História Something I Need - 7. Boas notícias e banhos quentes

Capítulo 7 – Boas notícias e banhos quentes.

Você faz parecer que é mágica

Porque eu não vejo mais ninguém, ninguém além de você, você, você

Nunca fico confuso

E eu estou tão acostumado a ser usado

The Weeknd – Earned It

Hinata

Eu não tive pesadelos durante a noite, ao contrário disso. Minha mente foi invadida por imagens nada inocentes: o beijo de Sasuke, seus toques precisos e macios, seu corpo junto ao meu e a antecipação para levarmos aquilo a um nível maior. Aquilo era novidade para mim e, quando acordei na manhã seguinte, meu rosto estava em chamas.

Nós estávamos deitados de frente um para o outro, mas uma de suas mãos estava em minha cintura de forma possessiva, ele ainda dormia e a frase “Há muitos anos que não durmo mais que 2 ou 3 horas por noite” passou pela minha cabeça. Sorri ao ver seu semblante tranquilo e me permiti alguns minutos de observação até que ele também abrisse os olhos.

— Ohayou. — Ele disse, me puxando para mais perto dele e colocando a cabeça em meus seios.

— O-ohayou. — Respondi, envergonhada. A respiração quente em um local tão sensível fazia com que toda minha pele se arrepiasse. — Dormiu bem?

— Sim... — Ele disse, a mão que estava em minha cintura passou a fazer pequenas carícias ali. — E você?

— Também... — Sussurrei, fechando os olhos e aproveitando as sensações que ele provocava em mim. Pareciam toques tão simples, mas com uma reação tão intensa que me assustava de certa forma. — Sem pesadelos.

— Bom. — Ele murmurou, levando os lábios para meu colo. Distribuiu pequenos beijos ali e subiu lentamente até o meu pescoço. Meu coração acelerou loucamente e meu corpo pulsava cada vez mais. Uma das minhas mãos foi ao seu cabelo e o agarrou com força quando ele me deu uma mordida no pescoço e grunhiu. — Hime…

— Hinata! — a voz de Ino chamou, batendo na porta, minha mente rosnou pela interrupção. — Você está perdendo o horário do remédio, está tudo bem?

— S-sim. — Eu respondi, Sasuke não tinha se importado e continuava sua trilha de beijos e mordidas. — Eu e-eu saio em u-um minuto.

— Um minuto? — Ele sussurrou, parando com os beijos e, encarando-me intensamente. Seus olhos negros brilhavam de desejo e meu ventre respondeu de imediato.

— M-m-meu remédio… Eu pr-preciso… — Eu comecei a dizer, mas ele me interrompeu com um beijo. Diferente da noite anterior, aquele beijo estava cheio de tensão sexual e eu não pude evitar um pequeno gemido, que foi respondido com um aperto delicioso em minha cintura.

Separamo-nos e ficamos nos encarando até nossas respirações voltarem aos ritmos normais. Meu corpo inteiro queimava junto as minhas bochechas, eu queria aquilo continuasse… eu necessitava que aquilo continuasse. Nunca, em toda minha vida, alguém tinha me olhado de forma tão intensa e desejosa como Sasuke me olhava naquele momento e eu me sentia maravilhosa com aquilo.

— Eu vou tomar um banho… — Ele sussurrou e eu concordei com a cabeça. Ele me deu um último beijo, dessa vez mais calmo, e levantou. Sasuke me deu uma última olhada e saiu, dando de cara com Ino. — Yamanaka.

— Sasuke? — Eu a ouvi perguntando, surpresa. Ele apenas bufou e uma Ino extremamente eufórica invadiu o quarto. — Vocês…?

— Não…. — Eu murmurei, sentando-me na cama. — Talvez se você não tivesse batido na porta…

— Oh meu Kami!  — Ela disse, sentando ao meu lado e fazendo uma cara culpada. — Gomen, Hinata-chan. Eu estava preocupada com o horário de seu remédio.

— Sim, sem problemas. — Eu disse, colocando o cabelo atrás da orelha e encarando minhas pernas. — Ei, Ino, você acha que seja errado? Nos aproximamos a pouco tempo e bem… Ele é melhor amigo de Naruto.

— Hinata… — Ela começou e colocou uma mão em meu ombro. — Primeiro: Naruto perdeu o direito de se meter na sua vida no momento em que vocês terminaram. Segundo: você e Sasuke são pessoas crescidas, ambos estão solteiros e claramente atraídos um pelo outro.

— Eu acharia alguma coisa errada se você não estivesse atraída por ele. — Ela continuou. — Vocês não precisam definir um relacionamento Hinata, se curtam, aproveitem juntos e o tempo vai determinar o que vai acontecer.

— Acho que você tem razão. — Eu disse por fim, eu nunca havia feito nada parecido, eu sempre estive ali, esperando por Naruto e, bem, acabou do jeito que acabou.

— Querida, eu sempre tenho razão. — Ela disse, me dando um sorriso malicioso. — E tenho ótimas dicas também, se bem que nosso Uchiha pode ser um professor muito eficiente.

— Ino! — Eu a repreendi e ela deu uma risada, balançando os ombros. — Mudando completamente de assunto, eu preciso que você me acompanhe no hospital hoje para fazer uns exames. Se tudo estiver certo, você poderá voltar pra Konoha logo.

— Oh, claro! — Eu disse animada com a perspectiva de voltar para casa. Peguei o comprimido que Ino segurava na mão e tomei. — Só preciso trocar de roupa. Te encontro em 10 minutos, tudo bem?

— Tudo bem. — Ela respondeu, levantando-se e sorrindo. — E mais uma vez: me desculpe!!!

Dei uma pequena risada enquanto ela saia do quarto e levantei dá cama. Recolhi a bela yukata que jazia no chão e me recordei de alguns acontecimentos da noite anterior e de antes da interrupção. Os toques, os choques e os beijos… minha mente viajava nas possibilidades ao mesmo tempo em que eu guardava a peça delicada em minha mochila e colocava uma roupa confortável para a série de exames.

A manhã passou rapidamente entre a coleta dos exames e a espera dos resultados. No meio tempo entre os acontecimentos, uma Ino muito animada me contava coisas indecentes que eu não tenho coragem de repetir. Voltamos para casa já no meio da tarde, os garotos e Temari estavam jogando algum jogo de cartas que eu não conhecia.

— Boas notícias!!! — Ino disse quando entramos na sala. Meus olhos automaticamente procuraram pelo par de ônix e fiquei surpresa quando não os encontrei. — Não existem mais traços de veneno no organismo de Hinata e, contanto que ela prometa não fazer muito esforço pelos próximos 15 dias, ela está liberada para voltar para Konoha.

— Fico feliz por sua recuperação, Hinata-san. — Gaara disse com um pequeno sorriso. Ino logo sentou ao seu lado e o sorriso dele se alargou. — Mas não se sinta apressada, pode ficar aqui o quanto precisar.

— Obrigada, Gaara-san. — Eu disse, sincera. — Mas eu gostaria de voltar para casa o quanto antes. Shikamaru-san e Temari-san nos acompanharão?

— Não. — Temari respondeu. — Nós ainda temos alguns assuntos para resolver antes de voltarmos para Konoha.

— Assuntos de casamento, espero eu. — Gaara brincou e todos riram da cara desesperada que Shikamaru fez.

— Vocês viram o Sasuke?  — Eu perguntei com um pouco de receio.

— Ele saiu logo depois de vocês e disse que iria treinar. — Shikamaru respondeu. — E não voltou para o almoço.

— Eu vou procurá-lo. — Eu disse e Ino me deu um sorriso malicioso. — P-para ajeitar nossa v-volta para Konoha.

— Claro, querida. — Ela disse e eu sai da casa em direção ao campo de treinamento. — Não se esforce muito!

No caminho até o campo de treinamento as palavras de Ino voltaram a minha mente “se curtam, aproveitem juntos e o tempo vai determinar o que vai acontecer”. Eu nunca havia feito nada parecido, minha vida sempre fora treinar para ser uma ninja melhor, uma herdeira digna. Sempre às sombras de meu time, meu primo e de Naruto. Quando tive a coragem suficiente para fazer algo por mim e me declarar, fui ignorada. Quando a guerra veio, não fui forte o suficiente e Neji morreu por mim. Quando eu e Naruto finalmente ficamos juntos, não foi sincero e não durou.

Suspirei, curtir e aproveitar... Como fazer isso? Quando cheguei ao campo de treinamento, Sasuke estava sentado encostado em uma das paredes. Os olhos dele estavam fechados e ele respirava rapidamente.

— Sasuke-san. — Eu o chamei com receio. Ele abriu os olhos e eu pude enxergar um pouco daquele fogo que havia visto hoje pela manhã. Eu podia enxergar pequenas gotas de suor escorrendo por seu torso desnudo e minhas bochechas esquentaram pela visão. — Você não estava quando voltamos do hospital.

— Eu precisava extravasar toda essa... tensão. — Ele respondeu, me encarando. Sentei ao lado dele e voltei meus olhos para o céu, algumas nuvens de chuva estavam se formando rapidamente. — Ficar perto de você é perigoso, Hinata.

— Porque? — Eu perguntei, olhando para ele, seus olhos estavam brilhando intensamente e meu coração acelerou antecipando sua resposta.

— Porque eu quero fazê-la minha, Hinata. — Ele respondeu, o jeito que meu nome saíra da boca dele fazia com que meu corpo estremecesse. — De todos os jeitos possíveis.

— Então faça... — Eu sussurrei. Uma das mãos dele segurou meu queixo e me arrepiei com a lembrança do beijo.

— Eu não sou um homem bom para você, hime. — Ele disse, sua voz rouca denunciava que ele queria aquilo tanto quanto eu. — Eu estou envolto de sombras enquanto você é pura luz.

— Eu não me importo. — Sussurrei, aproximando nossos rostos. — Por muito tempo as outras pessoas determinaram o que era melhor para mim, agora não mais. Eu quero uma continuação, Sasuke. Quero me sentir como você me fez sentir hoje de manhã. Eu quero você.

As gotas de chuva caíram no momento em que ele me beijou desesperadamente. Sua mão foi do meu queixo até minha cintura e me guiou para que eu sentasse em seu colo. Um gemido escapou de meus lábios quando senti sua ereção pressionando minha intimidade e isso fez com que ele me pressionasse mais.

— Casa... — Ele sussurrou interrompendo o beijo e fazendo um pequeno carinho em minha bochecha. — Não queremos que você pegue um resfriado.

Ele me pegou no colo e me carregou até a casa de Gaara. Não tentei impedi-lo, porque eu sabia que não poderia confiar em minhas pernas naquele momento. Minhas roupas estavam encharcadas e meu corpo tremia de antecipação. Fechei os olhos e inspirei o suave perfume de Sasuke, era amadeirado e sensual.

Ele não se importou com os olhares sobre nós quando entramos pingando pela sala do Kazekage e não se importou em responder aos gritos de Ino também. Ele me levou até o banheiro e saiu, sussurrando algo que eu não tinha entendido.

Minha respiração estava extremamente rápida e meu coração parecia querer saltar do meu peito. Não demorou muito para que ele voltasse com roupas secas e nossas toalhas, ele trancou a porta atrás de si e minhas bochechas queimaram.

— Não queremos que você pegue um resfriado. — Ele repetiu com aquela voz rouca. Eu assenti com a cabeça e o Uchiha se aproximou de mim, fazendo carícias na minha bochecha e descendo para meu pescoço. Minha pele se arrepiou e eu suspirei. — Vamos dar um banho quente em você, Hyuuga.

Eu perdi qualquer noção de tempo. Eu só conseguia pensar no agora e em como os toques de Sasuke enchiam o meu corpo de sensações que eu nunca havia experimentado. Não era suave como Naruto, era intenso, sensual. Carnal.

Eu podia ver, podia sentir o desejo exalando de cada centímetro do corpo de Sasuke. Seus olhos queimavam minha pele e eu não segurei os suspiros quando ele retirou minha camiseta e distribuiu beijos por todo meu colo.

Ele continuou esse pequeno ritual em cada peça de roupa que parava no chão. Beijos, mordidas, lambidas. Ele se demorou em meus seios, enquanto sua boca sugava, lambia e mordiscava um dos mamilos, sua mão brincava com o outro.

— Sa-Sasuke... — Eu suspirei quando ele inverteu os lados. Minha mente estava mergulhando naquelas sensações e implorava por mais.

— Oh, hime... — Ele murmurou, retirando a última peça, minha calcinha. — Você é tão maravilhosa, tão pura. 

Ele me pegou pela cintura e me colocou em cima da pia. O mármore gelado fez com que meu corpo quente estremecesse, mas o frio logo foi esquecido quando ele abriu minhas pernas e distribuiu beijos na parte interna de minhas coxas. E, lentamente, me torturando, ele foi subindo até que seus lábios estavam lá.  Fechei os olhos e minha mente explodiu como fogos de artifício.

— Tão deliciosa. — Ele disse e em seguida sugou levemente meu clitóris.

Eu achei que aquilo não podia ficar melhor, mas então ele colocou um dedo dentro de mim e sua língua continuava brincando com minha parte mais sensível. Eu não saberia dizer nem meu próprio nome naquele momento e muito menos pude evitar os gemidos que saiam de minha boca.

Meu corpo inteiro tremia quando uma sensação ainda mais intensa e poderosa, se isso era possível, começou a crescer dentro de mim, ele aumentava os movimentos e eu tinha certeza que explodiria de verdade. Aquilo era tão novo, tão delicioso.

Não consegui evitar o grito quando aquilo explodiu dentro de mim. Eu não me importava mais se alguém pudesse estar ouvindo. Meu coração doía de tão forte e rápido que batia, cada pedaço do meu corpo pulsava quando Sasuke se endireitou e me encarou.

— Tão deliciosa. — Ele repetiu, depositando um pequeno beijo em meus lábios. Encostei minha cabeça em seu peito e ele me abraçou, fazendo carinho em minhas costas nuas.

Ficamos assim até minha respiração voltar ao ritmo normal. Ele se separou para tirar a própria roupa e abrir o chuveiro. Minhas bochechas queimaram ao ver sua ereção e, quando ele se aproximou novamente, sua intimidade roçando na minha, minha mente se perguntou como seria ter ele dentro de mim.

— Venha... — Ele sussurrou e me guiou até a água quente. Suas mãos estavam em minha cintura, e mesmo depois de toda aquela intensidade de ações, eu ainda sentia os choques de seus toques.

Deixei que a água escorresse por todo meu corpo enquanto tentava me recuperar. Eu ainda tinha a sensação de que minhas pernas eram feitas de gelatina, então deixei minhas mãos no tórax de Sasuke. Suas mãos me acariciavam novamente e minhas próprias resolveram explorar sua pele. Meus dedos passaram suavemente por seus braços, demorando um pouco na pequena cicatriz da prótese, seu abdome bem definido e lentamente perto de sua virilha.

— Hime... — Ele grunhiu e me pressionou na parede. O contato com o azulejo gelado fez minha pele arrepiar-se e eu soltei um pequeno suspiro que foi respondido com a mão ágil de Sasuke novamente em meu clitóris.

Movimentos circulares, o vai e vem dentro de mim. Eu estava enlouquecendo dentro daquelas paredes.

— Sa-Sasuke... — Eu gemi. — O-Onegai.

— Peça, Hinata... — Ele sussurrou, levantando uma de minhas pernas e me penetrando mais profundamente com seu dedo. — O que você quer?

— Eu quero você... — Respondi e ele retirou o dedo somente para enfiá-lo novamente, me torturando. — Eu quero que você me faça sua.

— Seu desejo é uma ordem, hime. — Ele disse, pegando-me no colo e me pressionando novamente na parede. Minhas pernas se enrolaram em sua cintura e outro gemido alto escapou de meus lábios quando ele me penetrou lentamente.

Eu não consegui manter os olhos abertos enquanto ele me penetrava. Os gemidos agora escapavam de ambas as bocas e eu tinha certeza de que meu cérebro havia virado gelatina. Ele distribuía mordidas por meu ombro e pescoço e aquela sensação intensa começava a tomar conta de mim novamente.

— Sasuke... — Eu grunhi quando meu corpo explodiu mais uma vez. Ele continuou se movimentando, agora mais rápido e eu podia sentir meu corpo o pressionando continuamente. Ele me pressionou ainda mais quando chegou ao ápice e ambos escorregamos até o chão.

Uma de minhas mãos foram parar em seu peito e seu coração estava tão desesperado quanto o meu. Meu corpo estava entorpecido de uma forma tão deliciosa que era difícil encontrar palavras naquele momento. Nós ficamos ali, sentados juntos, até nossas respirações normalizarem para tomarmos, agora de verdade, um banho.

Minha mente não conseguiu focar em mais nada durante o restante da noite e foi somente quando eu acordei nos braços de Sasuke, na manhã seguinte, que eu tive a certeza de que aquilo não havia sido um sonho.

Era pura e deliciosa realidade e eu não me arrependia de nenhuma parte dela.