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História Someone help - Confuso, bagunçado, sobrecarregado


Escrita por: queonhee

Notas do Autor


Olá pessoas lindas~~

Bom, se durante a leitura vocês acharem tudo confuso, desorganizado, sem sentido e tals, então parabéns pra mim, eu consegui alcançar meu objetivo.
A ideia é ter um montante de coisas sem sentido porque sentimentos são assim mesmo, todos emaranhados e incompreensíveis.
Sei lá, tô na bad q

Aproveitem bem <q

Capítulo 1 - Confuso, bagunçado, sobrecarregado


Hakyeon estava física e mentalmente cansado.

 

O excesso de trabalho, a falta de descanso, as brincadeiras acerca da sua cor de pele, o peso constante de ser um bom exemplo, liderar um grupo musical e sempre manter-se alegre e composto em frente às câmeras era cansativo. Ele não aguentava mais. Mas não era como se pudesse falar sobre isso, ele era o líder, o alicerce do grupo e precisava ser forte.

 

Mas ele precisava de alguém.

 

Taekwoon  já tinha reparado que algo estava errado com seu amigo, porém ele não sabia o que fazer para ajudar, especialmente porque o moreno desconversava sobre o assunto e respondia vagamente. O Jung sabia que era tudo um teatro para que ninguém se preocupasse, mas ele não podia evitar. Hakyeon era seu melhor amigo e ele queria vê-lo feliz.

 

Mais uma vez, o líder estava em um canto, concentrado em algo no seu celular e não implicara com ninguém ou tagarelou uma vez sequer em meia hora. Neste ponto, estavam todos preocupados com o silêncio dele e até tentaram animá-lo, sendo retribuídos com os típicos olhares ferozes e os tapinhas no pescoço. Depois dos outros cinco - porque até Taekwoon cedeu ao “movimento” - serem ignorados, resolveram simplesmente deixá-lo sozinho, imaginando que fosse apenas o cansaço alcançando seu ápice, pois eles mesmo podiam senti-lo.

 

Mas não. Bem longe disso.

 

Hakyeon precisava de alguém pra conversar e um ombro pra chorar, mas não podia e ter que guardar seus próprios “monstros” dentro de si estava atormentando-o. Ele sabia que se parasse para desabafar, a pessoa veria seu lado mais frágil e patético e mesmo que ele não sentisse vergonha de sempre demonstrar seus sentimentos, aquela situação era diferente, ele não podia.

 

Ele só... não podia.

 

A primeira vez que pensou em desistir, ele passou algumas noites pesquisando as formas mais rápidas e menos dolorosas de dar um fim a tudo, porque ele sentia que não podia aguentar mais um minuto sequer daquele peso e ele só queria se livrar dele.

 

Mas ele não tinha exatamente coragem e foi isso que o salvou de certa forma. Naquele dia, Jaehwan também tinha acordado por causa de um pesadelo e fora a cozinha beber algo; acabou por achar o líder prestes a fazer algo ruim, que foi desconversado com maestria pelo mais velho e então eles passaram longos minutos conversando, Hakyeon querendo que o mais novo saísse logo do local e o Lee fazendo as mais diversas gracinhas para arrancar sorrisos do moreno, tanto para animá-lo como distrair a si mesmo do incômodo que o acordara.

 

Mesmo não querendo, deu certo e enquanto alinhava o vocalista contra si para que pudessem caber na mesma cama - Ken tinha medo que o sonho se repetisse -, ele pensou que Jaehwan foi enviado para salvá-lo e que ele era uma espécie de “injeção de felicidade”, talvez até um porto-seguro.

 

E ele acreditou que o mais novo podia realmente salvá-lo do seu poço.

 

Desde então, eles se tornaram cada vez mais próximos; coincidentemente Jaehwan sempre aparecia para animar Hakyeon quando este sentia que podia simplesmente jogar tudo pro alto ou se entregar a todos os pensamentos ruins que transpassavam sua mente o tempo todo. Ken estava sempre ali para lhe dar um abraço, uma palavra de encorajamento, um sorriso, arrancando vários do moreno também. Isso tudo sem nenhuma pretensão de confortá-lo ou de tentar ajudar, Jaehwan estava simplesmente sendo ele mesmo e mal ele sabia o quanto estava sendo aliviador para o mais velho.

 

Porque era exatamente o que precisava.

 

E o Cha sentia que estava recuperando seu estado normal de ser, estava apegando-se demais ao seu dongsaeng, mas não sentia vergonha nisso. O mais novo não parecia estar incomodado com todo o grude do líder e até mesmo apreciava, sempre retribuindo com o dobro da intensidade.

 

Ken mal sabia o quanto as palavras “eu espero que nossa relação continue para sempre” e “ele é o único homem capaz de me controlar” eram extremamente verdadeiras e profundas, especiais para o moreno.

 

Hakyeon estava indiscutivelmente apegado a Jaehwan e ele achava que isto era o paraíso perto de tudo que ele precisava repetir a si mesmo todo santo dia para não preocupar as pessoas ou causar problemas a elas, especialmente para as STARLIGHTS. A ideia de ver os fãs tristes por sua causa era insuportavelmente esmagadora e não queria.

 

Não.

Queria.

 

Quando não estava sendo arrasado pela alegria e energia infinitas do vocalista, o moreno passava algumas noites em claro, lendo, ouvindo música ou simplesmente navegando aleatoriamente na internet. Algumas vezes via coisas boas, outras nem tanto, mas tentava não se afetar muito, sem sucesso, só pra constar.

 

E ali estava ele novamente, sentado na cozinha com um livro e uma faca a sua frente, chorando feito criança, tentando reprimir os soluços para que não acordasse os demais.

 

Não posso.

Não quero.

Não vou.

 

Era o que repetia para si mesmo incontáveis vezes, tentando controlar seus impulsos. Esperando que Lee Jaehwan viesse salvá-lo, como sempre fazia, como se fosse seu papel no mundo, uma espécie de obrigação. Mas ele não podia exigir isto do seu amigo, então simplesmente encarou os dois objetos a sua frente, as lágrimas embaçando sua visão, sua mente nublada.

 

E tal como na primeira noite, Ken apareceu na cozinha, chamando seu nome baixinho, logo sentando-se a seu lado, passando um braço pelo seus ombros e dizendo “hyung, não fica assim, calma, o que tá acontecendo?”, ao passo que o Cha simplesmente jogou-se nele, abraçando com toda a força que tinha repetindo inúmeras vezes “obrigado” mentalmente. Não, ele não ia dizer aquilo em alto e bom som.

 

Hakyeon finalmente percebeu que não era de palavras de conforto que ele precisava e sim de alguém que pudesse dar um abraço ou um sorriso sempre que ele precisasse, para que ele pudesse sentir-se um pouco mais vivo e especial para alguém.

 

E ele era. Só era cego demais para se dar conta.

 

— Hyung, o que aconteceu? -  indagou o mais novo após perceber que Hakyeon afrouxara o abraço, apenas encostando-se em seu peito, sua respiração um pouco mais tranquila.

 

“Obrigado.”

Não deveria ser tão difícil dizer esta simples palavra.

mas era.

 

— Nada, Jae, eu só… esquece, ok? -  ele limpou o resquício de lágrimas de seu rosto. E deu graças a Deus pelo mais novo não ter reparado na faca ali em cima. Ou por ter reparado e não visto nada demais naquilo.

 

— Mas você tá todo afetado hyung, eu estou preocupado. -  o olhar de Ken era de lívida preocupação, era visível que tinha algo errado, mas não podia fazer nada se o mais velho não falava o que era.

 

— Já passou, Ken. Você me salvou de novo, eu precisava de um abraço e daí eu recebi. Obrigado.

 

Jaehwan não entendeu bufulhas do que o outro disse, mas de certa forma estava feliz em ver o líder secando as lágrimas e um sorriso adornando seu rosto. O que lhe deu vontade de implicar com ele e assim o fez.

 

Começou a cutucar a bochecha e cintura alheias, arrancando risinhos do outro, o que lhe rendeu um tapinha na nuca, típico dele. Então ele resolveu pegar pesado e abraçou o tronco do líder, prendendo seus braços e soprando diversas vezes em seu ouvido e rosto, as risadas aumentando de tom e intensidade, eles esquecendo completamente que dividiam o dormitório com mais quatro pessoas e que poderiam acordá-las.

 

Hakyeon não conseguia parar de rir e Jaehwan, incentivado pelas reações alheias, começava a cutucar o corpo todo, onde alcançava, apenas para ouvir a risada do mais velho ecoar pelo cômodo, acordando os companheiros - exceto Wonshik que dormia feito pedra -, que logo chegaram a cozinha irritados e sonolentos, mandando-os calarem a boca.

 

— Nós não ligamos de vocês se pegarem, mas arranjem um quarto pelo amor de Deus - ditou Sanghyuk esfregando os olhos, arrancando risadas curtas de todos os presentes no local.

 

— Sério, que diabos vocês estão fazendo acordados a esta hora? - Hongbin alisava o cabelo bagunçado, olhando incrédulo para os dois adultos que faziam algazarra àquela hora da madrugada, sendo que eles precisavam acordar cedo.

 

— Desculpem por isso, já vamos voltar a dormir. -  Hakyeon assumiu seu tom de líder, apaziguando a situação.

 

Os mais novos foram embora primeiro, e Taekwoon permaneceu ali, observando o amigo recolher o livro e puxar Jaehwan pelo braço, não sem antes notar a faca ali presente. Ele assustou-se e pensou em pressionar o moreno para lhe contar tudo, mas desistiu quando viu que o Lee e o Cha estavam sorrindo descontraídos, imaginando que Ken impediu N de fazer alguma besteira.

 

Ele sorriu de amargura e felicidade ao mesmo tempo, por não poder ajudar seu melhor amigo, mas também por saber que ele tinha alguém em quem se apoiar.

 

Ambos acompanharam o mais velho para seu quarto, e antes que Jaehwan pudesse entrar no seu próprio, Taekwoon puxou-o e disse baixinho:

 

— Obrigado por fazê-lo sorrir, Jaehwannie.

 


Notas Finais


Dizem que sempre tem uma pessoa que pode nos ajudar, dar uma força e tals, então se vocês tiverem alguém assim, apeguem-se a isso porque faz muita diferença.

Alguém duvida que Lee Jaehwan é uma joia rara e preciosa?


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