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História Solidate - Um


Escrita por: Lu-pumpkin

Notas do Autor


Oi oi pessoal, nos próximos capítulos não haverão notas do autor até que eu pense que elas serão necessárias.
Os capítulos que se seguem são diferentes dos que eu escrevo normalmente e eu espero que vocês gostem mesmo assim. Isso não quer dizer que capítulos como os outros não voltarão, essa mudança foi feita com um objetivo e eu espero que entendam.

Até logo!
Beijinho beijinho.

Capítulo 15 - Um


Fanfic / Fanfiction Solidate - Um

1° Mês

Todo o dia que passava era uma tortura.

Era difícil dormir, difícil comer. Era difícil viver sem ele ao meu lado.

Desde que foi transferido para o hospital de Seul, não tinha um dia que passava sem que eu fosse vê-lo. Ele estava sempre lá, imóvel. As vezes a roupa era outra cor pois as enfermeiras que cuidavam dele sempre trocavam. Havia lhes dito que Luhan era bem chato pra essas coisas de higiene. Que se sentia mal se passava muito tempo sem banho ou se ficava com a mesma roupa o dia todo e elas levaram aquilo em consideração. Já havia decorado os tons de azul e verde que suas roupas tinham. Elas sempre intercalavam as cores pra que os cuidados fossem visíveis e isso me deixava aliviado. Ficaria triste se Luhan não estivesse sendo bem tratado.

As vezes eu ia visitar com a mãe de Luhan, outras vezes ia com seu pai. Mas na maioria das vezes eu ia sozinho.

O médico uma vez nos disse que conversar com Luhan era algo muito bom e que podia servir de estímulo pra ele. Disse que em vários casos, pacientes que acordavam do coma lembravam do que os familiares falavam. Apesar de eu querer falar com ele, eu não conseguia.

Quando olhava pra seu rosto eu só conseguia chorar.

Perdi a conta das vezes que segurei suas mãos geladinhas e quis dizer que lhe amava e que sentia sua falta mas as lágrimas vieram e me impediram de falar.

Nunca pensei que seria tão difícil. Mas pra mim estava sendo a pior coisa do mundo.

Quando as aulas voltaram na segunda semana do mês, eu retornei ao colégio e lá, encontrei os nossos colegas, os colegas que estavam juntos na nossa viagem. Eles me questionaram sobre a situação de Luhan e disseram que tinham tentado o visitar mas não permitiam pois, apenas familiares eram permitidos. Familiares e eu.

Havia implorado para o médico pra que eu pudesse visitar Luhan. Eu não conseguiria ficar sem o ver. O primeiro dia que ele ficou internado no novo hospital não me permitiram entrar em seu quarto. Mas depois de muito implorar, o médico deixou minha entrada autorizada.

Nossos colegas agora sabiam sobre nós dois. Aparentemente eles ouviram quando falei aos paramédicos quando colocaram Luhan na ambulância. Mas eu não dava a mínima pra aquilo agora. Não ligava pra o que iriam pensar. Não ligava pra nada disso.

Kevin não apareceu na primeira semana. O que foi bom pois eu queria lhe dar uns socos.

Na segunda semana de aula, tudo era insuportável. Eu não conseguia me focar nas aulas. Não conseguia ficar naquele lugar sabendo que Luhan não estava ali comigo. Sabendo que ele estava sozinho em uma cama de hospital. Eu não aguentava mais.

Foi então que decidi parar com os estudos. Meus pais foram contra aquela ideia, mas eu decidi ser sincero com eles. Disse tudo o que estava me afligindo, lhes disse que não tinha forças pra ficar lá, que eu não conseguia viver normalmente por que Luhan não estava comigo. Sem ele nada fazia sentido. Então eles aceitaram minha decisão. Disseram que quando Luhan acordasse iríamos continuar os estudos juntos. Eles estavam preocupados comigo. Me disseram que me apoiariam para buscar um terapeuta ou psicólogo para conversar e ter algum auxílio pois o que estava passando não era nada fácil e poderia me causar muitos danos.

Eu não aceitei de primeira, mas depois eu pensei que Luhan não gostaria de me ver definhando e me prendendo em minhas próprias dores. Quando eu sofria, era ele quem eu buscava e agora que não podia, precisava de ajuda.

Quando chegava em casa depois de visitar Luhan, eu não conseguia comer, não conseguia conversar com ninguém. Não conseguia pensar em nada além de seu rosto sereno coberto pela máscara de oxigênio que lhe mantinha vivo. Muitas vezes não conseguia dormir. As vezes era por tanto chorar, outras vezes era por que pesadelos me assombravam. O pior de tudo não eram os pesadelos, era acordar e lembrar que não eram apenas criações maldosas de meu inconsciente. Eram retratos de uma realidade que machucava.

Eu sentia saudade.

Sentia saudades dele.

E doía. 



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