História Sombras das Incertezas - Libertamento

- Eu... Eu ma-matei meu irmão ? - Diz ele com a voz tremula. E com total nojo de.... si mesmo.

Ele ficou repetindo essa mesma frase, varias e varias vezes, eu apertava sem ombro e tentava dar um abraço somente com uma mão por trás, mas eu não conseguiria passar conforto enquanto eu mesmo esta apavorado. Minha mente não parava de rodar, de tanto de coisa que passava ao mesmo tempo. Se a gente fosse para casa, seria muito pior e teríamos um monte de perguntas, com certeza levaria a gente para delegacia ou algo do tipo. Casa... Será que o Na realmente tem uma? Não posso ligar para minha mãe me buscar, não podemos ir apé ou de ônibus com todo esse sangue, e eu nem sei se o Na precisa ir no hospital mesmo. Oque eu devo fazer? OQUE EU DEVO FAZER?

- Na.. Você não mat...- Nem mesmo eu conseguia terminar essa frase – Mesmo que sim.. oque eu acho que não, foi legitima defesa. - Tentei aliviar, oque era de fato verdade.

- Será nosso palavra contra a dele – Diz ele depois de minutos de silencio.

- A dele não vale muita coisa, já que era prisioneiro. - disse

- Nem a minha – Diz ele serio.

- Como assim ?

- Nada.. - Diz ele pensativo – Oque vamos fazer?

- Estava me perguntando a mesma coisa – SURTANDO, mas não posso passar isso. - Espera... Tenho uma ideia. Alô ? - disse ao terminar as chamadas – Niko? Preciso de um favor... por favor.

Não esperamos 15 min, chegou um carro todo preto muito estiloso, na porta de trás avistei aqueles lindos cabelos ruivos saindo com cautela. Nathan não estava muito bem, estava tonto, querendo cair, estávamos de trás da moita para que ninguém nos visse, gritei o nome do Niko a distancia. Ele olhou com aquele olhar tipicamente clamo, porém acho que já o conhecia faz tempo então pude ver um pouco de preocupação também .

- Oque aconteceu ? - Perguntou ele me ajudando com o Nathan.

- Te respondo no caminho. - Disse cansado.

Acho que o carro era maior que minha casa por dentro, tinha uma separação entre o motorista e a parte de trás, mas pelo divisória eu conseguia ver a cara do motorista, um senhor de idade que parecia ser muito gentil e muito prestativo por não sequer perguntar ou relutar sobre dois meninos ensaguentados entrando no carro com seu “ patrão “.

Nathan estava dormindo com sua cabeça na minha, sua cara era de dor, e sangue ainda que pouco saia de sua boca, eu estava muito preocupado se esse sono era algo mais serio do que extremo cansaço . Embora Niko não fizesse muitas perguntas eu contei tudo pra ele, normalmente eu esperaria alguém falar : “ Vá a policia “ ou algo do tipo... Mas ele não fez nenhuma dessas perguntas ou sugestões , só me olhou como se dissesse : Estou com você.

Chegamos a casa do Niko que parecia mais uma mansão, havia seguranças por toda parte e um enorme portão que foi aberto com cartões e senhas . Embora extremamente linda, sua casa tinha um ar solitário que eu não conseguiria explicar com palavras, mesmo os quadros mais caros ou os melhores carpetes não compensaria essa aura horrenda que transparecia por aqui.

- Niko... Tem remédios aqui ? - Perguntei olhando para o Nathan que estava sendo segurado pelo Motorista.

- Tem uma pequena enfermaria aqui . - Disse ele como se fosse algo obvio. - Timothy - Disse Niko ao motorista – consegue me ajudar ?

- Claro, Senhor - Disse ele.

- Já disse que não precisa me chamar assim Timothy – Disse Niko mas serio, mas como se tivesse desapontado.

- Eu sei, mas e que... pensei que na frente de seus amigos .. - disse ele olhando pro chão.

- Pensou errado. Vamos – Disse Niko se virando. Havia algo mais entre esses dois que eu não sabia, não conseguia dizer só sentia isso, mas era como quando uma pessoa tem uma admiração muito grande pela pessoa mas algo impendia.

Havia tantos corredores e tantos quartos que eu achei que era alguma mansão do Sec 18 . Entramos num quarto onde as luzes eram extremamente brancas , havia uma maca, chuveiro aberto, e varias estantes com remedios e gases.

- Então... como você tem isso tudo numa casa? - Perguntei ignorando a dor das minhas costas onde a pedra que Matias tinha atacado. Foi Timothy que respondeu .

- Essa é uma mansão oficial, protegida nacionalmente .

- sim .. Lembra que meu pai é embaixador na Irlanda ? Esse é uma mansão oficial, onde todos os embaixadores são muitos bem-vindos . Quando há reuniões da ONU ou algo relacionado essa mansão pode ser uma das escolhidas como sede. Porém ela nunca foi, acho que por ficar muito distante das capitais, contudo minha família mesmo assim toma conta dela. Não é como se fosse minha casa.. Em tese é. - Disse Niko, mudando as expressões faciais quase que minimamente .

Fiquei pensando se era algum problema estar num lugar tão bem “ protegido “ mas parecia tão vazia, talvez por que como Niko disse, essa sede nunca tinha sido requisitada.

- Ainda há enfermeira ? - Niko perguntou a Timothy.

- Ela foi demitida a anos – Disse ele – Por sorte eu era das forças armadas quando jovem, tenho treinamento em primeiros socorros.

Ajudamos ele a colocar Nathan na maca, Timothy rascou a blusa dele com as mãos, assim seu toráx ficou esposto, mesmo com a pele mais escura ainda era notável o tanto de hematomas pela barriga, algum mais escuros do que outros, em pensar que sangue fresco estava acumulando de uma vez. Sua cara estava um pouco enxada e perto de sua clavícula havia um corte maior.

- Estou com medo dele estar com hemorragia interna … - Disse Timothy tocando a barriga dele com a mão sobre a outra como se tivesse fazendo um toque com mais sentido. - Preciso fechar esse corte. - Ele foi até os armários, e arregalou os olhos, nesse momento senti uma pontada de desespero, ele começou a procurar mais depressa em outras lugares do comodo mas não achava oque procurava.

- Oque tá acontecendo ? - Perguntei tentando não ter um desespero na voz, peguei a mão do Nathan que estava pendendo sobre a maca. Estava fria... Muito fria.

- Acabou a anestesia... Preciso tampar esse corte ele já perdeu muito sangue. - Disse ele olhando para o Niko, que já sabia oque fazer. Niko subia na maca, e ficou em cima do Nathan mas não com seu peso sobre ele, mas sim em seus próprios joelhos e com as mãos segurou os ombros do Nathan, que ate então estava dormindo.

- Ele está muito frio – Disse olhando para Timothy.

- Sua pressão esta baixa. - Respondeu ele, pegando a agulha e linha medica. Colocou as luvas e começou a enfiar a agulha na pele de Nathan que abriu os olhos na mesma hora. Ele me olhou apavorado. E tentava se mexer .

- Nathan por favor fica quieto. - Disse tentando ajudar a segura-lo . - Por favor.

- Oque que tá acontecendo ? - Perguntou ele eufórico.

- Quieto. - Disse Niko, mas serio como nunca.

- Se ele não parar de se contorcer eu não conseguirei costurá-lo – Disse Timothy jogando um liquido marrom escuro em cima, fazendo bolhas surgirem em meios ao sangue. Nathan gritou, berrou e se contorceu ainda mais, lagrimas já escorriam eu meu rosto.

- Nathan amor olhe para mim, por favor olhe para mim – Ele estava ofegando, seus olhos tremiam e lagrimas desciam, seus olhos eram tão penetrantes mesmo assim... Totalmente incapaz eu conseguia sentir que ainda havia muito mais.. Que ele era muito mais. Suor respingava de sua testa, e seus cabelos estavam molhados com o mesmo. Tirei um pouco do cabelo que estava na sua testa com as mãos e tentava fazer carinho – Olhe só para mim , acabou a anestesia e tínhamos que fazer isso, antes que você se machuque mais entendeu ? - ele abriu a boca em protesto mas eu impendi – Sem falar só olhe para mim tudo vai ficar bem – Eu apertei a mão dele ainda mais. - Viu ? Certa vez alguém me disse que : “ Nossas mãos foram feitas para sempre estarem juntas “ , viu elas estão.

Ele fechou os olhos nesse momento e meio que deu um sorriso, usou todas as forças que tinha e levantou sua mão ate sua boca e deu um beijo na face da minha mão. Timothy estava terminando o serviço, Niko já não fazia tanta força assim para segurá-lo.

- Nathan precisamos dar noticias para nossas famílias – Disse, a palavra “ família “ foi pesada de ser dita , pois se o Matias era irmão dele, imagino como deveria ser o resto, já era quase 00:00 e eu não tinha ligado para minha família e não saberia se voltaria hoje .

- Eu sei.. - Disse ele.

- Voce não pode ir assim – Eu disse, eu ate poderia voltar pois meus machucados embora intensos não estavam na cara, Timothy colocará uma faixa nas minhas costas, e as dores na barriga por causa do chute também não era visível. Mas o Nathan era diferente, seu rosto tava muito machucado.

- Ninguém vai ligar para isso lá . - Disse ele serio – Podemos ir assim mesmo – Disse ele olhando para o chão.

- Oque vamos fazer sobre o... você sabe ? - Disse sussurrando mesmo que o Niko e o Timothy já haviam saído.

- Eu não sei... eu realmente matei ele ? - Dessa vez ele falou sem muito pesar ainda, oque não deveria ter muito.

- Acho que não … - eu acreditava nisso? Tinha que acreditar.

- Você está melhor? - Timothy perguntara ao Na.

- Sim estou, precisamos ir embora ninguém pode saber sobre hoje – Disse ele por fim.

- Eu entendo, Senhor. Por mim essa noite não aconteceu. - disse Timothy.

- Bom eu não sei como se ignora uma noite, mas se alguém perguntar eu tentarei omitir a verdade – Disse Niko confusamente.

- Obrigado mesmo por tudo Niko – Disse eu , porque realmente eu não sei oque teria feito sem ele.

- De nada, adoro ajudar pessoas sangrando – Disse ele com um sorriso roborizado das trevas.

No caminho para a casa do Nathan, o qual tentamos ao máximo o apresentar melhor, trocarmos as roupas e tentamos colocar curativos, ainda assim sua cara pareceria de derrota. Mas teríamos que ser sinceros enquanto a ele de qualquer forma, mas parecia que o Na, não se importava com isso. Sorte que Timothy poderia levar a gente, Niko não veio conosco na volta porque sua mãe voltaria de madrugada numa viagem.

- Lembrei de uma coisa... - Disse eu tentando entrar num assunto um tanto esquecido.

- Oque? - Disse ele, com a cabeça no meus ombros mas olhando para mim, a cabeça dele estava muito perto queria beijá-lo.

- No dia que pedi a amizade de Ma de volta, eu contei uma historia lembra? - Ele balançou a cabeça – Bom para os envolvidos logico que sabíamos qual historia que era.. mas para os outros não, embora quem tivesse um pouco de cérebro saberia. Voce não sentiu incomodado por isso ? Eu nem pedi sua permissão...

- Olha você não precisava pedir minha permissão, e sei que sempre fui... reservado enquanto a isso - Parecia que ele tinha certos receios ainda enquanto a isso – mas eu to tentando mudar... juro que estou. - Disse ele por fim.

- Eu sei .. - disse beijando ele agora, não sei porque mas foi impulso, era um beijo doído, pois havia um pequeno corte da minha boca e na dele também, então foi um selinho demorado – Eu sei...

- Chegamos – Disse Timothy. Nesse momento o Nathan soltou um longo suspiro e abriu a porta, ele já conseguia andar sozinho meio mancando mas conseguia. Sua mãe logo apareceu na porta, vestia um longo vestido florido, todo desbotado, sua cara era pálida, e entre seus olhos amarelados, sua boca um rosa claro. Tinha cara de doente, muito doente. O olhar que ela deu para o Nathan embora fosse preocupado ela agia como uma naturalidade incomum como se tivesse presenciado essa cena varias e varias vezes. Ela deu um abraço nele e um beijo na testa.

- Matias voltou... - Disse ele somente. Ela não disse nada, apenas o abraçou mais forte, e assim Nathan foi para dentro de casa, ela me olhou abaixou a cabeça em agradecimento e entrou dentro de casa também. Eu não sabia ao certo oque eu havia presenciado agora, mas uma palavra resumiria bem : Bizarro.

Assim que cheguei em casa agradeci ao Timothy, olhei para a entrada e vi que todas luzes estava acessas , abri a porta gritei cheguei e corri pro meu quarto. Minha mãe como sempre pensaria que eu havia dado uns altos pega em alguém mesmo eu falando para ela que tinha ido com a Nicole. Mas tarde ela aparecera na porta oferecendo algo de comer, pois como hoje era uma sexta ela não trabalharia sábado e ela e meu pai ficava ate tarde vendo filmes, eu disse que não sobre a porta e ela foi embora. Mesmo meus machucado na cara sendo mínimos não queria responder perguntas as quais eu não saberia.

Peguei o celular sem desbloqueia a tela ainda e vi que tinha algumas notificações, varias perguntas da Nicole perguntando como tinha sido o cinema, e algumas notificações comum de Thales. Thales... só pensar nele já vinha a tristeza. Fui para a janela do meu quarto que dava de frente para a vizinhança e imitei uma vaca mugindo duas vezes e recebi em resposta o barulho de um pato. Então atravessei a janela , e dei de cara com o telhado, andei com cuidado e sem fazer barulho ate uma grande arvore que dava na minha casa e na casa do vizinho que era o Pedro.

Sentei no tronco como costumava fazer anos atrás e logo Pedro veio para perto de mim.

- Fico feliz que você ainda sabe o nosso código. - disse o Pedro.

- Nunca esqueceria Pedroca – disse eu dando um abraço nele.

- Eu não to bem migs, acho que fiz uma coisa horrível... Estou fazendo. - Disse eu tentando segurar esse choro.

- é mesmo? Olha só.Conte-me mais. - Disse ele.

Contei toda a historia para ele, desde o tempo em que não conhecia o Thales e era gamado no Nahan, sobre o clube, sobre a casa do Tha, sobre a Ma, sobre o Gui, sobre o Matias sobre tudo. Ele tinha ido pro Eua e ficou muito tempo lá, estava com saudades dele, ele tinha cara e a aura da minha infância, era difícil explicar pois, eu tinha a infância com meus pais biológicos e tinha uma nessa vida de agora e o Pedro fazia parte da minha de agora.

- Nossa.... tipo, ual... Eu não sei oque falar. - Disse Pedro, eu deitei no colo dele, e chorei silenciosamente por um tempo. Era bom sentir algo familiar por um tempo. Ele fazia carinhos em meus cabelos. Eu estava quase dormindo, uma porque já era tarde e outra porque era muito gostoso. Pedro não disse nada, mas o fato dele estar ali era aquelas mil palavras que eu precisava.

Despedi dele e voltei para casa, tomei um belo de banho e tomei uma decisão imeiata iria ligar para a Ma, peguei o telefone sentei na minha cama e liguei, chamou duas vezes e ela atendou com uma voz doce.

- Ca ? - Disse ela - Tá tudo bem? Me ligando essa hora da noite.

- Tudo sim eu queria te falar uma coisa seria... - Disse eu, eu tava com o coração a mil enfim iria contar que eu era uma pessoa horrível que acabei de estragar mais uma vez a confiança dela , quando tinha acabado de resgatá-la , que eu julgava certas pessoas por trair mas faço o mesmo, eu respirei muito fundo e ia dizer quando.

- Como foi o cinema ? - Disse ela, fazendo meu coração parar por 9999999999 milésimos de segundos, fiquei com um frio na bariga horrível, como assim ela sabia oque eu iria fazer?

- Ma por favor me desculpa... eu queria dizer nã- Fui interrompido por ela.

- Ca... A ideia foi minha, para começo de conversa, não fiz isso por vocÊ embora admito estar um pouco feliz por isso, mas fiz por ele, cara... eu fui.. sou.. sei la namorada dele por muito tempo no fundo eu sabia de algo entende? E eu não quero vê-lo sofrer então... eu dei uma chance, não terminamos eu acho... estamos dando um tempo aberto? Eu não sei oque dizer.. Mas eu não queria trancafiá-lo ainda mais sabe? Ele merece ser livre.

- Eu não sei oque dizer Ma... Deve doer muito, eu não queria fazer isso com vocÊ, eu poderia ter dito não , não é mesmo? Mas não saiu, eu não sei oque eu devo fazer nessas horas... as vezes eu sou uma péssima pessoa mesmo, se eu não sou pelo menos estou sendo.. - Disse por fim.

- Eu não consigo te culpar por tudo... oque você esta fazendo não é certo para alguns parâmetros mas vocÊ não é um padrão em meio a uma estatística. E sim doí mas doeria mas velo viver um amor que não é verdadeiro. - Disse ela com uma voz de quase choro agora.

Ficamos conversando ate umas 04:00 da manhã, choramos muito juntos e nossa amizade foi fortemente fortalecida. Foi realmente muito bom essa esclarecer de ideias. Quando fui dormir não lembro nem de ter deitado na cama. Acordei já olhando para o relógio e era 10:30, tomei um belo de banho, aparentemente tomar banho era a coisa que eu fazia de melhor. Antes mesmo de escovar os dentes peguei o telefone.

- Alô ? Thales ? - Disse eu.

- Eu – Disse o Gui.

- Cadê o Thales? - Disse eu mais serio.

- Quem sabe em cima de mim ? - Desse Gui .

- Ele não seria tão baixo – Disse eu.

- Oh... não imagina quanto. - Disse Gui

- Alo ? - Agora era o Thales.

- Thales, oi sou eu tudo bem ? - Disse eu tentando ignorar oque o Gui tinha dito.

- Oi sumido tudo bem ? - Disse ele, e eu podia jurar que vi ele sorrindo na minha frente.

- Tudo, então queria te encontrar na praça hoje 13:00 pode ser? - Disse eu por fim.

- Pode, esta com saudades dos meus inrresistiveis lábios ? - Disse ele brincando.

- Preciso responder ?

- Seu corpo responderá por vocÊ … quem sabe seu coração – Disse ele fazendo barulho de beijo.

- Okay então até la – Disse eu.

Peguei o telefone.

- Alo? - Disse eu

- Oi Ca tudo bem ? - Disse Nathan.

- Tudo sim, tem como você me encontrar na praça 13:00 ? - disse esperando uma resposta .

- Tem sim – disse ele meio relutante.

- Certeza? VocÊ consegue ficar em pé? - Disse eu.

- Sou mais forte do que você pensa – disse ele brincando.

- Eu sei que sim – Acho que eu já tinha dito esse milhões de vezes esses últimos dias.

Eu mal consegui lanchar, ou almoçar, me arrumei rapidamente e 20 min mais cedo já estava na praça, era um lugar muito bonito. Calmo não tão vazio mas nem tanto cheio, tinha um enorme lago. Não demorou muito e Thales veio chegando, com short curtos pretos camisa branca e sandalhia marrom, usava óculos escuros também . Ele foi chegando e antes mesmo de me dar um oi, foi lascando um beijo quente, segurando minhas costas para trás.

- OWOWOWOWWU que saudade desse beijo – Disse el gritando para o parque inteiro ouvir. Dei um soco no peito dele .

- Calado – disse vergonhoso estávamos em P-U-B-L-I-C-O .

- Está muito lindo – Disse ele tirando os óculos e dando aquele olhar raio x.

- Eu ? Olha esses óculos escuros. Todo hetero. - Disse brincando.

- Eu hétero? Quando chover poneys arco-íris eu vou estar pelado em cima de um . - Disse ele rodando as mãos nos ares. - Vem cá , vem provar do meu mel de novo – Disse ele mordendo os lábios.

- Não estou te impedindo estou ? - ele veio em direção mas era exatamente isso que eu fazia com os dois, eu não conseguia negar, quando ele veio, segurei o corpo dele e empurrei, era por isso que eu estava aqui, para acabar com essa palhaçada.

- Que que houve? - Disse ele.

- Só espere – Disse eu.

De longe Nathan estava vindo meio mancando mas estava vindo, de short jeans e camisa azul escuro.

- Que que esse projeto de múmia esta fazendo aqui ? - Disse Thales , antes mesmo das saudações.

- Oi – Disse Nathan

- Oi – Disse eu.

- Porque ele está aqui ? - Disse Nathan . Meio que ignorando a presença do Thales.

- Então quieto vocês dois... Estou aqui para dizer que está oficialmente declaro a Greve do Caleb.

- OQUE ? - Disse Thales fingindo um tiro no coração. Nathan não fez nenhuma reação, tava fazendo cosplay do Niko? Mas depois arregalou os olhos.

- Eu não estava sendo justo com nenhum de vocÊs... Eu estava com ciumes de você , Thales, com o Gui mas eu fui no cinema com o Nathan, eu já sai com vocês separadamente, isso não é justo eu não to passando de um falso e traídor... - Eles tentaram falar algo mais impedi – Deixa eu falar, eu não quero mentir para vocês dois entende? Eu am- gost- acho vocês muito legal – Eu não conseguia falar amar , eles riram na hora. - Então quero deixar claro que se vocês ainda quiserem me conquistar ou sei la como está isso, saiba que é uma luta onde tem 3 pessoas, eu não sei ainda quem eu quero ou se quero ficar com alguém , mas oque eu posso dizer? Que vocês dois estão no meu coração só isso.

- Como se eu não soubesse que você gostava dele Ca- Disse Thales olhando para o Nathan – Não que eu concorde com isso, mas antes de entrar no seu território eu sempre soube que teria que te ganhar, e eu não to disposto a desistir disso.

- Eu não tenho certeza de nada por agora... mas estou nessa guerra também – Disse Nathan.

- Para facilitar para todo mundo, não rolará beijos . Greve total – Disse eu fechando os braços.

- Isso não pode... Papai aqui precisa de carinho – Disse Thales vindo me abraçar.

- Desinfeta plis. - Disse eu fazendo a coisa mais difícil no momento.

Ficamos conversando e andando por um tempo, Thales fazendo gracinha com Nathan sobre tudo, e ele retrucando muitas coisas, mas não era nada como antes no clube, onde os dois eram brigões, pareciam que agora ambos sabia o valor que os dois tinha na minha vida, embora não se suportavam ainda, mas toleravam.

- Preciso ir embora agora – Disse eu por fim.

- Mas já ? - Disse Thales – Eu ainda não carreguei meu Calebmometro, tá quase cheio mas só um beijo para completá-lo – Disse ele com aquele sorriso.

- Greve, greve GREVE – Disse. Mas mesmo assim ele veio em minha direção me beijar, mas Nathan o puxou pela camisa.

- Ta mais solto que arroz – Disse Nathan.

- Oh ciumes.. - Disse Thales, por fim Thales me abraçou. Nathan me abraçou também e pegou minha mão e apertou bem forte e eu retribui.

Fui de apé para casa, porque não era tão longe e eu estava tão leve... como se tirasse todo o peso da culpa, da dor, da amizade e do romance em cima de mim. Finalmente eu estava sendo verdadeiro com tudo sabe?

Ao chegar em casa, avistei um enorme cachorro na varando, ele era marrom e veio todo correndo para cima de mim, em primeira vista pensei que era a Nina ou a Lucy oque fez meu coração disparar um pouco, mas o resultado era ainda mias intrigante . Era o Alfredo, cachorro do meu irmão Apolo que vivia na Austrália.

- Alfredo? Oque você esta fazendo aqui ?? - Disse eu fazendo carinho nele, seus pelos era tão macios. Será que Apolo estava aqui? Deveria estar obviamente.

Assim que fui entrando na casa, quase caindo porque Alfredo não me deixava andar. Direito recebi uma mensagem . Abri a mensagem ao mesmo tempo que abri porta , a mensagem era :

“ Você ainda vai pagar...

Eu vi .

Anexo “

Em anexo havia uma imagem e era de Matia no chão desmaiado e sangrando a imagem era horrível, eu gelei na hora, alguém sabia disso, quem ? Por que? Oque eu tinha feito? O quanto isso me prejudicaria ? Eu não sabia oque dizer eu tava desesperado, Nathan havia recebido uma também ? Ele estaria bem ? O peso que antes havia sumido, agora tinha voltado.

- BEM – VINDO CALEB VAMOS NOS CASAR – Disse Apolo, abraçando Allora, ate então namorada somente do Apolo, ela me olhou de uma forma um tanto diferente.

- Casar? - Disse eu, imagino eu tão branco quanto uma folha de papel.