1. Spirit Fanfics >
  2. Solitária realeza. Travessuras marotas >
  3. Capítulo 08

História Solitária realeza. Travessuras marotas - Capítulo 08


Escrita por: Sirukyps

Capítulo 8 - Capítulo 08


Fanfic / Fanfiction Solitária realeza. Travessuras marotas - Capítulo 08

Quase na saída principal de Hogwarts, o Sol adormecia lentamente submergido entre muitas nuvens carregadas em escuridão. Os garotos seguiam contando piadas. Lupin, inutilmente, repetia sobre não ser necessário acompanhá-lo, contudo ninguém escutava.

Um encapuzado corria desesperado, chocando-se contra o grupo distraído que rodopiava e gargalhava no corredor.

Tropeçando ao chão, repreendeu num baixo murmúrio de dor:

- Maldição!

Tenebroso, olhou para trás, assustando-se quando percebeu o grupo unido: Os marotos. A visão terrivelmente embaçada não impedia de notar os indesejados olhos curiosos.

- O que estava acontecendo, Snape? – Perguntou James furioso, buscando os demais perseguidores no horizonte, os quais recuaram dentre as sombras do entardecer.

- Você está bem? – Agachando-se, Pedro repousou uma mão contra a omoplata, ajudando-o a levantar.

Trêmulo, Snape recuou pra trás.

Suava frio. As estremecidas pernas poderiam ceder a qualquer momento outra vez.

O rosto ainda mais pálido afogava no amontoado de roupas lhe ocultando a identidade. Desculpando-se, maleou a cabeça num “sim” sem resposta audível.

Cambaleou ao tentar prosseguir, trazendo o pulso para a altura do peito. Os cabisbaixos olhos inchados e vermelhos temiam despertar suspeita sobre os acontecidos, principalmente, quando nem mesmo ele compreendia.

Agora, aquela ameaça assombrava a escola? Como?

- Ele não tá nada bem. – Constatou Sirius, entreolhando os amigos, preocupado.

- O que houve com sua mão? – James suspirou angustiado, aproximando-se. Revirando os olhos após constatar o machucado oculto desde mais cedo, retirou a varinha.

Refletindo, não compreendia o motivo para aquele estudante estar tão desnorteado, ofegante e... Amedrontado? Como algo aterrorizava o implacável Severus Snape? O que acontecia além do horizonte? Realmente, aquela tarde apresentava um ar intrigante.

O garoto recuou dois passos para trás quase por instinto. Correria se conseguisse como, todavia o corpo não respondia corretamente, sacrificando-se para permanecer de pé.

– DEIXE-ME VER SUA MÃO AGORA, SNAPE. 

 O silêncio.

- James, a lua irá... – Lupin tentava amenizar a situação.

Os atônitos semblantes permaneciam estáticos, fitando o autoritário garoto de óculos.

Hesitante, ele obedeceu.

Estendendo a contragosto, exibiu um pulso extremamente vermelho. O grifinório, por um segundo, temeu tocar. Apontando a varinha para conjurar um feitiço, irritou-se quando constatou a elevação da temperatura daquela pele tão macia e sua.

- A lua...

- Estamos indo! – O pulso voltava ao normal, assim como aparecia uma algema unindo os dois garotos. – Só vou dar uma punição nestes malditos...

- Não vá...! – Por instinto, segurava o cardigã acinzentado. Soltando-o sem jeito, puxou o braço preso, pois não ambicionava seguir de modo algum. O desespero retornava. Assim, quase em lágrimas, balançava a cabeça quase compulsivamente para estabilizar a visão. – Não foram eles...

- Como não?

 – Foi você, Potter. – O riso descrente diante o audacioso desentendido. - Eu torci o pulso quando você e seus amiguinhos me derrubaram após a aula de herbologia.

James revirou os olhos sem se importar tanto. Por que tudo era tão complicado? Olhando por cima dos ombros, as trevas avançando afora o colégio aparentavam sobrenaturais, entretanto precisavam seguir... A lua logo...

O sonserino ansiava a libertação daquelas algemas prateadas, forçando o punho de modo insistente. Precisava escapar. Ao sentir o braço puxado para caminhar, terminou tropeçando na barra da própria capa. Cairia ao chão se não fosse acolhido pela cintura pelos afetuosos braços apreensivos, os quais lhe conduziram ao chão para que sentasse.

Fitando o piso de pedra, implorava como podia:

- Eu não quero voltar lá fora... Por favor, Potter... Só me escuta desta vez...

- Ranhoso... – Pedia calmamente. Mordendo o lábio inferior, repreendendo as arrogantes atitudes. – Só... Levanta...!

- Prongs, eu não acho que ele consiga...

Suspirando profundamente, massageou a testa, reprimindo a imensa fúria lhe agonizando o peito. Odiava teimosia. Odiava aquela pessoa. Retirando a varinha do sonserino, propôs:

- Eu devolvo sua varinha quando você melhorar, para isto você tem que vim conosco.

Ele não respondeu.  

Lupin, impaciente, desejava seguir, mas Sirius permanecia o segurando pela mão. O cenho franzido pedia mais alguns segundos, mas Lupin suspirava preocupado como se afirmasse “Não existir mais alguns segundos para correr contra o tempo”.

Peter retornou para perto dos dois, interrompendo aquela comunicação quase telepática.

Sem erguer a face, Snape sussurrou ressentido:

- Não confio em suas palavras.

- Bom, que alternativa você tem agora? – Diante o possível consentimento, passou o braço direito em torno à fina cintura, enquanto cedia o ombro num indesejado apoio. – Consegue caminhar? – Perguntou ao levantar.

O inimigo brandiu a cabeça em positivo, embora a contragosto.

- Não podemos levá-lo, Prongs.

- Sirius, é o ranhoso. O que ele poderia fazer? – Forçava o sorriso, numa inútil tentativa de transmitir segurança ao grupo. - Não é ameaça.

- Não... - Arriscava uma última vez, permanecendo a fitar o chão preocupado. - Não podemos sair do castelo durante a noite.

Ignorado, seguia contra a vontade o árduo caminho até a casa dos gritos. Recitando feitiços de proteção em silenciosos murmúrios, realmente, mais que nunca, eles necessitavam funcionar.  

Por Merlin... 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...