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História Solitária realeza. Travessuras marotas - Capítulo 18


Escrita por: Sirukyps

Notas do Autor


To mega atrasada pro trabalho, ainda bem que já pedi demissão

Capítulo 18 - Capítulo 18


Fanfic / Fanfiction Solitária realeza. Travessuras marotas - Capítulo 18

Distante dali, o alto som do baile parecia ruídos, ignorado pelo brilho das diversas estrelas explodindo na silenciosa noite. O rio transcorria lentamente um pouco afrente. A grama vagamente úmida. O decair da temperatura. Nada era problema para os dois rapazes presentes ali, entre piadas e bebidas.

Desembrulhando outra trufa de chocolate com rum, Sirius levava aos lábios do atencioso ouvinte, cujos curiosos olhos atentos repousava a cabeça em seu colo. 

- É o meu avô. - Apontando para um pequeno ponto brilhante na constelação de gêmeos, Lupin passou alguns segundos para encontrar a direção, esforçando-se em acompanhar as palavras proferidas empolgadamente. 

- Eu li que ele recusou a imortalidade para ficar ao lado do irmão.

- Eu também recusaria para ficar contigo, Moony. – Acrescentou. Afastando a franja para o lado, admirava os olhos dourados escurecidos pela madrugada. Agradecia em silêncio por aquela felicidade ter entrado na sua grotesca história de vida. Não precisava de riquezas, status ou qualquer outro bônus por ter nascido um Black, aliás, nada fazia sentido até encontrar aquele tímido sorriso de pérolas assinaladas por chocolate. Acariciando a pequena cicatriz demarcando a bochecha esquerda, memorizava cada contorno com estimo. Dissimulando a agonia, confessava quase em brincadeira. – Afinal, qual a graça de continuar vivo sem poder olhar as estrelas?

Engolindo o compartilhado nervosismo diante o toque, Remus havia perdido as contas sobre quantas vezes as estrelas mais belas apareciam refletidas naqueles olhos prateados, especialmente quando acordava em alguma madrugada precedendo a lua cheia.

Ou...

Aquele sorriso despreocupado transmitia tanta segurança, que, às vezes, perdia-se na tonalidade daquela voz como...

A garganta travada pelos rápidos batimentos cardíacos não lhe permitia pensar corretamente, deste modo, decaiu os olhos para o castelo, tentando transparecer uma inexistente casualidade:

- Deveríamos ter chamado os outros... Peter ficaria impressionado em como o céu tem histórias incríveis, assim como sua família.

- Sim... As estrelas escrevem a história da minha família...

- Obrigado. – Levantando-se em entristecida nostalgia, somente o medo acompanhava suas lembranças sob o véu noturno.

O coração acelerado, estranhos calafrios... Esfregando uma mão contra outra, realmente, a temperatura esfriava. A fina malha da camisa de mangas compridas, não impedia o vento frio de congelá-lo. E pensar que havia reclamado com Sirius sob agasalhos, argumentando ser véspera de primavera.

O peso do casaco de couro lhe tombou os ombros e antes que pudesse agradecer, foi puxado pelo braço e deitado no capim outra vez. Inclinando-se sobre a contraparte, o licantropo repousava os olhos naqueles lábios, tentando acompanhar seus segredos:

- Não fique triste, Moony. Se você fizer parte da minha família...

- Você odeia sua família, Sirius. – Interrompeu, gargalhando pelas sobrancelhas estreitas lhe censurando a observação.

- Então, - Recompondo-se, o tom de voz mais baixo e sensual. – Se fizer parte da minha vida, eu prometo te levar ao céu.

Quase sentindo o hálito quente daqueles lábios tão próximos, não compreendia como o céu se tornava mais magnifico quando reduzido a plano de fundo para aquela estrela sobre si. Buscando compreender, erguia a mão o máximo que podia, fechando ao ar. Abrindo, notava o vazio. Deste modo, interpôs:

- É muito alto.

- Remus!

- Desculpa, Padfoot. – Acariciando de leve a bochecha esquerda, impedia o discurso em protesto. Melancólico, as lembranças ainda vívidas do fiel desespero. – O anoitecer sempre me aterrorizou...

- Às vezes, a vida nos dar uma rasteira para que possamos parar de olhar para o horizonte e contemplemos as estrelas.

- Rasteiras são doloridas... – O pequeno sorriso descrente diante a tola suposição.

- Então, agora que está no chão, por que não aproveita para contemplar sua estrela?

- Minha? – Queria sorrir desfazendo o clima tenso para amenizar as fortes batidas lhe aquecendo o corpo, entretanto, os lábios articulavam palavras não completas... Talvez, estivesse embriagado pelo pouco álcool contido nos chocolates... Ou...

Desfilhando dos olhos pesados cada vez mais próximos, um grande sorriso lhe enfeitava os lábios ao apontar para o rastro de luz cortando a escuridão azul:

- Olha, Padfoot, uma estrela cadente!

Sirius riu. Maleando a cabeça em negativo, as costas se deitavam contra a grama molhada. Havia conversado com James e decidido deixar tudo claro, mas... Francamente, era tão complicado. Não queria perdê-lo. Não queria assustá-lo. Não queria...

Dedos gélidos enlaçavam os seus descansados contra a úmida folhagem. Olhando para o lado, bastante surpreendido, o coração saltou de felicidade ao notar o rubor vermelho dentre o laranja das pequenas sarnas.

- E então... – Virando-se para o lado, o sorriso mais convencido que o habitual num visível flerte. – Pode fazer um pedido para sua estrela, Remus. Estou caidinho por você.

- Sirius! 



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