Eu vou para um quanto do lugar e me deito. Só preciso fechar os olhos por alguns minutos, sem me preocupar com nada e esquecer que esse mundo caótico existe.
Depois de cair em um sono profundo sou acordado por uma leve batida em meu ombro. Olho para cima e vejo Karen que me joga uma lata, uma colher e um abridor de lata e depois diz:
– É melhor acordar, a próxima refeição é só daqui seis horas.
Eu me levanto e abro lata. Feijões enlatados... Argh. Acho que não tenho muito direito de escolher...
Eu como os feijões torcendo o nariz. Acho que vomitaria se não estivesse tão faminto. Todos estão comendo também, exceto Erick. Também não vejo Dakota em lugar nenhum. Eu termino de comer e pergunto a Susane:
– Onde Dakota está?
– Está com Erick na cozinha.
– Ok.
– Você dormiu bem?
– Anh...? Sim... obrigado.
Ela sorri para mim e volta a comer. Eu vou até a cozinha. Chegando lá Erick está com Dakota nos braços e está esquentando alguma coisa. Ele vira pra mim e diz:
– Oi
– Oi. O que está fazendo?
– Estou esquentando leite para essa mocinha. Ela é bem comportada, acho que ela nunca chorou desde que chegou aqui.
– Acho que ela gostou de você, você tem jeito com crianças. Posso te perguntar uma coisa?
– Você já perguntou, mas tudo bem, pergunte.
– Por que voce está me ajudando tanto?
– Não sei, provavelmente por causa da garota.
– Se esse fosse o caso você cuidaria dela e me mandaria embora.
– Isso seria meio... cruel, não acha?
Eu dou de ombros.
– Estou atrapalhando vocês? – pergunta Lúcio que acaba de entrar na sala
– Claro que não Lúcio. Algum problema?
– Eliza está chamando vocês.
Nós voltamos à sala principal.
– Estou ficando preocupada com a pequena quantidade de suprimentos que temos, além disso, precisamos de remédios.
– Remédios? – pergunta Erick – Alguém está doente?
– Susane está ficando gripada.
– Não estou n... – ela é interrompida pela própria tosse seca
– Viu. Além disso, se alguém mais ficar doente ou ferido estaremos preparados. Então eu e um pequeno grupo iremos dar uma geral na cidade. Willian e Marcel vocês vem comigo.
– Marcel vai com você?
– Sim, algum problema com isso?
Ele fica um tempo em silêncio
– Não, se estiver tudo bem pra você Marcel.
– Tudo bem, você cuida da Dakota?
Ele acena com a cabeça. William vem em minha direção e pergunta:
– Você tem uma arma garoto?
Eu mostro a chave de fenda a ele.
– Isso nãoé uma arma. Toma isso. – ele me oferece uma faca, eu o olho antes de aceitar – Não se preocupe, tenho outro.
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