1. Spirit Fanfics >
  2. Sociopathy >
  3. Capítulo 1

História Sociopathy - Capítulo 1


Escrita por: Beecolors e OnlyLoveFH

Notas do Autor


Boa noite, abelhinhas >< Jess aqui \o
Antes de partirmos para o capítulo preciso dar algumas orientações para vocês.
Sempre que vocês verem "Pov Lauren" euzinha que terei escrito. "Pov Camila" será a Emy, dividimos alguns outros Povs também e os capítulos de assassinato serão escritos em conjunto. A ideia é que vocês tentem adivinhar os/as responsáveis pelos assassinatos, deixaremos deixaremos pistas ao longo da fic.


Espero realmente que gostem ><

PS1: A imagem não tem nada a ver com a capítulo, é só pra comemorar o clipe mesmo. ASSISTAM!!!!!

PS2: Vou fazer a minha propaganda. Eu canto e tenho um canal no YouTube, vou deixar o link de um dos covers nas notas finais. PASSEM LÁ POR FAVORZINHO ><

Capítulo 2 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Sociopathy - Capítulo 1

 

POV LAUREN

 

Segunda-feira - 06:00 horas

 

O celular tocava insistentemente em cima da mesinha ao lado da cama, praguejei mentalmente, não entendia porque a garota não colocava o celular no silencioso já que pretendia dormir até mais tarde em nosso dia de folga. Fechei os olhos com força e apertei o travesseiro contra os ouvidos mas as batidas de Rope do Foo Fighters insistiam em ecoar pelo quarto inteiro. Bufei alto sabendo que quem quer que fosse não estava disposto a desistir, atravessei meu corpo pela cama e estiquei meu braço para pegar o aparelho.

 

- Que porra, Dinah Jane! Sabe que horas são?

- Claramente não é a Mila. - Do outro lado da linha a garota cochichou com alguém. - Bom dia, Laur.

- Péssimo! Eu preciso dormir, estou de folga.

- Eu liguei pra Camila e não pra você, atendeu porque quis.  - Revirei os olhos e ensaiei uma resposta, mas a garota ao meu lado acordou e me olhou  como se tentasse entender o que estava acontecendo. Passei o telefone para ela e me joguei novamente na cama.

- É a Dinah! - A morena ainda não tinha aberto os olhos direito mas segurou o aparelho e colocou a ligação no viva voz bocejando em seguida.

- Hey, são 6 da manhã e eu estou cansada. Onde é o incêndio?

- Esqueceu o que tínhamos combinado? Eu estou de volta, acabei de chegar no aeroporto. Combinamos de pegar a Allyson e passar o dia juntas. - Camila suspirou e eu fechei meus olhos afundando meu corpo ainda mais no colchão. Havíamos esquecido completamente daquilo. Após 1 ano Allyson sairia da reabilitação e nós, como ótimas amigas, estaríamos ali para apoiar.

- Te encontro na clínica, okay? - A menina do outro lado da linha assentiu com um som nasal e se despediu. Camila colocou seu celular de volta na mesinha e se espreguiçou antes de se sentar na cama. Olhei para a garota e vi alguns arranhões em seu braço, nenhum deles feito por mim.

- Onde você esteve que chegou tarde? - Minha voz soou mais raivosa do que eu queria. Entregou completamente o meu ciúme.

- Trabalhando - Respondeu apenas e se levantou indo em direção ao banheiro.

- Tantos casos assim, Camila? - Ela parou no meio do caminho e se virou. Suspirou fundo como se estivesse perdendo a paciência. Mais uma briga estava prestes a começar

- Eu sou a responsável pelo departamento, Lauren. - Sua voz saiu um tanto quanto calma.

- E onde está sua aliança? - Ela  fitou sua mão e com surpresa constatou que realmente não estava usando, não tinha percebido até aquele momento. Deu de ombros e se virou.

- Devo ter esquecido na sala. - Ri descrente. Aquela era a pior desculpa que ela podia inventar.

- Você acha que sou idiota, Camila? - Dei um salto da cama indo em direção a garota que já se aproximava do banheiro. - Cada vez chegando mais tarde e vem com essa conversa de que estava trabalhando. Porque você tira a sua aliança?

- Pela mesma razão que você tira a sua. - Falou um pouco mais alto. Seus olhos negros me encarando sem medo algum. Me aproximei dela e segurei seu braço fixando meus olhos em um roxo. - Não seja hipócrita!  - Ela se soltou e entrou no banheiro.

- Eu sou médica, Camila. Médica! Quando entro em cirurgia não posso usar a droga da aliança. - Gritei sem me importar com os vizinhos.

- Chega! -  Ela gritou de dentro do banheiro. - Hoje não! - Veio até a porta e me encarou. - Prometemos ajudar uma amiga e estamos atrasadas, vou tomar banho e me vestir. Pode fazer o mesmo ou não, mas não vou ficar discutindo uma idiotice dessa com você. Não agora.

- Idiotice? - Passei as mãos nervosamente pelo cabelo e virei-me de costas, peguei um porta retrato em cima do criado mudo e apontei na direção dela. - Nosso casamento é uma idiotice pra você? - A morena olhou para nossa foto em minhas mãos e suspirou pesadamente,  ela estava cansada das nossas brigas, na verdade eu também estava.

 

Estávamos casadas há 7 anos, costumávamos ser um casal feliz. Não tínhamos passado por nenhuma dificuldade ao nos assumir, éramos profissionalmente bem sucedidas e tínhamos uma ótima vida, mas nos últimos anos o relacionamento tinha caído em crise. Para falar a verdade no último ano ele estava realmente afundando, nós brigávamos praticamente todos os dias, as vezes por ciúme, outras por nenhuma razão realmente justificável. Eu passava cada vez mais tempo fora de casa, preferia virar os plantões no hospital ao ter que encarar Camila dentro de casa e quando não estava trabalhando ficava em um bar. Camila era detetive do departamento de polícia, mas ao contrário de mim preferia sempre estar em casa, com exceção dos últimos dias. Tínhamos conversado e tentado melhorar, mas a situação pareceu se inverter. Ela ficava cada vez mais tempo fora e dava desculpas que ficava presa no escritório. Nós tínhamos o mesmo gênio forte e revezávamos em quem  puxava as brigas. Cada dia que passava eu tinha certeza que Camila tinha um caso. As coisas mudaram da noite para o dia, mesmo após a conversa, então só isso explicava. Eu havia a seguido algumas vezes mas nada tinha visto. As meninas tentavam ajudar e me tranquilizar, mas era difícil quando até mesmo algumas pessoas da delegacia diziam isso.

 

- Eu não disse isso, Lo - Ela se aproximou de mim, colocou a mão em minha cintura. - Só estou cansada dessas brigas que começam do nada e sem nenhum motivo.

- Você está sem aliança e chegou tarde de novo, Camila. É um motivo! - Camila  segurou meu rosto com as duas mãos e me fez encarar seus olhos. Covardia...isso me hipnotizava.

- Eu amo você! Hoje mesmo volto na delegacia e pego a aliança novamente se isso te fizer bem. - Mordi os lábios e dei um sorriso forçado. Mais uma vez a garota havia conseguido contornar a situação.  Assenti e colei minha testa na sua, beijei seus lábios com carinho e pedi desculpas baixinho.

 

Entramos no banho juntas e demoramos mais que o normal para terminar, entre beijos e amassos saímos sorrindo do cômodo procurando uma roupa leve para sair.

Ally e Dinah eram nossas amigas desde o colegial assim como Normani. Dinah tinha um talento incrível e foi descoberta por um produtor musical em uma das muitas idas que elas faziam ao karaokê da cidade, desde então a carreira da morena alavancou e ela fazia sucesso em várias partes do mundo. Recentemente esteve em turnê mundial e agora estava de volta à cidade para um tempo de férias que ela mesma tinha pedido porque precisava ficar com sua irmã, Ally.  A baixinha dos cabelos claros tinha se entregado às drogas desde a morte dos pais e Dinah não tinha muito tempo para ficar com ela. Por vezes ela foi encontrada jogada na rua, depois de dias, completamente transtornada, suja, machucada. Todas nós nos preocupávamos com ela, mas nossas profissões tomavam tempo demais e  não conseguíamos dar o cuidado devido. Dinah havia colocado a garota, com muito custo porque Ally resistiu, em uma clínica de reabilitação. Enquanto esteve fora ouviu que ela havia conseguido fugir algumas vezes e ameaçou processar a clínica caso a irmã não ficasse lá dentro. Finalmente Dinah estava de volta e agora poderia tirar Ally daquele lugar, ela esperava que sua irmã estivesse melhor. Combinamos de  ir pegar a baixinha e depois passar o dia juntas fazendo um piquenique em um parque, todas aceitaram e já se arrumavam para isso. Seria um dia tranquilo, para colocar o papo em dia e se reunir com as amigas.

Camila e eu já estávamos na porta do apartamento quando o celular dela tocou, ela olhou para o visor e praguejou ao ver que era da delegacia. Camila trabalhava na Delegacia de Homicídios em San Diego, era a chefe do departamento. O trabalho era tranquilo devido a calmaria da cidade, totalmente diferente do clima de Nova York, onde trabalhava anteriormente. Ela havia sido transferida por causa do meu emprego. Eu havia sido contratada para trabalhar no hospital onde meu pai trabalhou por anos e também para ministrar as aulas de algumas matérias de Medicina na Universidade de San Diego.

 

- Cabello. - Camila atendeu formalmente e sua expressão se fechou, eu observava a garota enquanto fechava a porta do apartamento. - Onde foi isso?.....Okay, chegarei em alguns minutos. - Desligou o telefone e deu um sorriso torto.

- O que foi? Não me diga que…

- Vou precisar ir, Lo. Houve um assassinato.

- Existem outras pessoas, Camila. Hoje é sua folga, prometemos a Dinah. - Camila se aproximou e beijou o canto da minha boca.

- Sinto muito, diga que mandei um abraço. - Pegou as chaves do apartamento abrindo a porta outra vez - Eu encontro você para almoçar. - Desapareceu dentro do apartamento me deixando com uma cara de decepcionada do lado de fora.


 

Dirigi pelas ruas tranquilamente, sabia que Dinah ainda iria demorar para chegar e a ideia é que todas estivéssemos juntas quando Allyson saísse da clínica.

O trânsito estava calmo, ainda era cedo e os comércios estavam abrindo. The Killers tocava alto enquanto eu batucava no volante. Voltei os meus pensamentos para Camila e lamentei que a menor não estivesse ali, o emprego era complicado e eu sabia que não era sua culpa. O caso devia ser bem interessante para terem chamado a garota em seu dia de folga. Camila estava presente em todos os grandes casos de San Diego, resolvia todos com perfeição.

Estacionei em uma das vagas do lado de fora da clínica, coloquei meus óculos escuros e abri a porta do carro sentindo a brisa balançar meus cabelos. Fechei meus olhos e respirei fundo aproveitando a brisa. Olhei para a tela do celular  e vi que teria que esperar por incontáveis minutos até que uma das meninas aparecesse. Normani não era a pessoa mais pontual do mundo e com o trânsito terrível da cidade Dinah demoraria para chegar . Abri a porta do carro para pegar uma pequena garrafa de vodca e pulei para a parte de trás da minha Picape azul, encostei as costas relaxando sobre o veículo. Era o meu xodó desde que havia saído da concessionária. Juntei dinheiro por um tempo para comprar exatamente a que queria, tinha mais ciúme dela do que da própria Camila.

Retirei um maço de cigarros do bolso e acendi um rindo sozinha da ironia que era estar bebendo e fumando no pátio de uma clínica de reabilitação, mais irônico ainda era uma médica tão conceituada como eu ter me entregado a esses vícios sabendo que poderia morrer e como poderia morrer.

Alguns minutos  e três cigarros depois avistei um carro preto de luxo entrar pelo estacionamento, já sabia de quem se tratava. Conferi as horas estranhando a rapidez e levantei rapidamente. Saltei da traseira do carro e parei ao lado dele com as mãos nos bolsos da calça.

Assim que o carro parou eu sorri já sabendo exatamente quem desceria dele e assim aconteceu. A loira estava mais linda do que nunca, abaixei um pouco os olhos apenas para analisar Dinah de cima em baixo.

Dinah estava simples para uma grande estrela, uma calça jeans clara e uma blusa vermelha três quartos que mostrava sua barriga perfeitamente sarada. No rosto um óculos de sol enorme e os cabelos ondulados balançava com o vento. Não resisti e assoviei sorrindo em seguida. Dinah tirou os óculos antes de dar pequenos passos em minha direção.

 

- Dra. Lauren Jauregui

- Gostosa Dinah Jane. - Rimos juntas e trocamos um abraço apertado. Não nos víamos tinha  tempo e a última vez tinha sido rápida. - Você está….uau

- Linda? Eu sei. - Deu de ombros e recostou em meu carro. - Você não está nada mal.

- Nada mal? Olha pra mim, sou tão gostosa quanto você. - Dei um giro e apontei para o meu corpo.

- A única coisa boa em você são esses olhos, Jauregui. Mas eles ficariam melhores em mim.

- Culpe a genética. - Joguei a garrafinha dentro do carro através do vidro e apertei o alarme para travar as portas. - Você chegou rápido. Não tinha trânsito?

- Sou uma estrela, Lauren. Eles abrem o trânsito para mim. - Ri balançando a  cabeça.

- Mani não vem, né?

- Teve que ir trabalhar…

- Imaginei, Camila foi chamada e ela só confia na Mani quando o caso é muito grande.

- Somos só nós duas. - Dinah me acompanhava com passos curtos.

- Está nervosa? - Olhei para minha amiga que estalou o pescoço e ficou em silêncio. - Vai dar tudo certo. - Segurei a sua mão e apertei gentilmente.

- Só espero que ela tenha tido alguma melhora. - Suspirou triste e deitou rapidamente a cabeça em meu ombro.

 

Caminhamos juntas até a recepção da clínica. Fomos recebidas com um sorriso largo de uma mulher loira que reconheceu Dinah assim que ela tirou o óculos, Depois de ter um mini surto e pedir um autógrafo, que prontamente foi concedido, a garota se certificou que Allyson já estava pronta para partir. Explicou que ela estava passando por uma última avaliação e logo estaria ali.

Fomos até uma sala confortável, algumas poltronas, uma televisão não muito grande e revistas de temas variados.

Eu já estava entediada e pronta para sair e fumar outro cigarro, mas o nervosismo de Dinah não deixou.

 

- Senhorita Jane.. - A atendente chamou e Dinah levantou - A diretora quer ter uma palavrinha com a senhora antes que leve a paciente. - Dinah assentiu e perguntou onde ficava o local.

 

Esperei alguns minutos antes que Dinah voltasse com uma cara não muito boa. Ameacei perguntar o que tinha acontecido, mas avistei por cima do ombro de Dinah a figura franzina que havíamos ido buscar, parecia pálida e agora mais magra, ela caminhava na nossa direção. Ao lado dela um homem alto vestido de branco. Ela usava um casaco de moletom e o capuz estava em sua cabeça, não olhava para frente apenas para baixo. Dinah congelou ao ver aquela cena, sua irmã ainda não era a mais aquela menina sorridente. O homem segurava a garota pelo braço, não parecia rude, era mais por segurança, pelo menos era o que aparentava. Era lamentável ver a garota naquele estado.

Allyson ainda não havia erguido o olhar, nem parecia que iria fazer isso.

Dinah se aproximou da irmã e antes de tocá-la assinou um documento que estava com o homem, ele sorriu educadamente e se retirou.

 

-Ally, você está bem? - Allyson levantou e encarou sua irmã. Seu olhar frio e sombrio ainda guardava mágoa por ter sido jogada naquele lugar. Dinah se aproximou devagar para abraçar a mais nova, mas ela se afastou. Eu acompanhei as duas um pouco mais distante e quando vi a reação de Ally achei melhor não interferir. - Eu fiz isso para o seu bem, Allyson. Eu não pod…

- Me leva pra casa. -  A garota virou as costas deixando Dinah falar sozinha e se dirigiu para fora da clínica. A loira deixou seus ombros caírem e eu fui em sua direção a amparando.

- Hey, Boo. Tudo vai ficar bem, uma hora ela vai ceder, okay?

- Será, Laur?

- Ela te ama, só está magoada. - Apertei os ombros da minha amiga em sinal de afeto. - Vamos, estou com fome.

- Gorda!

- Opa, já melhorou né? - Dinah me empurrou pelos ombros e saímos da clínica encontrando Ally encostada no carro preto. Assim que a irmã se aproximou a menor fez menção de abrir a porta, mas eu disse que elas iriam comigo. Ally não disse nada, apenas deu a volta no carro e entrou no banco traseiro.

 

Paramos em uma padaria onde eu costumava tomar café quando saía atrasada para o serviço. Ally comeu em silêncio, até tentamos puxar assunto, mas foi em vão. O máximo que arrancamos dela foram sons nasais.

Após tomar café resolvi levar as irmãs até um parque no centro da cidade, era propício para uma conversa tranquila enquanto aproveitava a natureza.

 

- Vou correr! - Ally avisou assim que entraram no parque e Dinah  ficou receosa com a ideia. - Eu não vou fugir nem fazer nada estúpido, só preciso respirar sozinha. - Dinah suspirou pesadamente e assentiu para em seguida ver a irmã sumir da visão delas.

 

Caminhamos devagar e em silêncio até que paramos em um banco e sentamos para colocar a conversa em dia.

Dinah contou sobre sua turnê e como tinha sido maravilhosa a experiência de rodar quase o mundo todo. Contou sobre o carinho de cada fã, os presentes que recebia e o quanto se emocionava cada vez que subia ao palco.

 

- Nunca vou me acostumar com isso, Laur. - A loira se ajeitou no banco esticando as pernas. - É indescritível a sensação de estar no palco, as pessoas gritando seu nome, cantando suas músicas. Eu não me vejo fazendo outra coisa, mas as vezes me sinto sozinha, os fantasmas do passado me perturbam, tenho pesadelos, penso em dar um tempo na carreira.

- É o preço que você paga pela fama. - Me limitei a dizer.

 

Dinah continuou olhando para um ponto qualquer enquanto refletia em suas próprias palavras. Havia perdido seu pai e mãe em um acidente. Não que eles fossem uma família feliz, mas perder os pais é sempre difícil.

A mãe de Ally havia morrido, ela havia contraído o vírus do HIV e após uma Tuberculose não aguentou  e desde então a garota tinha ido morar com ela, elas tinham o mesmo pai. No começo tinha sido difícil, mesmo sendo amigas era complicado conviver todo dia, na mesma casa, no mesmo quarto. Com o tempo elas foram se acertando, passando a se tratar como irmãs de verdade, principalmente porque necessitavam disso.

O clima na casa era insuportável, seus pais brigavam praticamente todos os dias, por vezes sua mãe chegava tarde em casa e completamente bêbada. Não era o melhor exemplo de mãe. Dinah se negava a chamar Carla assim. Além de toda bebedeira elas ainda descobriram que a mulher traía o seu pai, e elas descobriram da pior forma. Normani trabalhava como legista e era o braço direito de Camila, em todos os casos que Camila estava, não importava o lugar era a morena que examinava o corpo. Ally afundou em um poço sem fim, se entregou a bebida e as drogas, cada vez mais pesadas. Ia para festas e voltava dois dias depois ou apenas era encontrada jogada em uma calçada da cidade. Seus braços eram como peneiras cheios de furos das agulhas que ela usava para se drogar. As más companhias a ajudavam a fugir da clínica sempre que Dinah tentava coloca-la, por vezes a loira pensou em se mudar do EUA mas aquele era o seu lugar. Ela não sabia como seria a vida em outro país longe das ami.

Eu olhei para a loira, que ainda estava perdida em seus pensamentos, e estalei meus dedos em frente ao rosto dela.

 

- No seu mundinho superstar? - Perguntei com um sorriso nos lábios. Dinah retribuiu o sorriso e balançou a cabeça.

- E você e a Mila? - Suspirei e mexi em meus cabelos.

- Ainda na mesma. - Dinah apertou minha  mão.

- Ta explicado o cheiro insuportável de álcool dentro do seu carro.

- Eu to cansada, loira.

- Não justifica você descontar na bebida, Laur.

- Dj, não…

- Isso é sério, Laur. É um vício. Você precisa parar

- Dinah…

- Não vê a Ally?

- Eu não estou viciada!

- Cuidado, Lauren. - Ally falou e sentou ao lado da irmã. A menor se aproximou sem que percebêssemos, ela havia finalizando a sua corrida. -  Ela vai querer te internar também - Um silêncio se instalou entre nós, o clima havia pesado. Allyson não se conformava com a internação.

- Você nunca vai entender. - Dinah falou em um sussurro.

- Entender o que? Que você me deixou largada em uma prisão? Isso eu já entendi.

- Eu não tinha outra solução, Allyson. Você estava totalmente fora de controle e eu não tinha….

- Tempo! A super pop star não tinha tempo para a irmã viciada.

- Allyson…

- Você nunca teve tempo para mim, Dinah. Nunca!

- Isso não é verdade - Dinah retrucou e a garota levantou ficando de frente para ela.

- É sim! - Ela falava alto o suficiente para que as pessoas ouvissem. - Você se trancou em seu estúdio e achou sua forma de distração enquanto eu ficava sozinha pela casa sem ter com quem falar. A única coisa que me acalmou foram as drogas, você nunca se preocupou em saber o que tinha feito eu começar a usar.

- Ally, todas nós nos preocupávamos. - Interrompi e ela riu.

- Ah é? Eu não vi essa preocupação durante o ano que fiquei internada e não recebi nem uma visita que fosse. Vocês nunca se importaram comigo! Eu precisava de vocês para me ajudar com minha dor, meu medo, e vocês estavam ocupados demais em suas vidinhas mais promissoras do que a da viciada aqui. - Mexeu nos cabelos mostrando o nível alterado. Percebi suas mãos tremendo.

- Minion…- Comecei devagar e com a voz mais calma que consegui. - Nós te amamos e sabíamos que não tínhamos capacidade para cuidar de você daquela forma.

- Vocês nem tentaram….

- A gente não sabia o que fazer, Ally - Dinah disse com a voz alterada.

- Pelo menos tentassem. - Eu já ia abrir a boca para falar quando o meu celular tocou e nos interrompeu. - Atenda, Dra. Lauren. Seus pacientes precisam de você. - Disse com um tom irônico e se sentou novamente. Olhei para o visor e vi a foto de Camila.

- Hey. - Atendi não muito animada.

- Hey..estou ligando para avisar que não poderei almoçar com vocês.

- Caso grande?

- Enorme! - Camila suspirou cansada - Ainda tenho muita coisa para ver.

- Tudo bem. - Sorri triste. - E Normani?

- Provavelmente também não irá, mas confirme com ela. - Assenti com um som nasal. - Nos vemos no jantar.

- Sim, até lá. - Camila me mandou um beijo e eu desliguei. - Camila não poderá almoçar e acho que Normani também não. - Ally se levantou e começou a andar. - Mas nós podemos…

- Ótimo! Me levem para casa então. - A garota passou por mim indo para a saída do parque. Olhei para Dinah que tinha a cabeça baixa e antes de sair a abracei apertado.

- Vai ficar tudo bem, um dia ela vai entender. - A garota assentiu e saímos do parque.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...