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História Solaris - Capitulo 04


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Mais uma atualização, o capitulo cinco encontra-se no blog, o link está em 'notas finais' ou no meu perfil. Espero que estejam gostando da fanfic <3

Lembrando também que estou com uma história ORIGINAL, se chama A AMANTE DO MEU MARIDO, também é um romance lésbico, quem quiser basta procurar no blog ou no meu perfil <3

Capítulo 5 - Capitulo 04


Sobre sair com Shawn eu havia blefado, continuava dizendo a ele que não, agora a desculpa não podia ser mais Lauren, afinal todos já sabiam que havíamos rompido, sendo que na verdade nem namorando nós estávamos. Os murmúrios pelos corredores quando eu passava me deixava irritada e um pouco chateada, os comentários geralmente eram de como eu era louca por deixar Lauren, já que a morena deve ter dito a todos que fui eu quem terminei, já que foi ela quem iniciou toda essa situação de namora e os outros comentários eram, ainda bem que elas terminaram, porque eu era muito sem sal para Lauren. Faltava por volta de três meses para chegarmos a nossa principal missão, mas antes faríamos uma parada em Lisarby, um planeta dividido por dois irmãos, que até seus descendentes alimentam o ódio um pelo outro.

- Tenente Cabello, você irá comigo. – O capitão avisou. – Temos uma audiência com eles, Elkor e Elvik, primos distantes que ainda semeiam o ódio um pelo o outro sem saber o porque toda essa guerra começou.

- E por que a guerra começou?

- Alguns dizem que Isain roubou a noiva do irmão mais nova, Urveck, desde então declararam guerra entre si, como cada um herdou uma parte do planeta, eles o separaram, obrigando aos moradores do planetas a escolher um lado. – Dinah explicou. – Essa já é a quarta geração e parece que uma guerra maior está para estourar, então temos que nos meter antes que isso aconteça. – Dinah era historiadora, ela sabia falar muitas línguas e sabia basicamente tudo de todos os planetas que passávamos, quando ela não sabia, buscava informações e até mesmo parávamos para ela ir até o planeta estudar e recolher informações históricas. Eu ainda estava chateada com ela por ter inventando toda aquela situação e ter me deixado acreditar naquilo por meses.

- Pegue o tradutor universal. – O capitão me instruiu.

Pegamos nossas armas, comunicadores e testamos para ver se tudo estava ok. Os médicos instalaram um equipamento que media nosso batimento cardíaco. Shawn me deu um abraço, o que rendeu alguns olhares e algumas risadinhas.

- Boa viagem. – Desejou.

- Obrigada. – Apenas me afastei e fiquei ao lado do capitão. Ele permaneceu me olhando e deu um rápido aceno de cabeça. Senti como se meu estomago fosse virado de cabeça para baixo, como se cada célula do meu corpo tivesse trocado de lugar, me senti um pouco tonta, mas o capitão me segurou.

- A primeira viagem é sempre assim. Temos que conseguir um tratado de paz, ou então a Organização tomará medidas bem drásticas, afinal eles estão começando a criar bombas que podem afetar a galáxia em que eles estão localizados.

- E se eles não forem amigáveis?

- Bom, teremos que declarar guerra a eles. – Concordei, mas no fundo estava com medo, nunca tinha ido a campo, muito menos numa batalha.

Quando chegamos na cúpula central, cada um dos governantes do planeta estava de um lado. Os dois eram bem altos, pareciam ter dois metros e meio, já os demais tinham altura mediana de um ser humano. Elkor tinha olhos escuros, uma voz bem grave e Elvik era uma mulher que parecia bem dócil, até abrir a boca e demonstrar toda sua rispidez. Os faziam acusações aos seus antepassados.

- Ele é um tirano, como fora seu pai e o pai de seu pai. – Elvik o acusou. No meio estava o capitão e eu. Não deveríamos escolher lados, mas sim ajudar os dois fazerem as pazes.

- Ela, deita-se com seus escravos, trai seu marido com eles, igual ao seu antepassado, ladrão de mulheres.

- Mentira! – Gritou Elvik.

- Capitão, o que faremos? – Eu já estava nervosa com a situação.

- Estamos aqui para que todas essas acusações acabem. O passado não pode definir o futuro de vocês. – O capitão falou alto. – Vocês deveriam estar pensando em seus súditos, como eles reagem a esta guerra sem fim? Vocês separaram famílias e ainda criam um ódio irracional. O que Elkor fez para você Elvik? E o que Elvik fez a você Elkor?

Ambos ficaram calados, se olhando, eu estava com medo de não dar certo e ficarmos entre o fogo cruzado. O silencio foi cortado pela porta do local se abrindo e batendo bruscamente. Rapidamente olhamos para lá.

- Não os ouça majestades. – Um Lisarby passou pela porta, vestia uma espécie de túnica. – Estes querem corromper nosso planeta.

- Corromper? – Elkor falou.

- Sim, meu senhor. Eles querem tornar nosso planeta rota comercial, piratas, bandidos, mercenários e todos os tipos de deliquentes pisando em nossas terras.

- Isto é mentira! – O capitão falou alto. Não era 100% mentira, porque realmente a Organização queria uma contribuição de Lisarby, esta contribuição seria que se tornasse uma rota comercial, além de ajudar a fazer o comercio do planeta crescer.

- Como ousa desmentir o conselheiro dos reis e rainhas deste planeta. – Então tudo fazia sentido. Aquele era o conselheiro dos dois, era ele quem ficava implantando a discórdia, mas por quê? – Meu senhor e minha senhora, eles querem roubar nossas riquezas, como fizeram em outros planetas.

- Não, claro que não. – Me pronunciei. – Só queremos que vivam em paz.

- Vivemos em paz, da nossa maneira.

- Fazer as pessoas se odiarem não é paz. – Falei novamente.

- Vocês querem roubar nosso Elidium! – Alguém que estava assistindo gritou.

- Vocês tem Elidium? – O capitão franziu o cenho. Elidium era uma substancia que não era produzida a muito tempo, era extremamente raro e com ele era capaz de produzir armas de energia infinita, podendo até criar uma arma de destruição em massa.

- Não temos Elidium. – Elvik falou. O conselheiro ficou calado.

- Veronica, quero avaliação do planeta, precisamos saber se existe alguma substancia nível 3 ou 4 aqui. – O capitão falou rapidamente. – Certo!

- Espere, como assim, você vai entrar em nossos registros? – O conselheiro falou nervoso.

- Peço cooperação de vocês, ou teremos que ativar o alerta.

- Para que isso? – Elkor falou.

- Vocês possuem uma substancia perigosa, capaz de criar armas e bombas, queremos saber se está sendo vendida ilegalmente. – Expliquei a situação.

- Não temos nenhuma substancia perigosa aqui. – Elvik falou alto. – Certo conselheiro Oblair?

- Alteza, eles não sabem o que falam.

- Faça! – Elkor falou. Uma rápida movimentação começou, homens com armaduras começaram a entrar correndo.

- O que é isso Elkor, aqui é uma zona neutra.

- Não mais. Prendam todos.

- Nave estamos sendo atacados! – Tentei ligar a comunicação, mas pareciam ter cortado nosso contato. – Capitão e agora?

- Não faça nada.

- Mas...

- Sem mais Tenente. – Apenas coloquei a arma no chão e levantei as mãos.

Elvik também não reagiu, todos que estavam contra ao Elkor foram presos, inclusive nós. Ele sabia de tudo, estava contrabandeando o Elidium junto com o conselheiro, provavelmente esse Elidium vinha do lado de Elvik, ou seja, era melhor manter uma falta guerra para enganar a mulher, enquanto ele e o conselheiro vendiam o material. O capitão parecia muito calmo, eu realmente não estava entendendo nada.

- Capitão e agora?

- Você nunca aprende. – Ele mexeu no braço direito e logo a imagem de Lauren apareceu na minha frente. – Antes do capitão decidir vir, rastreamos um alto nível de Elidium no planeta.

- Por que não me contaram nada?

- O capitão disse para eu contar, mas eu preferi não fazer. – Dei um soco em seu ombro, mas me arrependi, tinha esquecido que era de ferro.

- Droga! Eu odeio você.

- Eu sei. – Lauren olhou pelo buraco da cela.

- Lauren... você sumiu... como andam as coisas? – Lauren apenas me olhou e nada respondeu. – Não tivemos tempo para conversar, sabe, depois de Drelium, aquele assunto chato sobre nossa tran...

- Shi! – Lauren me cortou.

- Deixa a garota falar, Jauregui. – Ouvi alguém falar no meu ouvido.

- Eles estão nos ouvindo? – Fechei fortemente os olhos.

- Sim.

- Não se acanhe Camila, diga a Lauren. – Era a voz de Veronica.

- Preparada? – Lauren se virou para mim. Apenas concordei. – Eles são primitivos quando se trata de portas. – Lauren flexionou os joelhos e levantou a porta, ouvi ela ranger e logo vi as dobradiças soltarem. – Se afasta. – Falou com dificuldade. A Doratiana jogou a porta para o lado. – Toma. – Me deu uma arma. – Para cima é arma de choque, para baixo é o laser normal. – Concordei. – Estamos avançando, vamos imobilizar os guardas.

- Positivo. – Veronica respondeu. – Há dois guardas a direita  e um patrulhando o perímetro, ele leva quinze segundos para cruzar o corredor. Ao meu sinal... – Lauren sacudiu a cabeça para mim, para perguntar se eu estava pronta. Concordei prontamente. – Pera ai... Pera aii... – Apenas revirei os olhos, era só ela dizer para ir no momento certo, não precisava ficar falando aquilo. – Agora!

A passos cuidadosos fomos em direção aos guardas, Lauren acertou o primeiro com um golpe na nuca e antes que ele pudesse fazer algo eu o acertei com a arma de choque.

- Cinco... quatro... três... dois...

Lauren atirou e acertou o joelho do terceiro guarda. Ele caiu de joelhos no chão, estava a seis passos de nós mais ou menos, Lauren correu até ele e acertou uma joelhada forte, o vidro do seu capacete até se quebrou com o impacto.

- Muito bem. Se seguirem em frente vão encontrar uma porta, depois dela alguns túneis, vocês vão seguir pela cidade, precisam chegar até o castelo de Elkor.

- E os outros? – Perguntei. Penso que num ato instintivo Lauren segurou minha mão e me deixava atrás de si.

- Nesse exato momento a tripulação ou parte dela, infantaria para ser mais clara, está sendo transportada como prisioneiros para Lisarby.

- Parte do plano que você não me contou? – Falei com Lauren.

- Lauren é vingativa, cuidado. – Veronica falou rindo. – Espera... tem... dois guardas

- Fugitivos! – Tarde demais. Um deles gritou e vieram correndo atrás de nós. Lauren me jogou para o lado e ficou na minha frente para me proteger dos tiros.

- Se correr até a porta Veronica abre e você passa. Vou te dar cobertura. – Concordei. Uma ova que eu correria e passaria pela porta, eu era treinada, só porque cometi uma gafe de inicio não significava que eu era uma inútil ou alguém que precisava ficar sendo defendida.

A Doratiana controladora achando que eu iria por um lado, deve ter se surpreendido quando me viu correndo na direção dos guardas enquanto ela atirava. Dei um impulso na parede e acertei prontamente um chuto no rosto de um deles, diferente dos outros três, seus capacetes eram abertos na frente. Ele caiu e assim atirei na perna do segundo, que parecia surpreso com meu ataque, ele caiu e finalizei com um golpe em sua nuca. Quando ia desmaiar o outro, Lauren aparece chutando o rosto dele com tudo.

- Mais... mais o qu-que você está fazendo? – Estava nervosa. Algo que notei era que quanto mais nervosa, mais ela gaguejava.

- Estou limpando o perímetro?

- Eu disse para correr para a porta. – Lauren apontou a porta que ficava do outro lado.

- Eu decidi correr e atacar os guardas que estavam acuados.

- Você deveria ter me dito, isso não é trabalho em equipe.

- Isso deixou de ser trabalho em equipe quando me escondeu que era você e não o capitão.

- Ponto para ela. – Veronica falou.

- Cala a boca! – Falamos ao mesmo tempo.

- Que hostilidade. Casal, sigam pela porta atrás dos guardas, não tem ninguém lá e leva direto a cidade.

- Vero vou desligar a comunicação por dois minutos. – Lauren mexeu no braço e desligou a comunicação. – Camila, só porque você não sente nada por mim, como eu sinto por você, não significa que eu não vá preocupar e queira te proteger, você me deixou preocupada, não faça isso de novo, por favor. – A morena era esperta, era notável que estava tentando me manipular, então ela sabia que se gritasse, eu gritaria de volta, preferiu assim falar manso.

- Eu sou uma Tenente formada com a melhor nota, não estaria em Solaris se não fosse boa, não acha?

- Só tome cuidado.

- Sobre aquele dia... você não me deu chance de falar...

- E nem vou dar, não quero explicações nem nada, você não precisa ficar pisando em ovos por minha causa, eu já sou uma Doratiana adulta, e olha que leva cerca de quarenta anos humanos para me tornar adulta. – Isso me fez pensar quantos anos Lauren realmente tinha. – Eu sei vou aprender a lidar com as coisas. Sinto muito pelos quatro meses. – Ela realmente se arrependia.

- Você se arrepende de ter passado os quatro meses comigo? – Não era bem comigo, mas me senti um pouco chateada em saber que ela estava arrependida dos nossos quatro meses de falso namoro.

- ... – Lauren não conseguiu me responder, porque antes que a resposta saísse de sua boca, algo acertava seu braço, era um tiro. Um dos guardas tinha acordado e acertado a morena, que caiu no chão.


Notas Finais


Blog >> www.contoscontados.com
A amante do meu marido >> http://www.contoscontados.com/p/a-amante-do-meu-marido.html


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