História Something I Need - 9. Tanjoubi omedetou, Sasuke

Capítulo 9 – Tanjoubi omedetou, Sasuke.

Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoa

Agora que pensei bem sobre isso

Estou me arrastando de volta para você.

Arctic Monkeys

Sasuke

Hinata estava me ignorando desde que voltamos para Konoha. 10 dias? 11 dias? Eu não saberia dizer exatamente, mas eu estava ficando como um viciado sem sua droga.

O que é muito estupido quando se é Uchiha Sasuke, o vingador, e quando nós apenas tivemos um caso de alguns dias e muitas transas. Muitas. Todos os dias da volta para a vila da folha. Ela havia dito que não queria que aquilo parasse, então onde raios estava a princesa do byakugan?

Suspirei e andei em direção à modesta cozinha de meu apartamento. Procurei algo para comer na geladeira, mas ela estava vazia, precisaria fazer compras mais tarde. Bati a porta com força e o calendário me chamou atenção.

23 de julho.

— Puta que pariu. — Murmurei revirando os olhos. — Parabéns para você, Uchiha.

Peguei minhas chaves e saí de casa, teria que passar em algum lugar para comer antes de meu habitual treino. A luz matinal fez com que meus olhos ardessem levemente e eu a amaldiçoei.

— Teme! — Uma voz conhecida gritou e eu tive vontade de retornar ao meu apartamento e me esconder lá pelo resto do dia. A aura negra que me rodeava aparentemente não era o bastante para afastar Naruto. — EI, TEME!

— O que você quer, Naruto? — Perguntei, virando-me na direção dos gritos. O Uzumaki estava estranhamente energético aquela hora da manhã, contrastando totalmente com minha irritação. 

— Feliz aniversário cara! — Ele disse, me dando um rápido abraço, que foi retribuído de forma desajeitada. — Lamen no Ichiraku hoje à noite? Por minha conta ‘ttebayo!

— Tsc, eu tenho escolha? — Murmurei

— Não! — O loiro respondeu, e virou em direção ao prédio do Hokage. — Te vejo mais tarde.

Quando tomei o caminho para o campo de treinamento, após um rápido café da manhã em um pequeno restaurante no centro da vila, minha mente tentava achar explicações para uma pessoa como Naruto ter o posto de melhor amigo em minha vida. Nós éramos praticamente opostos, luz e escuridão, e mesmo assim o loiro parecia me entender melhor do que ninguém.

Bufei e sentei embaixo de uma grande macieira que enfeitava o campo, ela era um dos grandes motivos para meu treino diário ser ali. Era reconfortante sentar a sua sombra no final de cada série e observar o céu mudando, aos poucos, sua tonalidade com o passar do dia. Respirei fundo e fechei os olhos, deixando inúmeras lembranças tomarem conta da minha mente.

22 anos de vida e tão poucos realmente vivendo. As sensações tão novas e diferentes dos costumeiros ódio e culpa, que estavam sendo apresentadas a mim nos últimos tempos, passaram como um relâmpago e não pude evitar um pequeno sorriso de lado.

“Você está virando um maricas, Sasuke.” Minha mente provocou e eu bufei novamente. Malditos sejam Uzumaki e Hyuuga com toda sua luz.

Principalmente Hyuuga Hinata. Ela havia me jogado fora da minha zona de conforto, me apresentado sentimentos conflitantes e estranhos, e então sumira.

Bufei novamente e levantei para iniciar meu treino. Os exercícios expulsariam esses pensamentos da minha cabeça e tornariam o resto de meu dia menos frustrante. Ninguém viria me perturbar ali, nem mesmo Naruto sabia onde meus treinos eram realizados.

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O céu estava alaranjado quando me dei por vencido e tomei o caminho de volta para meu apartamento. A perolada não saía de meus pensamentos, era inútil tentar afastá-la de qualquer forma. Meu estômago reclamava, pedindo por comida, mas ele teria que esperar mais alguns minutos até eu tomar um banho rápido e colocar uma roupa decente.

Cabelos pretos, roupas pretas e sapatos pretos. Tudo combinando perfeitamente com meu humor irascível. Quando cheguei próximo ao Ichiraku, desejei socar Uzumaki Naruto. Os olhos azuis do loiro me viram de longe e a pequena multidão que ele juntara também, e então gritaram juntos: Feliz aniversário!

O filho da puta tinha planejado uma festa surpresa.

Meus pés quase deram meia volta, mas meus olhos encontraram os perolados dela e me movi automaticamente em sua direção. Ela estava usando um bonito vestido vermelho sem mangas, justo na cintura e solto nos quadris. Ele chegava até o meio de suas coxas e sapatos pretos de salto adornavam seus pés.

“Seria maravilhoso fodê-la naqueles sapatos.” Pensei, e um pequeno sorriso malicioso brincou em meus lábios. As bochechas dela coraram ao ver meu sorriso e eu tinha certeza que ela podia ler todas as mil e uma maneiras de possuí-la que passavam por minha mente naquele momento.

Estúpido. Era exatamente isso que eu estava me tornando, estupidamente atraído por Hyuuga Hinata.

Meus olhos se afastaram dos dela por um momento para avaliar as pessoas que o Uzumaki havia convidado. Todos os nossos amigos, colegas de academia, e até mesmo Kakashi e Iruka estavam ali. Suspirei e me adiantei para cumprimentá-los.  Já que estava ali, não custaria tomar algumas bebidas e tentar, de alguma forma, me divertir um pouco.

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Nossos olhos se encontraram muitas vezes durante a noite. Ela tomava discretos goles de saque e, aos poucos, se soltou um pouco mais com os amigos. Hinata sorria mais vezes e me lançava olhares lascivos, que provocavam ainda mais minha mente nada inocente. Sorte da herdeira Hyuuga que não estávamos sentados lado a lado, senão veríamos a quão boa atriz ela seria para disfarçar os pequenos prazeres que meus dedos proporcioná-la-iam.

Apesar de ainda estar irritado, principalmente pelo fato da morena ter me ignorado por todo aquele tempo, meu humor melhorou consideravelmente à medida que as horas passavam. Diverti-me mais do que gostaria de admitir, era completamente diferente do que eu estava acostumado e, no fundo, desejei que aquilo se repetisse mais vezes.

— Tanjoubi omedetou, Sasuke. — A perolada murmurou aproximando-se de mim quando todos começaram a se dirigir para as próprias casas. Ela se inclinou e meu um singelo beijo na bochecha e seu cheiro de lavanda atingiu minhas narinas.

— Resolveu parar de me ignorar? — Perguntei, franzindo os lábios. Ela me deu um olhar surpreendido e, após, soltou uma risada melodiosa.

— Oh, eu não estava te ignorando. Desculpe-me se essa foi a impressão que passei. — Ela respondeu, sincera, e fixou os olhos perolados nos meus. — Fiquei presa no clã durante todo esse tempo, Hanabi estava ficando doida tentando entender as coisas necessárias para assumir a liderança e eu estava lhe dando uma mão.

Estúpido. Exatamente isso que você é Uchiha Sasuke.

— Eu... Hm... Tenho um presente para você. — A morena continuou e suas bochechas assumiram o tom usual, vermelho. — Eu posso...  Acompanhá-lo?

Eu apenas passei a língua no lábio inferior e confirmei com a cabeça.

— Hinata-chan. — O Uzumaki chamou, era possível detectar um pouco de receio em sua voz. — Você gostaria de companhia para voltar para o clã?

— Iie. — Ela respondeu balançando a cabeça negativamente. — Uchiha-san irá me acompanhar por um pedaço, precisamos discutir alguns detalhes sobre nosso treinamento.

Se ele achou algo estranho, não comentou. Apenas se despediu e tomou o caminho contrário ao nosso, junto a Sakura e alguns outros. Os companheiros de time de Hinata despediram-se dela e eu pude ver um pequeno piscar de olhos de Inuzuka.

— Treinamento, é? — Perguntei, malicioso, e coloquei as mãos nos bolsos da calça. Ela respondeu com um pequeno sorriso e começou a andar em direção ao meu apartamento com os saltos fazendo barulho nos paralelepípedos da rua.

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Minha primeira reação ao chegar ao meu apartamento foi prensá-la na porta e tomar-lhe os lábios pintados de carmim. Ela arfou quando uma de minhas mãos passeou por sua coxa e apertou sua bunda com voracidade, sem nunca deixar de beijá-la desesperadamente. O sabor adocicado, tão comum a ela, estava lá, mesmo que um pouco discreto devido ao álcool.

— Espere. — Ela murmurou, e me deu uma pequena mordida no lábio inferior. Suas mãos delicadas seguraram minha camiseta com força e me empurraram levemente até a parte posterior de meus joelhos atingirem o sofá e eu cair sentado nele.

— O que você está fazendo? — Sussurrei quando ela se levantou. A morena colocou o dedo indicador em meus lábios, sinalizando para que eu ficasse em silêncio.

Ela virou de costas e passou as mãos na cintura até o quadril, desabotoando lentamente o zíper na lateral do vestido. Em seguida, retirou as alças dos ombros, fazendo com que ele caísse e revelando um conjunto de lingerie de renda preta.

"Puta que pariu" Pensei quando ela virou para me encarar, minha ereção incomodava dentro das calças e a perolada parecia saber disso. O sutiã rendado acomodava belamente os seios fartos e não pude evitar passar a língua nos lábios, demonstrando o prazer de vê-la daquela forma.

Ela sentou em meu colo e aproximou nossos rostos. Um sorriso malicioso pintava seu rosto e seus olhos brilhavam. A morena juntou nossas bocas em um pequeno beijo, que logo fora rompido quando seus lábios se dirigiram para minha bochecha, meu queixo e se demorou em meu pescoço. Sua língua brincava com minha pele, descobrindo-a lentamente. Minhas mãos foram para sua cintura e ela parou os beijos para retirá-las dali.

— Fique com as mãos quietas, Sasuke. — Disse com os lábios colados em meu ouvido, sua voz rouca. — Ou eu vou amarrá-las.

Meu membro respondeu prontamente àquelas palavras, ele pulsava louco para ser liberto da prisão de roupas. A morena estava diferente do habitual, mais solta, mais maliciosa. Talvez o culpado fosse o álcool, ou talvez aquela Hinata sempre estivesse ali, escondia e esperando o momento certo para ser apresentada.

Eu não me importava com os porquês, só com as sensações que ela estava me proporcionando. Era diferente não estar no controle, mas tudo com a Hyuuga era diferente, novo, inexplorado. Os sentimentos, as sensações.... Ela me jogava totalmente fora da minha zona de conforto, das coisas conhecidas.

As mãos pequeninas agarraram a barra de minha camiseta e puxaram para cima, revelando meu abdômen. Ela se demorou observando meu torso e, após, levou as mãos macias até ele, acariciando lentamente, arranhando levemente. Fechei os olhos, aproveitando suas carícias e os pequenos choques que se espalhavam por meu corpo cada vez que sua pele entrava em contato com a minha.

Sua trilha de afagos chegou até a o botão de minha calça e a desabotoou lentamente, seus olhos nunca deixando os meus. Os dedos brincaram com o zíper antes de puxá-lo para baixo e acariciar minha ereção dolorida. A Hyuuga levantou-se do meu colo e, vagarosamente, ajoelhou-se na minha frente. As mãos libertaram meu membro de sua prisão e meus olhos se fecharam automaticamente ao sentir a língua quente na glande.

Toda a extensão de meu membro foi esquentando aos poucos enquanto ela o agraciava com movimentos aleatórios com a língua e, aonde sua boca não chegava, um vai e vem constante com uma das mãos. Ficamos ali no que pareceram horas, minha mente, cada vez mais preparava-se para explodir como fogos de artifício.

Quase rosnei de insatisfação quando ela parou seus movimentos e levantou-se, levando consigo minha calça e cueca. Os movimentos foram rápidos dessa vez, num segundo ela estava tirando a pequena peça que lhe cobria a intimidade e, em outro, ela encaixava-se cuidadosamente em minha ereção, suas costas viradas para o meu peito.

Gemidos escaparam de ambas as bocas quando ela começou a se movimentar lentamente, sua boceta tão molhada e apertada quanto eu me lembrava. Suas mãos se apoiaram em meus joelhos e a Hyuuga subia, descia, rebolava sensualmente. Minha mente, e meu corpo, estavam completamente deliciados com aquilo, mas eu não estava pronto para ceder totalmente o controle.  Minhas mãos seguraram sua cintura e a guiaram até a mesa de centro em frente ao sofá, fazendo com que ela ficasse de quatro em cima de alguns jornais.

Ela resmungou por eu ter tirado o seu controle, mas o descontentamento durou apenas até eu penetrá-la novamente e um gemido alto saiu de sua boca. Ela rebolava em meio das estocadas e após alguns minutos de prazer, levantou o torso e enlaçou os braços em meu pescoço, deixando os belos seios, ainda acomodados pelo sutiã, ao meu alcance. Minhas mãos retiraram a peça rendada de qualquer jeito e acariciaram seus mamilos, fazendo com que ela suspirasse em meios aos gemidos.

Não demorou muito para que sua intimidade apertasse ainda mais meu membro, ela pulsava e meu próprio corpo se preparava para o clímax. Eu podia sentir cada centímetro de pele ficando muito frio e de repente muito, muito quente. Minha mente explodiu em pedacinhos e ambos gememos profundamente ao gozarmos juntos.

Peguei Hinata nos braços e nos acomodei novamente no sofá. Meu coração parecia querer saltar pelo peito e minha mente estava completamente extasiada. A luz da rua entrava pelas frestas da cortina e iluminava nossos corpos entrelaçados, fazendo daquele momento ainda mais diferente. Ficamos ali por vários minutos, meus dedos brincavam com as pontas de seu cabelo e uma das mãos dela acariciava suavemente meu torso desnudo.

— Eu preciso ir... — Ela sussurrou levantando a cabeça para me encarar. Seus olhos demonstravam a vontade de ficar, a vontade de continuar nossas descobertas.

. Apenas confirmei com a cabeça, nosso treinamento ANBU começaria na manhã seguinte e eu tinha plena convicção de que, se Hinata ficasse em meu apartamento, não chegaríamos nem um pouco descansados para nosso primeiro dia.

— Um banho antes de ir? — Perguntei, acompanhando-a quando se levantou. Um sorriso surgiu em seus lábios e ela murmurou um pequeno "sim" antes de recolher as próprias roupas e as colocar no sofá.

Banhos com a princesa Hyuuga nunca eram somente banhos. Mais algumas horas se passaram até que ela realmente deixasse meu apartamento e eu ficasse sozinho, digerindo todas as informações do dia. Tentei encontrar palavras para descrever as sensações que me invadiam quando estava com ela, mas era praticamente impossível, era tudo novo, estranho, confuso. A única certeza ali era a de eu não ser mais exatamente a mesma pessoa de um ano atrás.

E a certeza de que Hyuuga Hinata estava, definitivamente, tomando meus pensamentos cada vez mais.