Sophia somente foi despertar no dia seguinte quase onze horas da manhã, ao abrir os olhos sentiu uma pontada na cabeça acompanhada de uma forte dor e um princípio de enjoo. Ela fechou os olhos imediatamente. Tentou lembrar da noite anterior e conseguiu trazer a memória ela bebendo e bastante. Tomou coragem e abriu os olhos novamente, notou que não estava em casa, aos poucos foi reconhecendo o quarto de Marco e parou a vista no sofá, onde ele estava olhando para ela.
─ Está melhor?
Sophia fez que sim com a cabeça:
─ Por que eu estou aqui?
─ Você não estava em condições de dirigir ontem, achei melhor ficar de olho em você para ver se você ficaria bem.
─ Sua namorada não ficou brava?
─ Eu não tenho namorada Soph.
─ Eu vi que não ontem...a garota da revista...ela é realmente bonita. Parabéns.
─ Ela não é minha namorada. É uma modelo amiga do Robin que só fala alemão e eu estou ajudando.
─ Claro, ajudando...
Sophia deu um sorriso sarcástico e só então percebeu que estava somente de lingerie e arregalou os olhos e imediatamente encarou Marco assustada:
─ Na noite passada a gente...
Marco levantou irritado:
─ Não Sophia, a gente não fez nada, achei que você me conhecia.
Ele andava pelo quarto bastante bravo até que explodiu:
─ Sem dúvidas eu queria fazer amor com você, mas nunca faria sem que você estivesse consciente do que estava fazendo.
Marco saiu do quarto e deixou Sophia lá pensando nas palavras dele. Ela se odiou por ter duvidado dele, levantou e tomou uma ducha, abriu o closet de Marco e pegou uma camisa e foi se juntar a ele na cozinha. Marco estava sentado comendo e quando ela entrou ele olhou para ela, mas logo voltou a atenção para o que ele estava comendo. Sophia foi até o lado dele e encostou na mesa:
─ Me perdoa, eu fui uma estúpida, estou confusa e minha cabeça dói. Eu sei que você nunca faria nada sem meu consentimento. Desculpa Marco e obrigada por ter cuidado de mim.
Marco finalmente olhou para Sophia:
─ Por que você bebeu tanto ontem?
─ Não sei, talvez quisesse esquecer.
─ Esquecer o quê?
─ Que o cara mais incrível que eu conheci está com uma namorada linda.
Marco abriu um sorriso torto e puxou Sophia para o colo dele e a abraçou pela cintura.
─ Você tem ciúmes de mim?
A resposta de Sophia veio através de um beijo, delicado e carinhoso, mas Marco não resistiu, ele queria mais e a trouxe em um beijo apaixonado. O beijo foi longo e só acabou porque ambos precisavam de ar. Marco fez carinhos no rosto de Sophia e ela fugiu do tema:
─ O que tem de bom para comer?
Marco deu uma gargalhada:
─ Que medo, uma chef vai avaliar meu humilde café da manhã.
Sophia sorriu e saiu do colo de Marco e se sentou na cadeira do outro lado da mesa para comer. Eles ficaram falando do sucesso da festa na noite anterior e quando Sophia viu o horário se assustou.
─ Preciso ir embora! Ainda tenho que pegar meu carro na casa do Marc.
Ela se levantou e avisou que ia se trocar e foi saindo da cozinha quando Marco gritou:
─ Eu te levo!
Marco riu e começou a tirar as coisas da mesa e colocar na geladeira. Quando estava indo para o quarto colocar uma camiseta e tênis para levar Sophia, a campainha tocou. Ele se surpreendeu, afinal não tinham avisado que ninguém estava subindo, concluiu que era alguém amigo e abriu a porta sem olhar e se surpreendeu. Scarlett entrou na sala do apartamento de Marco como um furacão:
─ Muito bom você ter me deixado sozinha na festa!
─ Você queria ir à festa para conhecer gente nova, boa oportunidade não?
Scarlett se aproximou de Marco e olhou para o corpo dele, começou a tocar a barriga dele e sorriu:
─ Você sabe que eu gosto só de você.
Sophia chegou na sala e viu os dois juntos, ficou chocada e se desequilibrou tendo que apoiar num móvel e acabou derrubando um enfeite no chão que espatifou. Scarlett e Marco olharam para ela:
─ Quem é essa mulher Marco e por que ela está com um vestido de festa?
Sophia engoliu o orgulho, passou por eles em direção a porta:
─ Pode ficar tranquila, eu não tenho nada com seu namorado.
Sophia abriu a porta, saiu, aproveitou que o elevador ainda estava ali e desceu. Marco foi atrás dela, mas Scarlett o segurou fazendo cara de anjo e ele se soltou com raiva:
─ Me deixa Scarlett!
Marco saiu correndo, ele viu a porta do elevador se fechar e começou a correr pelas escadas do prédio. Sophia passou pela recepção e ao chegar na rua deu sorte de estar passando um taxi, fez sinal e ele parou, ela estava entrando quando ainda ouviu Marco gritar:
─ SOPHIAAAAAAAAAAA!!!!!!
Mas ela bateu a porta e deu o endereço de Marc para ela ir buscar o carro dela. Marco estava com muita raiva e ficou andando pela calçada pensando no que fazer e em como explicar para Sophia que ele não tinha nada com Scarlett, mas quando caiu em si, notou que as pessoas da rua o olhavam assustadas, foi então que ele se deu conta e olhou para ele mesmo e viu que estava somente de bermuda. Deu um sorriso sem graça e entrou no prédio. Parou para falar com o porteiro:
─ Algum problema Sr. Reus?
─ Por que não me avisou que a loira estava subindo?
─ Ela é sua namorada, não achei que fosse necessário.
Marco estava irritado:
─ E quem disse que ela é minha namorada?
─ Ela mesma e além disso está na revista não é mesmo?
O homem piscou e Marco bufou e esclareceu:
─ Ela não é minha namorada e não quero que ninguém suba sem eu saber, entendido?
O homem ficou branco porque notou que Marco estava bravo:
─ Sim senhor.
Marco subiu no elevador com um casal de meia idade e uma garota de 16 anos que ficou babando no corpo dele. Ele se sentiu constrangido, mas não tinha o que fazer. Entrou no apartamento e encontrou com Scarlett na sala olhando o celular dela.
─ Você é louca? Como entra em meu apartamento assim, falando essas coisas? Aliás, como sabia que eu morava aqui?
─ O Robin...
─ Claro, o Robin! Olha aqui Scarlett, chega disso, ok? Eu não tenho mais tempo e nem paciência para te ajudar aqui em Barcelona, você já me causou problemas demais.
Marco a puxou pelo braço e a foi colocando para fora do apartamento:
─ Não quero te ver nunca mais. Tchau!
Marco fechou a porta na cara de Scarlett e foi para o quarto, se jogou na cama ainda desarrumada e fechou os olhos...como ele explicaria a verdade para Sophia, tudo conspirava contra ele, definitivamente.
Sophia ao entrar no taxi estava com raiva e mesmo sem querer lágrimas escorriam pela face dela, ela tinha acreditado nele mais uma vez e tinha quebrado a cara, Marco queria brincar com ela. Ao chegar na rua de Marc, pagou o taxi e entrou no carro dela, só aí o choro veio com força, numa sensação horrível de perda. Quando ela se controlou, ligou o carro e foi para o apartamento dela, tomou um banho de banheira, relaxante e demorado onde tomou algumas decisões a respeito da vida dela.
Fazia uns 15 minutos que Sophia tinha saído de seu banho relaxante, vestia uma camiseta do Barcelona e a calcinha, nada mais, estava descalça e o cabelo preso em um coque com uma piranha. A campainha tocou e ela abriu e a tranquilidade da face dela se fechou ao ver Marco.
─ A gente precisa conversar.
─ Eu não tenho mais nada para falar com você Sr. Reus, nunca mais.
Sophia foi fechar a porta na cara de Marco, mas ele segurou a porta com a perna e não deixou ela fechar.
─ Você vai me ouvir pelo menos.
Sophia desistiu e soltou a porta dando passagem para Marco, que fechou a porta atrás dele e foi atrás de Sophia que estava em pé na sala.
─ Fala logo, que eu tenho mais o que fazer.
─ Sophia, não fala assim comigo...
─ Por que não? Você pode mentir para mim a vontade e eu tenho que ser sempre a garota gentil? Chega Marco! Eu não aguento mais.
Marco olhava para ela com uma vontade louca de abraçá-la, era claro para ele que ela estava sofrendo.
─ Eu nunca menti para você.
─ Não? Tem certeza? Vou relembrar você... quando a gente começou a ficar junto e eu me abri com você sobre meu passado, meu relacionamento... você me prometeu que eu nunca ia te perder pela mesma razão... e adivinha: Marco Reus se envolveu com drogas!
─ Sophia, eu...
─ Ok, era sua vida e eu aprendi que temos que ser fortes, nos afastamos, e eu me recuperei, juntei minhas forças e segui minha vida, mas você se aproximou de novo, mas dessa vez você estava comprometido, tinha uma namorada e mesmo assim me iludiu Marco. Você acha que é fácil para mim estar perto de você sem te querer?
Sophia tinha quase cuspido aquelas palavras, Marco sentiu rancor no que ela falou, mas o desejo ao ouvir que ela também o queria foi maior, ele então não falou nada, somente veio até ela, a segurou pelo pescoço delicadamente e veio num beijo extremamente profundo e foi levando Sophia com seu corpo até que a encostou na parede.
O beijo foi ficando cada minuto mais quente, Marco deslizou as mãos pelo corpo de Sophia, só ele sabia o quanto precisava daquilo. Ele fazia caricias na coxa dela e estava enlouquecendo com isso, a pele macia de Sophia, aquele perfume...Marco não resistiu muito tempo e subiu a mão e colocou dentro da calcinha de Sophia, começando a acariciar a intimidade dela. Os dois se devoravam em beijos que somente paravam para soltar gemidos de ambos os lados, Marco estava duro, seu membro latejava e ele precisava ter Sophia agora mais que nunca.
Eles foram abraçados e entre beijos até o sofá da sala, as roupas deles foram desaparecendo de seus corpos aos poucos, Marco a penetrou com força e Sophia se entregou a ele. Foi fantástico, forte e com muito desejo, como eles nunca tinham feito antes, porém ao se separarem, quando Marco esperou que Sophia deitasse no peito dele como sempre fazia, ela se levantou, vestiu a calcinha e a camiseta e pegou a roupa dele e jogou em cima de Marco que ainda estava deitado no sofá.
─ Pronto Marco, você queria transar comigo, não é? Já conseguiu o que queria, agora por favor, se veste e vai embora e nunca mais me procura.
Marco abriu a boca não acreditando no que estava ouvindo, as palavras de Sophia o estavam magoando, mas ele notou que ela chorava quando pediu mais docilmente a ele:
─ Vai embora, por favor.
Sophia saiu da sala e foi para o quarto dela, Marco se vestiu e demorou alguns segundos antes de se decidir por ir embora, ele queria abraçar Sophia e a aconchegar em seu corpo, mas sabia que ela estava sofrendo e aquele não era o momento correto e ele saiu. Quando Sophia ouviu a porta bater, ela abraçou seu travesseiro e chorou muito.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.