1. Spirit Fanfics >
  2. Sombras do passado - Interativa >
  3. Proteger

História Sombras do passado - Interativa - Proteger


Escrita por: Ryh

Notas do Autor


Mais um capítulo lindo para você <3
Amei a capa de hoje haha :3

Boa leitura ^^

Capítulo 19 - Proteger


Fanfic / Fanfiction Sombras do passado - Interativa - Proteger

Pov Alys

Olhavam toda aquela situação incrédula. Estava fraca, como se ele tivesse puxado parte da minha energia junto com o sangue. Eu confiei em Erik, me permiti acreditar e começar a gostar dele… Eu...

-- Como pode?-- Eu pergunto num sussurro.-- Eu… EU NUNCA O PERDOAREI! -- Eu grito o mais forte que consegui para que ele escutasse alto e claro.

Pov Evelyn

-- Alys… -- Eu observo Alys com seus pulso e tornozelos presos. A figura encapuzada, que eu tinha certeza de ser Onor estava em frente ao Erik que acabara de beber algo.

-- Não acredito que Erik fez isso.-- Margot fala pronta para entrar no salão, eu a puxo para fora e fecho com cuidado a porta novamente.

-- É isso. Aqueles são os elixires da imortalidade. -- Eu falo como um clareamento em minha mente.

-- Existe isso?-- Margot pergunta surpresa.

-- Você sabe. As histórias antigas, o reino de nossos pais, a sociedade. Para o elixir ter efeito precisa do sangue de um imortal.-- Eu explico e Margot parecia estar ouvindo tudo pela primeira vez.-- Meu Deus, a leitura da história e poções da biblioteca real era obrigatória será que só eu li?

-- Com certeza só você leu irmã.-- Margot coloca a mão em meu ombro.

-- É assim que vamos salvar Henry. Precisamos pegar um daqueles. Acha que consegue usar seu poder para trazer um daqueles frascos até nós?

-- Posso tentar.

 Margot coloca Henry no chão no canto da parede, um pouco afastado da porta, eu vou até lá e sento apoiando sua cabeça no meu colo. Enquanto esperava, Margot ficou na porta, provavelmente aproveitando a distração de Onor para manipular o ar e trazer um dos frascos até nós. Não demorou muito até ela vir até nós.

-- Pegue.-- Margot me dá o frasco com o elixir.

-- Você é demais.-- Eu sorriu pegando o frasco de sua mão.

-- Eu sei.-- Ela fala com um sorriso frasco.

-- O que foi Margot?-- Eu perguntei percebendo que ela aparentava estar um pouco tonta.

-- O ar aqui em cima... É rarefeito, falei que meu poderes diminuem, e quando usei eles a pouco sugou muito de minha energia.

-- Desça a montanha agora. Fique com Erus, ele vai saber o que fazer.-- Ela fez uma careta, como quem pergunta “ E você”. -- Não se preocupe, eu vou ajudar Henry. Assim que funciona, por que vai funcionar, ajudaremos Alys e Erik.

-- Erik?-- Margot pergunta em dúvida. -- Mas ele nos traiu.

-- Não traiu, eu tenho certeza disso. Não me engano com as pessoas. -- Assim que acabo de falar, Margot assente e começa a caminhar para fora do castelo.

-- Certo... Vamos lá.-- Viro-me novamente para o corpo de Henry em meu colo.

 Eu pego uma das adagas no cinto de Henry e coloco na minha mão, a fecho e arrasto a adaga fazendo um corte não muito profundo, mas suficiente para sangrar. Coloco algumas gotas do meu sangue imortal dentro do frasco, enquanto mexia observava Henry... Sua respiração estava cada vez mais fraca.

-- Aguente mais um pouco Henry.-- Misturo tudo e quando atinge a coloração eu ergo levemente a cabeça de Henry com uma das mãos e com a outra coloco o frasco em sua boca.

 Faço-o engolir tudo, desejando que ainda estivesse consciente, o elixir concede imortalidade, mas não traz mortos de volta à vida. Não tendo mais nada no frasco eu o jogo de lado e espero alguma reação.

-- Você não pode morrer agora Henry. -- Abaixo minha cabeça até ao lado de seu ouvido.-- Não pode simplesmente entrar na minha vida, bagunçar minha cabeça e sentimentos e me deixar. Não faça isso.-- Eu falo começando a bater em seu peito. -- Não se atreveria não é? -- Eu falo desejando no meu profundo que ele tivesse alguma reação logo.

-- Sabe...-- De repente ouço um fraco sussurro, paro de lhe bater e levanto um pouco a cabeça, o suficiente para olhar em seus olhos.-- Nas histórias, quando o amado da protagonista está à beira da morte, ela faz uma declaração fofa e não bate nele compulsivamente. -- Henry fala aquelas palavras sem dificuldade parecia com uma saúde impecável, observo também que o ferimento estava cicatrizando já.

-- Não sou igual a nenhuma garota dessas histórias.-- Sorrio ao perceber que ele estava bem e seu senso de humor intacto.

-- Disso eu sei Evelyn Herihior, você é única.-- Ele fala me encarando intensamente.

-- A propósito, está muito convencido.-- Me levanto num impulso deixando sua cabeça cair.-- Se auto-nomeando de meu amado.

-- E não sou?-- Ele pergunta com um sorriso de canto.

-- Vejo que já está totalmente recuperado. Levanta-se logo.-- Digo evitando encará-lo.

-- Tudo bem, o que eu perdi?-- Henry perguntou se levantando.

-- Bom... Erik tomou o elixir da imortalidade e Alys está "um pouco" brava com ele, seu pai é maluco e eu tenho certeza que Erik tentará matá-lo, mas ele precisará de ajuda.-- Me viro pronta para entrar no salão.-- Ah, mais uma coisa... Você é imortal agora.

-- O que?! Ah tá. Que ótimo, não perdi muita coisa.-- Ele diz ironicamente.

Pov Uwen

Conseguimos conter a maioria do soldados do exército de Onor e o resto se rendeu. Erik estava certo, a grande maioria servia a quem governa Mondere, quando souberam que Onor foi desafiado se tornaram imparciais e pararam de lutar.

-- Espera, tem alguma coisa estranha.-- Erus falou terminando de prender as mãos de um soldado e olhando para pedra em seu cajado.

-- O que foi?-- Elizabeth se aproxima dele.

-- É Lygard, me mandou um mensagem. Eles venceram a batalhas em Maggiore, estão indo até o reino vizinho para libertá-los. -- Ele abaixa o cajado, provavelmente terminando de ler a mensagem.

-- Podemos ajudar. Neste lugar a extensão do meu poder é muito pequena. Já perto de Maggiore, onde a natureza é mais abundante eu posso ser mais útil. -- Elizabeth conclui.

-- Mas Maggiore fica a dias daqui, como chegaremos lá a tempo?-- Eu pergunto fazendo os dois olharem para mim.

-- Você não tem um sistema de teletransporte Erus? Foi como nos trouxe para esse mundo.-- Elizabeth fala.

-- Espera… Se você tinha isso, por que viemos andando para Mondere?-- Eu pergunto e Erus dá uma risada.

-- Eu não posso sair por aí teletransportando sete seres. Já consome bastante da minha energia mágica teletransportar uma pessoa, quanto mais sete. E eu sabia que precisariam de minha ajuda, não poderia ficar fraco quando chegássemos. -- Erus explica.

-- Mas pode fazer conosco agora não é?-- Elizabeth pergunta.

-- Sim, esperem um pouco.-- Erus observava novamente a pedra em seu cajado e pronuncia algumas palavras que eu não tinha conhecimento para saber o significado. Com o seu cajado ele faz alguns desenhos no chão que formavam um círculo. -- Tem que ficar dentro do círculo.

 Eu e Elizabeth entramos no círculo feito por Erus e ele começou a pronunciar palavras, que eram provavelmente feitiço, e o círculo começou a brilhar e a forma um tipo de redemoinho de vento em nossa volta. A camada de vento foi ficando mais grossa até não conseguirmos ver nada a nossa volta.

Pov Margot

 Tentei descer o mais rápidos possível da montanha para encontrar Erus, mas eu ainda estava um pouco cansada. Quando estava quase no fim, vi uma espécie de redemoinho de vento igual ao que nos trouxe para cá.

-- Não pode ser.-- Falei pensando na possibilidade de Erus ter se teletransportado para outro lugar.

 Desço o resto da montanha o mais rápidos possível, mas quando chego lá os soldados de Onor estavam todos presos no acampamento e os cidadãos de Mondere tentavam arrumar toda a bagunça feita ali pela batalha. Rapidamente vou até uma senhora para saber sobre os outro.

-- Com licença. Você viu uma garota loira, um homem de vestes simples e um outro homem alto com um cajado?-- Perguntei apreensiva.

-- Eles sumiram num piscar de olhos, acho que algum deles era um bruxo ou coisa do tipo, achei que não existiam mais.-- Ela explica e eu solto um suspiro triste.-- A propósito você estava com eles não é? É de Maggiore certo? Obrigada por desafiar Onor rainha, vivemos sobre a tirania desse homem a mais tempo que qualquer um dessas terras. Obrigada.

 Apesar de ainda não temos vencido ele definitivamente eu assinto com um sorriso e a senhora volta a trabalhar. Minha energia mística está muito fraca ainda, queria Erus aqui comigo agora.

-- O que eu vou fazer?-- Eu sussurro para mim mesma quando sinto uma mão em meu ombro.

-- Precisa de ajuda alteza?-- Viro-me imediatamente e minha face é de pura surpresa ao ver Erus na minha frente.

-- Erus… Achei que tinha ido embora com Elizabeth e Uwen.-- Eu falo o encarado.

-- De fato, recebi uma notícia muito boa de Maggiore. Eles venceram a guerra e estão avançando para o libertar o reino vizinho, o nome é Torri, fica bem perto de Maggiore. Elizabeth e Uwen foram ajudar. Mas eu jamais deixaria você aqui.-- Ele fala colocando uma mecha de meu cabelo para trás me encarando.

-- Obrigada… Mas eu ainda sei me cuidar sozinha.-- Falo rindo.

-- Com certeza. Estou sentindo sua energia mística muito baixa. Vem.-- Ele inesperadamente me carrega.

-- O-O que está fazendo?

-- Vou cuidar de você, é para isso que estou aqui.-- Ele diz com um sorriso e eu observo-o sorrindo, até que retribuo com outro sorriso. 

Pov Elizabeth

 Depois que não conseguimos ver nada o vento foi se dispersando até conseguirmos ver onde estávamos. Paramos na floresta, mas conseguimos avistar a estrada e sons de cavalos, provavelmente deve ser os soldados de Maggiore.

-- Vamos.-- Só quando comecei a andar percebi que estava na ponta de uma ladeira, eu me desequilibro e quase caio para trás, mas faço com que as raízes apoiem minhas costas para eu não cair. -- Essa foi quase. -- Eu falo e quando olho para Uwen o mesmo me encarava.

-- Que horrível… Não me dá nem a oportunidade de salvá-la. -- Ele diz e solta uma risada no final. Começamos a caminhar em direção a estrada.

-- Sinto muito, eu me finjo de donzela em perigo na próxima vez. -- Eu falo e ele dá um pequeno sorriso indiferente, finalmente chegamos a estrada e logo o barulho de cavalos nos alcançaria. -- Uwen… -- Tento tomar coragem para falar algo sobre o que aconteceu ontem a noite e hoje.

-- O que foi vossa alteza?-- Assim que ele fala aquilo eu dou um soco em seu braço. -- Para que isso?

-- É o que vai acontecer se me chamar assim de novo. Eu sou uma garota muito paciente Uwen, mas não me provoque demais.-- Eu falo me virando com raiva e começando a caminhar na direção dos sons de cavalo, eles chegariam até nós, mas não estava mais com vontade de ficar parada ao lado de Uwen.

-- E quem disse que estou provocando? Estou apenas seguindo suas ordens, lembra? “Apenas por aquela noite”. -- Ele me segue e acompanha enquanto caminho rápido.

-- Você realmente é um incompetente na arte de entender o que uma mulher diz.

-- Então poderia me explicar melhor?

-- Eu amo você! Eu… Realmente amo você, mas o fato de não podermos ficar juntos está me matando e você me ignorar e tratar com tanta indiferença não está ajudando! -- Eu descarrego tudo que tinha para dizer de uma vez.

 

-- Você é realmente incompetente na arte de entender sentimentos e emoções humanas Elizabeth. -- Ele fala meu nome pela primeira vez desde que tudo aconteceu, parada bem na frente dele ele me encara com ternura. -- Não somos racionais e tão inteligentes quanto sua raça, fazemos loucuras e estupidez por causa de emoções como essa. -- Ao falar isso ele me abraça delicadamente, eu repouso minha cabeça em seu peito.

-- Vocês fazem? Realmente nunca vou entender os humanos.-- Eu digo quase que indignada.-- Mas, se o fato de eu estar me sentindo assim é por te amar… Talvez não devesse ter medo de cometer uma estupidez.-- Eu digo

-- Elizabeth Herihor? Cometendo uma estupidez? Acho difícil de acreditar.-- Ele diz e pude sentir que ele estava sorrindo.

-- Acredite, eu pensei em uma. Talvez a maior estupidez que alguém com dons e privilégios divinos como eu poderia fazer. A primeira delas foi me apaixonar por um humano mortal…

-- Ei…

-- E a segunda, é querer abrir mão da minha imortalidade para poder ficar com ele. -- Assim que eu falo aquilo ele se separa de mim, me olhando incrédulo.

-- Eu te amo, mas não me perdoaria se um dia se arrependesse de sua decisão e fosse infeliz comigo. -- Ele fala. -- Por isso não faça isso.

-- A vida é minha, faço o que quiser com ela. Uma eternidade sem você, é o mesmo que um desperdício para mim.-- Eu falo e o mesmo continua encarando meus olhos.

-- Você não pode… -- Ele ia terminar de falar, mas foi interrompido.

-- Elizabeth?-- Quando olhamos para o lado Evah estava em um cavalo com as tropas de Maggiore atrás delas.

-- Evah!-- Eu corro em direção a ela, assim que ela desce do cavalo eu me jogo em seus braços a abraçando forte. -- Por Deus, que bom que está bem.-- Eu falo afagando seus cabelos.

-- Estava com tanta saudades. Maggiore está bem Elizabeth, nós conseguimos. -- Ela fala sorrindo e eu assinto.


 Cumprimentei os outro que se curvaram e comemoraram minha volta, mas confesso que minha cabeça estava toda na conversa que tive agora pouco com Uwen. O mesmo não parou de me encarar um minuto sequer, como se quisesse terminar a conversa e me convencer de não fazer o que eu falei… Mas cansei de abrir mão da minha felicidade.


Notas Finais


Espero que tenham gostado ^^
Esse capítulo foi o que eu chamo de "conectivo", para interligar com os eventos futuros.
E o que vocês acham? Elizabeth abriria mesmo mão de sua imortalidade? Uwen convenceria ela do contrário ou iria até o fim para achar outra forma de ficarem juntos?

Próximo capítulo a batalha contra Onor, o que aconteceu na sala do trono enquanto esse capítulo rolava?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...