História Sonhos esquecidos de um quase adulto! - Mente complicada - diálogo

 Ep-5

 Lá estava o menino. Em frente ao triângulo cinzento. O diário na mão esquerda. E a bolsa no ombro direito. Ele estava prestes a cometer seu maior erro.

  2 semanas antes...

 -Acho que eu só preciso descansar.
 
  Dipper rapidamente foi pra cama. Mas na cabeça só tinha Bill,Bill e mais Bill. Ele precisava de um momento onde tragédia não batesse em sua porta diariamente. Mas é claro que isso não aconteceria.  Todos já haviam ido descansar. Quando a campainha tocou. Dipper não queria descer e atender. Mas Mabel e Samantha já dormiam. Ao abrir a porta, viu que era a caçadora, Wendy. Ela estava vestindo um short que ia até seu joelho e uma blusa vinho. Seus cabelos estavam presos,e usava um brinco que grudava em seu pescoço por conta do suor de sua pele.

  - Boa noite Dipper. Sua irmã não estaria dormindo estaria?
  - Está. Por que ?
  -Ela me prometeu um encontro.- ela sorriu. Depois que Wendy se "assumiu" lésbica ela teve um complexo de si mesma terrível ,pensava que todos iriam rir dela ou pior. Por isso ainda era complicado pra ela. Mas  Wendy era forte.
   -Ela  promete muitos encontros a muita gente. Né?
   - É. -ela soltou uma gargalhada. Da qual Dipper não ouvia a muito tempo. -Então acho que levei um bolo.-Então lá sorriu novamente.
   -Bem já que você está sozinha. Vamos andar por aí?
    -Claro. Como nos velhos tempos?
    -Quase isso.

  Ele entrou em casa. Permaneceu em silêncio ao caminhar pois ele não queria acordar a mãe nem a irmã. Elas precisavam relaxar. A notícia de que Stanford havia morrido foi cruel demais para as duas.  Não que para Dipper não fosse. Mas ele queria acreditar que os momentos felizes superavam os tristes. Ele não deixaria se abalar. Pelo menos não publicamente. Foi ao quarto onde pegou seu casaco e voltou para onde Wendy estava.

   -Ainda demora muito pirralho. Você nunca muda. Vamos pra onde?
  -Qualquer lugar que não tenha morte ou coisa parecida.
   -Acho que vamos precisar sair da cidade. -Ela sorriu. Dipper também.

   Eles andaram por toda a cidade. Foram lanchar em qualquer "podrão" que encontraram. E beberam até não conseguirem levantar. Estavam deitados olhando as estrelas.

   -Dipper aquela constelação não era mesma da sua testa. Você tirou não é?
  -Wow. Deus não. Eu não fiz isso. Olha!-  Dipper falou e a mostrou no mesmo instante a sua marca de nascença.
   -Cara! Isso ainda é muito estranho.
   -Pois é. Onde ouviu que eu tirei?
   -Sei lá em qualquer lugar por aí. Você anda muito para aqueles lados da floresta...Você pretende algo? -Wendy olhava para o céu. Sem encarar nenhum  momento Dipper.
    -Acho que eu vou ficar bem.
   -Sabe que se o Bill voltar vai ser tudo uma grande merda de novo.
   - Eu...Não sei. Não quero que haja destruição de novo.
    -Mas você quer o Bill. Certo?- Dipper que encarava o rosto da mulher se virou a olhar o céu também.
   -Você anda me espionando?
   -Você chora bem alto.
   -O que sabe?
   -Sobre seu amor pelo Bill? Não muito. Só que parece mórbido. Isso é ruim. Ele é ruim. E como você pode ter se apaixonado por ele? Vocês mal se falavam.
   -Eu não sei explicar. Só me apaixonei. Eu queria saber. Mas não sei. E eu sei que Bill me escuta. Então talvez eu posso mudar ele.
   -Se você o quer, você devia achar um jeito. Como você sempre faz.
   -Quem sabe.
  - Amanhã é o enterro do Ford não é?
  - É. Pretende ir?
  -Sim. Você não?
  - Não. Eu sou fraco pra algumas coisas. Vou querer trazer ele de volta dos mortos.-riu.
  -É  você é bem assim mesmo. -Wendy se sentou olhando para a entrada da floresta.
  -O que foi? Alguma coisa?
 -Por que não?
 - Por que não o que?
  -Vai lá e liberte ele. Ele não faz acordos? Pede que ele te ame em troca de algo.
  -O que? Você pensou no que disse. Não vou trazer o Bill de volta é loucura. E eu não vou obrigar ninguém a me amar. Eu não poderia.
   - Você o ama. Isso é o que importa- Dipper se sentou ao lado de Wendy que continuou a falar -Ele é um demônio ele não pode fazer nada se você não o der poder. Faz isso.
   -Mas você agora mesmo era contra a volta de Bill.
 -Eu sou. De certa forma. Mas se for você será diferente.
 - Eu estaria colocando os meus sentimentos à frente da razão. E isso não sou eu. Por que de repente você ficou tão a favor disso?
- Eu não fiquei só achei que seria o certo.
-Ok. Wendy- Dipper colocou a mão sobre seus ombros- Eu vou pra casa. Já vai amanhecer e eu quero pelo menos desejar bom dia a minha mãe.
-Boa sorte! Pense no que eu disse.
-Você também. Pense no que disse. Tchau.