No dia em que Barry e Cisco descobriram onde Caitlin estava, foram o mais rápido possível até ela , chegando lá se depararam com Hunter. A reação de Barry não foi presenciada apenas por quem estava ali fora.
Lá dentro da casa, olhando por uma das janelas de vidro, estava Olívia, que ficou extremamente assustada com a agressão.
A criança foi prontamente acalmada por Hunter, que contou uma ou duas histórias sobre o homem que havia lhe agredido. O mesmo pediu que a menina não contasse para a mãe sobre o que havia visto naquela tarde ou sobre as histórias que ele lhe contava. Afirmando que nunca mais ela veria o homem mau novamente.
Assim que Barry chegou no apartamento de Caitlin. Ela lhe contou toda a história, que horas atrás Olívia entre lágrimas havia lhe contado.Barry ficou revoltado, porém , aliviado, afinal estava com medo de que nas histórias que Caitlin contava para Olívia ele fosse o vilão.
O que até certo ponto ele sabia que era.
Afinal, Killer Frost está aí por culpa das ações de quem mesmo?
Poderiam passar anos, mas o velocista jamais deixaria de se culpar por isso.
Durante seu tempo na força de aceleração, ele pôde pensar nas coisas com mais clareza. E o ponto "Caitlin Snow" era o que mais lhe incomodava. Levou muito tempo para conseguir equilibrar e entender os seus sentimentos em relação a ela. Sentia raiva, muita raiva por ela ter se aliado à Savitar. Porém ele à amava, queria que ela se recuperasse, queria que ela fosse feliz, queria fazer parte da vida dela. Ela era a melhor amiga dele e nada que ela dissesse ou fizesse mudaria isso. Sentimento mil vezes maior que a raiva era a culpa. Sabia e se culpava por ter estragado a vida da amiga da forma que o fez. E sempre que tentava pensar em resolver ( pelo menos para si) o "Ponto Caitlin Snow", só ficava com ainda mais dúvidas.
- Será que eu posso passar um tempo com ela amanhã ? - Pediu Barry sorrindo para a amiga.
- Acho que sim. Eu já expliquei pra ela que tudo foi um grande engano. Ela é esperta! Logo ela vai vê que você é legal! Além do mais é bem legal da sua part.....
O que Caitlin falou, apenas ela saberia dizer. A cabeça de Barry estava em outro lugar.
Barry olha nos olhos de Caitlin de uma forma com a qual ainda não tinha feito desde que entrou naquele apartamento. Ele a olha com uma intensidade que nem ele sabia que poderia existir. É como se em frações de segundos o mundo perdesse todo o som, as formas e as cores, é como se só existissem aqueles olhos.
- Barry.... ?- Diz uma Caitlin já corada devido aos olhares.
- Oi? Desculpa!! Eu viajei um pouco aqui. - Diz coçando a nuca.
- Percebi que essa não é a primeira vez que você faz isso. - Diz sorrindo fraco e em seguida morde seu lábio inferior.
- É que eu ando meio distraído e sabe como é né... - Barry recua um pouco para trás e acaba tropeçando na mesa de centro.
- Ah, claro!!!
- Então, tudo certo, não é? Amanhã eu busco vocês.
Barry caminha até a porta mas assim que a abre, ouve seu nome pela doce voz de Caitlin
" Barry"
É então volta, se segurando para não agarrar a mulher e morder seus lábios, beija-lá loucamente. Levá-la para o quarto e fazer as coisas com a qual sua mente vem repentinamente "inconscientemente" desejando.
"Não, espera, pare de pensar coisas desse tipo Barry, Caitlin é apenas sua amiga. Se dê por satisfeito"
- Oi - Respondeu sem graça. Ele tinha feito de novo aquilo de ficar à encarando, olhando fixamente para os olhos dela.
- Só, não precisa se preocupar tanto com a gente. Digo, Olívia e eu ficaremos bem. Você também não precisa se preocupar com o que aconteceu hoje, logo logo ela vai esquecer. Talvez seja melhor, você voltar a sua vida normal, sabe, Íris deve estar se sentindo sozinha. Nos dois últimos dias você tem nos dado atenção demais.
- Íris não está sozinha. Ela está com o Eddie. - Diz o velocista como se essa fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Como assim? Vocês não estão mais juntos? Eeee Eddie? Será que você poderia me explicar melhor as coisas senhor Barry Allen? - Pergunta confusa
Caitlin que já estava sonolenta, não pôde negar que ao saber do assunto, despertou completamente. Se perguntava o que mais não sabia.
Barry entrou novamente e os dois sentaram no sofá , conversaram por horas sobre tudo o que estava acontecendo. Barry se sentia animado e informado por ter alguém que sabia menos que ele sobre como as coisas haviam mudado. Era a primeira vez desde que voltara que se sentia realmente bem, realmente "normal".
- Então, acho que é melhor eu ir. - Disse por fim se levantando do sofá, assim que percebeu que Caitlin já não estava mais aguentando ficar acordada. Por ele, passaria a noite ali conversando, adorava a voz dela, adorava o jeito como ela tentava não sorrir. Ele sabia que não era exatamente a mesma Caitlin de antes. Mas sabia também, que não era tão diferente daquela que anos atras lhe salvou de diversas situações. Daquela que ele viu assim que acordou do coma, e da mulher que ajudou a entender melhor os seus poderes.
- Então... Tchau.- Disse Caitlin também se levantando.
- Nos vemos amanhã? Certo? Não vai esquecer!
- Não, eu não vou esquecer. - Ela disse sorrindo. Enfim ela estava sorrindo.
Caitlin fez menção de abraçá-lo, e Barry não podia nem imaginar que aquilo estava acontecendo. Estava indo com calma, não queria forçar, não queria que Caitlin o repelisse, e então, no ápice de toda a sua empolgação, acabou tropeçando novamente na mesinha de centro e caindo em cima da morena, assim levando para casa muito mais que eu abraço.
Acidentalmente seus lábios se chocaram. Um Beijo de leve, o tipo de beijo que avós trocam com netos, o típico beijo entre amigos ou mesmo entre crianças. Mas ainda assim, em momento nenhum a amizade dos dois permitiu esse tipo de contato. Isso era novo, isso era mágico.
Tanto Barry quanto Caitlin sentiram, durante os poucos milésimos de segundos que durou o beijo algo muito maior e diferente que o que já haviam sentido antes. Era como se todo o corpo de Barry pedisse, pedisse não, implorasse pelo frio pela dormência que sentiu ao beija lá.
E como se Caitlin necessitasse de toda aquela energia que o velocista emitia.
Era uma troca de energia inimaginável.
Assim que se afastam, eles se olham sem graça. E é então que Barry percebe que os lábios inferiores de Caitlin estão sangrando. Ele à olha assustado.
- Ai meu Deus, eu machuquei você! - ah tempos, Barry havia prometido para si mesmo que se Caitlin voltasse, ele jamais a machucaria. De nenhuma forma. Havia prometido, que nunca mas deixaria seu egoísmo definir as coisas.
- O que? - Pergunta confusa!
- Seus lábios. - Ele aponta e ela então passa a mão sobre o pequeno corte.
- Tudo bem! Não é nada!!!
- Eu machuquei você, Desculpa Cait, eu não queria...
Ela o interrompe
- Para, Barry, tá bom ?Para, está tudo bem, não foi nada, foi só um acidente.
- Mas eu não, eu.. - Ele se atrapalha
- Barry, eu me curo rápido, esqueceu?
O velocista então sorri aliviado. Não se lembrava que além dos poderes" gelados" e da personalidade assassina, Caitlin também podia se curar rápido.
- Acidentes acontecem! - Caitlin diz tentando amenizar o clima estranho, Barry a olhava fixamente novamente. Ela se sentia invadida, não sabia ao certo se gostava ou não daqueles olhares do amigo.
- Isso. Foi só um acidente!!! - Diz Barry sorrindo bobo, saindo pela porta. Por ele, acidentes como esse aconteceriam a toda hora..
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