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História Somebody is loving you - 6


Escrita por: Kiriaki

Notas do Autor


OLHA QUEM APARECEU.
Gente, me desculpem. Quem me conhece sabe que estou trabalhando nesse fim de ano e ando bem morta, fiz esse cap com muito custo e até ficou menor do que o habitual, mas me desculpem mesmo. Espero que gostem ♥

Capítulo 6 - 6


    Aqueles lábios eram tão… doces. Jin poderia jurar que jamais havia sentido tal gosto, era absolutamente viciante e sentia que não poderia mais se afastar. Não queria se afastar. Sentia as mãos alheias sobre seu corpo, uma agarrando os fios curtos de sua nuca e a outra lhe apertando levemente a cintura. E céus, como aquilo era bom. Seu corpo queimava e pensava que a qualquer momento o coração rasgaria seu peito; suas mãos suavam e tremiam e sua pele estava arrepiada. Não poderia imaginar que um dia alguém exercesse tanto poder sobre si, mas Namjoon não parecia ser real; seus toques eram divinos demais, seu beijo era gostoso demais, tudo parecia exatamente perfeito demais, tudo parecia não existir. Mas a perfeição existia, afinal. Pois se não existisse, Namjoon seria utópico. Mas ele estava ali, acariciando sua pele, mordiscando seus lábios e gemendo baixinho enquanto aproximava os corpos como se a finalidade fosse se fundir ao moreno. E Jin só queria ficar ali para sempre, receber seu carinho eternamente e amá-lo. Amá-lo como jamais amara alguém antes.

    “Eu te quero tanto” a voz grave soou aos ouvidos do moreno quando os lábios se separaram lentamente “Ah Jin, você me deixa… louco”

    E nem ao menos sabia que era Jin quem estava louco. Louco de vontade. Percebeu que estavam parados em meio a um quarto, era o quarto do moreno, e com um sorriso leve, guiou o corpo pelo caminho que conhecia bem. Sua cama jamais parecera tão macia como naquele momento, quando jogou seu corpo nela e puxou o maior sobre si. Ter o corpo de Namjoon roçando no seu era como o paraíso. O loiro era seu paraíso. Não pode conter o arfar ao sentir os lábios fartos tocando seu pescoço, distribuindo beijos de forma lenta e torturante.

    “Por favor, Nam…” soltou baixinho, seu rosto estava corado, mas o desejo era maior que sua timidez.

    Ele queria dizer tantas coisas. Dizer que o amava; que o queria; que ele fazia seu coração derreter e que jamais se separaria dele, mas tudo o que conseguia fazer era implorar para que o outro o tomasse como seu.

    “Tem certeza?” ouviu o loiro perguntar e sorriu. Namjoon era bom demais, tão bom que chegava a ser um pecado. E era claro que Jin tinha certeza, uma certeza que jamais tivera em toda sua vida, uma certeza que parecia correr por suas veias e que o deixava embevecido . O corpo parecia arder onde era tocado e ele estava tão excitado; então tudo o que pode fazer foi agarrar o outro com força.

    E só Namjoon poderia desfrutar da imagem de ter o moreno nu abaixo de si; só ele poderia sentir sua pele se arrepiar ao olhar Jin mordendo os próprios lábios, apertando os olhos enquanto tentava conter os gemidos e agarrando os lençóis com tanta força que era possível ver os nós de seus dedos esbranquiçados e céus, ele era perfeito. Os corpos se movimentavam em sincronia, arfares altos escapavam entre os beijos selvagens e necessitados; eles se encaixavam perfeitamente, eram um só, afinal.

    Com os corpos suados e melados com o prazer que um proporcionou ao outro, se mantiveram colados enquanto tentavam normalizar a respiração. E enquanto Namjoon distribuia beijos calmos pelo pescoço pálido alheio, Jin pensava que ninguém no mundo poderia lhe dar tanto amor.

 

Have I found you?


 

    O moreno acordou assustado, o coração parecia estar prestes a sair pela boca, o corpo estava suado e tremia um pouco enquanto ele analisava aquela situação. Um sonho. Não só um sonho comum, mas algo que havia aflorado seus sentidos de todas as formas. Arfou baixinho ao notar que seu corpo estava reagindo a tudo aquilo que passava por sua cabeça, estava excitado e tudo aquilo por causa de uma única pessoa. Sua cabeça doeu ao pensar em Namjoon; era como um momento de epifania onde aquele sonho repentino fazia absolutamente todo o sentido. Era claro que Jin havia notado muitas coisas: a beleza de Namjoon era embriagante; o olhar profundo e sincero; a pele lisa e amorenada; o sorriso gentil e galanteador; as covinhas simpáticas quando dava um de seus sorrisos maravilhosos; o jeito que parecia ficar distraído em alguns momento e ah, os lábios, tão cheios e brilhantes.

    E Jin quis se repreender por aquilo. Quis se sentir mal pelo sonho e se punir por continuar com aqueles pensamentos mesmo acordado, mas não era algo que pudesse fazer. Seu corpo ainda clamava por atenção e mesmo completamente confuso, não pensou em mais nada além daquelas imagens que sua mente criou antes de deslizar lentamente sua mão até seu membro desperto. E ele sabia que nada mais seria da mesma forma.






 

    – Você está estranho demais – Hosoek disse, enquanto devorava um sanduíche. Era hora do almoço e desde que botou os olhos em Jin, no primeiro tempo, sabia que algo estava errado. O amigo não falava nada e mal notava por onde andava, esbarrando nas pessoas e tropeçando o tempo todo. Hoseok sugeriu que faltassem a terceira aula e o tempo livre se juntou com o horário do intervalo.

    – Impressão sua – respondeu o outro, como quem não quer nada. O de cabelos negros sabia que Jin não era do tipo que contava absolutamente tudo, não situações recentes – depois que superava, costumava contar – Então o mais novo preferiu fingir que acreditava que estava tudo bem. O silêncio dominou por alguns segundos até que alguém falasse algo.

    – E então, vai daqui direto para o hospital? – perguntou, novamente com a boca cheia, se assustando com a resposta.

    – Não sei bem se vou hoje.

    Naquele momento Hoseok percebeu que algo realmente havia acontecido, algo não tão comum para fazer com que Jin não fosse visitar Namjoon. Era óbvio que o mais novo havia percebido a conexão que aqueles dois tinham, havia até comentado com Yoongi no dia anterior e o mesmo dissera que sabia que Jin tinha algo de especial com o outro. E ele se preocupou.

    – Jin… – disse com pesar – me conte – falou de maneira calma, logo ouvindo o amigo suspirar.

    – Eu só estou… confuso! – respondeu desviando o olhar – eu tive um sonho hoje e já não sei de mais nada. Já não sei como enxergá-lo.

    Um silêncio tomou conta do local. Jin parecia arrasado enquanto Hoseok só se mostrava pensativo. O mais novo estalava os dedos e mordia o lábio inferior, até que resolveu falar algo:

    – Você precisa enxergar com o coração, Jin. Namjoon é especial pra você.

    – Eu sei que é. Só não sei se eu sou especial para ele da mesma forma – ele se sentia perdido e amedrontado, não queria e ao mesmo tempo queria descobrir o que sentia, pois tinha medo do futuro e de como Namjoon agiria quando já estivesse bem novamente.

    – Então descubra. Mas acho que vai gostar do que descobrir.






 

    A luz fraca, que passava pelo pequeno vão da persiana, tocou seu rosto e o fez apertar os olhos. Não era tão cedo e mesmo que estivesse acostumado com aquele horário, desejava que o silêncio continuasse, assim como seu corpo coberto pelo grosso cobertor. Estava mais cansado do que o normal, talvez por ter se levantado e começado a andar depois de tantos dias deitado naquela cama de hospital.

    O café da manhã lhe foi servido junto com um comunicado: no dia seguinte teria alta do hospital e ao mesmo tempo que estava feliz por receber a notícia de que estava melhorando, sentia um aperto no peito. Namjoon não tinha nada. Não tinha nem ao menos seu quarto péssimo num cortiço velho; nem o emprego pesado e horroroso carregando caixas pesadas. Seus únicos pertences eram os que foram trazidos por Jin naquela caixa de papelão e nem ao menos dinheiro para se alimentar ele tinha. O estômago chegou a embrulhar com os pensamentos, como poderia um doente desejar continuar num hospital? Como poderia um homem desejar continuar aos cuidados de outro homem? E ah, que homem, Jin era mais do que um rapaz qualquer, ele era especial, era tudo e o que mais Namjoon desejava naquele momento era poder viver sem se separar dele. Manter aquilo que não tinha nome, mas só lhe fazia bem. Era incrível como se sentia tão irrequieto enquanto esperava as horas passarem para que pudesse ver o moreno e ele se perguntava se era tão carente daquela forma por Jin ser seu primeiro amigo de verdade. Amigo. Aquela era uma palavra engraçada. Era como se não se encaixasse naquilo, como se não expressasse o significado de tudo aquilo. Mas afinal, havia um significado? Porque por mais que Jin fosse o cara perfeito, ele poderia simplesmente se esquecer de tudo aquilo quando acabasse. E logo acabaria.

    Namjoon só queria fechar os olhos. Queria que tudo estivesse diferente quando acordasse, que o moreno estivesse ali, que tivesse uma solução, mas sabia que não era possível, sabia que não poderia jogar sua desgraça na mão de outras pessoas. E logo estaria sozinho, de novo.


 

    Por mais que estivesse sol o vento um tanto quanto frio ainda soprava. Jin caminhava pela calçada lentamente, olhando para as folhas que se desprendiam das árvores e rolavam pelo chão. A cafeteria que sempre frequentava estava vazia e pela vidraça, Taehyung, que estava no balcão, sorriu ao avistá-lo.

    Logo que entrou foi para o pequeno assento perto do balcão, retribuindo o sorriso do amigo, que logo se afastou para pegar seu pedido. Café puro com três cubos de açúcar.

    – Você parece chateado – disse Tae ao se apoiar no balcão.

    – Só estou pensando em muitas coisas – disse vagamente enquanto bebericava seu café.

    – O Kook tem uns momentos desse. Parece que se desliga do mundo – riu, falando do namorado. Taehyung e Jungkook eram melhores amigos desde criança e ao se tornarem adolescentes o amor se aflorou.

    – Tae, posso te perguntar uma coisa? – questionou sincero, recebendo um asseno de cabeça. O outro já havia notado que a situação deveria ser séria – o que você faz quando tem muito medo de uma coisa? Quando está confuso e tenta fingir que nada está acontecendo, mas sabe que não vai conseguir viver com isso?

    Taehyung fez sua melhor cara de confuso, fazendo Jin rir.

    – Ok, isso soou confuso – disse.

    – Então me explique exatamente o que quer saber – respondeu o amigo – sei que quer usar metáforas para que eu não saiba de nada – o outro suspirou.

    – Conheci uma pessoa e passei a me importar muitíssimo com ela. Uma amizade que nasceu rapidamente, com muito carinho e tudo mais. Mas nessa noite eu tive um sonho um tanto quanto… intenso, se é que me entende – disse envergonhado – e agora tudo se misturou na minha cabeça, não sei se realmente sinto algo ou se as cenas do sonho afetaram minha cabeça – acabou contando, pensando que um peso enorme parecia ter saído de suas costas

    – Viu, agora eu entendi – caçoou o outro – ok, você teve um sonho com essa pessoa e agora não sabe se gosta dela além desse sonho. Me parece mais simples do que você acha que é – o moreno pareceu confuso?

    – Simples? Isso me parece muitíssimo complicado.

    – Não, não é. As pessoas dificultam a própria vida sem nem ao menos notar. O caminho difícil é o que eu sei que você quer: fingir que não está com dúvida e querer que tudo volte a ser como era. Mas não vai, Jin. O sonho fez algo aflorar em você e o que você mais precisa é ter certeza do que sente. Não fuja, só tente descobrir o que é. Mas eu tenho umas perguntas – disse com um sorriso de canto e o outro assentiu com a cabeça – esse ser humaninho faz seu coração bater mais rápido? Faz seu corpo tremer, a cabeça doer e o coração querer rasgar o peito? – envergonhado, Jin acenou com a cabeça novamente – foi o que pensei. Para alguém visitar seus sonhos, precisa ser mais especial do que todo os outros.





 

Quando desceu do carro e posteriormente andou pelos corredores do hospital, seu peito pulsava forte. Ele queria atravessar todas as paredes para que pudesse o alcançar mais rapidamente. Queria o abraçar forte e confirmar tudo aquilo que havia descoberto. Era até engraçado tudo aquilo, em um dia achava que tudo estava normal e no outro parecia estar apaixonado. Mas a questão era que tudo ali fazia sentido. A forma como ele se sentia perto de Namjoon; o jeito que reparava em tudo o que o moreno fazia; suas manias e seus pequenos pontos que o alegravam; a vontade de protegê-lo de tudo e de todos e o ímpeto em jamais deixar que ele voltasse para a situação em que vivia antes. O que seria tudo aquilo senão uma paixão louca e avassaladora? Taehyung estava certo em todas as palavras “Até seu olhar está apaixonado, Jin. Consigo ver isso”

E quando cruzou aquela porta e viu o loiro todo coberto por uma manta cinza, deixando só uma parte do rosto descoberto – do nariz para cima –, sorriu largo. Se aproximou a passos lentos até que estivesse apoiado na cabeceira, Namjoon parecia dormir profundamente e seu rosto expressava um tom de preocupação que não deixou Jin muito feliz, afinal, queria o outro sereno o tempo todo. A mão deslizou lentamente pelos fios claros e escorregou até a bochecha alheia, acariciando da forma que gostava e que já se sentia viciada.

– Ah Namjoon… você me enlouqueceu. E eu gostei.


Notas Finais


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