1. Spirit Fanfics >
  2. Sombras de Gotham >
  3. Recados

História Sombras de Gotham - Recados


Escrita por: Lola240701

Notas do Autor


Galerinha, já vou avisando que pelo menos até quarta ou quinta não vai rolar capítulo novo.
De qualquer modo, espero que curtam a leitura, comentem, favoritem, me mandem sua teorias, me mandem sugestões.

Capítulo 10 - Recados


Caminhou de volta para casa, ainda pensando no ocorrido da lanchonete. Era muito comum ver meninas desaparecendo em Gotham, principalmente as envolvidas na prostituição, e de vez em quando eram filhas de famílias ricas usadas como reféns para trocas de dinheiro em resgates.

 Mas dessa vez, pelo que Laila disse, não eram garotas pertencentes a um mesmo grupo. Eram desde meninas de famílias ricas até garotas de programa. O pior e mais desesperador era saber que elas estavam desaparecendo muito rapidamente, já haviam sido 5 apenas naquele mês.

 Holly tinha certeza de que o responsável por aquilo era um homem, e que se não agissem rápido, corpos de meninas iriam começar a aparecer em toda a cidade. Mas é óbvio que a polícia não faria porra nenhuma. Poderiam estar no mínimo preocupados com a situação, porém nunca entravam em ação, até que a filha de algum policial desaparecesse. Eles tinham que esperar que o pior acontecesse com eles mesmos para começarem a tomar algum tipo de atitude.

 Já imaginava um outdoor na entrada da cidade: “Procurando por policiais incompetentes? Venha para Gotham!".

 Assim que virou uma esquina enxergou o garoto de cabelo preto e a ruiva caminhando lado a lado.

 Namoradinhos, pensou.

 Se escondeu atrás de uma lixeira e ficou os observando. Queria esperar a ruiva cair fora para dar o recado ao garoto. Não permitiria que ele a entregasse para o comissário.

 Eles pararam na porta de uma casa, a menina beijou a bochecha dele e entrou.

 Era hora de agir.

 Saiu detrás da lixeira e se apoiou em um poste, observando o menino com um olhar mortal.

 - Sua namorada? – ela perguntou, fazendo-o se virar.

 O garoto não pareceu assustado, muito pelo contrário, pareceu até mesmo feliz em vê-la, visto que ele deu um leve sorriso de canto e colocou as mãos nos bolsos de maneira relaxada.

 - Minha amiga – ele respondeu, dando de ombros.

 Holly cruzou os braços, ficando em clara posição de defesa:

 - O que, exatamente, ela é do Gordon?

 - Filha – ele respondeu..

 - Ótimo! – falou, tentando encobrir seu nervosismo. – Agora, eu quero entender como você sabe meu nome.

 Ele deu de ombros novamente, o que a deixou bem furiosa.

 - Não vai falar? Mesmo?

 - Acho que você deveria perguntar meu nome ao invés disso.

 Aquele garoto era um escroto. Definitivamente um filhote de mamãe com ego inflado. Respirou fundo, sabia que precisava ficar calma e dar o recado. Não podia explodir.

 - Olha – ela começou. – Você sabe meu nome e conhece o Gordon, e tudo o que eu não quero é que...

 - Eu não vou abrir a minha boca – o menino interrompeu, como se já soubesse o que iria dizer.

 Piscou os olhos em descrença.

 - O comissário não vai saber de nada – ele continuou. – Prometo.

 Holly olhou para ele com desconfiança, mas deu para ver a honestidade naqueles olhos azuis.

 - Acho bom! – rebateu em um tom de ameaça, só para garantir.

 Virou as costas para ele e saiu andando. O recado já tinha sido dado, não precisava se preocupar.

 - Não quer mesmo saber meu nome? – o garoto berrou atrás de si.

 Continuou andando, sem dizer uma palavra.

 É, ela não queria saber.

***************************************************************************************

 Saiu do elevador, olhando a correspondência: apenas contas e mais contas com as quais ela precisaria lidar.

 O vizinho, Michael, estava largado na porta do apartamento, com a cabeça deitada no tapete escrito “Bem-vindo”. Michael era o clássico vizinho drogado, com um ótimo senso de humor, e que conseguia fazer você se sentir incrível apenas com poucas palavras. Ele também conseguia te fazer se sentir o melhor ser humano do mundo por não usar drogas, mas Holly preferia manter isso para si mesma.

 - Caralho, Michael! – ela reclamou, passando por cima das pernas estiradas do homem.

 - E aí, Holly?! – ele disse grogue, ainda de olhos fechados. – Ontem o bagulho foi bom.

 - Tô vendo que foi bom – rebateu, ajudando-o a se levantar. – Porra! E aquela dieta esperta de segunda?

 - Que dieta o quê? A droga já emagrece.

 - Você vai ficar com fome daqui a pouco.

 - Pode crer.

 - Não achou as chaves né? – perguntou quando tentou girar a maçaneta do apartamento.

 Ele balançou negativamente a cabeça. Holly enfiou a mão no bolso esquerdo do rapaz (Michael era canhoto) e pegou as chaves ali dentro.

 Depois de abrir a porta, o jogou no colchão velho e empoeirado que ele chamava de “cama”.

 Estava preste a sair quando ele a chamou:

 - Holly, fecha as cortinas?

 Fechou as mesmas prontamente e deu um beijo na testa do rapaz, dizendo:

 - Não esquece de escovar os dentes quando acordar, você tá com bafo.

 - Vai ver se eu tô na esquina, Holly Kyle – ele resmungou, cobrindo a cabeça com o cobertor.

 Riu pelo nariz antes de falar:

 - Bons sonhos, Michael.

 - Bons sonhos, Holly – ele respondeu.

 Foi até seu apartamento, onde os gatos receberam-na com ronronados e miados enquanto se esfregavam em suas pernas. Agarrou o gordo Amon em seus braços e caminhou até seu quarto. Colocou o gato na sua cama e pegou papel e lápis, onde escreveu uma mensagem para o morcego:

 Me encontrem hoje à noite na Gun’s Shot! É urgente!

 Assinado: C.

 Enrolou o papelzinho e o colocou na coleira de Amon. Pegou o bichano e desceu até a entrado do prédio. Olhou para a cara do gato peludo e perguntou:

 - Você já sabe, né?

 Soltou o gato no chão e o viu caminhar, com todo o seu gingado felino, ao longo das ruas sujas daquela cidade sombria.

**************************************************************************************

 Já anoitecia, Bruce Wayne estava sentado em uma poltrona na sua confortável biblioteca. Não haveria missões nesta noite, visto que Gordon o garantira que estava tudo tranquilo. Era estranho pensar em quantos Waynes já haviam estado naquela gigantesca mansão, e agora só existia apenas um único remanescente da família ali. Alfred estava limpando as prateleiras repletas de livros e Dick estava sentado numa cadeira, fazendo a lição de casa.

 Ouviu um arranhar suave na janela. Não precisou estreitar muito os olhos para ver que era Amon trazendo alguma mensagem de Holly.

 Pegou o gato no colo e tirou um curto pedaço de papel da coleira do mesmo. Leu a mensagem da garota e disse:

 - Deixe a lição de casa para depois Dick.

 Richard largou a lição em cima da mesa com grande animação, e puxou um livro da prateleira, de onde se abriu um espaço que levava em direção à caverna.

 - Alfred – ele disse, antes de acompanhar o menino. – Veja se tem alguma coisa para o gato comer.

 Assim que o patrão saiu, Alfred olhou para aquela bola de pelos gorda que estava confortavelmente deitada em um divã, como se já fosse o dono da casa.

 - Juro por Deus – ele disse, olhando para o felino. – Se eu encontrar um arranhão nesse divã, você vai sair voando por aquela janela.

 O gato lhe devolveu o olhar de maneira irrelevante antes de voltar ao seu cochilo.


Notas Finais


Capítulo ficou curtinho, mas espero que tenham gostado, e fiquem aí na ansiedade para o próximo <3<3<3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...