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História Só vejo você - Conhecendo A Bianca


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Olá meninas, boa tarde!!! Sim, isso não é uma pegadinha, eu vim aqui mais cedo, eee \o/ (kkk)
Então, pra quem gosta da Bia, o capítulo a segui é delas outra vez, é a continuação, e, pra quem não gosta dela, peço para que leia, vale a pena, eu acho (kkk)
Ahh, gostaria de dizer a vocês que fiz um twitter, então quem tiver e quiser me seguir, fique à vontade. Deixarei o link nas notas finais ;D
Tenham uma boa leitura, espero que curtam ^.^

Capítulo 35 - Conhecendo A Bianca


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Conhecendo A Bianca

POV RAFAELA

Bia parecia estar com medo de tentar atravessar aquele pequeno espaço concretado do parque. Por um momento achei que ela iria desistir e a minha chance de ver ela caindo iria para o espaço, mas de repente ela criou coragem, remou para que o skate começasse a andar e levantou o pé, colocando o no skate. Não foi necessário mais remadas, pois o skate começou a ganhar velocidade e Bia logo começou a se desequilibrar. Tentava manter o equilíbrio com os braços, mas quando não tombava de um lado, tombava para o outro. A cena estava bem engraçada, estilo as vídeo cacetadas dos programas de televisão.

― RAFAAA!!! ― Bia gritou desesperada ― Aaahhh, me ajuda… ― Mas eu nem me mexi.

A cena aconteceu como eu havia imaginado, apesar do espaço de uma extremidade a outra ser bem pequeno, o skate ganhou muita velocidade devido a inclinação no chão, e com Bia toda desengonçada em cima dele. Quando o skate atingiu em cheio o final da área concretada, batendo na parte mais alta da guia, que dava início à uma grama fofa, Bia meio que voou do objeto e ao bater com os pés na grama, correu alguns metros, quase perdendo o equilíbrio, mas para a minha surpresa ela conseguiu ficar em pé e não caiu, me decepcionando. Nesse momento, me levantei e corri até ela, fingindo estar preocupada.

― O que aconteceu, Bianca? ― Perguntei assim que parei ao seu lado.

― Quase morri e você nem veio me ajudar. ― Ela disse apoiando as mãos nos joelhos com dificuldade para respirar, seu rosto estava muito corado.

― Eu tentei, mas não deu tempo, você estava muito rápida. ― Inventei logo uma desculpa, torcendo para que ela acreditasse.

― Que susto! ― Bia passou a mão nos cabelos, endireitando sua coluna ― Eu só conseguia me ver chão, nem sei como não caí.

― Foi pura sorte, Bianca. ― Sorri, mas por dentro eu estava praguejando por ela ter tanta sorte assim.

― Deve ter sido isso, ufa. ― Bia respirou fundo e foi em direção ao skate, colocou um pé em cima dele. ― É melhor eu nem tentar mais andar nisso.

― Você estava indo bem, só faltou mais um pouco de equilíbrio, quer tentar de novo?

― Não, depois dessa experiência de quase morte, vou deixar esse esporte só pra você, eu amo a minha vida.

Ela me fez rir com essas palavras e então desisti da minha ideia, ela não iria dar certo mesmo.

― Como você consegue pegar isso, sem se abaixar? ― Ela perguntou tentando me imitar, mas não estava correto.

― Tem que pisar só na ponta, com força e ele sobe. Assim, me deixa te mostrar… ―Fui até onde ela estava e após ela me dar espaço subindo novamente na grama, peguei o skate do chão com praticidade.

― Uau, você é boa nisso. Com você tudo parece muito fácil.

― São anos de experiência, por isso. Sem praticar, nunca estaria como estou hoje.

Bia sorriu, e quando se moveu para começar a andar, não viu que na grama tinha uma pedra redonda, acabou pisando nela, e por ela estar molhada, escorregou, caindo deitada sobre a pedra.

Não sei o que aconteceu comigo, mas ver Bia caindo me assustou, não pude fazer nada para ajudá-la, foi tudo muito rápido. Me abaixei rápido para ajudá-la e a cara de dor que ela fazia me deixou preocupada.

― Você está bem? ― Perguntei quase tocando nela, mas fiquei com medo de machucá-la ainda mais.

― Ai, que dor na bunda. Acho que quebrei as cadeiras. ― Bia choramingou ficando na mesma posição em que caiu, deitada, olhando para o céu e em seu rosto havia uma expressão de dor.

― Mas você está conseguindo se mexer? ― Perguntei preocupada, sentindo remorso por querer que ela se machucasse minutos antes ― Tente mexer os pés e as pernas.

Bia mexeu os pés e dobrou os joelhos para meu alívio. Respirei fundo e sorri.

― Parece que não quebrou nada. Quer tentar levantar?

Nesse momento Bia começou a rir, e sem entender nada comecei a rir também.

― O que foi?

― Veja como são as coisas, escapei de uma queda perigosa e caio de bobeira agora. ― Disse rindo e tentando se levantar, a ajudei com cuidado, me sentindo culpada. Eu desejei tanto que ela caísse. Será que foi minha culpa? ― Acho que vou ficar com a bunda roxa por uma semana. ― Bia continuava achando graça, eu tentava rir, mas não conseguia. ― O que você tem? ― Ela pegou em meu ombro, assim que me sentei ao lado dela e ficou me olhando.

― Só fiquei assustada com a sua queda, acho que culpa é minha. ― Não tive coragem de olhar nos olhos dela, foquei em dois pássaros que brincavam alegres, muito barulhentos, no encosto do banco à nossa frente.

― Porque? ― Não vi, mas acho que ela deve ter levantado uma sobrancelha ao me fazer a pergunta ― Foi você quem colocou a pedra que eu pisei na grama?

― Não, é que…

― Então a culpa não foi sua, idiota. ― Ela me interrompeu, faltou pouco para eu contar que desejei ver ela toda machucada, mas depois agradeci por ela ter me interrompido. Sorri com o idiota e então criei coragem para fitar seus olhos tão azuis. Ficamos em silêncio por alguns segundos e então vi ela piscar, como se tivesse encontrado algo pra dizer, e eu estava certa ― Não consegui sentir a liberdade que você falou que sentia em cima disso. ― Ela apontou para o skate e continuou ― Só me senti aprisionada, foi uma experiência traumatizante.

Ela me fez rir outra vez, e então tive uma ideia, mas ela iria ter que confiar em mim.

― Quer sentir a liberdade? ― Ela hesitou em responder e acabou não respondendo de imediato. ― Prometo que dessa vez irá sentí-la.

― Mas como irei sentir? ― Ela estava com medo e a culpa era minha, eu precisava tirar esse trauma.

― Você precisa confiar em mim, só isso! ― Pisquei para ela e me levantei, estendi a mão para ajudar ela a se levantar.

― Mas para onde vamos? ― Bia continuava com receio, mas se levantou.

― Sentir a liberdade. ― Respondi toda sorriso e comecei a andar, levei ela até a parte mais alta do parque, coloquei meu skate no chão e me sentei nele, deixando um bom espaço na frente para ela poder se sentar também. ― Senta aqui, Bianca.

― O que? No skate? Não subo nisso nunca mais. ― A voz mimada que ela fez ao dizer isso me fez soltar uma gargalhada que há muito tempo eu não soltava.

― Não tem perigo, Bianca, sou eu quem vai guiar ele, você só vai se sentir livre.

Ela me olhou toda desconfiada, devia estar lutando interiormente consigo mesma, em dúvida se acreditava em mim ou não.

― Confia em mim, eu prometo que irei te proteger. ― Estiquei minha mão, e esperei que ela aceitasse meu convite.

― Olha aqui, Rafaela, eu vou confiar em você, mas se eu cair disso eu juro que te mato. ― Ela falou de um jeito todo mandão que eu quase puxei ela e a beijei.

― Isso se você sobreviver… ― A provoquei assim que ela se sentou em minha frente, e ela tentou se levantar, mas fui mais rápida e abracei sua cintura. ― É brincadeira, boba, não vai acontecer nada com você.

― Tem certeza? ― Ela tentou virar o rosto para me olhar, mas pude sentir que seu corpo estava tenso.

― Absoluta, confie em mim. ― Falei bem perto de sua orelha, mas não pude ver a pele dela se arrepiando, pois os cabelos loiros dela cobriam os ombros. ― Coloque os dois pés nos skate e em nenhum momento os coloque no chão, entendido?

― Acho que sim… ― Bia fez o que eu pedi ― E minhas mãos, o que eu faço com elas?

― Pode abraçar meu joelhos se você quiser, mas nunca as coloque no chão.

― Tudo bem, acho que entendi, nada no chão,correto?

― Isso mesmo, você é muito inteligente.

― Tonta! ― Ela começou a rir, mas ainda sentia o corpo dela tenso.

― Está pronta? ― Ao ouvir ela concordando, soltei a cintura dela, segurei nas bordas do skate e levantei meus pés, após dar um leve impulso para o skate começar a se mover. ― Então lá vamos nós, abrace meus joelhos. ― pedi assim que senti o corpo dela tremer com o movimento do skate.

Obediente, Bia segurou em meus joelhos. A descida pelo parque começou bem suave, eu guiava o skate com minhas mãos e com meus pés, respeitando as curvas que a área concretada do parque tinha. Rapidamente o objeto começou a ganhar velocidade, e pude sentir Bia apertando meus joelhos cada vez mais forte, ouvindo gritos dela, que iam ficando cada vez mais altos, me fazendo rir. Logo os gritos começaram a virar risadas e sem que eu pudesse esperar, Bia soltou meus joelhos e abriu os braços, como se estivesse voando. Os cabelos dela chicoteavam meu rosto, devido à velocidade, mas eu nem ligava. Estava muito prazeroso ver que ela estava gostando do passeio. E como tudo o que é bom dura pouco, o chão voltou a ficar plano, fazendo assim, o skate perder a velocidade e parar sozinho.

― Oh, meu Deus, o que foi isso? ― Bia perguntou assim que paramos, procurou a minha mão e a levou até seu peito ― Sinta meu coração, Rafa! Você estava certa, amei sentir a liberdade.

O coração de Bia batia muito rápido, e curiosamente, senti que o meu também estava bem acelerado, mas porque, se eu sempre descia esse local de skate, em pé, me arriscando muito mais e ele nunca disparava assim?

― Isso foi incrível! ― Bia ria e se sentou de lado para me olhar.

― Agora você já sabe um pouquinho de como eu me sinto em cima dele. ― Sorri ao terminar de falar, ainda tentando entender porque meu coração batia tão forte.

― Se você sente muito mais do que eu senti descendo esse parque, então entendo porque gosta tanto disso. ― Bia deu um sorriso e então se distraiu olhando em minha mão que ela ainda segurava. Fiquei observando-a, percebendo que Bia não era mais aquela criança chata e irritante, agora era uma mulher, muito bonita por sinal. De repente a minha vingança parecia já não ser mais tão importante, e quando Bia estava comigo eu nem lembrava o que ela tinha me feito na infância. Essas lembranças estavam cada vez mais escassas.

― Você tem algum sonho?

Bia me tirou de meus pensamentos e olhei para ela tentando formular a pergunta que ela acabou de fazer.

― Se eu tenho um sonho? ― Bia fez que sim com a cabeça e então comecei a pensar. Nunca havia parado para pensar em sonhos. Minha vida acabou sendo tão sem sentido desde os meus nove anos de idade que sonhar para mim havia se tornado uma besteira. Quando fui morar sozinha, meu foco acabou sendo só a vingança. Pensei tanto nela que acabei esquecendo de sonhar. ― Não tenho nenhum sonho que eu me lembre.

― Mas você quer ser uma artista plástica, não é?

― Sim, vou me especializar nessa área.

― Você pode chamar isso de um sonho, sabia?

― É pode ser, mas não considero isso como um sonho, e sim uma meta.

― Eu vou chamar isso de sonho, e para de ser sem graça. ― Ela fez aquela voz mimada outra vez com aquele jeito mandão me fazendo rir. Mostrei a língua para ela e balancei os ombros.

― Chame como quiser. ― Dessa vez foi Bia quem riu. ― Me lembrei de algo que venho planejando há alguns meses, desde que voltei para Beverly Hills, mas não sei posso chamar isso de um sonho.

― Porque não? ― Bia parecia estar bem curiosa para saber o que era.

― É uma vontade, não dá para explicar, você precisa ver. Vem comigo. ― Me levantei e ela se levantou bem rápido. Então peguei meu skate, voltei para pegar minha mochila, e depois fomos para o carro.

Nesse tempo todo ela ficou me perguntando o que era, mas não disse, fiz segredo até chegarmos no local. Parei o carro em uma das avenidas mais movimentadas da cidade. E  Bia me olhou sem entender nada.

― É aqui?

― Sim, tenho vontade de descer essa avenida de skate numa hora de pico. ― Falei olhando para a avenida, que mesmo naquele horário tranquilo, estava muito movimentada.

― Não, você só pode estar louca, pra que quer fazer isso? Tem noção que pode morrer? Olha a quantidade de cruzamentos que tem aqui.

Comecei a rir, ela estava realmente preocupada com a minha vida?

― Calma, Bianca, estou estudando antes. Tem um momento que dá pra descer sossegado. Olha os semáforos, todo dia, às 19:15 o primeiro semáforo abre, cada um leva um minuto para se fechar e é nesse tempo que começarei. Com os semáforos da avenida abrindo de um em um minuto, os semáforos dos cruzamentos se fecham, sem botar em risco a minha vida.

― E como você sabe que dará certo? ― Perguntou bem séria.

― Eu cronometrei o tempo que meu skate leva para descer uma avenida como essa, e o tempo dá certo. Sempre estarei perto dos semáforos quando estes abrirem, dando tempo para os outros fecharem.

― Você não deve ter amor à vida, ou está mesmo louca para ter um desejo desse.

― Talvez eu não tenha mesmo... ― comecei a rir e liguei o carro.  ― Está com fome?

― Estou, eu fui direto da Universidade pra sua casa e nem parei pra almoçar.

― Sério? Eu também nem almocei. ― Sorri ― Aceita um MC lanche feliz?

― Está falando sério? ― Balancei a cabeça e ela riu alto. ― Tudo bem, aceito, mas é só hoje, ouviu?

― Sim,  sim, senhorita patricinha, somente hoje. Fugir das regras de vez em quando faz bem, sabia?

― Mas você sempre foge das regras, Rafaela. ― Ela revirou os olhos.

Dei risada, pois era verdade, quebrar regras era o meu forte. Eu era sempre a do contra em vários assuntos. Parei o carro no drive thru e fiz os pedidos. Dois combos com lanche, fritas, refrigerante e sundae de chocolate. Após alguns minutos, tudo ficou pronto e paguei.  Bia quis pagar, mas não aceitei, eu havia a convidado, então eu queria pagar. Brigamos alguns minutos, mas depois ela acabou aceitando.

― Me leva para o seu cafofo? ― Bia já devorava seu sundae, com a desculpa que não gostava de sorvete derretido. ― Eu gostei dele.

― Não é cafofo, é o meu apartamento.

― Eu quero apelidá-lo de cafofo. Ele é tão pequeno.

― Mas é boba. ― Balancei a cabeça em negativa. Como já estávamos perto do prédio onde eu morava, logo chegamos. Estacionei em frente ao prédio e descemos. Bia levava nosso lanche, enquanto eu fechava e trancava o carro. O porteiro já conhecia Bia e sempre deixava ela passar, mesmo sem a minha permissão, eu só descobria que ela estava em casa, quando abria eu a porta.

Já no meu apartamento, Bia colocou nosso Mc Lanche Feliz sobre o balcão, e nos sentamos ali para comermos. Eu estava morrendo de fome. E em menos de cinco minutos eu já tinha devorado meu lanche. Agora comia as batatas.

― E você, Bianca, tem um sonho? ― Eu fiquei curiosa, afinal, se ela me fez essa pergunta, era porque ela tinha um. Talvez jogar golf nos domingos de manhã.

―Eu tenho um, mas só irei realizar daqui alguns anos. ― Ela ainda comia o lanche, dava pequenas mordidas, cheia de charme.

― Hum, e como ele é? ― Fiquei curiosa pra ouvir, deveria ser uma coisa bem boa.

― Eu gostaria de criar uma ONG sem fins lucrativos, para dar suporte à crianças e jovens que não tem pais, ou para aquelas que os pais passam maior parte do tempo viajando.

Eu fiquei pasma, nunca pensei que ela pudesse sonhar em criar uma ONG com essa finalidade. Bianca tinha mesmo um coração? Eu precisava investigar.

― E como você teve essa ideia, surgiu assim do nada?

― Não, eu sempre pensei nisso, mas nunca contei pra ninguém, você é a primeira a ouvir. ― Bia sorriu, mas seus olhos estavam lacrimejados ― É muito triste ter pais que vivem viajando e não vêem os filhos crescerem, ter avós, tias e até mesmo babás que as criem é bom, mas nunca será o mesmo que seria com seus pais. Minha vida foi assim, Mary, minha babá, é uma fofa, não consigo viver sem ela, mas sempre sofri calada pela ausência dos meus pais. ― Bia secou uma lágrima e continuou ― Na ONG, tive ideias de ter psicologos sempre acompanhando os pequenos, para não ficarem depressivos e ver a vida de maneira diferente.

Eu estava realmente chocada, Bianca tinha um coração e era muito bondoso, pessoas ricas como ela nunca enxergavam os problemas sociais e muito menos faziam algo para ajudá-los. Eu sentia um nó apertando minha garganta, meus olhos também estavam lacrimejando, afinal, eu compreendia e muito o que a ausência dos pais poderia fazer com uma criança.

― E porque não pode criar essa ONG agora?

― Porque ela será sem fins lucrativos, e eu não posso usar o dinheiro dos meus pais para abrir a ONG, e nem sei se ele me ajudaria. Quero bancar esse projeto com meu próprio dinheiro e para isso eu pretendo estar formada e ter estabilidade financeira.

― As ONGs recebem doações, e aposto que seu pai iria te ajudar com muito orgulho.  Esse teu projeto é lindo. ― sorri mordendo uma batata.

― Talvez, mas como eu disse, preciso me formar antes. Quero planejar cada detalhe, para que tudo saia perfeito.

O que mais eu poderia fazer, a não ser admirar Bia? Ela já era linda, mas agora, conhecendo seu lado humano, percebi que a sua beleza era também interior, e era tão forte que irradiava tudo a sua volta.

― O que foi? ― Bia perguntou curiosa, me fazendo rir. Eu devia estar com a maior cara de boba.

― Nada, é só que... ― De repente eu não sabia como elogiar ela. ― Você... é... linda, por dentro e por fora.

Bia sorriu e dessa vez não foi convencida como sempre, foi um sorriso tímido, encantador. Passou a mão nos cabelos e chegou mais perto de mim, apoiando o braço no balcão e seus olhos fitaram meus lábios dizendo com a voz suave ― E agora que você descobriu isso, você quer me beijar?

Eu ri, ela era muito esperta, ficou o tempo todo com vontade de me beijar e agora encontrou uma maneira de fazer isso, achando que eu não ia perceber. Olhei para os lábios dela, perfeitos e brilhantes, devido ao batom rosa que ela usava e decidi não resistir mais.

― Como descobriu isso? ― Perguntei me aproximando mais dela e passei a língua lentamente sobre os lábios dela.

― É fácil perceber que está com vontade. ― Ela disse após gemer de prazer com a minha investida.

E foi nesse momento que me calei e a beijei, desesperadamente. Agora ela não me escapava mais, Bia iria ser minha, eu estava queimando de desejo. Sem perceber, nos levantamos e minhas mãos ágeis, foram diretamente nos seios dela, apertando-os, fazendo Bia gemer de prazer. Logo minhas mãos escorregaram em direção a bunda dela e Bia gemeu mais alto, parando o beijo. Pegou em minhas mãos e as levou até sua cintura. A olhei sem entender nada e ela disse:

― Meu bumbum hoje é área restrita, ele está doendo demais, lembra que caí?

― Me desculpe, eu tinha esquecido.

― Tudo bem, Rafa, aqui pode brincar bastante.  ― Ela sorriu apontando para seus seios.

― Posso? ― Sorri com malícia e sem pressa toquei a barriga dela por baixo da blusa.

― Deve... ― Bia mordeu os lábios, sentindo minhas mãos alisando sua pele.

― Hoje você ficou com ciúmes, quando me viu com a Tati? ― Eu precisava fazer essa pergunta e agora era o momento exato para ela responder.

― Não gostei do que vi, mas não sei se foi ciúmes.

― Fortes indícios apontam isso como ciúmes.  ― sorri e ela me deu um tapa.

― Então foi ciúmes, sua chata. ― Ela me mostrou a língua e eu tentei mordê-la, mas ela foi mais rápida e a escondeu, rindo em seguida.

Subi minhas mãos e apertei os seios dela novamente, sem tirar os olhos dos dela. Bia ameaçou fechá-los, mas resistiu, sustentando a olhada.

Para minha surpresa, ela mesma tirou sua blusa. Olhei para o corpo dela e mordi meus lábios, que corpo lindo. Depois foi a vez do sutiã, em segundos o mesmo já estava no chão. Fiquei olhando os seios dela sentindo minha boca salivar de desejo.

― Me chupa logo, Rafa.

Depois dessa ordem eu apenas sorri e me inclinei, abocanhando seu mamilo rosado, e o suguei com força,  enquanto apertava o outro. Dei total atenção a eles, fazendo Bia delirar e gemer muito alto.

Após alguns minutos ela agarrou os cabelos da minha nuca e me forçou a levantar.

― Quer ser minha ficante fixa?

― O que? ― Não entendi direito a pergunta, ainda estava explodindo de prazer.

― Minha ficante fixa, ficar só comigo e mais ninguém.

― Você também seria a minha?

Bia balançou a cabeça rindo de maneira muito fofa que acabei não resistindo.

― Sim, eu quero. ― E após ela abrir seu sorriso lindo e único, a beijei, dessa vez sem pressa, passando para ela todo o meu desejo. Eu quem comandava o beijo, então a encostei na parede, mas Bia se virou e me tacou na parede, rindo entre o beijo.

Aceitei a posição até distraí-la com uma chupada no pescoço e inverti as posições, encostando Bia novamente na parede.

― Ah, seja a passiva hoje?

― Nunca, você é linda nessa posição.

Após eu dizer essas palavras, ela me encarou séria e não sei de onde juntou forças para me empurrar até a cama. Riu ao conseguir me jogar nela e começou a me tocar, mas inverti as posições e voltei a chupar seu pescoço, colo e seios.

Eu precisava pensar direito nas coisas, eu amava estar com a loira sexy, ela havia mudado, agora era uma mulher. Minha vingança parecia ser tão insignificante, era isso mesmo o que eu queria? Olhei para aquele par olhos azuis e decidi pensar nisso depois, afinal, não podia perder a oportunidade de transar com ela. Pisquei para ela e me entreguei de corpo e alma para aquela deusa.


Notas Finais




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