História Sonhos esquecidos de um quase adulto! - Isso é demais pra mim pt1

 Ep-2

  Eles foram pra floresta sabe se lá fazer o que.  Já que todo o mistério de Gravity falls não existia mais. Bill estava certo. Nada era como antes.
   Chegando na floresta na parte mais densa, ainda podia se ver os gnomos se esconderem das passadas pesadas de Dipper e das risadas estridentes de Mabel. Soos por sua vez não parecia nada confortável com aquilo. Era porque seu novo emprego era exaustivo demais. Por ele, todos paravam ali e dormiam até não conseguirem mais falar. Mas Dipper estava obstinado. Queria mistério. Precisava disso. Era seu 3 verão em Gravity Falls .  E o segundo sem nenhuma aventura. Ele estava louco, sabia dar valor  a momentos como olhar sua irmã brincar com o graveto. Mas resolver alguma coisa era sua vocação. Nada ali precisava ser resolvido a não ser o triângulo.  Se ele ainda rodeava Dipper ele ainda estava vivo. Ele ainda podia voltar. Mas, Dipper não ia fazer isso só pra alimentar seus longínquos desejos de aventura. 
    Soos e Mabel estavam brincando,com alguma coisa e Dipper estava andando na frente sem parar. Eles se perderam de Dipper. Mas nem perceberam. A brincadeira estava envolvente.
     Por uns instantes a figura triangular flutuante havia desaparecido. E bem a frente de Dipper a estátua. A prova de que o estranhagedon havia ocorrido. Bem no meio das diversas árvores e limo. Bill estava terrivelmente piedoso nessa figura. Aquele lugar fora esquecido por todos da cidade. Mas ainda era temido. Eles ficavam se perguntando : "- Se Bill voltar o que faremos? Estaremos mortos. Será o fim." E Dipper ao contrário se perguntava quando ele iria voltar e não se ele voltaria. Era isso que esperava. Que Bill voltasse. Não era o mistério, não era a aventura, não era nada daquilo. Ele simplesmente queria estar com Bill. Quando ele perceberia isso?  Na verdade percebeu estantaneamente assim que olhou para o ciclope cinzento.

   -Bill? - falou Dipper se sentado no lado da estátua.
  -Me chamou?- falou Bill aparecendo na frente do menino sentado.
  -Eu não precisaria te invocar? Sabe você é um demônio não é?
  -Dip,Dip você é tão ingenuo! Você não percebeu que sua irmã e nem o Soos não  conseguem me ver. Já se perguntou por que isso acontece?
   -Não. Mas parando para pensar, é verdade. Quer dizer que você está na minha mente?
   -De certa forma.- Bill sorriu chegando perto do jovem sentado. Pôs a mão em seu queixo. -Você está apaixonado por mim!
       
    Dipper empurrou o triângulo e levantou rapidamente. Seu rosto estava quente.

   -Mentiroso! - disse ele pegando o diário que havia caído e saiu andando pra fora daquele lugar.
   -Dipper eu não estou vivo!  Seu tio me apagou. Precisa me invocar. Você sabe. Eu sou criação de sua mente. Você me fez com essa mente boba. Você me quer por perto. Se não é amor então é o que?
   -Eu não sei! Eu não sou um idiota. Eu amo a Wendy ela é mil vezes melhor que você.- Dipper saiu correndo da floresta.
 

    Bateu em cheio em Soos e em Mabel que estavam procurando por ele. Mabel estava com um vestido da banda favorita e uma sapatilha que já estavam completamente sujos de lama. E Soos que agora usava um macacão do trabalho de faz tudo para o prefeito ,estava também no mesmo estado da garota. Eles acabaram por voltar para a casa depois. Eles não encontraram nada naquele verão. Foi mais um perdido. E depois de tudo era assim todo verão. Eles iam pra Gravity Falls e sempre faziam as mesma coisas bobas.
     Depois de completar 18 anos Dipper e Mabel se mudaram. Moraram juntos até a crise que afetou sua mãe: o divórcio. O pai de Dipper foi embora levando quase tudo da família.  Bem, ele deixou os Pines com as dívidas e a casa. Que logo foi hipotecada. Os Pines foram morar então em Gravity Falls. Na cabana do mistério.  E ficaram lá. Já que o Stan fraudou dezenas de contas, eles não  precisavam pagar nada relacionado aquela casa. Nem conta de água, nem de luz, muito menos aluguel.

   (Atualmente)

  Dipper se contentava em apenas ficar sentado entre as árvores daquele lugar olhando fixamente para aquele que lhe levava grande conforto : Bill.