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História Sombras do passado - Interativa - Elixir


Escrita por: Ryh

Notas do Autor


Mais um capítulo leitoras ...

Boa leitura <3

Capítulo 13 - Elixir


Fanfic / Fanfiction Sombras do passado - Interativa - Elixir

Pov Elizabeth

Não encontramos Alys, Margot nem Erus. Henry sugeriu que desviarmos um pouco o caminho para passarmos numa cidade, ele disse que tinha um contato lá que com certeza saberia onde estavam elas. Ficamos um pouco receosos em confiar nele, principalmente Uwen e Evelyn, tá bom… Na verdade eu fui a única que concordei de início, mas convenci os outros a lhe dar uma chance.

-- Você às vezes não é boa demais?-- Uwen fala enquanto ainda caminhávamos na direção que Henry falava.

-- Você bebeu dessa fonte não foi? -- Eu digo.-- Não posso evitar, apesar de tudo… Henry parece ser uma boa pessoa, e até agora não deu motivos para eu não confiar nele

-- E por isso tem que confiar tanto nele?-- Ele diz revirando o olho.-- Ele é filho de Onor.

-- Eu não me importo. Não julgo as pessoas por seus familiares ou antecedentes. Assim como não gosto que me julguem.-- Eu falo.

-- Parece gostar mesmo do Henry.

-- Não é bem isso.-- Eu falo.

-- Uhum… Espero que sejam muito felizes juntos, você, ele e o vovô Onor. -- Ele fala um pouco grosso e em seguida anda mais rápido se afastando do meu lado. Confesso que não entendi muito.

-- Mortais…-- Eu falo revirando o olho.

-- O que?-- Evelyn me pergunta estando um pouco a frente de mim.

-- Evelyn…-- Eu falo me aproximando da mesma.-- Quanto mais ficamos aqui e eu me lembro do meu passado, mais eu me esqueço de emoções humanas e de como é ser uma. Qual é mesmo o nome daquele sentimento que os humanos têm quando ficam com raiva ao ver alguém falando com uma pessoa próxima a você? -- Eu perguntei pensativa.

-- Ciúmes?-- Ela pergunta.

-- Ah é isso mesmo… -- Eu falo me lembrando da inutilidade desse sentimento.-- Nunca vou entender os humanos.-- Eu falo rindo, me lembrando da reação de Uwen a alguns segundos atrás.

-- Cada dia eu entendo menos também.-- Ela fala e observamos juntas Henry e Uwen que andavam mais a frente. -- Você tem certeza que devemos confiar em Henry, humanos são mentirosos também lembra?

-- Eu acho que podemos confiar, o que há a temer?-- Eu falo.

-- Nome da cidade que ele está nos levando é “Cidade proibida”.-- Ela fala me encarando.

-- Tem razão é estranho, mas vai dar tudo certo tenho certeza.--  Eu falo procurando acreditar mesmo naquilo.

Não demorou muito mais para chegarmos a cidade,estava no início da tarde. Tiramos as cordas de Henry se alguém visse óbvio que suspeitaria. Era uma cidade isolada então ninguém conhecia nossos rostos. Caminhamos pelas ruas da cidade onde se encontravam figuras suspeitas, andamos até parar em frente ao que parecia ser um cabaré.

-- Sério?-- Evelyn perguntou com raiva para Henry.

--Meu informante é dono daí, o que posso fazer?-- Ele fala com uma voz inocente, que não convenceu muito. -- Eu nem passava muito tempo aqui então...

Pov Evelyn

-- Oi Henry.-- Uma mulher de cabelos pretos e olhos verdes fala saindo do local.-- A quanto tempo não vem aqui, estou saindo para comer, mas se ainda estiver aqui quando eu voltar podemos relembrar os velhos tempos. -- Ela diz com um olhar malicioso e em seguida indo embora.

-- Volte... Assim teremos churrasco de meretriz para o almoço.--  Eu falo baixo apenas para mim.

-- O que?-- Henry pergunta.

-- Nada... Deu para ver que você quase não vinha aqui em Henry. -- Eu falo revirando o olho.

-- É melhor entrarmos logo não?-- Elizabeth fala e nos quatro adentramos o local.

 Entrando era tudo decorado em tons quentes e dourado, havia um balcão e logo atrás uma cortina vermelha que impedia a visão do que estava além dela. A mulher no balcão se levanta ao nos ver entrando.

-- O que desejam? Ah Henry...-- Ela diz com um sorriso, eu reviro o olho... Mas uma.

-- Oi Kadressa.-- Ele fala um tanto nervoso. -- Precisamos falar com Paprim.

-- Sobre o que? Sua amigas precisam de trabalho? Bom...-- Ela fala nos analisando.-- São bonita até, mas não parecem ter os atributos necessários. -- Ela fala se referindo aos seios.

-- Vou te mostrar meu atributos.-- Falo pronta para ir para cima dela, mas Henry me segurou por trás e eu continuo tentando ir.

-- Não Kadressa é um assunto sério.-- Ele fala e eu me recomponho e me desvencilhei dos braços de Henry.

-- Ah, ele está lá dentro. Podem entrar, mas conhece as regras Henry.-- Ela fala sorrindo e colocando uma taça com um líquido púrpura. Assim que o faz, entra pela cortina vermelha onde se podia escutar música alta.

-- De que regra ela está falando? -- Elizabeth pergunta.

-- Para entrar precisa beber esse líquido.-- Ele fala pegando a taça. -- É melhor não bebermos todos. Eu bebo, entro, procuro Paprim e assim que o achar encontro você ali fora.-- Ele fala pronto para beber.

-- De jeito nenhum.-- Eu falo pegando a taça e tomando um gole do líquido.-- Vai que encontra outra de suas amigas e perca o caminho de casa.-- Eu entrego o copo para Henry que bebe o resto do líquido.

-- Tudo bem, vocês vão e nós esperamos você lá fora.-- Uwen fala saindo com Elizabeth.

 Henry faz sinal para entrarmos e eu afirmo com a cabeça. Entramos no local e a música estava realmente muito alta alí, havia muitas pessoas com pouca roupa dançando, algumas se beijando e outras apenas bebendo e rindo muito, isso é que eu chamo de local de moral duvidosa. Não sei o que era aquele líquido, mas estava fazendo efeito porque estava me sentindo zonza.

-- Ei...-- Henry fala e sua voz parecia um eco, nem conseguia fixar meu olhar nele.-- Vamos procurá-lo, e não beba ou coma nada que te derem.-- Ele fala e eu começo a seguir.

 Tudo a minha volta parecia estar brilhando e um calor indescritível tomou conta de meu corpo, eu tirei rapidamente minha capa jogando-a no chão. Começo a suar, tento prender meu cabelo, mas nada fazia aquele calor passar.  O que tinha naquela droga de bebida? Se eu não der um jeito de me acalmar talvez machuque pessoas aqui, já havia perdido de vista o Henry a muito tempo, mas de repente alguém me vira e segura meu ombro.

-- Evelyn, está tudo bem?-- Henry pergunta e eu dou um sorriso.

-- Está tudo ótimo.-- Eu falei rindo.-- Maravilhoso.

-- Você... A bebida fez efeito em você? Já me acostumei com a bebida, não sinto mais o efeito, por isso não queria que mais ninguém vinhesse. -- Ele explica, mas por alguma razão não levo nada do que ele disse a sério e continuo rindo.

-- Talvez não seja algo ruim.-- Falo segurando com as duas mãos seu rosto para tentar encará-lo e ainda com um sorriso de maluca. -- Como está quente...

-- Por que não?-- Ele pergunta

-- Posso usar como desculpa para fazer isso. -- Com as duas mãos puxo seu rosto até o meu e o beijo calorosamente, o mesmo pareceu não entender, mas logo retribuiu. Henry coloca a mão em minha cintura e nos separamos.

-- Por que fez isso?-- Ele pergunta.

-- Me pergunte quando eu acordar.-- Falo rindo.

-- O que?!-- O mesmo questionou antes que eu pudesse explicar eu desmaio. Apago completamente e caiu nos seus braços.

 (...)

 Eu não sei por quanto tempo nem porque apaguei e por um momento não me lembro de nada que aconteceu, mas depois de alguns segundos todas as lembranças vem a tona e eu me recuso a abrir meus olhos, com medo do que poderia encontrar. Sinto com as mão que estava deitada em algo macio, provavelmente uma cama. Eu não podia ficar ali para sempre, então com cautela e devagar eu abro meus olhos. Encontro Elizabeth sentada num banco ao lado do que comprovei ser realmente uma cama

-- Que bom que acordou.-- Ela falou aliviada.

-- O que aconteceu?-- Pergunto com uma dor na cabeça.

-- Você desmaiou por causa daquele líquido e Henry te carregou enquanto procurava o Paprim. Quando o achou o mesmo nos trouxe para cá, que é um dos quartos da boate lá de baixo. Eles estão ali conversando.

 Ela fala apontando para onde os três estavam, Paprim era um homem um pouco velho e uma aparência nada sofisticada devo dizer. Eles não estavam bem conversando, Paprim estava amarrado numa cadeira enquanto Uwen e Henry faziam perguntas. Pelo sangue no nariz de Paprim ele eu alguma resposta errada.

-- Henry estava bem irritado quando começou a falar com Paprim, nem parecia ele.-- Ela diz com uma risada no final.

-- Ele te contou o que aconteceu? -- Eu perguntei receosa.

-- Não muito.-- Obrigada Henry, suspiro aliviada.-- Apenas que você o agarrou e o beijou.-- Vou matar ele.

-- Foi efeito da bebida.-- Eu falo me levantando .

-- Com certeza, nunca duvidei disso. -- Ela fala, mas sinto uma ponta de ironia em sua voz. -- E mais cedo o que foi? Achei que só humanos sentiam ciúmes...

-- Não seja boba, e nunca sentiria isso.

-- Huhum...-- Ela fala ironicamente.

-- Lizzie... Eu NUNCA me apaixonaria por um humano.-- Eu falo um pouco alto e percebo que Henry, Uwen e o outro me ouviram. Elizabeth me joga um olhar de "não devia ter dito isso".

Começo a caminhar em direção aonde os três estavam e Elizabeth me acompanhar. Assim que chegamos lá não ouvimos o que Paprim falou, mas Henry dá um forte soco em seu rosto.

-- Não minta, sabemos que tem aves suas por todo lado. Onde as rainhas estão?-- Uwen fala o intimidando.

-- Já procurou em outra dimensão? Talvez elas tenham cansado dessa novamente. -- Ele fala rindo e Uwen se prepara para dar um soco nele. -- Espera, espera... Tudo bem eu falo. Elas seguiram pela montanha até entrarem pela passagem das minas de Goriar.-- Ele fala.-- É tudo que eu sei, meu pássaros não entram nas minas.

-- Minas de Goriar…-- Henry fala pensativo.-- Elas provavelmente estão seguras, o exército de Onor não conseguiu invadir as minas ainda.

-- Que ótimo.-- Elizabeth fala suspirando aliviada

-- Eles continuaram a rota em direção a Mondere, se continuarmos agora, podemos chegar lá a tempo de encontrar com eles.-- Eu falo.

-- Tudo bem, então vamos rápido.-- Uwen fala pegando suas coisas e saindo da sala, logo em seguida Elizabeth também sai.

-- Henry, sobre o que aconteceu... -- Eu falo quando sobra apenas a gente na sala.

-- Eu sei, foi apenas efeito da bebida. Eu já entendi.-- Ele fala com um sorriso e se retirando.

-- Isso... Foi a bebida. -- Eu falo e logo me retiro do local seguindo os demais.

Pov Evah.

 Passei a manhã toda ajudando os soldados a montar as catapultas e colocando celas e armadura nos cavalos. Agora de tarde decidi ir na livraria da castelo. Me disseram que Lygard, o mago que entregou nossas armas e coroas no dia em que chegamos, estava lá. Assim que abro a porta da biblioteca, vejo que ela era enorme com estantes que iam até o teto que também era grande. Mas era estranho porque estava uma bagunça, muito livro nos chão, quadros quebrados, sofás virados.

-- Onde está, onde está?-- Ouço Lygard falar andando de um lado para o outro revirando as coisas.

--LYGARD!-- Chamo atenção do mesmo que finalmente percebe minha presença.

--Evah!-- Ele vem em minha direção, o mesmo estava diferente, parecia nervoso e um pouco paranöico na verdade. -- Onde estão Evah? Eles devem ter te contado onde esconderam.-- Ele fala e eu não estava entendendo nada do que ele estava falando.

-- Do que está falando Lygard? Onde estão o que?

-- Os 3 elixis da imortalidade. Tive um visão, mas não posso acreditar nela, não até ter certeza.-- Ele fala.

-- Elixir? Espera que visão?-- Eu pergunto tentando associar tudo que ele estava me dizendo.

-- Eu vi… Onor com os três elixirs da imortalidade, se ele tomar será imortal e praticamente invencível.

-- Eu… Não sei de nenhum elixir -- Eu falo preocupada.

-- É claro que não, fui tolo em achar que minha visão havia falhado. Onor está com eles.-- Lygard fala pegando seu cajado do chão.

-- E agora, o mesmo já deve ter tomado.

-- Não, depois que foi usado pela primeira vez foi colocado um feitiço para que apenas funcionasse com uma gota de sangue de um imortal. Achamos que desta forma saberíamos que estava sendo usado por alguém da antiga sociedade, mas agora vejo tudo claramente. Somos todos peças do jogo de Onor.

-- Como assim Lygard-- Eu pergunto para ele me explicar melhor.

-- Onor sabia que precisava do sangue de um imortal, mas ele soube depois que matou o bruxo que o ajudou. Agora ele manipulou tudo, fez tudo milimetricamente pensado para que as rainhas fossem a Mondere por conta própria.

-- O que?-- Perguntou horrorizada.

-- Ele sabia que iriam atrás dele, ele as aguarda. Estão indo direto para uma armadilha. -- Lygard fala olhando para mim e uma dor no coração imediatamente me atinge.

-- E o que vamos fazer?-- Eu pergunto.

-- A essa hora, elas devem estar muito próximas de Mondere, não podemos mais impedir. Tudo que podemos fazer é torcer para que o poder delas seja suficiente para deter Onor.



 


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3
Próximo capítulo a passagem do grupo pelas minas de Goriar e emoções a flor da pele no grupo de Henry, Evelyn, Uwen e Elizabeth. Será que uma das rainhas finalmente jogará a regra que as impede de se relacionar com humanos e mortais para alto?


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