História SoLunar (Lutteo e Simbar) - Spy

(Leiam as notas inicias/ do autor)

"Estar assim acordado.. É um delírio de condenados"

Luna Benson...

Alguns pesadelos assombram minha noite já a alguns dias, desde quando recebemos aqueles bilhetes anônimos.. Sim, recebemos, é um problema aparentemente não só comigo como também com a Âmbar, nós duas viemos recebendo cartas em anonimato e eu me sinto vigiada a cada passo que dou fora de casa, desde aquele dia em que levei o susto de saber: alguém está nos perseguindo e ainda não faço idéia de quem são, porque estão e o que querem..

Ouço batidas na porta e dou um pequeno pulo pelo susto que me tira rápidamente dos meus pensamentos, não estou esperando visitas e isso claramente se percebe, uma vez que estou ainda de pijama, que na verdade é só uma camisa mais larga do que o comum..

Prendo meu cabelo em um coque rápido e ando até a porta, sendo que as batidas não cessam e não pode ser seja lá o ser idiota que me espione, porque acho que alguém assim não viria bater na porta do meu quarto.

Giro a maçaneta devagar pelo sono que ainda está me deixando meio mole, mas me arrependo no mesmo instante em que a porta termina de se abrir completamente

-Matteo?- pisco um par de vezes para ver se eu ainda não estava dormindo mesmo. O que ele está fazendo aqui?!

Âmbar Smith...

Acabo de acordar, ontem eu havia dormido tarde, ainda tentando conciliar o sono, vários pensamentos invadiam minha cabeça e ficavam girando por todos os lados, me deixando com uma dor de cabeça terrível, culpa da genética, se existe algo que eu não queria ter puxado da minha mãe, essa coisa é essa enxaqueca que demora a passar..

O bilhete que veio não só a mim como eu depois descobri que também a Luna, vem me incomodando diariamente dentro dessa uma semana que se passou e isso, acumulado ao trabalho que carrego nas costas e ainda o contrato que vou ter de assinar já no final do ano, tudo isso se acumulou muito para mim e eu estou a ponto de explodir..

Quando o bilhete anônimo chegou a mim eu o guardei, o tranquei no cofre e não queria mostrá-lo a ninguém, não queria demonstrar medo, porém quando eu soube que minha irmã também estava na mesma algo fraco em mim apareceu, minhas mãos estavam trêmulas quando chegaram mais alguns pequenos papéis, colocados no meu carro, na minha casa ou em qualquer outro lugar que vou, estão me vigiando e eu sei

Ontem fiz algo que já tinha feito antes sobre isso: conversei com o Simon. Foi a única pessoa que encontrei no qual achei que pudesse confiar, Sharon, minha mãe, está na Europa trabalhando, vendo os contratos com uma nova empresa e nos deixou aqui, eu e Luna não somos mais crianças de cinco anos, mas seria bom se ela estivesse, talvez eu me sentisse mais segura, porque o único ser humano nessa hora com que eu consigo desabafar é o que eu sei que deve esconder coisas de mim e não concorda com todas as minhas ações, não sou mais a Âmbar Smith por quem Simon se apaixonou no passado, o mundo, tudo me mudou, mas por mais que eu odeie admitir, uma parte de mim só quer se abrir para ele, pois pode ser um dos únicos que já me viu como eu sou, com meus medos e minhas inseguranças...

-Ai, obrigada por vir-  eu o abraço quase como desesperada, quando Simon adentra a porta da mansão 

-Não poderia nunca te deixar sozinha.. O que foi?- corresponde o abraço 

-Mais um bilhete- Já havia lhe contado sobre o que estava acontecendo, mas ao vivo é bem melhor do que pelo celular, é mais confortante 

-Como alguém pode fazer isso? Você e Luna não fizeram nada para estarem sendo perseguidas deste modo. Sabe com que tipo de pessoas estão lidando?- me pergunta com um olhar preocupado

-Não, temo que possa ser uma máfia ou algo do tipo, mas não faço a mínima idéia do que pode ser exatamente- Minha cabeça se pensa para baixo e ele me dá outro abraço 

-Ei, para qualquer coisa que te aconteça, sabe que eu sempre estar aqui. Só quero te ver bem Âmbar 

-Obrigada- mais uma vez ainda me fundo em seus braços, procurando um abrigo que eu já havia deixado no passado, mas nessa hora eu realmente preciso de alguém...

O barulho do meu celular tocando me faz acordar dos pensamentos direto para a realidade, é um número desconhecido, uma mensagem, uma foto... Olho em volta completamente desesperada, corro até a janela e fecho e olho para todos os lados de la para fora e ao não avistar ninguém fecho as cortinas correndo impedindo a luz do sol de voltar a entrar no quarto, assim como a mira de qualquer intruso.  Eles estavam aqui, vejo mais uma vez a mensagem, uma foto minha minutos atrás com a mesma roupa, a mesma expressão meio assustada, meio pensativa. Cada vez mais, a cada passo que eu dou pelo jeito agora estou sendo perseguida por algum anônimo, ser que não tenho noção do que quer...