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História Something Entirely New - Seventeen Birthday


Escrita por: SweetBabyBlue

Notas do Autor


Hey, meus queridos <3
Esse cap. me deu trabalho T-T Nem é tão complicado assim, mas trabalhei nele durante três dias!
Espero que gostem, boa leitura :3

Capítulo 12 - Seventeen Birthday


Fanfic / Fanfiction Something Entirely New - Seventeen Birthday

Asriel POV

O grande salão de festas do castelo ficava, aos poucos, cada vez mais cheio. A cada minuto, alguém entrava, trazendo presentes, enormes sorrisos e felicitações pelos meus dezessete anos. O relógio no centro marcava sete e quinze da noite, e aquele era só o começo da festa que, eu sabia, duraria até as primeiras horas da manhã do dia seguinte. 

 Várias mesas redondas de tamanho médio  haviam sido distribuídas pela extensão do local para melhor acomodar os convidados, de modo que o meio estava livre, se tornando uma grande pista de dança que se tornava cada vez mais cheia a medida que os convidados iam chegando.

  A cada ano que se passava, minha mãe se superava na decoração, sempre minuciosamente planejada com semanas de antecedência. Naquele ano, as mesas estavam enfeitadas com pequenos vasos de cristal recheados de flores douradas, além de uma pequena vela que tremeluzia em cada uma delas, dando ao local apenas uma meia iluminação. A pista de dança contava com inúmeras luzes coloridas que piscavam e rodopiavam por toda a extensão, ajudando a iluminar o ambiente. 

  A musica que tocava naquela noite era controlada por Napstablook, que apesar de sempre ser muito tímido e recluso, estava presente em todas as festas, dedicando-se a organizar e mixar as musicas que seriam tocadas, coisa que parecia agradá-lo imensamente.

  Ninguém ficava com o copo ou o vazio, bebidas e os mais variados tipos de comidas sempre sendo distribuídas aos convidados. Eu e Chara não tínhamos idade ainda, mas ficou determinado por meu pai que seria permitido a nós um único copo de vinho aquela noite, por se tratar de uma data comemorativa.

 Me remexi desconfortavelmente na cadeira, com o copo de vinho ainda cheio na mesa a minha frente. O terno tirava a minha total liberdade de movimentos.

  Vez ou outra alguém vinha até minha mesa me conversar comigo ou me dar os parabéns, e sempre que alguém chegava eu ia até a porta receber junto de meu pai. No dia que você é o aniversariante, não dá para ficar muito tempo no mesmo lugar.

   - ...Então, daqui a apenas um ano, ele alcançará a maioridade e será coroado. Não poderia estar mais orgulhoso de Asriel, ele sempre cumpriu suas tarefas e aprendeu tudo o que lhe foi ensinado com uma rapidez impressionante. Ele com certeza será um grande governante. – Meu pai exclamava, com uma das mãos no meu ombro, para Gerson que estava a sua frente.

  Eu agradeci em um sorriso nervoso brincando com o pingente no meu pescoço, sem saber muito bem como lidar com elogios, mas ainda assim feliz com o que ele tinha dito.

 - Oh! Sua mãe e sua irmã chegaram, Asriel. – Gerson apontou para a porta e eu me virei rapidamente para ver.

Minha mãe entrou, me dando um largo sorriso assim que seus olhos me encontraram, que eu retribuí. Então, logo atrás dela Chara entrou, com passos curtos e hesitantes, erguendo as mãos levemente como que para ter mais equilíbrio.

  Senti meus olhos se arregalarem completamente, minha boca entreabindo-se involuntariamente. De repente, tudo a minha volta pareceu perder a forma e as cores, e o meu mundo fechou-se em torno dela.

  Chara estava em um vestido carmesim  longo e justo, caindo até seus tornozelos e com um corte lateral no tecido que subia até o meio de sua coxa direita. Detalhes dourados enfeitavam o busto e desciam para a cintura. 

  A parte lateral de seus cabelos estava repuxada para trás e presa, e uma pequena e delicada coroa prateada com correntes que desciam junto das mechas havia sido posta como enfeite para o penteado. Discretas ondas se formavam na parte que pendia solta, caindo graciosamente pelo rosto dela, levemente corado de maquiagem que se destacava na palidez. No pescoço, ela usava o nosso pingente dourado, como sempre. 

   - Tori, você está tão linda. Chara também. Minhas duas garotas estão deslumbrantes. – Meu pai já ia de encontro a elas com um enorme sorriso no rosto, e eu o acompanhei.

  Os olhos de Chara, passeando pelo local, enfim encontraram os meus e ela sorriu fraco, em seguida fitando o chão. Eu podia sentir minha alma ressoando dentro de mim ao olhar para ela.

  Nossos pais por fim nos deixaram ali após os cumprimentos, tendo tantas pessoas ali para receber e dar atenção. Chara, ainda imóvel onde estava, esperou com que eu me aproximasse mais.

  - Você está linda. 

 - Eu estou quase torcendo meu pé com esse sapato. Que tal me ajudar a ir sentar na mesa antes que eu tropece na frente de todos? - Ela me pediu num tom baixo com um sorriso discreto, olhando em volta para certificar-se de que ninguém havia ouvido. 

  Eu ri e ofereci o braço a ela que aceitou prontamente, nos guiando para a mesa onde eu estava antes. 

  Chara respirou aliviada ao sentar-se. Eu sabia que assim como eu, ela não gostava muito de vestir-se formalmente e tinha problemas com sapatos altos e roupas justas, mas eu também não podia negar que vê-la daquela forma me deixava... Inebriado.

   - Frisk já chegou? - Ela perguntou esticando a mão para pegar o meu copo, e eu neguei com a cabeça distraidamente, fingindo que não tinha visto. 

  - Você não parece muito confortável nessas roupas. - Ela concluiu enquanto sorvia o vinho lentamente, me estudando cuidadosamente. Seus olhos, destacados pelo lápis preto, deixavam suas íris mais vermelhas e penetrantes do que nunca, e era difícil me concentrar no que quer que fosse quando ela me olhava daquela maneira. 

  - Eu acho que assim como você, eu prefiro os suéteres e jaquetas largas de costume. - Ri. - Nós devíamos ter feito a mesma coisa que no seu aniversário de treze anos. Lembra? 

  Ela pensou por um momento e riu, virando os olhos. 

  - Asriel! Então nós devíamos ter escondido nossas roupas formais separadas para a ocasião em um arbusto qualquer em Waterfall? Pra levar a maior bronca quando fossemos descobertos? 

  - Exatamente, só que dessa vez seriamos mais cuidadosos em não sermos descobertos. O mesmo erro não se comete duas vezes, certo? 

  - Você é tão idiota. - Ela sorveu mais do vinho, ainda rindo, e eu não pude deixar de acompanhá-la. 

  Ouvi então meu pai me chamar de outro canto do salão, para que eu fosse cumprimentar os convidados que continuavam a chegar. 

  - Parece que vou ter que te deixar por um momento, Chara... - Comentei, me levantando da mesa. 

 - Sem problemas, sua alteza. - Ela sorriu quando percebeu que eu franzi o cenho ao ouvir aquilo. - A noite é sua, e eu vou sobreviver aqui. 

  - Não pense que vai escapar da nossa dança mais tarde, marrenta. - Sorri pra ela e me afastei, sem que ela chegasse a dar uma resposta. 

 Mais e mais convidados chegavam, e eu estava me deslocando de um lado para o outro o tempo inteiro.

 - Hey, Asriel! - Ouvi Undyne gritar assim que entrou pela porta, sendo impossível deixar a chegada dela despercebida. - Feliz aniversário, bebê chorão! - Ela veio em minha direção com um sorriso divertido e passou o braço pelo meu ombro, desgrenhando os pelos na cabeça com a mão livre. 

  - E-ei, Undyne... Estão todos olhando... - Eu sabia que mesmo que quisesse, não conseguiria me desvencilhar dela. Undyne era mais forte do que eu.

  - Qual o problema? Eu posso. Sou mais velha que você.  - Ela riu, me soltando e eu passei as mãos pela roupa, me recompondo. 

  Eu pude então olhar direito para ela. Undyne tinha os espessos cabelos ruivos presos por uma fita dourada, seu tapa olho da mesma cor, e trajava um terno preto. Ela nunca se sentiu a vontade com vestidos, então optava por ternos em ocasiões como aquela. Depois que havia se tornado a líder da Guarda Real, com sua vontade de ferro, passava a maior parte do tempo usando uma pesada armadura para o treino de novos recrutas, então era muito raro vê-la naquele tipo de roupas. 

  - Alphys não veio? - Provoquei, sorrindo de canto. Por mais durona que ela fosse, tinha seus pontos fracos, e eu sabia quais eram. 

 - C-como eu vou saber se ela veio? Por que pergunta pra mim? - Ela surpreendeu-se com a pergunta, seu rosto corando fortemente enquanto desviava o olhar. 

  - Ora, vocês duas estão sempre juntas. Para quem mais eu podia perguntar? Tenho certeza que Mettaton, agora que é famoso, tem muito menos contato com ela do que você. - Comentei despreocupado, aproveitando para pegar uma taça de vinho na bandeja que havia sido oferecida pra mim. 

  - P-provavelmente ela está em casa, vendo anime. Ela não é muito boa em interagir com os outros, então prefere evitar situações como essa. 

   Undyne havia se tornado extremamente próxima da nova cientista real que entrou no lugar de Gaster após sua morte. As duas passavam a maior parte do tempo livre juntas, e todos sabiam que se gostavam mais do que como amigas, mas faltava iniciativa tanto em uma como na outra, então a relação nunca progredia. 

   A porta se abriu novamente e eu me virei para ver quem havia chegado. 

    Era Sans, Papyrus e Frisk, a última correndo para abraçar meu pai que estava perto, que retribuiu sorrindo afetuosamente. 

   Sans usava um terno em um tom tão escuro de azul, que facilmente poderia ser confundido com preto, tinha as mãos no bolso e seu sorriso tranquilo habitual. Já seu irmão mais novo, carregando um embrulho nas mãos, parecia animadíssimo, olhando tudo ao redor e cutucando o irmão repetidas vezes para mostrar algo, apontando. Sua roupa destoava completamente das demais. Ele usava, ao invés de um terno, a sua habitual armadura vermelha que segundo Sans, ele não tirava nem mesmo na hora do banho. 

  Sorri para a excentricidade do irmão mais novo de Sans, o que o tornava tão único e querido por todos. 

  - Ah, ele tá ali. - Os olhos de Sans me encontraram e ele veio em minha direção, sendo seguido por Papyrus. - Feliz aniversário, Dreemurr. Como presente, pode pegar alguns hot-cat de graça comigo em Hotland depois. 

  - Vou me lembrar de cobrar depois. - Eu ri, enquanto Frisk vinha em nossa direção. 

  Ela usava um delicado vestido branco e verde claro, com detalhes em pérola ao redor do busto. A saia, rodada, batia até a metade de sua coxa e tinha a cintura marcada por um laço bem apertado, assemelhando-se um pouco aos vestidos que ela tanto amava usar para dançar, assim como lhe fora prometido. Os cabelos caiam em delicados cachos feitos para a ocasião. 

  - Asriel, feliz aniversário! Tudo está tão lindo! - Ela exclamou jogando os braços em minha volta. 

  - Obrigada, irmãzinha. - Retribuí, rindo. 

  - Era para termos chegado mais cedo, mas uma certa Kiddo não terminava de se arrumar de jeito nenhum... - Sans sorriu despreocupado, olhando para algum canto do salão, e Frisk inflou as bochechas para ele. - Ela não sabe que não precisa de muito para ficar maravilhÓSSEA, por mais que eu diga a ela. 

   Sem saber se reagia ao elogio ou ao péssimo trocadilho, a garota riu nervosa. 

    - Aliás, eu tentei falar para o bro usar uma roupa mais formal para a ocasião, mas sabe como é... 

 - SANS! O GRANDE PAPYRUS, FUTURO MEMBRO DA GUARDA REAL, NÃO PODE SAIR POR AÍ SEM SER RECONHECIDO! COM ESSA ROUPA EU TEREI RESPEITO E SEREI POPULAR! NYEH! 

  - Esse é o espírito, Papyrus! Continue assim! - Undyne exclamou, levantando seu copo de bebida em direção a ele. 

  - Ah, bro, não vai dar o seu presente? 

  - SIM! É VERDADE! EU, O GRANDE PAPYRUS, TROUXE PARA O ANIVERSARIANTE UMA AMOSTRA EXCLUSIVA DA MINHA MAIS NOVA RECEITA DE SPAGHETTI! - Ele exclamou, entusiasmado, me estendendo um pote lacrado, envolto em um embrulho de presente dourado. - E NÃO PRECISA AGRADECER! NYEH! 

   - Muito obrigada, Papyrus. - Sorri, aceitando o presente. 

     - PAPYRUS! PRETENDE MATAR O PRÍNCIPE NO PRÓPRIO ANIVERSÁRIO DELE? - Era difícil saber quem falava mais alto, Papyrus ou Undyne. Eles tinham muitas coisas em comum, talvez por isso fossem grandes amigos. 

  - Ei, o Pap está melhorando nas suas aulas de culinária com Undyne! - Frisk abafou o riso com a mão. - Não tenho dúvidas de que se continuar nesse ritmo ele irá se tornar um grande cozinheiro! 

  - HUMANA! EU, O GRANDE PAPYRUS, JÁ SOU O MELHOR COZINHEIRO DO SUBSOLO! NYEH HEHEHE! 

   Meus olhos passearam pelo grande salão, em busca de Chara. 

  Ela estava ainda em uma das mesas, e parecia entretida em uma conversa com Fuku, filha de Grillby, e mais algumas amigas que não me lembrei do nome. O copo de vinho estava novamente cheio, e eu franzi o cenho ao vê-lo. 

  - Ah! Ali está a Chara! Vou cumprimenta-la, Sans, você vem comigo? - Frisk exclamou quando viu a irmã. 

  - Claro, Kiddo. 

  - Diga para a nerdinha que eu logo vou vê-la, assim que explicar  direito a Papyrus que não se pode testar novas receitas nos outros! 

  Sans e Frisk saíram rindo, deixando Papyrus e Undyne em uma animada conversa aos berros. 

  Não pude ficar muito tempo ali, logo tendo que cumprimentar mais pessoas que chegavam. 

    ..........

   O resto da noite passou sem complicações, e quando olhei no grande relógio no centro do salão, já passava das duas da madrugada. Depois do tradicional ritual de aniversário, com direito a bolo e todos ali cantando para mim, a maior parte dos convidados foi para a pista de dança, e eu enfim tive tempo para ir até Chara.

   Estendi a mão para ela assim que me aproximei da mesa onde ela estava, e ela me olhou confusa. Estava corada por conta  do vinho. 

  - Az? O que foi...? 

  - Dança comigo? - Falei baixo, ainda estendendo a mão para ela. 

   - E-eu não consigo dançar com esses sapatos. - Seu rosto se tornou ainda mais corado enquanto ela desviava o olhar para baixo, envergonhada, exatamente como fazia quando éramos crianças. 

 - Então tire os sapatos. Vamos, Chara, não negue isso a mim. - Fiz a expressão mais triste que consegui, conseguindo com que ela me olhasse novamente.

   - Aaah, não faça essa cara pra mim, Asriel. Sabe que eu não sei dizer não pra essa cara. 

  Nos encaramos por mais alguns momentos, com eu a manter a mesma expressão triste, até que ela cedeu, respirando fundo. 

  - Tudo bem, tudo bem. - Ela levantou os braços em sinal de rendição. - Se você não se importar em dançar com uma garota descalça. - Ela sorriu, enquanto levantava-se e descalçava os saltos altos, acomodando-os juntos debaixo da mesa com os pés. 

  Ela se aproximou de mim e pegou na minha mão que continuava estendida, e então nós dirigimos para a pista de dança.

  A música que tocava era animada, e consegui ver Frisk mais a frente dançando animadamente com Papyrus. Sans estava afundado em uma das cadeiras da mesa mais próxima e observava os dois com seu sorriso costumeiro, parecendo sonolento. 

  No momento em que chegamos à pista, a musica terminou, dando início a uma nova, mais calma.

  Puxei Chara para mim em um movimento lento, sentindo seu corpo tornar-se tenso por um momento, antes de finalmente relaxar nos meus braços. Entrelaçamos nossos dedos e nos deixamos levar pela melodia que ressoava pelo enorme salão.

   Com o sorriso que você sempre me dava, eu era capaz de me tornar um pouco mais forte...

  Mostre-me seu riso mais uma vez

Chara fitou os próprios pés com um sorriso pequeno nos lábios, os movimentos um pouco inseguros princípio, seguindo o meu ritmo.

 Ei, eu quero tocar o coração refletido nas profundezas dos seus olhos...

Com o passar do tempo ela acabou se tornando mais segura de seus passos, os pés descalços movendo-se graciosamente no chão espelhado no mesmo ritmo que os meus, e ela por fim levantou a cabeça para me olhar com aquele escarlate profundo.

 Deixe-me ouvir sua voz apenas um pouco... Mostre-me o mundo que você está vendo.

Você pode me ouvir? Estou bem aqui... Você pode me sentir? Eu estou bem aqui com você.

Eu tinha a completa certeza de que nunca me acostumaria com os olhos de Chara. Ali, naquele ambiente meio iluminado, eles brilhavam como duas joias, e eu sabia que naquele momento não conseguiria enxergar nada que não fossem eles.

Aqueles olhos foram perdendo, ao longo dos anos, todo o medo, toda a insegurança, toda a tristeza. Agora eles reluziam para mim cheios da mais pura determinação.  Não sabia dizer ao certo quando aqueles olhos começaram a tirar o meu fôlego quando se encontravam com os meus. Não sabia dizer ao certo quando foi que eu me tornei cego para o resto do mundo quando ela estava ao meu lado. Não sabia dizer ao certo quando foi que Chara se tornou única para mim naquele mundo.

 Ei, seus longos cílios, seu cabelo que desce por seu ombro, é tão bonito...

Ei, eu posso vê-la abraçada pelo vento, um sorriso leve em seu rosto.

Deixe-me ouvir sua voz apenas mais um pouco...

A musica terminou, mas permanecemos daquele jeito, as mãos ainda entrelaçadas e Chara me encarando com um sorriso tímido no rosto, que ainda estava ruborizado.

  - Eu te disse que não sabia dançar... – Ela murmurou, fitando o chão.

- Você foi perfeita. – Olhei ao meu redor e a maioria dos convidados nos encarava, vários deles com um sorriso. Frisk, acomodada em uma cadeira na mesa próxima, nos olhava maravilhada, com um enorme sorriso desenhado em seu rosto.  Chara não pareceu ter notado, enquanto uma próxima musica começava, que logo reconhecemos como sendo a entrada do programa de variedades de Mettaton, o que levou ainda mais convidados até a pista de dança, animados.

     ..............

Quando o relógio marcou quatro da madrugada, o grande salão já estava relativamente vazio, e as quatro e meia, a maioria já havia ido embora, com exceção dos que cuidavam da reorganização do local, tirando os copos da mesa, passando com grandes carrinhos que recolhiam o que havia sido deixado nas mesas.

A noite havia sido cheia, mas com certeza eu não me esqueceria dela jamais.

 Voltei os meus olhos para a mesa onde Chara estava, seus olhos pareciam pesados de sono e vinho. 

  - Eu sabia que não devia ter deixado você sozinha por muito tempo. – Fingi ralhar com ela, franzindo o cenho ao me aproximar, e ela sorriu fraco em resposta.

 - Eu só bebi três taças, Az. Estou com sono, e sem disposição para andar com esses sapatos até lá em cima. Acho que vou dormir por aqui mesmo. Ela já havia fechado os olhos quando terminou de falar.

  Suspirei pesadamente balançando a cabeça, sentindo o pequeno sorriso no meu rosto. Me aproximei mais dela, passei um braço por seus ombros e o outro por trás de suas pernas, a erguendo no colo.

    - Asriel! O que está fazendo? – Ela abriu os olhos alarmada.

  - Te levando pro quarto em segurança para que não tropece com esses sapatos, princesa Chara. 

  - Eu... Eu sou pesada... - Ela murmurou abafando o riso com a mão, e eu tive que rir também.

  - Chara, você é mais leve do que o meu travesseiro. 

  - Agora está jogando na minha cara que eu sou uma magrela? Poxa, Az. Me magoou. – Ela sorria torto, os olhos novamente fechados.

  - Vou encontrar uma maneira para que me perdoe. 

  O resto do percurso foi feito em silencio, e em algum momento, Chara adormeceu em meus braços. Quando terminei de subir as escadas, ela tinha a expressão calma e serena, lábios corados levemente entreabertos e a respiração lenta e pesada.

Me dirigi até o quarto dela, tomando cuidado para não despertá-la no caminho. A acomodei na cama e cobri, ela se remexeu levemente, sem abrir os olhos.

  Fiquei ali durante um momento, a observando enquanto dormia, tentando imaginar com o que ela sonhava. Quando por fim me afastei até a porta do quarto, eu a ouvi me chamando baixo.

  - Asriel?

- Hm? – Parei para me virar e encontrá-la me encarando com os olhos semi abertos.

 - Boa noite. – Ela murmurou e voltou a fechá-los.

 - Boa noite, Chara. – Murmurei de volta, saindo e fechando a porta cuidadosamente.


Notas Finais


A musica que Chara e Asriel dançaram foi Nemuri Hime - Acid Black Cherry (https://www.youtube.com/watch?v=EBxQ9bvD8J0)
Prestem atenção nos trechos que destaquei, não foi por acaso <3 Lembram quando a Chara tinha chegado a pouco tempo e ainda não conseguia falar? Entãao :3
Comentem se gostarem, amo comentários e favoritos <3 Leitores fantasmas, dêem um oi pra mim xD
Aliás, sério que já estamos tão próximos dos 100?? Caramba gente, vocês são demais!! *-* Muito, muito obrigada!
Até o proximo!!


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