No centro de Seoul um casal de namorados descançava depois de uma semana cansativa enquando ouviam o barulho da chuva batendo nos vasos de plantas que ficavam na varanda. Um deles, Jimin, lia um livro de ficção científica que estava famoso no momento e o outro, Hoseok passeava entre as redes sociais que tinha em seu celular. Depois de mais alguma passadas na tela viu uma pequena frase, romântica, que o fazia pensar no garoto de cabelos cinzas que estava ao seu lado e corria os olhos entre as páginas do livro.
Depois de alguns minutos refletindo sobre o que lera e sobre o quanto amava o garoto do seu lado, Hoseok resolveu compartilhar seus pensamentos doces com o namorado.
"Sabe, Jimin, o sol ama tanto a lua que morre todos os dias para deixá-la nascer. Você é como se fosse a minha lua, e eu morreria todos os dias só pra te deixar nascer..."
O garoto moreno que estava deitado em seu braço direito apoiou-se no colchão um tanto duro demais, levantou os olhos e lhe analisou com uma expressão de riso no rosto.
" Hoseok, não seja idiota, por favor. Você sabe que o sol não morre, e que se isso tivesse realmente acontecido nós já teríamos morrido queimados e estaríamos agora, nesse momento, reduzidos à cinzas e que estaríamos flutuando junto à poeira espacial ou talvez caindo no infinito espaço cideral. Isso, claro, se as nossas cinzas não ficassem presas ou coladas em alguma coisa ou fossem reduzidas à nada.
Então, por favor, não diga que o sol "morre todos os dias porque isso claramente não acontece. "
O garoto voltou a deitar-se sobre o braço direito do namorado, que estava um tanto extasiado com todo o discurso do menor. Jimin estendeu um pouco o braço e - com muito esforço - puxou o cobertor com estampa de estrelas, seu preferido, sobre os dois. Escondeu o rosto no vão do pescoço do loiro-quase-moreno com quem dividia a cama e quase suspirou quando o mesmo envolveu sua cintura em um abraço quentinho, como aqueles que te fazem querer dormir por horas e horas. Sentiu quando o namorado suspirou claramente incomodado com algo que Jimin até então não sabia o que era.
Fechou os olhos e inspirou o perfume que Jimin gostava de chamar de cheiro de lar: perfume amadeirado, livros novos e terra molhada. Jimin não considerou que estava mesmo chovendo lá fora e que eram mais ou menos três horas da tarde, não se importou que do seu lado da cabeceira havia livros novinhos que ele mesmo havia comprado e muito menos que Hoseok costumava usar aqueles perfumes doces enjoativo. Inspirou novamente aquele aroma engraçado e acolhedor e foi como se, de repente, um estalo o fizesse entender o porquê da infelicidade do loiro-meio-moreno.
"Hoseok..?"
"Hum?..."
"Eu também amo você.."
Hoseok olhou Jimin e sorriu, deu-lhe um beijo na testa e o puxou para ainda mais perto enquanto, os dois caiam no mundo dos sonhos.
"Hoseok, eu também não me importaria
de morrer todos os dias
pra te ver nascer..."
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