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História Some Kind of Monster - Epílogo


Escrita por: cryomancer

Notas do Autor


Eu não sei com que cara eu ia pedir a alguém que lê essa fanfic para esperar mais um tempo por um epílogo, então eu decidi já fazer isso logo.

Agora acabou mesmo. Obrigada a todos que me mandaram mensagens, obrigada a quem me cobrou, obrigada a quem esperou, enfim... Obrigada a todos.

Capítulo 25 - Epílogo


 

 

2 anos mais tarde...

Ela leu a mesma linha seis vezes no último minuto. Decidiu, por fim, abandonar a leitura e jogou a revista no outro assento do sofá. Tensa, ela começou a roer a unha do polegar, pensando em Sasuke.

Quando ele saiu da colônia penal, passou algum tempo morando com Itachi. Na cidade grande, puderam ser um casal comum pela primeira vez, e assim, assumiram o relacionamento. Mas custou muito tempo até que assumissem o namoro aos pais dele, e quando o fizeram, não foi uma situação agradável.

Não terminou bem também, visto que ele não falava com os pais até hoje. Fugaku tentou persuadi-lo de todas as formas possíveis a buscar uma garota em sua faixa de idade, e ameaçou Sakura tanto quanto pôde. Porém, no fim, não surtiu efeito algum. A amargura dos dois adultos quanto ao relacionamento de seu filho não foi o bastante para que Sasuke a deixasse, e no fundo, os próprios sabiam disso.

Tentar dissuadi-lo com heranças não funcionaria, quando Sasuke jamais dera a mínima para as fortunas de seus pais. E nada, nada mudou.

Ele podia ter procurado seu pai e se rebaixado a ele, para que fosse introduzido ao ramo das finanças, como fora planejado para si desde o início de sua vida. Apenas um pedido de desculpas era o necessário, e Sasuke teria todo o prestígio que um dia seus pais acharam que teria. Mas ele nunca encontrou um motivo para se desculpar, e ao invés disso, apenas se afastou deles, para viver sua própria vida junto da mulher que amava.

Sem barreiras agora.

Sakura também usou todo o seu transtorno e decepção com os Uchihas como a válvula que precisava para se desfazer das ações de sua mãe. Mesmo com um peso no peito, ela vendeu tudo de volta a Fugaku com o consentimento de seu pai, que não fez questão pelo dinheiro.

Ele voltou a namorar quando recuperou a visão. Abandonou o luto pela esposa falecida e encontrou o amor outra vez. Mora junto de sua noiva em uma cidade pequena, a poucos quilômetros de Sakura. Que vai visitá-lo sempre que possível.

Sua vida era perfeita agora, e ela não sabia exatamente como a recente descoberta impactaria em todo este ambiente de bem-estar.

Expirando, seus dedos se entrelaçaram entre os fios róseos enquanto tirava dos bolsos de seus shorts as três pequenas barras cilíndricas, e olhou atentamente para elas.

Três positivos. Seis pequenas linhas. Sua vida mudaria com tão pouco.

Ela suspirou, observando o relógio em seu pulso direito. Sasuke chegaria em breve, e ela não tinha a mínima ideia de como o contaria, ou se o contaria agora.

Ele completaria vinte e um anos em breve, mas isso não mudaria as coisas. Ainda era jovem demais, e estava no sexto período de sua faculdade de Literatura. Um bebê agora mudaria tudo, atrapalharia seus estudos.

Suas mãos estavam suando, e ela se levantou do sofá para caminhar em direção da cozinha. Não queria mais olhar para eles, esteve o fazendo excessivamente durante a última meia hora.

Faria um jantar, resolvido. Sasuke provavelmente chegaria com muita fome, e não era comum que estivesse em casa para cozinhar para ele neste horário. Geralmente estava voltando do trabalho nestas horas, e ele chegava em casa primeiro.

Durante os próximos quarenta minutos, ela esqueceu da notícia impactante que precisaria dar. Mas desta vez, não cozinhou tomando uma taça de vinho.

Ele chegou pouco depois das cinco e meia. Estava encharcado.

Era o inverno, Sakura insistia que ele levasse um guarda-chuva para onde quer que fosse, mas mesmo que não fosse o mesmo moleque irresponsável de antes, muito de sua personalidade era a mesma, e ele continuava teimoso.

Sasuke só se juntou a ela após um rápido banho de cinco minutos. Ele retornou vestindo apenas um calção, e foi direto ao jantar pronto.

— Porra, eu estou com muita fome. — ele praguejou, servindo-se do espaguete preparado por ela. — Por que você está aqui?

— Saí mais cedo do trabalho.

— Hum. Aconteceu alguma coisa?

— Heh, não.

Ela escondeu as mãos trêmulas por baixo da mesa, sobre seu colo. Não estava com a menor fome, e por isso, apenas o observou comer como um porco em silêncio.

Demoraram algumas garfadas até que ele percebesse que Sakura o olhava estranhamente demais, silenciosa demais. Ela reclamou pouco sobre seu estado. Ela não implicou com seus sapatos molhados pela casa. Ela não disse “eu avisei para levar um guarda-chuva”. Ela não o recebeu com um beijo de boas-vindas e esse podia ser o sinal de que fizera algo errado e ela estava zangada, mas ela lhe cozinhou um jantar. Então não podia ser raiva.

— Tem certeza?

— Sim.

— Eu acho que não. — ele abandonou os talheres sobre o prato inacabado, e a observou — Você está estranha a semana inteira. Eu fiz algo errado e não percebi?

— Não.

— Alguém morreu?

Sakura fechou os olhos, arfando. — Não! Meu Deus!

— Por que você está assim, então?

— Apenas volte a comer, porra.

Ele a analisou durante alguns segundos, os olhos diminutos. E então, desistiu de perguntar e a obedeceu.

Sakura estava inquieta. Estava furando o dedo indicador com os dentes de seu garfo como passatempo, e Sasuke sentiu vontade de tomá-lo de si antes que ela se machucasse. Mas não fez nada.

Quando mais demorasse a contá-lo, pior seria.

Ela inalou uma respiração profunda, e ainda com o ar preso aos pulmões, disse: — Eu estou grávida.

— O que? — ele limpou a garganta, algo que desencadeou uma série de tosses repentinas. Quando seu rosto ficou vermelho, Sakura correu para encher um copo de água e correu de volta até ele para entregá-lo.

— Respire primeiro, fale depois.

Ela esfregou as palmas das mãos no tecido de sua camisa para tentar conter o suor frio, e apenas o observou enquanto ele parecia tomar um momento para si mesmo, e ficou completamente parado, em silêncio.

Sasuke respirou fundo. — O que você disse?

— Eu estou grávida.

Ele empurrou a cadeira para trás e se levantou, ficando em pé na frente dela. — Sakura... — ela viu seus olhos brilharem, ficando úmidos, e não resistiu a emoção. — Sakura, por que você não me disse antes?

— Eu estou contando agora.

— Eu deveria ter sabido desde o momento em que você começou a desconfiar disso, eu deveria ter comprado os testes para você, eu deveria ter... eu deveria ter participado junto com você de tudo isso ao invés de só saber agora.

— Me desculpe.

— Não faça isso outra vez. — ele a puxou para um abraço.

Já trocaram outros abraços repletos de emoção outra vez, mas desta vez era diferente. Enquanto ela sentia as lágrimas deslizarem por seu rosto e caírem nos ombros dele, Sasuke começou a rir. Ela sentiu seu corpo se mover, até se afastar e observar o sorriso no rosto dele. Os olhos brilhantes, enquanto ele olhava para sua barriga em tamanho ainda normal.

— Você está feliz? — ela quis saber.

Não soube como achou que ele teria outra reação. Ela pagou por sua língua quando se tornaram um casal, e percebeu que Sasuke era um parceiro maravilhoso. Como jamais achou que ele seria.

No fim, sua personalidade emotiva fez dele um ótimo cônjuge. Prestativo e atencioso como ela própria jamais poderia ser.

— Se eu estou feliz? Meu Deus, Sakura.

Eles se beijaram.

Sasuke a abraçou novamente, mas desta vez, ele a tirou do chão, para girá-la brevemente antes de devolvê-la a seus pés. Estava eufórico.

— Eu achei que ficaria tenso por causa da faculdade.

— Eu vou dar um jeito nisso, nós vamos resolver tudo, ok? Foda-se a faculdade. Você sabe que... você sabe que eu sempre quis um filho.

— Sim.

— Obrigado por me proporcionar isso. — ele parou de falar, as mãos ainda em sua cintura quando começou a viajar em seus próprios pensamentos. Então, no momento seguinte, ele a surpreendeu outra vez. — Vai ser uma garota. Nós vamos ter uma menina.

Sakura deu um tapa em seu ombro, rindo. — Eu acabei de contar a você que estou grávida, e você já começa com as teorias de sexo.

Ele apenas riu.

— É apenas a primeira.

— O que você está falando?

— Nada além da verdade. Você ainda vai engravidar mais duas vezes.

— Sasuke, meu Deus.

— Dois anos não mudaram a minha cabeça. O que eu disse antes, continua valendo.

— De jeito nenhum.

Ele a beijou nos lábios. — Bem, eu tenho muito tempo para te convencer.

Não importa o quão tolo ele soasse, houve um fundo de verdade no que estava falando.

Principalmente porque quatro meses depois, ela descobriu que ele estava certo.

E ela jamais esqueceria do sorriso que ele lhe deu ao descobrir que, de fato, teriam uma menina.

 


Notas Finais


Até a próxima.


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