inclusive a professora. Rafa tentou explicar o que realmente tinha acontecido, mas a professora não acreditou e ainda a colocou de castigo por ter sujado todo o chão com bolinhas de papel. Como se já não bastasse o castigo, quando foram para o pátio na hora do recreio, Bia voltou a azucriná-la, jogando todo o lanche de Rafa no chão. Rafa tentou ficar quieta e não brigar com a branquela, mas Bia gostava de ser chata, e pegando o copo de suco da colega ao lado, jogou tudo no uniforme de Rafa, e começou a rir, subindo no banco gritou: ㅡ Pessoal, olhem o que temos aqui, uma bolsista que ainda não sabe nem comer. A roupa dela é toda suja, é uma vergonha para o nosso colégio. Cantem comigo: Rafinha é uma porquinha, Rafinha é uma porquinha…

Logo todo colégio estava cantando e isso foi deixando Rafa com raiva, sem conseguir aguentar mais, se levantou e puxou Bia pelos cabelos. A branquela caiu do banco e Rafa se sentou na barriga dela para encher ela de tapas, mas após dar uns três, o coordenador separou as duas, e levou Rafa para a Diretoria. Não deu outra, Rafa levou toda a culpa, afinal, ela era apenas uma bolsista. Como o colégio era bem rígido e não permitia brigas entre os alunos, Rafa perdeu a bolsa. Com Bia nada aconteceu, continuou no colégio e provavelmente fez o mesmo com muitos outros bolsistas que passaram por ali. Naquele dia, quando voltou para casa, seus pais estavam muito chateados com ela. Não acreditaram em nada do que ela contou e ainda disseram ela já vinha sendo problema para o colégio há muito tempo, sempre brigando com os coleguinhas. Desde então, seus pais nunca mais acreditaram nela, eles não se orgulharam mais dela e não davam a mínima para o que ela fazia. Se fizesse uma apresentação na escola eles não iam, eles simplesmente a deixaram de lado, enquanto para seus dois irmãos eles faziam de tudo. Rafa foi crescendo desiludida com a família e com as pessoas ao seu redor, se tornou uma menina rebelde e quando começou a usar a roupa dos irmãos, seus pais pararam de levar ela para passear, pois Rafa tinha se tornado uma vergonha. De orgulho dos pais à vergonha, e tudo por culpa daquela que nesse momento dormia em sua cama. Lembrar disso tudo só fazia Rafa sentir cada vez mais ódio, precisava acabar o quanto antes com aquela que estragou a sua vida.


Notas Finais




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