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História Sonserinos Também Amam - Família


Escrita por: Aryalie

Notas do Autor


Me desculpem a demora para postar, mas o meu computador parou de salvar o que eu escrevo, e não sei o que fazer. Eu estudo informática, mas ainda não sei o que pode estar acontecendo para consertar. Enfim... Eu comprei um pendrive e estou improvisando. Espero que gostem do capítulo e tenham uma boa leitura!

Capítulo 16 - Família


Hermione

                     Aurores se reuniram em uma meia lua no gramado em frente ao castelo. Greyback já havia sido imobilizado, entretanto, todas as varinhas continuavam apontadas para ele. Eu também podia ver Rony abraçando Gina, que chorava. Ela seria julgada, e provavelmente expulsa de Hogwarts por elefante com Artes das Trevas.

                  Eu e Draco observávamos tudo de uma janela alta. Os demais alunos haviam sido mandados para seus dormitórios, mas a notícia do que acontecia provavelmente já havia se espalhado. Gina havia convocado Greyback com a esperança de se vingar de Draco por não corresponder seus sentimentos, ou talvez em uma maneira distorcida de lidar com a vergonha. A verdade é que ela fora manipulada mais uma vez por Voldemort.

                —Eu entendo o Rony, e o que ele deve estar passando. Apesar da rivalidade entre as famílias, os Weasley e os Malfoy têm mais em comum do que gostam de admitir. Somos muito unidos, valorizamos muito a família. Família é a coisa mais importante para nós, não apenas pelo nome. Somos realmente unidos por amor, e são laços muito fortes, difíceis de romper. E agora...

             ...ele não tinha mais ninguém. Era o que ele havia omitido.

              Segurei sua mão. Queria que ele soubesse que eu estava ali.

            —Não sou nenhuma Malfoy de sangue puro... Mas sempre que precisar, pode contar comigo. Os amigos são a família que podemos escolher.

           —Esquece isso. Nosso sangue não determina nosso valor. Meu pai errou muito, e também estava errado sobre isso. Mas ele provou que nunca é tarde demais para voltar atrás e corrigir nossos erros.

        

                                                      ...

 

            No salão comunal da Grifinória, o clima era tenso. Ninguém sabia exatamente o que dizer, e Rony parecia inconsolável. Harry estava claramente desconfortável com a situação. Encarava Rony de modo estranho, como se planejasse mentalmente o que dizer.

           Vai logo, idiota.  Eu penso. Ele é seu amigo.

         Harry finalmente se levanta da poltrona onde estava, e todos na sala o observam em silêncio caminhar até Rony, do outro lado no cômodo. A tensão no ar é quase palpável, e posso imaginar os batimentos cardíacos de Harry. Mal posso acreditar que ele vai finalmente fazer isso.

          —Ei, Rony.

          O ruivo levanta o olhar, surpreso. Parece confuso, e então a confusão em seu rosto se transforma em raiva, conforme ele franze as sobrancelhas.

         —Harry. — ele diz, simplesmente. Sua voz parece alta demais no silêncio do salão.

          —Me desculpe, por tudo. Ter deixado de falar com você e toda aquela atitude estúpida. Eu sinto muito por Gina, e quero que você saiba que ainda te considero um grande amigo, e que estou aqui sempre que você precisar, assim como você sempre me ajudou. Sua família se tornou o mais próximo que eu tenho de família. Todas aquelas vezes em que vocês me resgataram dos Dursley... Não há como colocar em palavras a minha gratidão. Sei que não vai ser de uma hora para a outra que as coisas vão voltar ao normal entre nós, mas quero trabalhar nisso.

           Os olhos de Rony se encheram de lágrimas, e o próprio Harry tinha os olhos vermelhos quando os amigos finalmente deixaram o orgulho de lado e se abraçaram.

         Eu estava começando a me sentir excluída quando Harry interrompeu o abraço por um instante.

         —Só um segundo.

         Harry me pegou pela mão e me arrastou até Rony. Os dois então me envolveram em um abraço apertado, e eu senti que as coisas poderiam voltar ao normal.

        —Eu sempre quis fazer parte do trio de ouro... — Neville comenta, e os outros Grifinórios que assistiam à cena deram risada, aliviando então o clima na sala.

 

                                              ...

 

         Eu permaneci no salão comunal até tarde, terminando uma redação de três metros para a aula de História da Magia. Aos poucos os outros alunos foram dormir, até sobrar apenas eu, estudando à fraca luz das velas.

        Eu já estava recolhendo as penas e pergaminhos da mesa quando ouço passos. Em um segundo ali aparece um Harry de pijamas e cabelo bagunçado, parecendo muito perturbado.

      —O que houve, Harry? —eu pergunto preocupada, em pouco mais de um sussurro.

       Sua expressão pareceu se aliviar um pouco ao me ver ali. Ele se aproximou de mim e puxou uma cadeira. Ele levou uma das mãos à cicatriz, e percebi que a marca em forma de raio parecia mais vermelha que o normal.

      —Está doendo, né? Harry, isso significa que...

      —Pode ser apenas um engano. — ele disse. —Há muito tempo que não sinto nada. Pode ser apenas uma irritação momentânea, e amanhã...

      —Precisamos avisar Dumbledore! — eu exclamei

      —Amanhã. Prometo que falo com ele. Mas se isso realmente quer dizer... isso... Poderia estar relacionado com Greyback e tudo o mais que vem acontecendo?

      —Provavelmente.

      —E isso significaria que Gina... — ele disse, preocupado.

     —Eu duvido que Gina realmente saiba no que está se metendo. — eu opino, e Harry parece relaxar um pouco em sua cadeira. —Mas sim. Dumbledore já suspeitava que isso pudesse envolver Você-sabe-quem. Antes de ser levado, Greyback disse à Draco que ainda havia uma dívida.

       Harry parece muito cansado, e reparo que eu mesma já estou com sono.

       —Vamos dormir. Não há muito que possa ser feito hoje. Amanhã tudo será resolvido. — eu declarei, e Harry concordou com a cabeça, subindo para o dormitório masculino.

      —Boa noite, Mione.

      —Boa noite. —respondi.

      Antes de finalmente cair no sono, muitos pensamentos fluíram por minha cabeça. Então Voldemort estava ligado com os últimos acontecimentos, disso não havia dúvida. Mas ainda havia algo mal resolvido. Onde Lúcio e Narcisa se encaixavam em tudo isso? Por que foram sequestrados? Não fazia nenhum sentido. A não ser que, é claro...

           Eles poderiam estar participando. Lúcio poderia ter se desvinculado dos comensais apenas para proteger a própria pele dos Aurores, e agora estaria ocupando novamente seu posto em uma tentativa de trazê-lo de volta.

        Se isso fosse verdade, seria desolador para Draco. Eu deveria pesquisar mais sobre isso antes de dizer para alguém, mas as possibilidades de estar certa eram mais altas do que eu gostaria.

      Se eu estivesse certa, então Draco teria de fato perdido toda a sua família para as Artes das Trevas.



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