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História Sombras do passado - Interativa - Perdão


Escrita por: Ryh

Notas do Autor


Aqui está mais um capítulo leitoras <3

Na capa... Esses cabelos ruivos... Esse cabelo semi-longo pretos e ondulados... Nem preciso dizer quem é né? haha

Boa leitura ^^

Capítulo 17 - Perdão


Fanfic / Fanfiction Sombras do passado - Interativa - Perdão

Pov Evelyn

(...)

 Sabem quando um pessoa entra de repente em sua vida, e você nem gosta tanto dela, mas com o tempo você se acostuma com a presença dela ao seu lado… De tal forma que você nem para e pensa em como será quando ela não estiver mais ali, porque parece que será eterno… Até não ser mais. Até simplesmente por algo bobo e estupido, talvez um descuido... Ela ser arrancada de você.

 Meus olhos se arregalaram diante da cena, tudo parecia estar em câmera lenta enquanto eu via o corpo de Henry caindo bem na minha frente. Bem na minha frente eu pude ver a expressão de dor de Henry ao receber a flecha em seu corpo mortal. Seu corpo cai na minha frente, imediatamente atirou uma bola de fogo no homem que atirou, o matando. Caio de joelhos ao lado do corpo de Henry e coloco sua cabeça apoiada sobre minhas coxas.

 Ele estava me protegendo… Aqueles soldados começaram a nos atacar e estávamos conseguindo contê-los, até que eu fiquei debaixo de uma cobertura de pedra para recuperar o fôlego, baixei minha guarda por um minuto e isso aconteceu. Ele se pôs na frente da flecha… Por mim.

-- He-Henry...-- Eu falo com minha voz trêmula diante da situação, abaixo meu rosto para perto de sua boca para ver se ainda estava respirando.

-- ... -- Ele levanta a cabeça com dificuldade e devagar, até encostar nossos lábios levemente, em seguida sua cabeça cai novamente por ele estar fraco.--  Não... Vai se... Esquecer disso hein.-- Ele fala pausadamente e tossindo sangue.

-- Idiota. Pare de fazer piada, até mesmo nessa situação.-- Eu falo e sinto meus olhos marejaram percebendo sangue saindo da boca de Henry.

-- Ei...-- Ele diz com dificuldade e levantando seu braço.-- Ainda agora... Nem pense em chorar, se for para ser a última imagem que verei sua, quero que seja dando seu lindo sorriso.-- Ela fala sorrindo e enxugando uma das minhas lágrimas que escaparam.

--...-- De repente me lembro que Onor estava lá em cima, no castelo. -- Sinto muito, mas ainda vai ter que aguentar muito o meu rosto, você não irá morrer hoje.

 Ele não entende, antes de ter a chance de responder eu me levanto e coloco Henry em minhas costas, o mesmo estava fraco demais para dizer algo contra. Margot, Erus, Elizabeth e Uwen se aproximam deduzindo logo o que aconteceu.

-- Aonde pretende ir Evelyn?-- Elizabeth pergunta.

-- Ou melhor... O que pretende fazer?-- Margot completa.

-- Levarei Henry para Onor. Ele nos queria não é? Aposto que sabe um jeito de salvar a vida dele, me oferecerei em troca.-- Eu falo começando a caminhar em direção a subida da montanha.

-- Não...-- Henry fala tão baixo e fraco que apenas eu ouvi.

-- Não pode fazer isso. -- Margot fala.-- Ele irá lhe matar.

-- Mas se eu não for, Henry morrerá. Isso é motivo suficiente para eu continuar.-- Eu falo determinada.-- E tentar.

-- Evelyn... Eu não posso ir com você. Sinto daqui que lá em cima apenas tem aço e ferro fundido, sem um pingo de natureza viva.-- Elizabeth fala.-- Não tenho poder lá.

-- Está tudo bem, não estou pedindo para vir comigo.-- Eu falo.

-- Mas eu vou.-- Margot fala decidida.-- Meu poder é mais fraco lá pelo ar rarefeito, mas definitivamente vou com você.

-- ... -- Eu a encarei e sabia que não ia conseguir fazê-la mudar de ideia.-- Certo.

-- Vocês fiquem e tentem segura-los o maior tempo possível.-- Margot fala manipulando o vento para segurar Henry, como fez com Erus nas minas.

-- Certo.-- Elizaberh fala e em seguida saindo do abrigo que estávamos para continuar a lutar, Uwen foi logo atrás.

-- Tome cuidado.-- Erus fala para Margot antes de irmos.

-- Eu sempre tomo.-- Ela diz com um sorriso.

-- É por isso que tenho medo.-- Ele diz com um sorriso de canto e depois indo embora.

 Começamos a correr em direção a subida da montanha, Erus colocou um escudo temporário a nossa volta para não sermos atingidos pelas flechas. Rapidamente começamos a subir e logo estávamos fora do alcance dos soldados. Não paramos de caminhar um minuto sequer até chegarmos ao topo onde era terra plana, fomos até a porta de entrada do castelo.

-- Olhe.-- Margot fala apontando para o horizonte onde podia-se ver nuvens grandes e cinzas vindo em direção a Mondere.-- Parece que vem chuva por ai.

-- Isso... E alguém deixou Alys bem irritada.-- Eu falo percebendo em meio as nuvens grande concentração de raios.

 Adentramos o grande castelo e não avistamos uma alma sequer. Ouvíamos barulho, de alguém gritando, mas não conseguimos entender o que exatamente. Seguimos o barulho, cada vez mais apreensiva, mas precisamos ir rápido, Henry estava apagando. Chegamos até uma grande porta, parecia se uma entrada para a sala do trono, era de onde estava vindo os gritos.

-- Eu… EU NUNCA O PERDOAREI! -- Foi a primeira coisa que ouvimos ao abrimos a porta com cuidado.

Pov Alys

 Começamos a subir sem grandes dificuldades na montanha, possuía uma estrada larga e ficava cada vez mais frio enquanto subíamos, Erik parecia muito confortável. Eu caminhava na sua frente e tentávamos ir o mais rápido possível. Depois de alguns minutos subindo podia avistar o castelo.

-- Estamos chegando.-- Eu falo pronta para acelerar mais, porém Erik me impediu.

-- Alys...-- Erik falou segurando meu braço e me virando para encará-lo.-- Vou falar algo que agora, para você, pode não fazer sentido, mas eu preciso que preste atenção. -- Ele diz quase que implorando.

-- Estou ouvindo.-- Eu digo o olhando um tanto preocupada.

-- Você ficaria comigo?-- Ele pergunta.

-- O que está perguntando? Eu estou com você. -- Eu falo tentando evitar o outro sentido dessa frase.

-- Não... Eu quero saber se realmente ficaria comigo. Eu preciso tomar uma decisão importante e não posso fazer baseado em incertezas. -- Ele diz abaixando seu olhar.

-- Está me preocupando Erik.-- Eu digo com sinceridade.

-- O que eu quero dizer... É que eu abandonaria tudo pelo que eu achava acreditar, para lhe proteger, mas preciso saber se ficaria ao meu lado.-- Ele fala como se estivesse escondendo algo.

--...-- Ainda estava confusa com suas perguntas, então achei mais prudente ficar calada e encarar seus olhos.

-- Diga-me Alys Herihor, o que sente por mim?-- Ele pergunta dando um passo em minha direção, mas eu coloco minha mão em seu peito o impedindo de se aproximar mais. -- Você tem medo de mim?

-- Não tenho medo de você.-- Eu falo um dos seus cachos para atrás da orelha.-- Você faz meu coração acelerar toda vez que se aproxima, sorrio por dentro cada vez que demonstra se preocupar comigo e... Fico apreensiva só de imaginar você não estando ao meu lado.-- Eu digo encarando seus profundos e negros olhos. -- Existe um sentimento humano para o que eu falei.

-- E qual que seria?

-- Talvez... Eu realmente goste de você.-- Eu falo segurando sua camisa com nossos rostos próximos.-- Me desculpe por ainda não conseguir usar a palavra amor, eu...-- Ele coloca o dedo em meus lábios.

-- Amor... Eu também nunca experimentei isso. Mas quando olho para você sinto muita vontade de saber como é. -- Ele diz me olhando de forma intensa.

-- Aqui estamos nós.-- Eu falo dando uma risada.-- Dois desiludidos, que nunca se apaixonaram, no pé de uma montanha conversando sobre amor.

-- Não somos pessoas convencionais.-- Ele diz com um sorriso de canto.

-- O que vamos fazer sobre isso? -- Eu falei o encarando.

-- Isso.-- Ele acaba com o resto da distância que havia entre nós me beijando delicado e calmamente, coisa que confesso não ter esperado dele.

 Um sensação diferente toma conta de mim, como se tivesse uma corrente elétrica percorrendo por todo meu corpo, e todo frio que eu sentia parecia ter desaparecido. A cada toque de seus dedos em meu pescoço ocasionava num arrepio. Nos separamos lentamente e abrimos os dois olhos para encarar um ao outro. Ele encosta nossa testa e solta um suspiro de alívio seguido de um sorriso.

-- Aqui e agora, com você, eu não tenho a menor dúvida de que quero estar ao seu lado.-- Ele fala e eu solto um pequeno sorriso.

--  Fale-me isso de novo quando tudo acabar e lhe darei uma resposta. -- Eu digo me afastando dele.

-- Certo, então vamos acabar logo com isso. -- Ele diz pondo-se a caminhar na minha frente, mas eu logo o alcançou.

Pov Erik

 Continuamos a subir até ficarmos em solo plano, estavamos no pátio em frente ao enorme castelo de Onor... Minha casa, todo preto, feito de ferro e aço, não havia ninguém, Onor não permitia soldados no castelo, apenas oficiais. Cuidadosamente começamos a caminhar em direção ao castelo e entramos nele, parecia um castelo abandonado, tudo muito silencioso. Chegamos na sala do trono, onde esperávamos encontrar Onor, mas sem sucesso.

-- Que droga.-- Alys diz começando a caminhar em direção ao trono.

-- Tem algo errado.-- Eu falo e quando percebi já era tarde.

 Cordas enfeitiçadas começaram a voar em direção a Alys que estava no meio do salão, amarraram seus tornozelos e seu braços, um pano também vai, tampando sua boca.  Imediatamente corro em sua direção e quando chego até ela ouço uma risada sinistra no ar e logo em seguida Onor aparece em frente ao trono.

-- Princesa Alys Herihor... A mais velha das cinco filhas dos antigos reis.-- Ele diz. -- É um prazer recebê-la.

-- Mrrrmmm...-- Apenas entendia-se resmungos de Alys.

-- Onor não é necessário isso, solte-a. Não precisa machucá-la.-- Eu digo o encarando.

-- ...-- Ele por um momento me encara e depois encara Alys, o mesmo solta um sorriso.-- Meu primogênito...-- Ele fala abrindo seus braços e sorrindo. -- Sabia que não me decepcionaria.-- Ele diz com sua voz que mais parecia um sussurro macabro. -- Trouxe a princesa e a mais velha da linhagem, conforme planejamos, desde o início.

 Alys parecia resmungar algo e Onor tira o pano de sua boca, parecia estar se divertindo da situação.

-- Erik... Do que ele está falando? -- Ela diz me encarando.

-- ... -- Eu não consigo dizer nada, nem ao menos olhar para ela.

-- Por favor me diz que ele é louco e que ele está mentindo...-- Ela diz deixando algumas lagrimas caírem de seus olhos… Aqueles lindos olhos que a pouco estavam sorrindo para mim.-- Por favor, diga.

-- Eu não posso. Por que é verdade.-- Eu falo com vergonha e a mesma arregalou os olhos que estavam marejados.

-- Ora... O que é isso?-- Onor diz se aproximando. -- Amor? Nunca te ensinaram a não acreditar em estranhos que conhece na estrada?-- Ele diz rindo e com suas mãos faz Alys levitar e ficar parada no ar, ainda amarrada.

-- Acho que faltei a essa aula.-- Ela diz com raiva nos olhos.

-- Seria mesmo um desperdício jogar você fora, quem sabe eu não te torne minha esposa.-- Ele doz analisando Alys de cima a baixo. Queria mata-lo, ali e agora, mas sabia que era burrice, me mataria em dois segundos.

-- Por que não me mata logo?-- Ela fala com nojo em sua voz.

-- Ah não, precisamos do seu sangue fresco. O que me faz lembrar que tenho coisas a fazer. A imortalidade me espera.

 Onor faz sinal para eu me sentar no trono do conselheiro, ao lado do trono real, eu assim faço. Onor pega três frascos contendo um líquido verde em cada um e os deixa flutuando em frente a Alys, Onor pega uma adaga e levanta a manga de Alys fazendo um corte no seu braço. Alys soltava gemidos de dor e eu apenas podia observa ela sofrendo, ele pinga uma gota de sangue em um dos frascos. Preciso salvar Alys, mas é impossível vencer Onor.

-- Erik... Sempre foi meu orgulho de sucessor. Mas agora que serei imortal não precisarei de sucessor, por isso beba e se torne imortal também , construa seu próprio reino.-- Ele fala isso me entregando o frasco e eu fito o elixir e logo em seguida para Alys.

Sei que ela vai me odiar por isso, mas se for para salvá-la posso viver com seu ódio. Seguro o frasco com força e bebo todo o seu conteúdo.

Pov Alys

 Olhavam toda aquela situação incrédula. Estava fraca, como se ele tivesse puxado parte da minha energia junto com o sangue. Eu confiei em Erik, me permiti acreditar e começar a gostar dele… Eu...

-- Como pode?-- Eu pergunto num sussurro.-- Eu… EU NUNCA O PERDOAREI! -- Eu grito o mais forte que consegui para que ele escutasse alto e claro.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ^^
Foi só nos meus olhos que brotou uma lágrima pelo Henry?

Próximo capítulo, o tão aguardado e loucamente esperado reencontro de Evah e Niel.


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