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História Sob a Aurora - Preparativos


Escrita por: UchihaSpears

Notas do Autor


Bem-vindos novos leitores.

Capítulo 6 - Preparativos


 

Os raios solares já apareciam na vila.

Os aldeões praticavam suas atividades corriqueiras do dia. O ferreiro aquecia a barra de aço até ela torna-se maleável, ali forjava uma espada rudimentar. Na vila a agricultura era extremamente de subsistência, eles plantavam em pequenos campos e quase todas as casas tinham um horta. Algumas mulheres estavam colhendo as batatas que resistiam à chuva e neve, graças ao feitiço de Sakura.

Na casa do líder da aldeia, o ancião tentava explicar para algumas mulheres que as batatas que estavam sob o feitiço não eram envenenadas, a feiticeira não tinha colocado uma magia mortal nelas, como circulava alguns boatos.

O dia dele já tinha começado quase bem.

 Às vezes ser o líder do clã era cansativo, ele próprio admitia. Tinha casos em que ele precisava de paciência e ultimamente era assim, apenas boatos sem noção e sem provas, não era como antes. Aliás, ele não era mais como antes. Sua idade já estava avançada, ele já não se considerava um forte e habilidoso guerreiro como antigamente.

E lá estava ele, em frente aos atuais guerreiros do clã, jovens na flor da idade e dispostos a lutar.

- Eles arquitetaram isso perfeitamente. – disse o ancião, mais uma dor de cabeça e agora era séria.

- Eu vi um massacre. – falou Itachi que relatou tudo o que viu ao seu avô e os presentes. Sasuke estava no canto ouvindo e espirrou um pouco, atraindo toda atenção. – Os Hieks atacaram e poucos sobreviveram. – Hieks eram criaturas fantasmagóricas, eles não tinham corpos físicos e assumiam uma forma de esqueletos no campo de batalha, criaturas medonhas e eram os inimigos de longo tempo do clã.

- Precisamos enviar uma tropa para lá imediatamente.

- Como? Estamos no inverno, navegar pelas águas do Ártico é impossível, há tempestades e fortes ondas. Sabe que é loucura. – Itachi exaltou-se.

- Você acha que eu não sei? – o líder bateu no braço da sua cadeira de madeira. – Por acaso vamos deixar os outros irmãos morrendo lá?

- O senhor quer nos matar? – perguntou o viking já bravo, ele sabia o quanto era perigoso navegar nessa época, lembrava perfeitamente de como o seu pai tinha morrido.

- Ora itachi, para alguém que quer ser líder, consegues pensar tão pequeno e não olhar para os horizontes. – Madara levantou-se e bateu no ombro no neto que estava amuado. - Olharam para a nossa baia? – ele perguntou observando pela janela.

Alguns presentes ali olharam em direção a baia. – O mar não avançou. – disse um.

- Está empacado, notei desde cedo. – um outro falou.

- Magia. – disse Madara com um sorriso satisfeito de lado. – Ela.

Sasuke lembrou-se do feitiço que ela colocou.

 Ela...

Ele nem queria pensar nela, graças aquela criatura de cabelos rosados ele estava resfriado, saiu de casa apulso após ser chamado com urgência. Ele estava muito ocupado pensando em um plano de como tirar aquele sorrisinho do rosto dela.

Colocar urtiga em sua cama. Urtiga era bom e ele poderia conseguir com algum curandeiro.

Sufocá-la até a. Ele gostou dessa ideia, mas ficaria apenas no plano A. O plano B deixaria para uma outra vez.

- Onde quer chegar meu pai? – perguntou Obito, esse não tinha muita ambição, aliás, nenhuma. Óbito sempre gostou de se aventurar e ajudar pessoas, mas nunca almejou o cargo de seu pai, desde pequeno sabia que não iria ocupar aquele lugar, já que o seu irmão Fugaku assumiria. Quando ele faleceu, ficou preocupado com essa possibilidade, não queria problemas para sua vida. Seu único sonho era conquistar novas terras.

- A feiticeira irá com vocês. – ele disse pacificamente, ele sabia do poder dela.

- O quê!? – exclamou Itachi em protesto.

- Isso o que ouviu, ela irá com vocês.

Sasuke arqueou sua sobrancelha, ficou claramente surpreso.

- Quer nos matar mesmo? Ela é uma feiticeira e nossa inimiga natural, ela na nossa dracar no meio do oceano, não acha que seria propício?

- Itachi acho melhor abaixar seu tom de voz e outra, se não quiser ir temos outros guerreiros.

- Eu sou o melhor guerreiro desse clã.

- Se é o melhor guerreiro prove isso. – disse o avô já sem paciência, ele já tinha convicção da ambição do neto e temia isso. No seu interior, Madara não queria passar seu legado para o neto, Itachi não tinha paciência e sua ambição ás vezes o cegava, como poderia tomar decisões importantes com a cabeça quente? Lamentou pela morte do seu primogênito e ainda mais pelo seu filho Obito não ter aptidão para o cargo. – Irão partir em duas embarcações, estejam preparados e Sasuke, a informe. – Sasuke assentiu.

- Claro, informar aquela criatura. – murmurou para si.

Na casa do viking, Sakura estava no ócio do seu tempo livre. Tinha perdido quantas vezes tinha cochilado e acordado. Quando saiu, o viking fez questão de acorrentá-la novamente. Sacrilégio!

Sua soneca estava boa, porém foi interrompida.

- Que pocilga. – disse uma mulher de cabelos negros, ela trajava uma calça cor escura e botas e uma blusa de camisa de cor caqui e um casaco por cima. A mulher entrou em um estado de negação olhando aquele local e encarava até com certo nojo.

Sakura a olhou por cima dos olhos.

Velha para dormir com ele, mas eu não sei dos gostos dele. – pensou ela avaliando a mulher. Por outrora, a mulher fitou a bruxa e logo parou para analisá-la e novamente o jeito reprovador apareceu, automaticamente a feiticeira entrou no seu modo de defesa.

- Aquele porco não tem jeito. – disse a mulher e fez questão de não falar com a bruxa.

"Deve ser a mãe dele." – pensou ela e acertou.

 Uchiha Mikoto estava ali; recém-chegada de viagem pelo lado norte da ilha da Terra do Fogo, tinha ido atrás de ervas poderosas em outras terras.  Tinha conseguido várias ervas poderosas e principalmente muitas histórias do que enfrentou pelo caminho, deu de cara com Notikins, animais encantados que viviam na floresta, eles eram pequenos  do tamanho de um papagaio e transluzentes, eles falavam  como humanos, no entanto cuspiam uma espécie de raio que saia pela boca em um formato de flecha. Mikoto estava orgulhosa, conseguiu matar alguns Notikins e trouxe até um em sua bagagem para mostrar as crianças que eram curiosas sobre essas criaturas.

- Meu caçula não tem jeito, porco. – disse ela retirando uns casacos do meio da sala. – Qual o problema dele? Deveria morar em uma pocilga de vez.

Tanto que ensinou a Sasuke ser responsável.

 Sasuke tinha chegado em casa espirrando, seu nariz vermelho tinha um destaque plausível no seu rosto. Ele olhou para feiticeira e lá estava ela com o seu olhar altivo.

Seu dia não podia piorar.

- Uchiha Porco Sasuke. – podia piorar sim e lá estava outro problema com as mãos no quadril e o encarando firme. Ele apenas estreitou os olhos.

Ele tomou um ar profundo. – Mamãe!

- Olha esse ambiente.

- Bem-vinda ao meu lar. Meu reino, seu reino.

- Eu não faço parte do reino de um porco.

- Ora, se você é a mãe de um porco é a porca mãe. – ele parou para pensar na besteira que disse, mas era tarde demais.

Mikoto o olhou como se fosse fuzilar aquela criatura de um metro e noventa. – Repete Uchiha Sasuke. – ela disse e fez os olhos da feiticeira que estava assistindo tudo da primeira fila brilharem. – Repete isso se é homem Uchiha Porco Sasuke. – ele ficou em silêncio olhou para o lado e viu a rosada segurando o riso.

"Mereço." – disse mentalmente.

- Eu andei várias milhas e lutei contra várias criaturas no caminho e não fui desrespeitada, chego à casa do meu filho e recebo tamanho desrespeito. Eu lhe tive, eu sou a sua mãe e para falar a verdade, tenho vergonha de dizer no meio desta bagunça que és meu filho. – ele revirou os olhos.

Sasuke ia dizer um “saia”, mas aproveitou e ficou calado, sabia como era a sua mãe furiosa.

Ele espirrou.

- Gripado?

- Sim. – disse esfregando o nariz em sua túnica cor de vinho com uma abertura para o pescoço, Mikoto o olhou feiamente e fez uma careta.

- Fica sempre do lado de fora e sem se cuidar, dá nisso. – Sasuke sorriu de lado um pouco irônico.

“Lado de fora, o problema foi aqui mesmo.” Pensou ele.

- Irei fazer um lambedor para você de hortelã e outras ervas que trouxe de viagem. Acredita que achei uma Adacurja em um bosque? Nem acreditei em tamanha sorte. – esse tipo de raiz era conhecida por ajudar a cicatrizar feridas expostas, era considerada pelos vikings uma raiz mítica de cura enviada pelo próprio Odin, também pela superstição local significava sinal de felicidade, para quem a encontrasse.

Sakura ergueu a mão rapidamente para o Uchiha gripado querendo atrair sua atenção, ele a olhou quando virou o pescoço para a direita e a viu silabando que estava apertada. Foi em sua direção e a levantou e retirou as correntes.

- O que está fazendo? – sua mãe o questionou quase boquiaberta.

- Ela quer ir lá fora, necessidades.

- E se ela fugir? – disse fitando a bruxa seriamente.

- Ela ainda tem juízo e além do mais, temos a varinha dela.

Sakura caminhou lentamente, sem que Mikoto percebesse, ela riu atrás das costas de Mikoto e fez Sasuke gelar, não literalmente. Ele sabia que as duas ali não seria nada produtivo, já que a feiticeira tinha o temperamento parecido com o de sua mãe, um embate entre as duas não seria nada bom e ele de certeza não gostaria de ser o apaziguador daquela ocasião. Mikoto observou a feiticeira e teve algo que a incomodou seriamente, ela era bonita e isso seria um problema.

“Mas quem infernos mandou Uchiha Sasuke vigiá-la e que roupas eram aquelas que ela trajava?” referiu-se a roupa de saco que a feiticeira usava e estava com um rasgo na lateral da perna direita exibindo curvas.

- Madara disse que Denmag está sendo atacada. – Sasuke anuiu para a mãe. – O que irão fazer? Não quero que nada aconteça por lá.

- Vamos até lá. – ele disse sério. Eram poucos os momentos nos quais ele realmente ficava sério, mas quando se tratava do povo, Sasuke fazia de tudo para proteger cada um presente ali. Era extremamente atencioso com o povo; querido pois não tinha tempo ruim e nunca  postergava suas atividades quando se tratava de ajudar quem precisava. De vias, por ser um guerreiro estimado e admirado pelos presentes, tal talento qual ele não costumava demonstrar no cotidiano, costumava ser um pouco reservado e acomodado com sua vida pacata.

- É perigoso, seu avô quer matar todos vocês? – disse, sabia do perigo do mar nessa época do ano, não pode evitar lembrar-se do marido.

- Ele ordenou que fossemos com a feiticeira. – ele disse e espirrou. – O elemento dela é a água. – Mikoto apertou a mão pesarosa.

Bem... daqui a dois minutos tire o lambedor do fogo, eu irei buscar umas coisas em casa. Breve voltarei. – Sasuke não entendeu o porque dela sair tão apressada e desconfiada, resolveu ignorar aquilo de algum jeito, pois agora teria um outro desafio pela frente: contar a ela.

 

Sakura retornou do lado de fora e logo notou o sumiço da matriarca Uchiha e do viking. Contentou-se alguns segundos por estar sozinha naquele lugar e sem a Uchiha por perto. Não gostou dos olhares de lado da matriarca e mais do seu tom de mandona.

Olhou para o fogo de carvão onde o lambedor do Uchiha já estava evaporando. Ela pegou um pano e tirou do fogo a panela. Parou para pensar porque tinha feito aquilo, se deixasse o lambedor ali com certeza iria evaporar e o Uchiha iria levar uma bronca daquelas. Não podia negar o quanto gostou das reclamações e repreensões que ele levou.

Onde já se viu um homem daquele tamanho ainda ter medo da mamãe, pensou ela.

Segurou firme a panela e iria colocar no fogo novamente. – Eu já vi. – a voz forte foi ouvida e lá estava ele com os braços cruzados encostado no batente da porta, tudo que ela fez foi dar de ombros. – Precisamos conversar.

- O que o porco quer falar comigo? – disse ela zombeteiramente .

- Ha há, que engraçada.

- Porquinho da mamãe. – ele estreitou os olhos e passou a mão sobre o rosto.

- Em poucas horas iremos zarpar para Denmag e você irá conosco. – Sakura o olhou confusa.

- Denmag? – perguntou, nunca tinha ouvido falar deste nome antes.

- Sim, umas terras ao leste daqui.

- Impossível. – disse enfática. – Não existem terras além da Terra do Fogo.

- Claro que existem e tem um remanescente do nosso clã lá que foi atacado, vamos retomar as terras. – ela o encarava ceticamente, não havia terra além da Terra do Fogo, ela sempre cresceu com essa verdade. Mesmo sendo possuidores do elemento da água os feiticeiros nunca adentraram pelo mar como exploradores, ao contrário dos vikings, que sempre desbravaram o mar em busca de alimentos e por sair da rota devido uma forte corrente, encontraram uma nova terra ao leste desabitada e com uma geografia completamente diferente da Terra do Gelo. Batizaram de Denmag e logo se encantaram com o lugar de vales verdes e escarpas rochosas no meio do mar, era um paraíso. Ali uma pequena parte do clã permaneceu para cultivar alimentos e animais, perceberam que o inverno dali não era tão rigoroso.

- O que está armando, acha mesmo que irei acreditar nessa mentira?

- Não me importa no que você acredita, porca rosada. – isso insultou profundamente a bruxa.

- Como ousa? – falou ameaçadora.

- Se mora com um porco, porca és, oras. Partiremos logo, trate de comer.

Mikoto retornou, tirou alguns flocos de neve do seu cabelo e da sacola de pano com algumas roupas e alimentos. – Irá precisar de muita comida. – ela não negou que não gostou de ver a bruxa solta pela casa do filho. Ela carregava uma certa preocupação. – E você, trouxe algumas roupas. – Sakura franziu o cenho. – Sua roupa ou saco está rasgado. – ela não estava sendo gentil e sim estava precavendo-se. – Eram minhas antigamente e creio que cabem em você. Vá e vista-se.

Sakura a fitou séria e olhou em seguida para as roupas com uma expressão nada amigável. Em poucos segundos as duas estavam travando uma batalha de olhares fixos e desconfiados uma na outra.

- Você... – Sasuke referiu-se a feiticeira. – É frio e irá precisar. – não se importava com o que ela vestiria, mas sim queria evitar uma briga ali. Sakura de mal gosto pegou a roupa e foi ao quarto.

- Não gosto dela, não precisamos dela. – disse a matriarca. – Seu avô é maluco. – ele concordou. – Confiar em bruxos, onde já se viu. Há alguns anos eu entrei em combate com uma e quase a matei, então ela pegou sua varinha e sumiu, são covardes.

Sakura vestiu aquela roupa velha e não estava nada satisfeita com aquilo, aliás, ela nunca estava satisfeita por estar ali.

- Denmag! – ridicularizou o Uchiha. Ela não acreditava nessa possibilidade de novas terras. Isso era demência. Terminou de colocar a calça e apertar o cinto da mesma. Era uma calça de couro preta, pegou uma camisa de manga cumprida da mesma cor e por cima uma túnica vermelha com um desenho que representava o símbolo do clã.

- Parece que coube bem em você. – a matriarca observou e a feiticeira nada disse.

- Até parece uma viking. – disse o Uchiha de escárnio.

- Como ousa? – ouviu as duas presente em uníssono, quando perceberam que falaram em conjunto se estranharam.

- Vou me trocar.

 

Akureyri

O clima não estava dos melhores por ali no castelo dos Senjus, uma guerra fria silenciosa tinha sido iniciada por ali e apenas uma pessoa sabia dessa existência e ele estava na sala de poções com a feiticeira Kurenai. Kabuto estava em um estado de desânimo total por estar abalado com a morte da sua fiel amiga. Já Kurenai olhava os caldeirões borbulhando com sua nova porção.

- Vai ficar nessa tristeza? – ela o perguntou sem paciência. – Poção do riso?

- Você não sabe o que é uma tristeza Kurenai, não sabes e do modo que se foi.

- Devia ter previsto. – disse ela e escondeu o riso. – Me desculpe. Enfim, ainda não acredito que ela fez isso.

- Ela tem olho junto, ela é má. – ele disse dramaticamente. – Mas o dela virá.

- Do que está falando? Kabuto, ela é filha do líder.

- Eu sei de coisas Kurenai, eu tenho essas visões. – Kabuto não era um néscio, ele sabia da veracidade de suas visões e que todos ali, em qualquer ação feita, teriam plena consequência.

- Por que não diz que a Sakura está viva? – Kurenai sabia dos segredos do amigo, em toda Akureyri ela era a única pessoa na qual ele confiava e contava as mais sórdidas visões. – Se o líder souber disso, te aviso como amiga.

- Tudo tem seu tempo e ela está bem.

- Não disse pela Ino? – ela correu para o seu caldeirão que estava desborrando. – Que inferno, essa poção não está funcionando. – ela referiu-se a poção que estava preparando, a slodium Alimus, uma poção complicada, pois extraía o íntimo da alma de cada pessoa. Hashirama pediu que ela providenciasse essa poção para algo que nem ela sabia. – Errei em algo. – ela logo pausou suas atividades e viu que Kabuto estava em uma espécie de transe, estava tendo alguma visão. – O que viu? – disse quando ele voltou a si. Kabuto a olhou trêmulo e assustado. – O que foi? O que viu?

- O futuro do clã acabou de ser decidido. – falou olhando para o chão, ainda desconcertado pela visão. – Vejo alguém repleto de maldade.

- Como assim?

- Em poucos minutos, o futuro do clã vai ser selado e... – cessou sua voz e saiu correndo da sala de poção, deixando a bruxa apavorada.

 

Hashirama, como de costume, estava sentando em sua cadeira e esperava por sua filha caçula que estava atrasada. Na sala de decoração rústica um homem o fazia companhia, Ebisu um rico e influente homem estava ao seu lado e impaciente. Eles tinham um acordo e iriam selar.

Ino apareceu silenciosamente na sala, trajava um vestido branco simples e seu cabelo estava trançado. – Me chamou papa?

- Sim e sabe que detesto atrasos.

- Me desculpe. – disse ela e logo fitou o homem ao lado do seu pai.

- Esse aqui é Ebisu, um dos maiores senhores feudais do reino da Terra do Fogo. – a bruxa o olhou incerta e com um olhar soberbo, algo dentro de si palpitou e sabia que vinha algo por trás. – Sua família... – foi interrompido quando Dan, esposo de Tsunade entrou.

- Me desculpe sogro. – Hashirama nada disse, preferiu ignorar.

- Feche a porta. – disse o líder.

- Eu fechei. – Dan falou e olhou para a porta que estava aberta. – Jurei que tinha fechado, minha cabeça.

- O que quer papai? – disse a bruxa que já estava desconfiada do rumo daquela conversa.

- Ebisu e eu firmamos um acordo, ele irá nos ajudar com a quantidade de aço e carvão que precisamos e em troca, oferecerei minha proteção e um casamento com uma das minhas filhas. – Ino fixou rapidamente o homem e sentiu uma súbita falta de ar, seu coração praticamente gelou.

- Olá bonitinha. – disse o homem acenando para ela.

- Minha querida filha, devo informá-la que estás noiva do senhor Ebisu.

- É só isso que quer comigo meu pai? – disse sem mostrar nenhum tipo de emoção.

- Sim, minha filha. – sorriu de canto brevemente. – Pode ir agora.

- Claro.

- Tchau princesinha. – disse o Ebisu em retribuição Ino nada disse e saiu da sala tranquilamente.

- Nem morta irei casar com ele, asqueroso. – falou ela com seu punho cerrado e olhos marejados.

Precisava ser rápida, ninguém ousaria atrapalhar seus planos.

Conseguia ver pela janela Sai conversando com alguns homens do clã. Não iria perdê-lo por um casamento arranjado que o seu pai arrumou. Ela o amava.

Sabia que teve uma imensa sorte por sua irmã ter sumido e não iria deixar essa oportunidade ir embora.

Ele está louco, completamente louco. – sua mente trabalhava em mil possibilidades do que fazer, suas ideias vinham incertas em sua mente. Era extremamente inteligente e por isso nunca dava um passo em falso, antes analisava todas as probabilidades.

Um sorriso faceiro brotou em seu rosto como se estivesse possuída por algo. Saiu apressadamente para um lugar, a biblioteca do castelo. Abriu a pesada porta de madeira e entrou; o lugar era enorme e poucas pessoas iam ali, mas ela não queria os simples pergaminhos. Ela ultrapassou algumas estantes de livros e parou em frente a uma.

Puxou o último livro do lado esquerdo e a estante foi aberta. Olhou para os lados para ter certeza que não estava sendo observada, já que aquele local era proibido, pois continha os pergaminhos de magia negra que foram confiscados por seu pai.

- Sentiram minha falta? – disse ela, não era sua primeira vez ali.

- Não é possível. – uma voz inaudível e pasma falou, era Kabuto, tinha tomado sua poção da invisibilidade, estava presente no momento que o líder disse que Ino estava comprometida com Ebisu e depois resolveu segui-la, não imaginava que ela iria ali.

Sentiu um frio passando por sua espinha, ficaria mais tempo ali, porém sua poção estava perdendo o efeito. Saiu dali correndo antes de ser detectado.

Algo ruim estava por vir e não poderia ser evitado.

- Ele já se foi. – Ino disse depois do oráculo ter ido e um sorriso sádico se fez em seu rosto. – Vamos ter uma longa leitura.

Hafnarfjörður

Sakura caminhava ao lado do Sasuke e estava incomodada pelos olhares não só de Mikoto, mas dos aldeões também. Ela era a atração do vilarejo, algumas pessoas quando a viam a olhavam e faziam caretas ou simplesmente falavam algumas palavras de baixo calão, ela não ligava e olhava com desprezo e as vezes deboche.

Era a estranha em terra inimiga.

Caminhou até o porto onde viu duas grandes embarcações, nunca tinha visto aquele tipo de barco antes, parecia mais um dragão do mar. Automaticamente lembrou-se das fábulas que seu pai costumava contar quando era criança.

A neve caia forte ali, os guerreiros estavam agasalhados apropriadamente, alguns se despediam de suas famílias que não estavam nada animados com essa viagem, havia choro das mulheres e crianças, uma cena desgostosa.

- Preparamos as duas melhores dracas para navegarem. – o ancião falou orgulhoso. Havia cerca de oitenta homens que seriam divididos nas duas embarcações, os melhores guerreiros e nem todos estavam felizes por estar ali, já que sabiam dos riscos. – Sei que irão destruir o inimigo e trazer novamente a paz para Denmag. Eu confio em vocês.

Itachi nada disse e jogou seus objetos dentro da draca, Izumi estava ao seu lado e iria na viagem, era uma ágil guerreira.

- Sasuke. – disse Madara se aproximando do neto. – Minha cara. – cumprimentou Sakura. – Será uma longa viagem e pelo tempo, perigosa. Espero que a senhorita não tente nada que possa atrapalhar meus guerreiros que tanto estimo e se algo acontecer, sabe que eu mesmo a destruirei e a sua amável varinha. – Sakura não se intimidou com a ameaça. – É só um aviso.

Sakura caminhou e entrou na grande draca sob olhares sérios e um deles furioso, vindo de Uchiha Itachi. Não se incomodou e sorriu provocando o Viking, contudo estava receosa, não sabia o que lhe aguardava. Existiriam mesmo terras além da Terra do Fogo?

- Sasuke, custe o que custar a proteja e se acontecer algo, se ela se rebelar, a mate. – o ancião falou para o neto. – Eu confio em você.

- Certo. – o viking entrou na embarcação e sentou-se ao lado da feiticeira, era o encarregado de protegê-la. Sua presença ali não era das mais agradáveis.

O som solitário de uma flauta foi ouvida e um gravador feito de chifre de vaca. Era um rito que era tocado em toda viagem.

- Remem! – gritou Itachi. – Remem!

 

- Madara, meus dois filhos estão naqueles barcos. – disse Mikoto, suas mãos estavam juntas como um sinal de prece. – Tem certeza do que está fazendo?

- Toda Mikoto.

- Por que encarregou Sasuke de cuidar dela? – fitava a draca indo embora e tomando destino ao horizonte.

- Confio nele.

- Confia nele com uma mulher e ainda mais uma feiticeira? Não sei se notou, mas ela não é apenas uma simples mulher, ela tem beleza.

- E Sasuke juízo, ele sabe dos riscos. É proibido.

- Disse isso a ele? – o ancião afirmou. – Oh céus, terei que ir à montanha e fazer enormes sacrifícios para Odin. – retirou-se com uma certeza de que algo iria acontecer.


Notas Finais


A Mikoto vai precisar fazer muitos sacrifícios viu.

Esses nomes ai estranhos não tem tradução, eu inventei eles e tudo mais.
Gostaria de agradecer os favoritos recentes, muito obrigada mesmo.
Então, vocês tem teorias do que a Sakurai vai encontrar e a Ino, essa criatura será que foi ela que ajudou os bruxos do início da fanfic ?
Adoraria ler o review de vocês. <3

Beijos e até :)


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