1. Spirit Fanfics >
  2. Só vejo você >
  3. Problemas

História Só vejo você - Problemas


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Hi guys!!! Acharam que eu tinha abandonado vocês assim em pleno barco andando, né?
Mas não abandonei não, EU VOLTEI \O/ #TodasGritam
Nem vou me atrever a pedir desculpas, porque dessa vez eu demorei demais pra voltar.
Em agosto fui despedida do meu trabalho e desde então eu meio que perdi o foco, a depressão começou a tomar conta e eu fui deixando ela me consumir de tal forma que eu perdi completamente o ânimo de viver. Eu estou muito sedentária e estava lendo esses dias que ficar parada demais, sem fazer exercícios acaba com a criatividade para escrever. Deve ser esse o meu problema. Meu corpo anda com a imunidade muito baixa, quando não to com isso, to com aquilo, mas tudo vai passar, e vou voltar a escrever a fic com a mesma rotina de antes, eu prometo, é o meu objetivo e não perderei mais o foco.
Vou ficar feliz se continuarem lendo a história, mas se quiserem desistir vou entender, o erro foi meu. Enfim, quem quer ler? Tenham uma boa leitura.

Capítulo 46 - Problemas


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Problemas

POV Bianca

Acordei muito animada naquela manhã e ver minhas amigas no intervalo me deixou ainda mais, fiquei tão feliz por ver Duda toda apaixonada pelo fofo do Enzo, mas quando soube que a mãe da Beka bateu nela, fiquei com os nervos a flor da pele. Como ela ousou a tocar na ruiva? Eu precisava fazer alguma coisa, Victória era a pior pessoa e precisava pagar por isso.

Não conseguia entender como a ruiva permitia que essas coisas acontecessem, eu no lugar dela nunca aceitaria que minha mãe me espancasse. Eu estava revoltada e foi assim que terminei de assistir as últimas aulas. Quando elas terminaram saí apressada para ir embora, meu pai provavelmente iria pagar um bom advogado para Beka, era só eu conversar com ele, que sempre me dava tudo o que eu pedia e dessa vez não seria diferente. Se eu conseguisse encontrar ele livre para atender a minha ligação, hoje mesmo um bom advogado poderia começar a dar andamento nas coisas. O problema era só encontrar meu pai, ele andava muito ocupado, quase não atendia meus telefonemas e sempre parecia estar muito nervoso. Nem mesmo vir para casa para me dar um puxão de orelha, como havia prometido quando Mary disse para ele que eu havia desaparecido, ele veio.

Mas eu já esperava por isso, sabia que ele não viria, por isso nem dei importância quando Mary falou. Toda vez que eu pedia e fazia ele prometer vir me ver, ele sempre quebrava a promessa e vinha com uma desculpa depois.

Desde a nossa viagem para a Europa eu não via mais meus pais, apenas conversamos por telefone algumas vezes, que dava até para contar nos dedos, mas eu já estava tão acostumada com o jeito deles, que nem ligava mais. Aprendi a não reclamar mais, afinal, eles me davam uma vida muito confortável.

Entrei em casa, assim que cheguei, e minha intensão era ir tomar um banho e depois ligar para o meu pai, ou fazer os dois ao mesmo tempo, mas assim que entrei ouvi vozes no escritório e não acreditei, era a voz do meu pai. Sem perder tempo, joguei minhas coisas no sofá e corri até o escritório. Como a porta já estava aberta, entrei sem bater e fui logo abraçando meu pai lindo.

ㅡ Pai, não acredito que o senhor está aqui, que saudades! ㅡ Eu apenas sorria sem parar, sentindo o abraço paternal que eu tanto amava.

ㅡ Eu precisava vir buscar um documento, mas não estou encontrando.

ㅡ Achei que iria dizer que tinha vindo para me ver. ㅡ Parei de abraçá-lo, fazendo uma cara de triste.

ㅡ Também senti saudades, Bia. ㅡ Meu pai sorriu, mas pude notar que ele estava nervoso. Segurou em meu rosto e me deu um beijo na testa ㅡ Vim para te ver e buscar um documento.

ㅡ E a mãe veio também? ㅡ Perguntei olhando em volta procurando por ela.

ㅡ Veio, ela foi para o quarto descansar um pouco.

ㅡ Eu preciso ir vê-la, meu Deus, que saudades dela… ㅡ Fiz menção de sair do escritório, mas meu pai foi mais rápido.

ㅡ Bia, por acaso você mexeu nas gavetas aqui do escritório, pegou algum papel?

ㅡ O que? ㅡ Fiz uma careta ㅡ Nunca venho aqui, a não ser quando o senhor ligava e pedia. Se sumiu alguma coisa não foi culpa minha.

ㅡ Tem certeza, Bia? Isso é muito importante.

ㅡ Pai, nunca peguei nenhuma caneta daqui de dentro, sei o quanto esses documentos são importante, não sou nenhuma criança. ㅡ Revirei os olhos, sentindo os nervos começando a ferver.

ㅡ Tudo bem, eu acredito em você, a Mary já tinha me dito que você não mexe aqui dentro, mas eu precisava confirmar.

ㅡ Que bom que acredita em mim, porque não sou nenhuma mentirosa. Mas que papéis são esses e porque precisa deles?

ㅡ São os documentos de declaração dos impostos de rendas de todos os estabelecimentos que tenho, tanto sozinho, quanto como sociedade. Recebi uma ligação há vários dias, mas eu nem dei importância, porque eu sabia que estava tudo certo e tinha as provas aqui em casa. Liguei para meu advogado e ele confirmou que tudo estava certo, só a declaração de um estabelecimento que estava atrasada, mas corri atrás do sócio e conseguimos acertar as coisas, aí aproveitei que estava por perto e passei aqui para pegar as provas e onde elas estão? Desapareceram, e isso não pode acontecer, ou posso perder tudo o que construí em toda a minha vida.

Enquanto meu pai falava, deixei os nervos de lado e comecei a ficar preocupada. Eu não podia ficar pobre da noite para o dia, eu não iria conseguir.

ㅡ Pai, mas como os papéis que estavam aqui são os únicos que comprovam que o senhor está em dia com a justiça federal? Deve ter algum sistema, algum outro meio, isso não é justo.

ㅡ Tem um sistema, mas eles podem achar que fizemos alguma coisa para enganá-los, por isso preciso dos documentos, para mostrar que está tudo certo.

ㅡ Eu não acredito nisso, quem foi que fez essa denuncia?

ㅡ Não sei ainda, como eu disse, eu nem estava ligando para isso, mas agora a coisa ficou séria.

ㅡ Puxa, pai… Onde o senhor guarda esses documentos? Vamos procurar melhor. ㅡ Perguntei e já fui me sentando à mesa para procurar os tais documentos.

ㅡ Eu deixava eles nessa gaveta com chave, e escondia a chave embaixo da mesa. Sempre achei que era um bom esconderijo, por isso deixava tudo junto numa pasta azul.

Fiquei admirada em saber que a chave ficava escondida embaixo da mesa, uma vez tentei abrir aquela gaveta e revirei o escritório todo atrás da chave e não a encontrei, meu pai era mesmo muito inteligente.

Procuramos os documentos por tudo, reviramos todas as gavetas e pastas que encontramos pela frente e os papéis que meu pai queria não estavam ali. Meu pai jurava que não tinha tirado eles de lá, assim como eu também jurava que não havia entrado ali, mas eu dizia a verdade. E se não era nós quem havia tirado eles de lá, quem seria?

Meu pai pediu que Mary reunisse todos os empregados para perguntar se alguém tinha visto a pasta azul em algum lugar. E como as faxineiras viviam limpando o escritório e a casa toda, elas poderiam ter visto. Eu acreditei nisso e fui para o quarto tomar um banho. A hora voou enquanto procurávamos os documentos, já eram 15:30 e eu ainda nem tinha visto minha mãe.

Tomei um banho rápido e enquanto me vestia, dei uma olhada no meu celular. Abri um sorriso bobo ao ver que Rafa tinha me mandado uma mensagem, eu estava assim agora, qualquer coisa que ela fazia, eu sorria. Curiosa para ver o que ela tinha dito, abri a mensagem.

“Achei que iria vir aqui após a faculdade, mas você nem deu sinal de vida. O que está fazendo que me esqueceu? Posso passar aí antes de eu ir pra faculdade?”

Dei outro sorriso, ela estava com saudades, jamais achei que iria vê-la dizendo isso assim tão diretamente. Mas ela precisava ir pra faculdade, vivia faltando para ficar comigo e apesar disso ser ótimo para mim, era péssimo para ela.

“Rafinha com saudades, que gracinha… Mas, apesar de eu querer muito te fazer subir pelas paredes, acho melhor não vir para cá, meus pais estão aqui e preciso passar na casa da Mel depois.”

Digitei a mensagem e enviei, era bom demais fazer papel de difícil, eu até consegui ver a cara dela de frustração lendo a mensagem. Mas se ela não conseguia ser responsável, eu precisava ser por ela. Ri alto ao pensar nisso, quem diria que um dia eu iria ser responsável, há alguns meses isso era praticamente impossível.

Terminei de me vestir, e quando estava indo para o quarto da minha mãe, meu telefone tocou e adivinhem quem era. Exatamente, a Rafa.

ㅡ Olá, Rafa. ㅡ Atendi logo.

ㅡ Porque não posso te ver? ㅡ Senti um arrepio ao ouvir a voz grave dela, e sorri.

ㅡ Porque você está faltando muito, não pode matar aulas todos os dias, não vai aprender nada. ㅡ Parei de andar e encostei na parede antes de chegar no quarto de minha mãe, enrolando uma mecha de cabelo.

ㅡ Eu já sei as coisas que aprendo lá, nem dá nada faltar. E eu nem ia faltar, só ia dar uma passadinha aí, mas você não quer, tudo bem.

ㅡ Não é que eu não quero, é que você já faltou demais, estou responsável hoje. ㅡ Ouvi Rafa rir e mostrei a língua para ela, mesmo sem ela ver.

ㅡ Para de ser responsa, Bianca, fica muito chata assim, gosto da Bianca irresponsável.

ㅡ HAHAHA idiota. Eu preciso passar na casa da Mel hoje, pra tentar convencer a Beka a  denunciar a mãe dela.

ㅡ A Beka, é… Porque?

ㅡ É uma longa história, outra hora eu te conto. Promete que vai pra faculdade?

ㅡ Não, vou descer aquela avenida de skate.

ㅡ Se fizer isso nunca mais falo com você.

ㅡ Não precisa, vai lá falar com a Beka.

ㅡ Que mulher ciumenta. ㅡ Revirei os olhos e mordi meu lábio inferior, apesar de tudo, era bom saber que ela tinha ciúmes. ㅡ Rafinha, linda, olha só, a Mel vai estar lá, a casa é da Mel.

ㅡ Então eu vou com você.

ㅡ Não vai nada, vai estudar, mocinha. Depois eu te ligo, beijo! ㅡ Disse e desliguei, e depois entrei no quarto da minha mãe. Ela estava meio que deitada meio que sentada, com os pés na cama e com tapa olhos. Não consegui ver se ela estava dormindo ou não, então falei num tom suave.

ㅡ Mãe, está acordada?

ㅡ Bia, meu amor, venha cá… ㅡ Me chamou com a voz fraca. ㅡ Estou com enxaqueca, devo ter comido algo que não me caiu bem.

Minha mãe sempre tinha enxaquecas, quando viajava. Mas era só ela tomar remédio e ficar em repouso que logo passava. Me sentei ao lado dela na cama e a abracei com cuidado.

ㅡ Eu estava morrendo de saudades de vocês, deviam vir me ver mais vezes.

ㅡ Oh, minha querida, eu também estava morrendo de saudades, mas seu pai cada vez abre uma sociedade nova e fica ainda mais ocupado. ㅡ Ri da maneira como ela falou.

ㅡ Ele ama o que faz. Porque não fica aqui comigo?

ㅡ E deixar ele lá sozinho, não mesmo.

ㅡ Ai mãe, a senhora é a ciumenta mais linda que eu já vi. ㅡ Dei um beijo na bochecha dela e ela sorriu. Meu pai entrou no quarto e se sentou conosco na cama.

ㅡ Está melhor? ㅡ Perguntou para minha mãe, colocando a mão no ombro dela.

ㅡ Estou, a companhia da Bia é milagrosa.

Após ela dizer isso, eu me derreti toda, eu amo tanto esses dois fugitivos que só vivem me esquecendo.

ㅡ Não diga mentiras, mãe, acabei de chegar aqui. ㅡ Falei tentando esconder meu embaraço.

ㅡ Não estou mentindo, foi só você chegar e minha dor começou a aliviar.

Sorri e olhei para meu pai, apesar de ele estar sorrindo também, ainda estava preocupado.

ㅡ E então, pai, os empregados não viram os documentos? ㅡ Perguntei curiosa.

ㅡ Não, ninguém sabe onde eles foram parar, estou realmente preocupado com esse sumiço.

ㅡ Puxa, pai, e agora?

ㅡ Não sei, estou pensando em transferir um pouco de dinheiro para a conta da Mary, pelo menos teremos como viver se por acaso a Justiça Federal bloquear nossas contas. Nem a sua irá escapar, Bia.

ㅡ E eles podem fazer isso? ㅡ Perguntei assustada, como assim minha conta seria bloqueada?

ㅡ Podem e farão isso, estamos correndo risco de perder tudo. A Mary será a nossa laranja, meu próprio advogado me aconselhou a fazer isso. Poderíamos fazer com mais alguém, mas só confio na Mary, que sempre cuidou tão em de você.

Eu não sabia o que dizer, mas a ideia de fazer da Mary uma laranja parecia ser uma boa ideia, pelo menos até provarmos que tudo não passou de um invejoso fazendo falsas denuncias.

ㅡ Então, Bia, sugiro que vá até o banco, e tire uma boa quantia de lá, e deixe aqui em casa, porque a coisa poderá ficar preta para nós, temos que estar preparados, faça isso hoje se for possível.

ㅡ Hoje? Tudo pode ser assim tão rápido?

ㅡ Pode, por isso aconselho a usar seu dinheiro com responsabilidade, e não ficar gastando com bobagens.

ㅡ Mas… não vou conseguir viver assim. ㅡ Choraminguei, ficando preocupada também. Se eu descobrisse quem fez essa denuncia, eu não sei o que eu faria com essa pessoa. ㅡ Pai, e se a Beka quiser um advogado, o senhor paga para ela?

ㅡ Eu não sei, temos que economizar, mas porque ela precisa de um advogado?

ㅡ A mãe dela bateu e expulsou ela de casa e eu quero fazer ela denunciar a mãe dela, porque isso não se faz com uma filha.

ㅡ Bia, eu vou ver, se ficar muito caro não vou poder ajudá-la, eu sinto muito.

ㅡ Não vai ficar caro pai, eu vou conversar com ela ainda.

ㅡ Okay, converse com ela e depois converse comigo. ㅡ Meu pai sorriu e deu uma piscadinha.

ㅡ Promete que não vai embora hoje?

ㅡ Prometo, Bia, eu tenho que procurar melhor os documentos, ainda não estou satisfeito com esse sumiço.

ㅡ É que eu preciso ver a Beka hoje, e não queria perder a companhia de vocês.

ㅡ Pode ir tranquila, estaremos aqui quando voltar.

Sorri, meus pais eram lindos, apesar de tudo. Ficamos mais algumas horas conversando e matando as saudades, e quando deu 20:00 horas, liguei para Duda e convidei ela para passarmos na casa da Mel, ela aceitou e fui buscá-la. Eu já estava com saudades de fazer isso, ir buscar as meninas em suas casas sempre foi divertido. Porque eu deixei tudo isso acabar? Tudo mudou quando comecei a gostar da Beka, mas será que um amor vale mais do que as nossas amizades? Não, a amizade nunca deveria acabar por causa de um amor.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...