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História Something Entirely New - Bad Decision


Escrita por: SweetBabyBlue

Notas do Autor


Cheguei com capítulo novo mais cedo que o usual, pelo motivo de: Feriado essa semana, estou menos atarefada /o/
Espero que gostem. Boa leitura e dêem uma olhada nas notas finais ;3

Capítulo 7 - Bad Decision


Fanfic / Fanfiction Something Entirely New - Bad Decision

Chara POV

A capital ainda se encontrava imersa em silêncio, era muito cedo. 

 Claro que eu passava por alguns monstros em meu caminho, mas as ruas ainda estavam relativamente vazias. 

  Asriel estaria ocupado durante boa parte do dia, aprendendo a controlar a sua magia de fogo com seus pais. Ele já tinha uma noção de como usá-la, mas faltava prática de acordo com Toriel, que manipulava as chamas tão bem a ponto de nem precisarmos usar o fogão de casa, que estava quase intocado. 

  Já tinha pelo menos duas semanas que eles estavam naquilo, começando logo depois das nossas aulas e estendendo-se por toda a tarde. Apesar de ter assistido algumas vezes, eu tinha começado a me entediar, então perguntei se naquele dia eu podia sair para passear sozinha. 

  Toriel surpreendeu-se com o meu pedido, eu nunca havia saído sozinha antes. Apesar disso não me impediu e falou que ficava feliz que eu me sentisse segura o suficiente para ficar por conta própria. Deixou ainda um celular comigo, para caso eu me perdesse ou me sentisse mal no meio do caminho. Não que tivesse como eu me perder, já conhecia o subsolo tão bem que podia andar por lá de olhos fechados. 

  Estava vestida naquela manhã com um enorme suéter preto que em mim quase se tornava um vestido, tapando até mesmo a visão dos meus shorts da mesma cor, além de um tênis marrom que tinha sido presente de Asgore quando completei meu sexto mês na casa deles. 

  Minhas pernas expostas, finas demais para o meu gosto, estavam estampadas com alguns hematomas, alguns mais recentes e outros com uma coloração mais esverdeada, além de alguns curativos adesivos escondendo pequenos arranhões. 

  Eu já estava acostumada com machucados pelo corpo, mas daquela vez o motivo deles não era abuso. Eram todos resultados das minhas diferentes brincadeiras com Asriel, que acabavam com algumas topadas nos móveis ou tombos no corredor ou no jardim.

  Já não era uma visão tão horrível pra mim como antes, pois o motivo deles estarem ali não era ruim. Sorri ao pensar naquilo, levando a mão ao colar que tinha ganhado dele.

  Bocejei longamente ao pegar o elevador que descia até Hotland. Os sonhos ruins não tinham parado e eu não podia dormir com Asriel sempre que eles me atormentavam, embora estivesse escapulindo para a cama dele cada vez mais vezes. A cada dia a hora de dormir era mais difícil, por saber o que viria depois.

  Cenários distorcendo-se a cada vez, ora a vila em que eu nasci, aí ora a densa e escura floresta em volta do Monte Ebott,  ora a cama de flores douradas nas Ruínas onde caí. 

  Vozes na minha cabeça que sempre diziam a mesma coisa: "Vingue-se de todos eles". 

  Por mais que eu tentasse não pensar nisso, dentro de mim um ódio crescente fervilhava às vezes, ódio de todos aqueles que um dia me machucaram. Daquela humanidade podre que me renegou e me privou de felicidade.

  Eu começava a me questionar se dentro de mim havia realmente um desejo de vingança. Se eu não poderia esquecer daquele ódio e refazer minha vida no subsolo, cercada de pessoas que se importavam comigo e queriam meu bem.  

  - Obrigada pela carona. - Agradeci a pessoa do rio que gostava de cantar durante o trajeto, acenando com a cabeça de leve.

 - Tra la la. Volte a qualquer hora! 

  Estava agora em Waterfall. A atmosfera calma e tranquila de lá me ajudava a pensar e a colocar as ideias no lugar. 

  Andei por um momento, o som da água correndo sendo a única coisa que quebrava o silêncio dali.

  Mais adiante avistei a loja de Gerson, um simpático vendedor que era também um velho amigo de Asgore, e que gostava de passar horas conversando comigo e com Asriel sempre que íamos até Waterfall. Ele também costumava me dar chocolates, sabia que eu gostava muito.

  Não tendo muita coisa para fazer, resolvi passar lá.

 - Oi, Gerson. – Sorri pra ele da melhor maneira que pude ao entrar.

- Oh! Como vai, pequena senhorita Dreemurr? O que te traz à minha humilde loja hoje? – Ele brincou, divertido.

- Bem... Estou meio entediada. Asriel anda ocupado tendo muitas lições sobre magia, então não tem muita coisa pra fazer em casa.

 - Asriel é um menino esforçado, assim como seu pai, quando tinha sua idade. – Gerson sorriu. - Ele certamente governará o subsolo com sabedoria e poder, quando crescer.  Não fique entediada, garota! Logo mais ele aprende tudo o que precisa e terá tempo para brincar com você. - Ele disse alegre e me ofereceu uma barra de chocolate, que eu aceitei prontamente.

 - Eu gostaria de saber como usar magia também. Seria legal. – Comentei, mordendo um pedaço do chocolate.

- Isso é provavelmente a única coisa a qual os humanos não se igualam aos monstros... – Ele virou-se, soltando uma risada suave e ajeitando algumas mercadorias na vitrine.

- Sei disso. Na aula eu aprendi sobre essa coisa de magia, que pertence só aos monstros. E sabe, eu acho isso bom. Quem sabe o que aqueles humanos horríveis podiam fazer caso pudessem ter acesso a esse dom, não é?

 Gerson me olhou com o canto do olho.

- Oh... Certamente alguns poderiam ser capazes de utilizar magia de um jeito bom... Outros não. Quem sabe, não? – Ele riu fraco, voltando a ajeitar suas mercadorias.

- Se eu pudesse usar, eu lutaria contra os humanos ao lado de vocês. Assim eu não me sentiria tão diferente de todo mundo aqui. – Comentei distraída, mordendo mais um pedaço do doce.

 - Oh, criança. Você já é uma de nós, com toda certeza. Você é Chara Dreemurr, filha do rei Asgore Dreemurr, ninguém menos que isso. Não se sinta diferente, você certamente é querida por todos aqui embaixo. – Ele sorriu afetuoso para mim, e eu baixei os olhos, um pouco desconcertada.

 - Aliás... - Ele chamou minha atenção e eu o olhei novamente. – Vejo que já está usando o colar que Asriel comprou pra você aqui! – Ele apontou para o coração dourado em meu peito.

 Eu levei as mãos até ele e apertei de leve, um terno sorriso se formando em meu rosto quase que inconscientemente.

 - É... É um presente especial que vou levar comigo pra sempre.

A loja dele era relativamente pequena, e ficava dentro de uma gruta. Alguns pontos brilhantes decoravam as paredes dando a impressão de serem estrelas, como era característico em toda Waterfall. Entre os produtos que vendia, estavam desde alimentos que recuperavam HP, até acessórios diversos que provavelmente teriam sido achados no lixão não muito longe dali.

Na parede, estava pendurado um pequeno quadro com o símbolo do reino, delta rune. Toriel e Asgore carregavam esse símbolo em suas vestes.

Já havia reparado naquele quadro algumas vezes, mas naquele dia a curiosidade me cutucou, e eu não pude evitar de perguntar.

 - Ei, Gerson... Aquele quadro... O símbolo delta rune. O que ele significa? Eu sempre me perguntei sobre o significado dele.

- O delta rune? – Ele olhou para trás, para onde o quadro estava pendurado. Bem, o significado original dele foi perdido com o tempo, acho eu. – Ele coçou o queixo, pensativo. – Mas eu sei que os triângulos abaixo simbolizam os monstros. O círculo alado em cima... Eu realmente não me lembro! Hah! – Ele riu. – Me desculpe, pequena senhorita Dreemurr, as coisas fogem muito depressa da cabeça fraca de um velho como eu.

   Terminei o chocolate e saí da loja, já devia ser um pouco mais tarde agora e alguns monstros passavam pelo local, que estava completamente deserto quando cheguei.

 Sem ter muito para onde ir, pensando que Sans provavelmente estava trabalhando e eu não poderia ir até Snowdin visitá-lo, resolvi passear por Waterfall.

  Era tanta coisa para ver, que ir ali era sempre uma experiência nova. As salas escuras com cogumelos que acendiam e iluminavam o trajeto me distraíram por um bom tempo, e logo depois fui carregada por um pequeno pato amarelo de uma margem do lago até a outra, o que demorou quase uma hora para ser feito.

 Agradeci ao pato pela sua determinação em me carregar e acabei me sentando próxima dele, olhos fixos na água que cintilava à minha frente.

 Havia algumas Echo Flowers próximas de mim, e isso me lembrou do dia que Asriel me trouxe pela primeira vez em Waterfall. Falamos sobre desejos e sonhos na sala dos desejos, um lugar mágico repleto de Echo Flowers e pedras cintilantes decorando o teto, como o céu estrelado da superfície.

  Naquele dia, decidimos que aquele seria o nosso lugar, e que voltaríamos exatamente ali quando eu tivesse um desejo para sussurrar às flores.

Isso já fazia alguns meses, mas eu não sabia se já tinha um desejo para ser sussurrado. Meu passado ainda me machucava muito, e por mais que eu tentasse me esquecer dele, os meus pesadelos constantes me mostravam que eu ainda o carregava em minhas costas.

Eu tinha encontrado a paz no subsolo, mas haviam fantasmas do meu passado que me seguiam e me impediam de sonhar ou almejar as coisas.

 Algo dentro de mim ressoava, um desejo reprimido, talvez? Eu só queria ser capaz de descobrir o que era, e então contá-lo a Asriel.

 Levei as mãos ao coração dourado, fechando os olhos.

 - Az... O que eu devo fazer? Ainda sou tão vazia. – Sussurrei, apertando o colar.

Um breve silencio seguiu, eu me concentrava apenas no barulho das cachoeiras, acalmando os tantos pensamentos que insistiam em borbulhar dentro de mim.

 - HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY, CHARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!

Saltei onde estava, por pouco não caindo no lago. Meu coração disparou e eu senti o sangue fugir do meu rosto, com o susto.

Só podia ser uma pessoa...

Me virei ainda com os olhos arregalados, vendo Undyne sorridente atrás de mim.

- Hey, sua avoada. Pensei que ia ter que chamar umas mil vezes para que me escutasse!

Ela estava como sempre, calças largas e botas que iam até seus joelhos, uma regata que ficava ainda mais larga no seu corpo magro, mas resistente, e os espessos cabelos ruivos presos para trás.

- Undyne... Você quer me matar de susto? – Levei a mão ao coração, que ainda estava descompassado.

- Você é muito mole! Qualquer coisa leva um susto! Tem que ser mais energética, garota! Tem só oito anos e nenhuma energia!

- Eu estava meio... Distraída. – A companhia dela me agradava. Era muito agitada e muito obstinada em conseguir o que queria, não desistindo até que o objetivo se realizasse. – Você mora por aqui, não?

- Logo ali pra cima. – Ela apontou com o dedo. – Só não te convido para ir lá, Chara, porque tá tudo uma bagunça. Eu não arrumo nada porque não tenho tempo. A futura líder da Guarda Real do seu pai não pode desperdiçar horas fazendo coisas estúpidas como lavar louça, certo? – Ela exibiu um sorriso orgulhoso, sentando-se ao meu lado.

 - É, acho que você tem razão. – Sorri de volta pra ela. – Hoje é seu dia de treinamento lá em casa, certo?

- Sim! Eu estou cem por cento pronta para ir, mas como ainda está muito cedo, saí para dar uma volta pelos arredores até dar a hora. Ficar dentro de casa me cansa, sabe? – Ela então estirou-se no chão, pondo as mãos atrás da cabeça e usando-as como travesseiro. – E você, punk? O que faz aqui essa hora?

  Pensei por um momento antes de responder.

- Estou dando uma volta também. Por contra própria. – Ressaltei, sentindo um estranho orgulho de estar fazendo aquilo sozinha pela primeira vez. – Passei na loja do Gerson para comer chocolate e conversamos um pouco. Tinha algo que eu queria ter perguntado, mas ele tinha esquecido a resposta para minha pergunta.

- Hah! O Gerson já deve ter mais de cem anos e nada para na cabeça de tartaruga dele! – Disse a garota peixe, meio alto demais. – Ele sempre diz que vai me contar histórias, mas se esquece do resto delas antes que tenham chegado na metade. Isso me deixa louca! Ngaahhh! – Ela exclamou indignada.

 - Normal. Ele deve ter vivido muitas coisas e é difícil se lembrar de todas elas... Eu tinha perguntado sobre o símbolo do delta rune e seu significado.

- Ah? Era isso que queria saber? – Ela me olhou de canto, um sorriso cheio de dentes pontiagudos se formando. – Isso tem uma história legal. Vou te contar, baixinha. É o seguinte, dizem que os triângulos na parte de baixo simbolizam todos os monstros, presos aqui embaixo. Já o círculo alado na parte de cima... Dizem que se trata do anjo da profecia.

 Eu a olhei, curiosa.

- Essa profecia, imagino que queira saber... Dizem que algum dia, o anjo que viu a superfície irá descender de cima e libertará a todos aqui embaixo. Bem, é o que eles dizem, hah! – Ela riu.

Anjo da profecia...?

Uma sensação incômoda tomou minha alma ao ouvir aquelas palavras, como se todas as respostas que eu buscasse estivessem presentes nelas. Tudo fervilhava dentro de mim, dúvidas acumulando-se de repente, a ponto que eu mal conseguia respirar, e sentia que a resposta que eu buscava estava cada vez mais perto. Lutava comigo mesma para encontrá-la dentro de mim.

 Undyne pareceu perceber meu desconforto?

 - Ei, punk. Tá tudo bem? – Ela levantou-se do chão, me olhando com o cenho franzido.

 - Tudo bem, Undyne... – Eu tentava o máximo que podia esconder a incerteza em minha voz, mas não sabia se estava sendo possível.

 - Hm... Se quiser posso pedir ao seu irmão bebê chorão para vir te encontrar aqui. – Ela espreguiçou-se.

“Asriel. Eu preciso vê-lo”. Meu subconsciente trouxe aquelas palavras à tona de meus pensamentos, e eu não sabia realmente o porque de precisar vê-lo agora.

- Eu... Podia fazer isso por mim? Podia pedir para Asriel me encontrar no nosso lugar? Ele saberá onde. – Minha voz saiu tremida, minhas ideias tentavam clarear dentro da confusão de pensamentos dentro de mim. A resposta estava cada vez mais próxima, e eu sentia como se pudesse alcançá-la ao esticar as mãos.

- Tudo bem, eu falarei com ele quando chegar no castelo. Agora vou indo, porque tenho umas longas horas de treinamento pela frente! Até mais, punk! Se cuida, ein! – Undyne já se afastava a largas passadas de mim, sumindo da minha vista pouco tempo depois.

  Fechei os meus olhos com força, perdendo-me no oceano de pensamentos desconexos que se acumulava dentro de mim. Eu tinha que juntar esse quebra cabeças, e rápido.

  “Hm? Não está morta mesmo depois de terem te deixado sem comer durante essa semana inteira? Hah, bem que dizem que vaso ruim não quebra, não? Tome, criança, fique com essa maçã podre que sobrou em minha venda hoje. Não quero que se torne um espírito vingativo depois de morta e cause mais infortúnio ainda a essa vila.”

“ Esse demônio foi gerado aqui, então é nossa responsabilidade mantê-lo aqui, está entendendo? Deixe com que ela apodreça naquela casa abandonada, até que faça a gentileza de morrer.”

“Não olhe, filho! Aquela é Chara, o demônio que nasceu em troca da vida de inocentes. Ela tem olhos vermelhos cheios de maldade, se chegar perto dela, ela irá causar dor e destruição. Vá procurar uma criança normal para brincar com você, certo?”

“Como você ousa entrar em minha casa e pegar de minha comida? Demônio nojento. Crianças amaldiçoadas como você deviam simplesmente morrer de uma vez. Mas dessa vez irei te ensinar de uma vez por todas...”

 - Não... – As lembranças do meu passado vinham à tona, transbordando de dentro de mim e causando um aperto cada vez maior em meu peito, como se a dor de me lembrar fosse tão grande que pudesse se tornar física.

  Me encolhi o máximo que podia, abraçando meus joelhos com as mãos e cravando as unhas neles, sabendo que aquilo deixaria marcas.

 Não importava.

As lembranças jorravam e jorravam, fazendo com que eu me lembrasse de todos os momentos que lutava diariamente para esquecer. Junto com elas, vinha um outro sentimento que queimava minha alma, borbulhava em meu estômago e se tornava cada vez mais claro.

Ódio.

 - Tudo o que eu fiz foi nascer... E eles... – Eu bufei entredentes, num volume que só eu escutaria. – Eles destruíram a minha vida... Destruíram tudo o que eu podia vir a me tornar, roubaram o meu futuro, quebraram a minha alma em mil pedaços... Que não podem ser colados... – Sangue escorria dos meus joelhos, minhas unhas cravando-se cada vez mais fundo neles, e eu sentia o líquido quente escorrer lentamente por minhas pernas.

 De repente, mais memórias vieram, me tirando do transe, e eu arregalei os olhos.

Toriel e Asgore me acolhendo em sua casa e me chamando de “filha”.

Undyne tentando me colocar para cima mesmo nos dias que eu não estava tão animada.

Sans contando suas piadas ruins e me arrancando risadas.

Todos os monstros, gentis, amistosos, acolhedores...

E Asriel.

- Asriel... – Murmurei, apertando com força o colar, sabendo que minhas mãos estavam manchadas de sangue.

As lembranças e sentimentos explodiram de dentro de mim, e eu senti como se eu fosse também explodir junto deles. Mas não explodi.

 E de repente, a resposta que eu buscava veio.

Tudo se tornou claro em minha mente, como o sol que brilha depois de uma terrível tempestade, afastando as incertezas e inseguranças.

 O anjo da profecia. O motivo pelo qual eu estava ali... O meu desejo de vingança da humanidade... O sentimento constante de precisar de uma razão para existir... O enorme desejo que eu tinha de retribuir tudo o que fizeram por mim no subsolo. O sentimento tão grande que eu tinha por Asriel.

De repente, as peças do quebra cabeça em minha mente se juntaram.

Eu soube então o que devia fazer.

Respirei fundo, limpando o sangue da melhor maneira que podia, e me levantei, caminhando calmamente até a sala de desejos.

 

Não muito tempo depois, Asriel veio. Eu estava sentada no chão, escondendo os machucados no joelho com as mãos.

  - Chara... Me desculpe pela demora... Undyne me avisou. – Ele tinha a respiração descompassada, provavelmente havia corrido até lá. – Eu estou um pouco cansado porque usei muita magia, mas vim o mais rápido que pude.

Ainda estava um pouco nervosa, mas ao vê-lo, meu coração pareceu sossegar, e eu me senti mais leve.

- Az... Eu... Eu encontrei um desejo para mim. Ele está gravado naquela flor. – Apontei com os olhos.

Os olhos dele iluminaram-se.

 - Isso... É sério? Você encontrou algo que deseja, Chara? – Disse, sorrindo largamente.

 Acenei com a cabeça levemente, retribuindo o sorriso fracamente.

 Ele se aproximou da flor e levou o ouvido próximo de suas pétalas.

“O meu desejo... É libertar todos vocês.”

Ele me olhou com um leve sorriso nos lábios.

- Chara... Não se preocupe, o seu desejo com certeza vai se tornar verdade! Um dia, vamos descobrir um jeito, tenho...

- Eu sei de uma maneira de fazermos isso agora.- Eu o interrompi, vendo a curiosidade cintilar em seus olhos.

 Um breve silêncio se instalou e ele franziu o cenho, parecendo não ter entendido.

- Agora..? O que está dizendo, Chara? Há a barreira.

Me levantei de onde estava, sem me importar que ele fosse ver o sangue seco em minhas pernas ou as marcas vermelhas no colar, mas ele estava tão confuso me encarando que não pareceu ter notado.

Cheguei perto dele o suficiente para tomar suas mãos nas minhas, apertando-as forte.

- Az... Eu quero que você tome a minha alma e atravesse a barreira.


Notas Finais


Esse capítulo deu mais trabalho do que eu imaginava *limpa o suor da testa* -q HDUASHDH É sempre trabalhoso passar a profundidade do personagem pro papel (Word) Tá, vocês entenderam. HDUAHSDH
Não terá o mesmo desfecho do jogo, fiquem tranquilos );
Bem gente, esta é a reta final da primeira fase de Something Entirely New. Devemos contar com mais uns 3 capítulos mais ou menos, neles o passado da Chara será contado, dentre outras coisas. Depois disso, o aguardado salto temporal de oito anos. WEEEEEE
Uma boa música que eu acho que combina com esse capítulo é essa aqui: https://www.youtube.com/watch?v=K37BiyR2E60 ( Ai Liz,que droga) me desculpem, mas eu gosto da letra.
Nossa, escrevi demais. Espero que tenham gostado, deixem um comentário e favoritem, isso me enche de DETERMINAÇÃO <3
Até o próximo, que não deve demorar muito por conta do feriado *-*


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