1. Spirit Fanfics >
  2. Something Entirely New >
  3. Echo Flowers

História Something Entirely New - Echo Flowers


Escrita por: SweetBabyBlue

Notas do Autor


Cheguei com capítulo novo :3
Sem mais delongas, aproveitem!

Capítulo 4 - Echo Flowers


Fanfic / Fanfiction Something Entirely New - Echo Flowers

Chara POV

Um mês havia se passado desde que caí no subsolo. 

O que era uma tentativa de acabar com minha vida acabou se tornando a maior reviravolta que já passei. Nesse mês tanta coisa havia acontecido e tanta coisa havia mudado que parecia realmente que eu havia morrido e nascido de novo, tão diferente que minha vida estava.

 Minha nova família me tratava tão bem, que eu achava que não merecia tanto carinho e me sentia culpada por não conseguir retribuir tudo o que eles faziam por mim, mesmo que eu tivesse chegado há tão pouco tempo. 

 - Háaaaa, te achei! Chara dentro do guarda roupa, um, dois, três! Tente me pegar agora, hehehe! - Asriel saiu correndo e eu disparei atrás dele, saindo do quarto e passando tão depressa pelo corredor que quase escorregamos no tapete, deixando-o completamente desarrumado. Ele abriu a porta de casa e saiu disparado, mas eu era mais rápida que ele, e logo o alcancei, puxando-o pelo suéter e arrancando um som frustrado. Ele perdeu o equilíbrio e caiu, me levando junto, então rolamos os dois pelo jardim, ele rindo alto. 

 - Droga, Chara... Não dá pra te vencer! Não é justo! 

 Fiz uma pose de vencedora, arrancando mais risadas dele. 

 Durante aquele tempo, Asriel era quem mais me entendia. Ele respeitava o fato de que eu precisava ficar sozinha às vezes, que não era sempre que eu tinha vontade de brincar. E ele sempre vibrava quando eu queria. Ele ficava surpreso quando eu confessava que não conhecia as brincadeiras que ele gostava, e me perguntava se lá em cima as crianças brincavam de coisas diferentes. 

Eu não queria falar que não conhecia porque ninguém nunca me chamou para brincar antes, então eu só assentia. 

 Me foi construída uma cama no mesmo quarto que ele, e ganhei varias roupas novas de Toriel... Que havia me pedido para chamá-la de mãe, e eu esperava que pudesse atender o seu pedido algum dia. 

 - Ah meu deus, vocês dois ainda vão acabar destruindo essa casa! Saio por algumas horas e quando volto o tapete do corredor está de ponta cabeça, os brinquedos todos espalhados pelo chão e o guarda roupa todo desarrumado! - Toriel gemeu de desgosto ao ver a nossa... Pequena bagunça. 

  - Desculpa mamãe... Hoje a Chara estava com disposição pra brincar, aí acho que exageramos, he he... - Ele mostrou um sorriso. 

 - Me desculpe... - Eu terminei por dizer, baixinho. 

 Ela me olhou surpresa por eu ter me pronunciado. 

 - Oh, tudo bem, queridos. Brinquem a vontade mesmo, faz bem. Quem me ajuda com o almoço? Gorey vai almoçar conosco hoje!

 - Eu ajudo! Eu ajudo! Papai nunca almoça com a gente! - Asriel correu para a cozinha. Eu o segui devagar. 

  O rei Asgore estava sempre ocupado com assuntos importantes, saía cedo com suas vestes reais e voltava apenas para o jantar, então hoje seria uma exceção. 

 Ele também era muito gentil comigo, e nunca me cobrou explicações sobre nada. Eu gostava daquilo, de todos eles respeitarem o meu silêncio, e ajudava com que eu me sentisse menos tensa ali, embora às vezes ainda tivesse vontade de fugir.

Apesar aquilo, eu ainda não havia ultrapassado o limite do jardim. Sabia que o subsolo era enorme, podia dizer isso ao me lembrar de quanto tempo levou até que Asriel me trouxesse até aqui, e pelos tantos lugares diferentes que passamos aquele dia, apesar de eu ter estado de cabeça baixa quase todo o tempo.

Sabia que eu era uma novidade ali, que todos estavam curiosos para me conhecer, como todos na casa já haviam me falado, mas eu não me sentia pronta para sair. Me sentia insegura, confusa e com medo, e temia que eu pudesse não reagir bem se tentasse sair de casa forçada.

Asriel entendeu isso quando num dia qualquer que ele tentou me levar pra fora e eu neguei veemente com a cabeça, sem nem precisar dizer nada. Me prometeu que quando eu me sentisse bem o suficiente, me levaria para conhecer todo o subsolo com ele.

Eu começava a gostar do jeito como ele me entendia...

Até que aquele dia não chegasse, eu costumava me trancar no nosso quarto quando alguém de fora visitava a casa, e brincávamos dentro de casa, e no máximo no jardim.

Naqueles dias, no entanto, eu sentia a insegurança de sair aos poucos me deixando, e achava que em breve eu pediria Asriel para me levar ao local das cachoeiras cintilantes que vi aquele dia.

  - Ah nãaaao mãe, se eu soubesse que você faria torta de lesmas eu nem teria pedido pra ajudar – Asriel resmungou na cozinha, me tirando dos meus devaneios. Eu estava sentada no canto observando os dois nos preparativos para o almoço.

- Há, muito engraçado, seu espertinho! Quer comer torta de caramelo todos os dias, é? Não é nada saudável!

- Não preciso ser mais saudável ainda, tenho saúde de sobra! – Ele sorriu.

- Um pouco mais então não fará mal a ninguém. Agora seja um bom garoto e me ajude a colocar a massa na forma. – Ela fez carinho de leve no topo da cabeça de Asriel, que gemeu quando percebeu que as mãos de Toriel estavam sujas de farinha.

O ambiente certamente me trazia paz. Eu me lembrei de todas as vezes que observei de longe as famílias felizes em suas casas, e como eu desejava imensamente ter isso pra mim algum dia. Com o passar do tempo, esse desejo acabou adormecido dentro de mim, assim como minhas esperanças de ser feliz.

E eu nunca pensei que esse desejo acordaria... Eu começava a desejar coisas novamente, começava a sentir novamente... E aquilo, apesar de me assustar, me trazia uma sensação de estar viva... E era inebriante.

A rotina a qual eu lentamente me acostumava se estendia por mais aquele dia... Ou não? 

 Da cozinha, ouvi a chave girar na porta de casa. 

  - HEY PUNKS!! ESTOU DE VOLTA E COMPLETAMENTE PRONTA PRA QUEBRAR TUDO!! - A voz estridente ressoou em todos os cômodos, me fazendo quase pular de susto aonde eu estava. 

  Toriel riu de leve. - Pelo que vejo ela já está boa. 

 - A Undyne voltou! Asriel exclamou alegre, apressando-se em lavar as mãos sujas de massa para então poder correr até a sala. 

  Eu estava paralisada. Não tinha jeito de correr e me trancar no quarto, para isso eu teria obrigatoriamente passar pela sala de entrada... E agora? Levantei-me rapidamente e fiquei ali parada, tremendo de medo. Eu ainda não estava pronta pra ver ninguém... Certo? 

 - Fique tranquila, Chara. A Undyne pode parecer meio explosiva, mas é uma criança assim como vocês, apenas dois anos mais velha. - Ela sorriu pra mim. - Tenho certeza de que gostará dela, se der uma chance. 

 Eu não tive tempo nem para processar as palavras, no entanto. Em um ritmo disparado, entrou pela sala uma garota magricela, com a pele azul que formava escamas, guelras aonde deviam ser as orelhas, e longos cabelos vermelhos presos num rabo de cavalo. Ela realmente não parecia muito mais velha do que eu e Asriel, e era apenas um pouco mais alta. 

  - Hey punk! É você a nova Dreemurr, certo? Eu ouvi tanto sobre você no último mês que é bom que agora esteja conferindo isso com meus próprios olhos. - Ela sorriu um sorriso cheio de dentes pontiagudos. - Prazer, sou a Undyne - disse, estendendo a mão para mim. 

  Eu hesitei, mas por algum motivo quis cumprimentá-la também, estendendo minha mão mais lentamente. 

  - Chara... - Minha voz saiu vacilante. 

  - Ótimo! Cumprimentos feitos, apresentações feitas, agora HORA DO TREINAMENTO! - Ela berrou a última parte, mais uma vez me fazendo tremer de susto. 

 Asgore entrou na sala rindo nervoso, seguido por Asriel. 

  - Ei, calma lá, garota. Você ainda devia estar se recuperando do braço quebrado, então vamos com calma! 

 - Eu já descansei demais! Sem mais descanso! A futura líder da guarda real não pode perder tempo!! - Ela exibiu um sorriso orgulhoso. - E dessa vez... Eu juro que irei vencer! Estou preparada! VAMOS, ASGORE! NGAAAAAAAAAAAH!! - Berrou a garota, correndo de volta para a sala de entrada e descendo freneticamente as escadas que levavam para baixo. 

 - Meu deus... Ela está ainda mais energética do que antes. E eu pensei que ela estaria desanimada após um mês sem treinar... - Asgore riu. - Undyne é impossível. Bom, vamos lá para a sala do trono. Guarde um pedaço de torta pra mim, Tori. - Ele sorriu para a esposa, que retribuiu o gesto, sorrindo. - Então ele deixou a sala, seguindo a garota escadaria abaixo. 

  Eu permaneci no mesmo lugar, confusa. Tudo havia acontecido rápido demais. Ela falava muito alto e parecia um pouco agressiva, é verdade... Mas me cumprimentou com naturalidade, não me olhou de forma hostil... Na verdade ela nem parecia muito interessada em mim, correndo pelas escadas assim que pôde. 

 - Papai treina a Undyne há seis meses, porque ele disse que nunca viu uma criança de dez anos mais obstinada do que ela. - Disse Asriel, se aproximando de mim. - Ela quebrou o braço durante o treinamento mês passado, mas parece que já está completamente curada. É muito boa no manejo de lanças, eu sei disso porque assisti o treino um dia. Papai diz que ela tem um potencial gigante e está ansioso para acompanhar o quão forte ela pode vir a se tornar quando for mais velha. Eu queria ser forte assim que nem ela...- Ele riu. 

  Os monstros se encontravam presos naquele local, mas nem por isso eles deixavam de lado seus sonhos, seus objetivos, e nem suas esperanças. Eles podiam ser mais fracos que os humanos em questão de poder, mas tinham uma vontade de ferro... Diferente de muitos humanos que desistiam na primeira dificuldade... De repente, uma estranha determinação me invadiu. 

 - Asriel... Hm... E-eu estava pensando se... Se você n-não queria me levar para... Aquele, sabe... Passeio. Para que eu possa c-conhecer mais...aqui. - Falei com dificuldade. 

 

Asriel POV

A cada passo que dávamos para longe de casa, Chara segurava minha mão mais forte e mais forte. Eu sabia que ela não se sentia bem o suficiente para fazer isso antes, então estava feliz que estivéssemos aqui agora.

Tinha um mês desde que ela havia chegado, e embora ela ainda parecesse sempre muito triste, ela estava se esforçando.

Era comigo que ela mais falava, quando estávamos sozinhos, mas da ultima semana pra cá ela parecia tentar se esforçar para conversar mais com papai e mamãe também.

Nunca falou nada a respeito de sua vida antes de cair aqui, e o motivo pelo qual ela escalou a montanha.

Eu não sabia o motivo pelo qual ela tinha tanto medo de tudo, mas também não podia perguntar. Eu queria que algum dia ela sentisse confiança suficiente em mim para falar sobre as coisas que a deixavam triste.

E eu adorava a ideia de ter alguém para brincar comigo.

- Aqui é a capital do subsolo. É bem cheio, e bem movimentado... Tem bastante coisas legais para se fazer aqui.

Ela olhava atenta para todas as construções, e parecia deslumbrada, ainda segurando forte na minha mão.

- Eu... Não imaginava que aqui fosse tão grande. – Ela falava muito baixo, mas eu sempre conseguia entender o que dizia.

- Isso porque você tava machucada quando chegou aqui, né! Agora vai ver todos os lugares onde eu gosto de passar o tempo. Vem.

- Era um pouco difícil prosseguir as vezes, muita gente nos parava, querendo saber da Chara. Ela se assustava e escondia atrás de mim às vezes, e eu achava isso engraçado e fofo. Todos queriam saber as mesmas coisas, se ela estava gostando de viver ali, se já havia se acostumado, e os mais novos a perguntavam até mesmo como era a superfície Aos poucos ela foi ficando menos tensa e passou até a responder algumas perguntas, agarrando a minha mão o maximo que podia quando fazia isso.

Depois de passear pela cidade, pegamos o elevador que descia até o Core, Chara sempre olhando atenta todos os detalhes, e até me fazendo uma pergunta ou outra de vez em quando.

Passando por Hotland depois, ela parou de repente em frente ao grande laboratório.

- É tão grande...

- Esse laboratório pertence ao senhor Gaster, ele é o cientista real. Papai não fala muito disso, mas eu sei que ele trabalha incansavelmente em busca de uma forma de nos tirar daqui... Eu sempre ouço que é uma pesquisa em andamento, mas não sei exatamente o que é.

Eu ouvia as vezes conversas sobre almas artificiais... Determinação? Seja lá o que fosse, o que acontecia naquele laboratório era muito sigiloso.

Tentei seguir em frente, mas Chara continuava no mesmo lugar. Eu a olhei e não consegui decifrar a expressão dos seus olhos escarlate.

- Sair...? Vocês realmente querem sair...? Por quê? O mundo é cruel lá fora. Humanos são cruéis.

- Eu sei disso – Sorri triste. – Se não fosse, não estaríamos presos aqui, não é? Mas todos aqui temos um sonho de algum dia ver a superfície, ou voltar a vê-la... Eu queria muito algum dia ver o céu estrelado.

Ela me olhou longamente, mas nada disse. Então prosseguimos.

Pegamos um atalho com o tio do rio que gostava de cantar enquanto conduzia o barco, e a temperatura caindo pouco a pouco indicava que estávamos chegando a Snowdin.

Ajudei Chara a pisar em terra firme quando chegamos, a neve afundando sobre nossos pés.

 - Eu gosto bastante de passar meu tempo por aqui, é Snowdin, o lugar mais frio do subsolo. É bonito porque eles tem uma tradição própria local. Vem, eu te mostro!

- É frio... Mas é bonito. E tem muitas arvores decoraras...

- Ah! Eles gostam de colocar muitos presentes debaixo de arvores decoradas. Legal, né? Eu acho que essa tradição surgiu depois que alguns caras malvados atormentaram um monstro local, decorando seus chifre que se pareciam com árvores.Aí os moradores de Snowdin decidiram recompensar esse monstro dando presentes pra ele... Era essa a historia? Não me lembro...

- Hm... De qualquer forma, ele deve se sentir muito lisonjeado por tal homenagem. Ela tombou levemente a cabeça pro lado, observando as arvores decoradas.

Passeamos ao longo da cidade, parando algumas vezes para cumprimentar os monstros que estavam curiosos a respeito de Chara. Eles eram todos muito gentis com ela, por isso, ela acabou baixando a guarda.

Quando passamos em frente ao restaurante do Grillby’s, notei alguém encostado perto da entrada, dormindo em pé, de braços cruzados e uma das pernas apoiadas na parede, e o usual sorriso no rosto...

Ah, tinha que ser!

- Ei, Sans! Tá confortável aí? – Me aproximei rindo, só o esqueleto mais preguiçoso do subsolo conseguia dormir tranquilamente em qualquer lugar que se pudesse imaginar.

Ele abriu lentamente os olhos, ainda sorrindo.

- Oh... É o príncipe Asriel Dreemurr e a humana, pelo que vejo. – Chara se escondeu atrás de mim rapidamente.

- Ei, não precisa tremer até os ossos! – Ele piscou para Chara. Eu não mordo, pivete.

- Sans, essa é a primeira vez que eu levo a Chara pra conhecer tudo por aqui, então por favor, não nos mate de tédio com seus trocadilhos ruins. – Eu fingi gemer de desgosto, a verdade é que Sans até sabia ser engraçado, mas era meio vergonhoso rir das piadas ruins dele.

- Me desculpe, heh. Então, pivete, o que tá achando daqui?

Chara hesitou, mas decidiu responder, ainda agarrada no meu suéter.

- É... Bom... Eu acho. – Ela declarou espaçadamente.

- Nada se compara ao mundo lá em cima, mas a gente até que tenta dar nosso jeito, heh. O bom é que sua nova família vai cuidar de você, certo? Daí você não se sente OSSOlitária aqui embaixo.

- Sans... – Revirei os olhos.

- Opa! Saiu sem querer. De qualquer forma, eu nem percebi que tava dormindo. Lá em casa tô sempre ocupado cuidando do maninho então nem sobra tempo pra descansar.

Isso era verdade. Como o pai dele estava sempre ocupado no laboratório, sobrava pro Sans cuidar do irmãozinho bebê, Papyrus. Ele agora não tinha muito tempo pra pegar leve e não fazer nada além de jogar conversa fora no Grillby’s, como antes.

- Tem sido OSSO. – Ele continuou, realmente não conseguia parar com o vício dos trocadilhos ruins. – O maninho é muito energético e quer brincar o tempo inteiro. Ele não aceita quando é hora de dormir e sempre quer ouvir pelo menos umas cinco histórias antes de deixar eu sair do quarto. E isso que ele mal entende o que eu digo! É um milagre que eu tenha feito aquele esqueletinho dormir agora há pouco. – Ele reclamava, mas o sorriso no seu rosto mostrava que ele na verdade não se importava. Sans amava e protegia seu irmãozinho.

- He he... Então qualquer dia desses eu e a Chara vamos voltar pra visitar você e o Papyrus. Agora vamos andando porque ainda tem um lugar que eu queria mostrar pra ela.

- Yup. Venham sim. Até mais, príncipe Dreemurr. E pivete. – Ele acenou de leve e voltou a fechar os olhos, exatamente na mesma posição.

----

 

O som da água correndo indicava que tínhamos chegado em Waterfall, o lugar mais bonito de todo o subsolo.

O local era particularmente silencioso e vazio, se comparado a outros pontos. A maioria dos monstros que iam até lá, era para sussurrar seus desejos para as Echo Flowers, e fazer pedidos.

Havia muitas pedras cintilantes cravadas no teto mais acima, aquele era o nosso céu estrelado, embora soubéssemos que não se comparava ao real céu estrelado, na superfície.

Chara pela primeira vez desde que saímos de casa soltou minha mão, andando um pouco mais rápido.

- Ei Chara, espera por mim! – Corri um pouco para acompanhar o ritmo dela.

Ela parou em frente a uma ponte onde uma queda d’água cintilante desaguava logo abaixo, abrindo um grande lago que parecia aceso, de tão brilhante.

- Aqui... É tão bonito, Asriel. Eu me sinto realmente tranquila aqui. Como em nenhum outro lugar. – Ela fechou os olhos, apenas os sons de água correndo enchendo o ambiente.

- Eu gosto de vir aqui quando quero tranquilidade, também. – Eu sorri. – É um local de paz, desejos e sonhos. Vem, eu quero te mostrar uma coisa. – Estendi a mão para ela, que aceitou.

Então eu a levei até as Echo Flower mais próxima, e me sentei no chão, ela sentando-se em frente a mim.

- Essas flores sempre repetem a ultima coisa que a gente fala. Quer tentar? – Apontei para a flor ao lado dela. – Aqui, deixa eu te mostrar.

Me aproximei de uma e sussurrei.

- Meu desejo é algum dia ver o céu estrelado da superfície.

“Meu desejo é algum dia ver o céu estrelado da superfície”, a flor repetiu, fazendo Chara arregalar os olhos.

- Agora é sua vez. Conta pra flor qual é o seu desejo!

Ela franziu o cenho.

- Eu... Eu acho que não tenho um. Acho que não tenho um desejo, ou um sonho... Eu só estou muito confusa.

Mostrei o sorriso mais gentil que podia a ela, que baixou a cabeça envergonhada, escondendo seus olhos.

- Pois então invente um! Tem tantas coisas que você pode sonhar... Estamos selados aqui, mas sonhar é infinito!

- Sonhar... – Ela sussurrou com a cabeça ainda baixa.

- Tudo bem não ter nenhum desejo agora, porque com o passar do tempo, muitos desejos vão vir e sonhos também. Sempre existem varias possibilidades enquanto se está vivo, Chara.

Então ela levantou a cabeça para me olhar, abrindo seus olhos que naquele ambiente  iluminado apenas pelas águas cintilantes, deu uma cor vibrante e reluzente aos seus olhos vermelhos.

- Asriel... Então... Vamos voltar aqui. Exatamente aqui, quando eu tiver um desejo para sussurrar para essas flores. – Ela disse, olhando pra mim.

- Vamos voltar. Aqui será o nosso lugar a partir de agora.


Notas Finais


Olá, meus leitores lindos ;;
Espero que gostem do capítulo! Adorei escrever sobre a Undyne.
Muito obrigado aos que comentam e favoritam! Vocês me enchem de DETERMINAÇÃO pra escrever essa história <3
Até o proximo <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...