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História Solitária realeza. Travessuras marotas - Capítulo 17


Escrita por: Sirukyps

Capítulo 17 - Capítulo 17


Fanfic / Fanfiction Solitária realeza. Travessuras marotas - Capítulo 17

- Largue-me, Potter! – As luzes haviam caído e sob a desculpa de pegar outra bebida, James arrastava o sonserino pelo punho para distante da multidão.

O suor frio dentre as calorosas luzes em movimento.

Os sapatos sociais escorregavam desfazendo qualquer atrito ao chão. O fino braço trêmulo não escapava daquele dolorido nó de ossos, puxando-o agressivamente. O choro era camuflado pelo alto som dos distraídos corações apaixonados, os quais curtiam eternizando aquela única e especial recordação.  

Admitia. Era sua culpa não ter ficado no dormitório, fingindo não existir. Era sua culpa ter cedido ao capricho dos novos amigos e acompanhado uma bela jovem de cabelos tão claros como o reluzente sorriso de verão para aquele baile colegial. Não combinava com aquelas pessoas animadas, quase esquecendo, momentaneamente, da obrigação de sucumbir ao sussurro da angústia, esquecido ao relento....

Não mentia, ao menos naquele dia, acreditava que poderia... Não. Jamais poderia.

As costas arremessadas contra a pedra maciça duma parede aleatória, o protesto em dor foi abafado pela captura dos lábios atônitos num beijo voraz. Revirando a chave, James trancou a porta da sala de aula, conduzindo o pequeno metal ao bolso do smoking.

Após ser empurrado por um escasso ato de coragem, os olhos em ódio desafiavam o amedrontado estudante. O que faria? O que fazia?

Dando um passo para trás, a malícia no sorriso provocava, empenhando-se em deixar aquele rosto mais inchado devido as lágrimas incessáveis pelo involuntário temor:

- Você ainda chora como um pequeno coelho....  – Tocando-lhe a bochecha com o dorso da mão, levantava-lhe o queixo, forçando-o olhar para si. – Sabe, Severus.... Dizem que pessoas relaxadas costumam ser mais piedosas... – O sugestivo comando conhecido. - Use seu corpo para me fazer relaxar.

- Lily deve estar te procurando...  – Interpôs, desviando daqueles olhos cruéis, os quais fixavam sua alma através das armações douradas.

- Certamente, sim. Ela me ama. – Lentamente, marcava com um ferro em brasa aquelas palavras num divertido murmúrio. A parte superior do blazer decaía ao chão. Sentando-se, afrouxava a gravata laranja e amarela. Olhando com desdém para o garoto acanhado contra a porta de madeira, almejando dissipar, chamou:

- Venha ao meu colo, Severo!

Não sabia o motivo para obedecê-lo, mas novamente foi.

Poderia gritar, denunciar aquelas perseguições, todavia quem se importaria com um estranho garoto da sonserina? Não provinha de família abastada, nem tinha grandes feitos... Chegava a ser ridícula aquela obsessão adolescente por parte de alguém como Potter.

Sim.

Poderia ridicularizá-lo.

Espionando de esguelha, aqueles malditos olhos travestidos num irreverente cinismo. Os cabelos desgrenhados, roupas amassadas... Aquela gravata ficaria melhor longe dali...

- Ajude-me a relaxar, Ranhoso. – A sedutora ameaça embargada pela volúpia.

Amaldiçoava-se quando seguiu, sentando sem pudor no colo do inimigo. Desejava aqueles lábios, aquele homem, aquela conhecida aflição. Embora tentasse esquecê-lo todos os dias, o maldito Potter sempre estava lá, atormentando cada pequeno pedaço de sua difícil existência.

Repousando os braços em torno dos ombros, fechou os olhos e grudou os lábios num necessitado beijo. As unhas arrancavam a pele da nuca, adentrando os cabelos acastanhados com raiva... Repulsa... Luxúria.

Mordendo o fino queixo, James deixava rastros de manchas escuras até a gravata verde e prata, a qual teve o nó desfeito astutamente. Os dedos finos percorriam a saliente coluna num peculiar carinho. Chegando ao cós da calça, adentrava, fechando os dedos em tornos das macias nádegas, trazendo o frágil corpo para mais perto de si.

Snape gemia, rebolando por reflexo, estimulado pelo ardiloso toque em sintonia a úmida língua lhe percorrendo a pele recém exposta do tórax, após ter arrancado alguns botões da velha camisa social.

- Amarre as minhas mãos com sua gravata. – Ordenou. Queria esquecer a vontade de abraçá-lo e transformar as amedrontadas lágrimas em prazer. Rindo da própria tolice, dissimulou. – Não quero interferir na forma como você irá me relaxar.

- Mas... – Os olhos inchados não compreendiam, deixando engraçado aquele ar de interrogação. Contudo, obedecendo, levantou.

Encarando as janelas trancafiadas, apenas a luz da lua, espreitando pelas frestas da velha madeira, testemunhava os lábios feridos por um relacionamento que nenhum dos dois sabia como finalizar. Abaixando o olhar tristonho, unia os braços para trás, retirando a gravata desfeita e enlaçando os punhos frouxamente.

- Tire sua roupa.

Enrubescido, apesar de não ser a primeira vez, assemelhava-se pela timidez. Os dedos tremeluziam desabotoando os botões inferiores da camisa social, desfivelando a calça, engasgando-se pelo choro reprimido, aguardando inexistente piedade.  

Queria morrer. Ainda mais por causa daqueles olhos fixos, analisando-lhe minuciosamente cada pedaço desnutrido do corpo recém-despido. Ainda mais por...

Não...!

Amaldiçoava aquele calor, aquele desejo, aquele sabor só contido em Potter... Retornando ao colo quase debilmente, afogou o rosto contra seu pescoço, deferindo mordidas suaves enquanto lhe retirava a camisa. Algo apontava ameaçadoramente contra seu baixo ventre. E o pior, compartilhava daquele mesmo instinto repugnante.

Buscando os lábios avassaladores com indescritível sede, James desviou por travessura. Piscando intrigado, o maroto explicou:

- Você reclamou que fui agressivo... Quero que me mostre como prefere agora.

- Mas... – Apreensivo, após vacilar por um instante, as trêmulas mãos abriam o zíper alheio, libertando a ereção da contraparte. Tomando os dois pênis na mão, masturbava-os.

- Eu te proíbo de usar as mãos, meu príncipe... – Caçoou, o fino traço de riso ao perceber a contraparte empalidecer cabisbaixa.  

Assentindo em positivo devido ao pensativo receio, interpôs os braços sobre os ombros ansiosos, tentando desviar daqueles malditos olhos insistentes.

Aquele cheiro impregnava sua mente e a voz sacana lhe provocando perturbava a escassa sanidade. Levantando-se um pouco, sentou contra a ereção, mordendo o lábio inferior conforme aprofundava. Dolorido? Sim, mas... Queria mais. Desejava de modo insaciável como se aquele corpo lhe causasse desastrosa dependência.

Sim, uma droga...

Aquela pessoa era uma desprezível droga.

Arfava ao ouvido ao induzir os movimentos... Outra vez, sentia o membro latejar, quase utilizaria as mãos para se auto satisfazer conforme a excitação acrescia a cada penetração, quando foi repreendido bruscamente.

- Sem mãos!

- Minhas mãos...

- Não. Utilize meu corpo, Severus. – Comandou um pouco rouco, em êxtase. Recostando as testas suadas, os olhos vidrados, transparecia as excitações igualmente compartilhadas. Os gemidos conjuntos e...

Snape apertou os olhos fortemente ao sentir uma onda de prazer percorrer a espinha por tocar num ponto específico. Estimulado pelo súbito soluço clamando seu nome, James desfilhou do frouxo laço, agarrando aquelas nádegas com propriedade, aumentando a velocidade dos movimentos.

- Prefere assim?

Nenhuma resposta. O garoto mantinha os olhos fechados, cravando os dentes na pele exposta do ombro, buscando ocultar os sons provenientes do abominável prazer.  “Por Merlin, como James poderia ser tão...”.

- Não feche os olhos, Severus. – Protestou. A voz falhava. Excitado, a respiração entrecortada. Queria que aqueles negros olhos nunca esquecessem... Não! Quase ao ápice, incitava a ereção do parceiro, engolindo as palavras proibidas lhe impregnando a mente pelas sensações dos momentos.

Lutava contra os próprios pensamentos quando o orgasmo do falso amante chocou contra sua barriga. Mais algumas estocadas e também chegava ao clímax, preenchendo o garoto quase desfalecido naquele abraço unilateral.

- Lily deve... – Arriscou baixinho, utilizando o ombro demarcado pela sua paixão como travesseiro.

Ainda ofegante, não acreditava na palavra ouvida. A raiva lhe dominava a sanidade, terrivelmente desacreditado no que escutava. “Lily...”. Novamente, ela. Sempre ela. A adorável Lily.

Agarrando os negros fios com brutalidade, puxava-os para traz, inclinando-lhe a cabeça para praguejar:

- Não fale o nome dela por esta boca desprezível. – Praticamente empurrando-o ao chão, afastava-se. Realinhando a aparência e roupas por feitiços, cuspia palavras incongruentes aos sentimentos lhe amargurando. - Você é... Você é repugnante, Ranhoso.

Desistindo de permanecer ali, batia a porta, retornando a passos pesados para a insuportável comemoração.

Ficando ali, aprisionado junto as sombras, Snape libertava o choro suplicando para desaparecer daquele modo, esquecido junto a escuridão de uma sala sem vida.

Certamente, sucumbir a amargura era sua melhor alternativa. 



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