História Sonhos: uma porta para a alma - Capítulo Único

Não importa o quanto corra, não me aparto da figura que me persegue, por isso corro como se fosse meu último sopro.

Quando reparo que estou salva, olho ao redor. Tudo possui uma coloração esverdeada.

No instante que deixo meu pulmão respirar, percebo que estou sendo apunhalada. Estou pronta para gritar, todavia, minha voz falha e, mais uma vez, sinto meu corpo ser preenchido por dor.

Tento me hastear, mas meu torso parece pesar demais. Sinto que estou padecendo após tantas navalhadas. Uma última vez, olho para o indivíduo que me machuca.

Para minha perturbação, a face do ser que me fere é a minha. Imploro para que pare, porém, sinto a dor crescer, dessa vez, no meu peito.

Apareço numa redoma e todas as pessoas a minha volta me encaram. Eu quero acordar, mas não há nada que me faça despertar.

Em um último pedido de misericórdia, imploro para que desadormeça. Em um lapso de minha mente, ponho-me sentada à cama e observo o ambiente a minha volta. Acordei.

Penso sobre as proporções do sonho. Estou suando e sinto-me com taquicardia. Mas por que me assusta tanto? Se houvesse um espelho que mostrasse a alma, ele mostraria meu sonho.