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História Something Between Brothers - Ps: I Love You


Escrita por: blackvipx

Notas do Autor


DEPOIS DE ANOS EU VOLTEI!!!!! Desculpa o sumiço, estive ocupada com outras fanfics, e também estava meio sem ideias... Mas agora as coisas vão pra frente! Boa leitura, e espero que gostem!

Capítulo 7 - Ps: I Love You


Fanfic / Fanfiction Something Between Brothers - Ps: I Love You

-Tem certeza que quer ir mesmo trabalhar? Você pode dar alguma desculpa e faltar... Eu posso te levar para a casa de Jungkook, ou para a minha, se quiser.

-Eu adoraria, Yoongi, mas sabe que eu não posso... Estamos com várias atividades promocionais, apresentações, showcases... Bem que eu queria faltar, minha cabeça parece que vai explodir.

-Bom, tudo bem. Mas se precisar de qualquer coisa, sabe que é só me ligar.

-Obrigada, por tudo.

Nós dois olhamos um para o outro, sorrindo. Ele acaba de estacionar em frente ao grande prédio da empresa, e mesmo daqui do carro, consigo ver as meninas perto da porta, me esperando. Viro uma última vez para Yoongi, e o abraço, antes de sair do veículo.

-A gente se fala mais tarde, então, ok? -ele pede, quando nos afastamos. -Ah, e fala com seu namoradinho também, ele está mega ansioso esperando uma mensagem sua.

-Mas então por que ele não me manda? -pergunto, sentindo minhas bochechas se avermelhando. Meu amigo só ri da minha reação.

-Ele está com vergonha, e estou vendo que você também. Que fofos!

-Yoongi, eu tenho que ir!

-Haha! Que gracinha... -ele sorri para mim, e dou um último aceno para ele enquanto desço do carro, carregando comigo também o lixo das marmitas, agora vazias, que ele me trouxe. -Até mais, Anne!

-Até, Yoongi.

Fecho a porta, e ele acelera, sumindo pela rua. Então, corro até as minhas amigas, que ao me ver, vem até mim também, e todas nós nos abraçamos. Ficamos um tempo juntas nesse bolinho humano, até que finalmente nos soltamos.

-Anne-hyung! -Hyoyeon me chama pelo nome, e olho para a morena perto de mim. -Você está bem? Parece cansada.

-E isso aí é comida? -a loira mais nova, Jimin, me pergunta ao ver as caixas de isopor. Eu sorrio para elas.

-Era comida. -eu suspiro. -Não consegui almoçar direito em casa. Meu pai estava lá, e meio que não temos a melhor relação do mundo né... Ah, não estou muito bem.

-Ei, calma. Já passou. -Miki se aproxima de mim, pegando minha mão. -Você está aqui com a gente, agora. Está tudo bem.

-Sim, sim! -Eunjin concorda com a mais velha, parecendo empolgada. -Principalmente agora, que vamos para um mini-fanmeting!

-O que? Sério?

-Sim! -ela continua bem animada, assim como outras garotas. -Já que faz duas semanas que debutamos, e achamos que seria uma boa ideia de fazer um agora!

-Nós planejamos em segredo, queríamos que fosse uma surpresa para você! -a mais nova completa. Hyoyeon se aproxima dela, se apoiando em seu ombro.

-Se bem que a Jimim aqui quase contou. Ela e a Eunjin estavam tão animadas com a ideia que mal podiam se conter! -ela diz, fazendo a outra corar de vergonha.

Eu olho para as garotas, me sentindo comovida com a animação e o carinho delas por mim. Há muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, tanto boas quanto ruins, e eu nem tenho pausa para raciocinar direito. Porém, vendo elas se importarem tanto assim comigo e tão felizes, os problemas parecen ficar menores. As abraço novamente, profundamente agradecida por tê-las como minhas amigas tão próximas.

Um pouco depois, já estamos a caminho do local onde o evento irá ocorrer. Dentro da van, nós cinco ficamos quase o tempo todo cantando, rindo, fazendo piadas, enquanto algumas câmeras penduradas gravam a nossa brincadeira. É um passeio divertido e animado, e não tinha como ser diferente, na companhia delas.

Estamos quase chegando quando recebo uma ligação inesperada de uma pessoa que, só de ler o seu nome no visor, meu coração dispara. Atendo o celular com as mãos trêmulas, e todas as garotas começam a prestar atenção em mim.

-Jungkook? -pronuncio seu nome de forma hesitante, porque agora toda vez que eu falo, lembro da festa onde nós nos beijamos. Deus, que vergonha...

-Anne! -a voz dele soa feliz, e ele faz um barulhinho parecido com uma risada. -Que bom que me atendeu... Jin-hyung me contou que você estava triste e fiquei preocupado com você.

-Oh... O-obrigada. E-eu estou melhor. Principalmente agora que você ligou... -gaguejo, meio atordoada. Ele está mesmo preocupado comigo? Caramba... -Mas então, você me ligou por isso?

-É, sim, e também... -ele piguarreia, como se estivesse com vergonha ou meio incerto do que dizer. Eu suspiro, ansiosa por sua resposta. -Eu queria saber se... Qualquer dia desses... Você gostaria de sair comigo de novo.

-Ah, eu, é... -eu paro por um momento, confusa. Ai meu Deus... Ele acabou de me chamar para sair?! -Claro! Eu adoraria sair com você de novo.

-Oh, que bom! Fico feliz em ter aceitado. -ele dá uma risadinha, e ao longe, escuto alguém gritando alguma coisa. Jungkook suspira, antes de voltar a falar. -É o Jin hyung, ele está tem mandando um abraço.

-Mande um para ele de volta. -eu rio, e sinto alguém cutucar meu braço. Olho para Miki, que está do meu lado, e ela indica com a cabeça a porta da van. Olha, não é que a gente já chegou? -Kook, eu preciso ir agora. A gente se fala depois, ta bom?

-Sim, sim, tudo bem. Tchau, Anne!

-Tchau, Jungkook.

Desligo a chamada, suspirando, e desço da van, atrás das meninas. Do lado de fora, um grupo de fãs nos aguarda, e nos cumprimentam ao nos verem. Nós cinco nos entreolhamos, sorrindo, e voltamos a olhar para eles, acenando alegremente e agradecendo por terem vindo. E assim, começamos o que foi um dos melhores momentos da minha vida, pois eu senti como se meu objetivo tivesse sido alcançado: fazer as pessoas felizes.

Depois que tudo acabou, nós voltamos para a empresa, para a continuar a trabalhar. No caminho de volta, as meninas não param de falar sobre como elas tinham se divertido, e como estão contentes em conseguirem encontrar tantos fãs hoje. A felicidades delas é contagiante, e mesmo que eu participe pouco da conversa, por estar com a cabeça em outro mundo, e me sinto bem com as minhas amigas. Elas são mesmo uns anjinhos na minha vida.

-Oh, é mesmo, agora que eu lembrei! -Eunjin exclama, interrompendo o assunto de repente, e olha para mim. -Você estava falando com Jungkook ao celular aquela hora, não estava, Anne-hyung?

-Hã? -eu demoro um pouco para perceber o que ela me perguntava e para lembrar da conversa ao telefone. -Ah, sim, estava.

-E então, sobre o que conversaram? -Hyoyeon me pergunta, me encarando com os olhos brilhando de curiosidade. Na verdade, todas estão me olhando assim.

-Bem, ele... -eu gaguejo, com vergonha, mas respiro fundo para retomar a fala. -Ele disse que Jin o contou que eu estava chateada pela conversa com meu pai, e me ligou para saber como eu estava, pois estava preocupado comigo.

-Aw, que fofo! -Jimin dá um suspiro meigo, sorrindo. -E o que mais?

-Bem... Kook também disse que queria sair comigo de novo...

Nesse momento, as quatro deram um gritinho de surpresa, e começaram a comemorar, rindo. Eu fico envergonhada, e enfio meu rosto nas minhas mãos, sentindo minha face se avermelhando. Miki, que está do meu lado, me abraça de lado, ainda dando risadinhas.

-Não fique com vergonha, A.N! A gente só acha que vocês dois formam um casalzinho lindo, e estamos torcendo por vocês! -ela diz, com um tom bem humorado. Eu levanto um pouco a cabeça, e todas elas me olham, dando um aceno afirmativo de cabeça. Eu rio, e olho para elas.

-Obrigada, meninas... Mas nós ainda não somos um casal!

-Ah, logo logo serão, eu não duvido nada.

-Oh, meu Deus, Miki!

Eu volto a ficar com vergonha, e coloco o rosto no ombro de minha amiga, enquanto as outras meninas voltam a rir. Apesar de estar muito vermelha, eu estou feliz. Eu amo elas, e eu agradeço muito por tê-las do meu lado. Nós ainda vamos bem longe, juntas.

Mais tarde, bem mais tarde, depois que chego do trabalho, encontro o meu irmão ainda acordado na cozinha, parecendo cozinhar algo. Eu entro calmamente no recinto, e chego por trás dele, o abraçando.

-Ei, senhor Kim, são quase duas e meia da manhã, o que está fazendo acordado cozinhando a essa hora? -eu digo, dando uma risadinha. Jin solta a panela e a colher, e se vira rapidamente para me abraçar e beijar minha testa.

-Oi para você também, irmãzinha. -ele ri, voltando a pegar os utensílios de cozinhha. -E eu também cheguei faz pouco tempo. Eu estava com fome, eu resolvi fazer um ensopado rapidinho. Mas tem o suficiente para você comer também, se quiser.

-Ah, eu vou querer sim... Vai ser bom tomar algo quente antes de dormir. -respondo, sentando a mesa, e relaxando na cadeira.

-Que bom, porque precisamos conversar. -o tom sério dele me assusta um pouco, e cerro as sobrancelhas.

-Aconteceu alguma coisa?

-Bem, sim. Mas essa vai ser uma longa história.

E então ele começou a contar. E continou contando enquanto terminava de cozinhar, nos servia e enquanto comíamos. Ele começou dizendo que depois que fui embora no almoço, meu pai começou a chorar quando me viu sair brava pela porta. E meu irmão conversou com ele, para tentar descobrir o que estava acontecendo. E bem, digamos que finalmente ele descobriu o verdadeiro motivo do meu pai vir atrás de mim agora, depois de tantos anos me evitando, e depois de ignorar os pedidos de ajuda da minha mãe.

Meu pai está morrendo de várias doenças neurológicas.

É, ele tinha problemas com bebida, devido ao stress do trabalho e da sua vida corrida, ele bebia muito, e agora isso está fazendo muito mal ao seus neurônios. E como ele tem pouco tempo de vida, ele disse ao Jin que não queria partir desse mundo sabendo que sua filha o odiava pelos motivos errados, porque ele nunca soube realmente se explicar para nós.

Ao ouvir aquilo isso, eu já estava perplexa. Meu irmão ri, e diz que nem chegou na metade.

Meu pai, nesses últimos meses, tem corrido atrás de todos os erros que cometeu durante a vida, e estava tentando consertar tudo. E segundo ele, eu sou o erro mais importante da sua lista.

Não que eu tenha realmente sido um erro, segundo ele, mas sim todas as decisões que ele tomou sobre mim e minha mãe foram erradas. Ele queria ter feito mais por nós, ter sido mais presente, ter ajudado a pagar o tratamento da minha mãe antes... Mas tudo estava confuso demais para ele naquela época, ele achou que do jeito que ele estava fazendo as coisas iriam se encaixar e dar certo, mas ele estava terrivelmente errado. E agora, o arrependimento o trouxe até mim, para pedir desculpas, e tentar consertar o seu engano, para que ele não parta desse mundo sem falar o que realmente sente por mim, e pela mamãe.

É realmente uma história longa, e eu fico chocada e arrependida a cada palavra que ele diz e no final, eu não consigo fazer nada além de chorar. Eu afasto a tigela a minha frente, e deito na mesa, chorando. Meu irmão levanta da sua cadeira e vem até o meu lado, se ajoelhando e me abraçando.

-Eu não acredito... Depois de tudo que ele fez... De nos tratar mal, de ser rude conosco... -eu paro um pouco de soluçar, e olho para Kim, com o rosto enchardado em lágrimas. -Ele está morrendo, Jin. Ele está morrendo...

-Ele esteve muito bravo e confuso esses dias, por isso ele disse todas aquelas coisas para mim, e por isso ele não soube conversar direito com você no almoço. -ele fica acariciando meu cabelo, tentando me acalmar, mas percebo que ele também está a beira de começar a chorar. -Ele precisa do nosso perdão, Anne. Ele precisa saber que você não guardará mágoa alguma dele mais.

-Eu não sei se posso fazer isso, Jin... -eu me jogo em seus braços, indo parar no chão também, chorando eu seu ombro. -Eu sofri tanto, tanto... Como eu posso perdoa-lo? Como?!

Eu continuo a molhar sua blusa com minha lágrimas, e Kim não diz mas nada. Ele apenas continua a me abraçar forte, e deixa que eu choramingue em seus braços, tentando me acalmar. E mesmo depois que eu fui para a cama dormir, eu demorei a adormecer, sendo perturbada por meus pensamentos sobre meu pai.

No dia seguinte, eu tenho um dia cheio como sempre, e acabo chegando tarde em casa, morrendo de cansaço tanto físico quanto psicológico. E eu nem imaginei que as coisas poderiam ficar piores ao entrar no apartamento.

Assim que eu abri a porta, eu dei de cara com meu irmão e meu pai conversando na sala, tomando vinho, e ao me verem entrar, eles param o que estão fazendo, e se levantam, me encarando. Nós três ficamos nisso durante uns segundos, sem dizer nada, apenas nos encarando. Até que eu sai correndo, rumo ao meu pai, e sem falar alguma palavra, eu o abracei, pela primeira vez em toda a minha vida. Ele parece assustado a ser abraçado tão repentinamente, mas também só retribui, calado. Meu irmão chega perto de nós dois, e também se une ao afeto, e ficamos os três ali, em silêncio, se abraçando, como uma família. E bem, nós somos uma família, mas foi só nesse momento que eu finalmente percebi isso.

E então, em um silêncio confortável, eu e meu pai entramos em harmonia, e com isso, ele finalmente soube que estava perdoado.

Uma semana se passa desde então. Foi um intervalo de tempo complicado, minha cabeça me torturou dia e noite, me fazendo pensar em meu pai e tudo que já passei com ele. A questão de nunca ter dado a ele uma chance de se explicar também me incomoda, já que esse problema todo aconteceu graças a uma falta de comunicação tremenda, das duas partes.

Como quase sempre acontece, pego carona com Miki para ir para o trabalho, e no caminho ela começa uma conversa sobre aquela festa que fomos com todos os meninos, relembrando várias cenas engraçadas, me fazendo rir e me distrair dos problemas. De certo, ela deve ter notado, sem que tivesse que falar nada, que eu não estou bem, e quis me fazer ficar melhor. E conseguiu. Ah, eu adoro essa garota.

A manhã de trabalho segue bem, mesmo que esteja meio sonolenta. A empresa parece cada vez mais corrida, conforme o tempo passa, e cada vez mais tenho a impressão que as coisas só vão ficar piores. Logo, mal teremos tempo para respirar, sei disso. Acho que conseguiremos passar por esses problemas, afinal, estamos fazendo o que amamos, e estamos fazendo isso juntas.

Após essa longa rotina matinal, nós finalmente conseguimos uma hora de almoço. Nós cinco nos reunimos em uma das salas de ensaio para decidir o que iríamos fazer, mas antes que pudessemos chegar a alguma decisão, meu telefone vibra no chão ao meu lado. Com um sustinho, eu pego o aparelho, e meu coração já dispara ao ler de quem são as mensagens.

Cookie🍪 (12h05): Anne! Sou eu! Quer almoçar comigo hoje?

Cookie🍪 (12h05): Lembre-se que ainda está me devendo aquele encontro... Hehe :)

Eu (12h05): Ah, oi Jungkook! Bem, acho que sim, não tenho nada para fazer de qualquer maneira >.<

Cookie🍪 (12h05): Que bom! Fico feliz em poder sair com você ~

Cookie🍪 (12h06): Bem, pode vir aqui em casa então? Acho que é melhor do que a gente ir para um restaurante, ia chamar muita atenção, não acha? Kkkkk

Cookie🍪 (12h06): Eu moro junto com o Tae e o Hope, você sabe onde é, ne?

-Hyung? Quem é?! -o tom animado de Jimin tira minha atenção do celular por um segundo, e eu a encaro, com o rosto vermelho.

-É o Jungkook... -digo, e as quatro me olham com os olhinhos brilhando. -N-não comecem! Ele está apenas me chamando para almoçar!

-Jura?! Onde?! -Eunjin parece tão animada quanto a mais nova, se apoiando em cima de Miki, quase dando pulinhos de agitação.

-Na casa dele, do Tae e do Hope. Sabe, onde foi a festa?

-Oh sim! E como esquecer aquela festa... -Miki me olha com um olhar malicioso, fazendo meu rosto ficar ainda mais rosado. -Vai ver ele quer terminar o que começaram aquele dia...

-Oh, você quer dizer...? -Hyoyeon entra no clima da brincadeira pervertida de Miki, olhando a mais velha com um sorrisinho. A morena acena em afirmativo com a cabeça, e as quatro começam a rir e dar gritinhos, enquanto eu só sinceramente desejo uma morte lenta e dolorosa, enfiando meu rosto nas minhas mãos.

-Calma, calma! Estamos apenas brincando! -Miki ri, colocando a mão no meu ombro. -Bem, acho que não devemos te atrasar para ir, senão nem dá tempo. Quer carona?

-Obrigada, mas pelo que parece eu vou ir com Baekhyun, ele está me mandando mensagem. -digo, olhando o visor do celular, e as mensagens do meu amigo de cabelos castanhos continuam chegando. -Só espero que ele não demore...

-Vai lá, estamos torcendo por você! Depois nos conte tudo! -Hyoyeon sorri, e todas as meninas acenam em afirmativo. Eu me despeço delas uma última vez, e saio da sala.

Já no corredor, eu desbloqueio o celular, ajeitando minha mochila no ombro, indo até o elevador. Leio as mensagens de Baek, dizendo que iria me encontrar na garagem em dois minutos. Bom, espero que seja dois minutos mesmo, esse cara tem uma leve tendência a enrolar.

Bem, desde o dia no show e da festa, quando fomos todos apresentados, eu me aproximei muito de Baekhyun, e de Chanyeol também, mas principalmente do primeiro. Eu peguei o costume de pegar carona com ele para ir embora da empresa, ele disse que gosta de dar voltinhas com o carro quando tem intervalos, então para ele não é um incômodo. Ele é uma pessoa muito gentil, um hyung bem simpático. Fico feliz de ter ele por perto, por sermos da mesma empresa.

No elevador, eu abro minha conversa com Jungkook, e percebo que até agora não respondi o coitado.

Eu (12h09): Ah, sim! A festa foi aí, não é? Kkkk

Eu (12h09): Estarei aí em alguns minutos. Vou de carona com o Baek, só estou esperando ele sair.

Eu (12h09): E lembre-se que eu só tenho uma hora de intervalo, senhor Jeon!

Cookie🍪 (12h10): Fica tranquila, A.N! A gente ainda pode se divertir bastante em uma hora! ^.^ Vou ir preparar algo para comermos, até mais!

Eu (12h10): Até, Kook!

A esse ponto, eu já estou na garagem do prédio, esperando meu amigo mais velho aparecer a qualquer momento. Então, falando no diabo, o mesmo surge de dentro do elevador, e vem logo me abraçar.

-Anne! Como vai minha brasileira favorita? -ele diz, com seu entusiasmo costumeiro, enquanto quase me sufuca em um abraço. Eu apenas rio, me soltando dele.

-Eu sou a única brasileira que você conhece, Baek-hyung! -eu digo, e ele dá de ombros, em uma concordância disfarçada. -Mas eu vou bem, fora o cansaço, e você?

-Exausto. Eu não aguento mais ensaiar, eu preciso fazer algo que não seja ensaiar! -ele resmunga, enquanto andamos até seu carro. -É sério, eu só faço isso ultimamente. Eu e Channie mal temos tempo de sair juntos... Aish! Eu preciso de um descanso pra ontem!

-Você sabe que não vai ter, né? -falo, com um tom sarcástico, entrando no carro. Ele piguarreia, também se sentando no banco.

-Sei. E você em breve também. Até estou achando um milagre te darem essa hora de folga, não tivemos esse tipo de coisa!

-Vai ver estão tentando melhorar nesse aspecto...

-Acho difícil, mas sorte a sua se estiverem. Graças a isso, você está indo ver seu namorado! -ele sorri, dando partida e começando a andar com o veículo. -E eu, que trabalho com o meu, nem lembro a última vez que pudemos fazer algo bonitinho de casal...

-Eu não estou namorando o Jungkook! Pelo menos, não ainda... -a risadinha de Baek com a minha fala me deixa envergonhada, mas eu continuo a falar. -Mas enfim! Não se preocupe tanto, pelo menos ainda temos as nossas festinhas.

-É, sim! São bem divertidas, quando não resolvem jogar verdade ou desafio... Anote o que eu estou te falando. Se em alguma festa, Jimin, Jongdae, Jooheon ou Jackson resolverem jogar verdade ou desafio, corre. Não participa, nem deixe que algum namorado seu participe. Vai dar merda, com certeza. Esses caras são doidos.

-Eu não duvido nada. Só pelos nomes dos envolvidos... Mas fora isso, até que é bem divertido. Graças aquela festa, eu me aproximei de você, e do Wonho também!

-Oh, é verdade! Você e o Shin ficaram bem amigos mesmo, né? -ele olha para mim, por um breve momento, e quando eu aceno em afirmativo com a cabeça, ele sorri e volta a olhar para o trânsito. -Vocês são bem compatíveis mesmo. Ele é um cara legal, gosto bastante dele. Você só escolhe as melhores amizades. Modéstia a parte, claro.

-Sei, Sr. Modesto! -eu rio, e ele também solta uma risadinha. Então, olho pela janela, e vejo o carro parar lentamente conforme nos aproximamos da casa. Quando ele finalmente para, eu me viro para Baek, o abraçando. -Obrigada novamente pela carona, hyung! Nos vemos mais tarde na empresa!

-Sim! Até mais tarde!

Eu desço do carro, e aceno uma última vez em despedida para ele. Depois de ver seu carro sumindo na rua, eu me viro para a casa, e respiro fundo. Tudo bem, fique calma. Vai dar tudo certo. São o que? Meio dia e vinte? Não tinham tanto tempo, não vai acontecer nada demais. Vamos só comer juntos, conversar, como sempre... Tudo bem, tudo bem. Chega de enrolar, vamos entrar nessa droga de casa logo. A maldita casa onde eu e ele nos beijamos pela primeira vez.

Ao chegar na porta, bato de leve nela, e logo Jungkook me atende. Ao abrir a porta, ele pula para cima de mim, me abraçando. Engraçado, ele está cheirando a tempero, parece meu irmão.

-Anne! Que bom que veio! -ele me solta um pouco, e me dá um beijo na bochecha, me fazendo ter um mini infarto cardíaco. -Venha, estou terminando de esquentar lamen para a gente!

-É bom te ver também, e obrigado pelo almoço. -digo, tirando os sapatos e seguindo Kook em direção a cozinha. Cara, eu tinha esquecido como a casa é grande... -Cade os outros meninos?

-Sairam para almoçar juntos com o pessoal do Monsta. Somos só nós dois aqui. -ele diz, parecendo ao mesmo tempo feliz e desconfortável com isso, pela cor rubra de suas bochechas. Pelo amor dos cosmos que garoto adorável. -Pode se sentar aí na mesa, já estou acabando...

-Tudo bem. -concordo, me virando, para ir em direção a mesa. Contudo, antes que eu pudesse dar mais um passo, eu sinto ele agarrar meu braço, e olho para ele, surpresa. Que porra? -Jungkook?

-Anne, eu preciso te dizer algo antes que eu perca a coragem de te falar. -ele respira fundo, me soltando, e eu fico parada a sua frente, sentindo meu coração sair pela boca. -Mesmo antes de te conhecer, eu já gostava de você. No mesmo instante que te vi dançando naquele MV de vocês, meu coração quis que você fosse minha. Desde então eu não te tirei da cabeça um segundo, fiquei rezando para que, de alguma maneira, alguém me apresentasse a você. E quando isso realmente aconteceu, quando Jin disse que te conhecia, eu tive esperanças. E nossa, quando nós finalmente nos conhecemos... Eu só tive certeza que eu estava apaixonado. Tudo em você me parece perfeito. Seu jeito de ser, seu talento, seu sorriso, seu bom humor, seu sotaque fofo, o jeito que suas bochechas ficam vermelhas toda vez que nos falamos... Tudo mesmo. Foi um longo processo para mim conseguir juntar coragem para te confessar isso, mesmo que eu já tivesse saído com você... E naquela noite que finalmente nos beijamos... Mesmo bêbados, aquilo foi incrível. Nossa, dizendo isso agora, em voz alta para você, só tenho mais certeza do quanto eu estou perdidamente apaixonado por você.

-Jungkook... -ele não me deixou terminar minha fala, se bem que eu não ia falar mais nada mesmo, porque eu não sei o que dizer. Estou em choque, logicamente. Que declaração foi essa pelo amor de Jesus Cristo, eu estou perdida. Perdida no quanto eu amo o jeito meigo e romântico desse menino.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele pega uma das minhas mãos, e silenciosamente desliza um anel pelo meu dedo. Ao ver aquilo na minha mão, eu só cubro minha boca para não soltar um berro. Ah, não, você não vai fazer isso, não acredito. Socorro, eu estou prestes a desmaiar de emoção.

-Eu te amo, Anne. -ele sorri para mim, acariciando a mão do dedo onde acabou de colocar o anel -Então... Quer ser minha namorada?

-Meu Deus, Jeon Jungkook... Se eu te disser por quanto tempo eu esperei por isso... -eu rio abobalhadamente, olhando para o grande sorriso meigo no rosto do moreno a minha frente. -É lógico que eu quero, seu idiota. E eu também te amo.

Rindo, eu o abraço fortemente, me deixando me perder em seus braços. Me afasto um pouco, só o suficiente para agarrar o seu rosto com minhas mãos, e o prender em um beijo profundamente apaixonado. Ele se envolve no gesto, agarrando minha cintura, com força, e de repente aquele garoto envergonhado de segundos atrás parece ter sumido, dando lugar a um cara selvagem louco para assumir posse do meu corpo. Essa frase ficou meio estranha, soava melhor na minha cabeça... Desculpa, é um pouco difícil ter pensamentos racionais enquanto um Jungkook está te agarrando.

Após um longo tempo grudados, ele me solta um pouco, já perdendo o ar, e beija a ponta do meu nariz, ainda segurando minha cintura.

-Eu estou tão feliz, você não tem noção. -ele diz, com uma risadinha. Eu suspiro, também rindo.

-Eu também estou muito feliz, pode ter certeza. -eu o abraço mais uma vez, e por cima do seu ombro, eu consigo ver o fogão e... -JEON JUNGKOOK A COMIDA!

-Calma, calma! -ele me solta rapidamente e corre para as panelas, desligando o fogo, e respirando fundo. -Tudo bem, comida salva, agora vem aqui.

Ele estica o braço, me pegando pelo pulso, e me puxando até si. Ele me beija novamente, dessa vez se envolvendo ainda mais, agarrando meu corpo contra o seu com mais intensidade. Ele logo começa a descer os beijos, alcançando meu pescoço, me fazendo arrepiar e gemer baixinho. Sacanagem, meu pescoço é meu ponto franco...

-C-cookie... Pensei que iríamos c-comer... -digo, com dificuldade de segurar os gemidos. Ele para um pouco, com uma respiração pesada, e sorri para mim.

-E vamos. -seu tom é calmo, mas o tom rosado de seu rosto não esconde o tanto que ele mesmo está surpreso com suas ações. Que ódio, ele é tão fofo. -Mas agora que eu finalmente tenho certeza que você é minha, eu quero aproveitar mais um pouco. Tudo bem?

-Já vi que vai ser difícil lidar com você. -sorrio para ele, e Kook apenas ri.

-Você não faz nem ideia.

Nós dois rimos, e ele volta a me atacar com beijos, e digamos que, até a gente finalmente ir almoçar, nós demoramos um tanto bom. Um tanto muito bom.

~*~ P.O.V Jin ~*~

Bem, agora já é o horário do almoço, e eu e os meninos estamos de saída da empresa. Nós combinamos de ir almoçar em um restaurante aqui perto com nossos amigos, enquanto minha irmã e Jungkook teriam um encontro no almoço. Assim que ele se despediu e saiu, nós seis descemos até a garagem, rumo ao carro de Namjoon. No elevador, tento mandar uma mensagem para minha irmã, mas percebo que minha bateria acabou. Irritado, pego meu carregador portátil na mochila e o coloco para carregar, mas preciso falar com Anne logo. Então, cutuco Yoongi do meu lado, que olha para mim, meio confuso.

-Que foi? -ele pergunta, e eu piguarreio.

-Me empresta seu celular? O meu acabou a bateria, preciso falar com a Anne... -digo, meio sem graça e ele só dá de ombros, tirando seu aparelho do bolso.

-Toma. -ele estende o objeto, mas assim que tento pegá-lo, ele desvia, com um largo sorriso. -Mas antes, você vai me dar o seu.

-Para que? Está sem bateria. -eu falo, hesitante. Ah não, ele só pode estar de brincadeira.

-Ah, fala sério, só me dá aí, eu não vou mexer em nada, é só para eu não sentir meu bolso vazio.

-Aish, tudo bem, aqui. -não vou mentir, eu posso estar parecendo calmo, mas na verdade eu estou suando frio. -Mas não mexe em nada mesmo, okay?

-Relaxa, hyung. Toma aqui.

Nós dois trocamos os aparelhos, por mais que eu esteja inseguro com isso. A esse ponto, nós já estamos no carro, a caminho do restaurante. E se você está querendo saber o porquê de eu estar tão agitado com Yoongi estar com meu celular, é por causa de como o contato de Anne está salvo. Claramente, quem lê, sabe que somos irmãos. Então, se ele mexer ali e ler o contato dela, vai saber o que eu e ela temos escondido a anos. Sei que alguma hora teremos que contar, e sei que será logo, mas descobrir assim, seria no mínimo desconfortável. Mas tudo bem, se ele diz que não vai fazer nada, confio em Yoongi.

Após trocar rápidas mensagens com Anne perguntando sobre como estava e essas coisas mais de preocupações normais, Yoongi de repente me cutuca o ombro. Como eu estou sentado no banco da frente junto com Namjoon, ele surge do meu lado, me dando um certo susto.

-Caraca! -eu quase grito para meu amigo mais novo, que apenas continua ali, segurando meu celular na mão. -O que você quer?!

-Tem alguém te ligando. -ele diz, estendendo o aparelho já parcialmente carregado e ligado para mim. Com as mãos trêmulas, pego o celular de suas mãos, já temendo o que viria a seguir, só de ler o nome no identificador de chamadas. Eu atendo, dando uma respirada profunda antes de conseguir dizer alguma palavra.

-Pai...?


Notas Finais


Aaaeee fica o mistério no ar~ Eu não sei quando eu vou postar de novo, para ser sincera, mas espero não demorar muito! Um beijão, e até o próximo capítulo, tchau! <3


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