1. Spirit Fanfics >
  2. Sonserinos Também Amam >
  3. Eu Vou Voltar

História Sonserinos Também Amam - Eu Vou Voltar


Escrita por: Aryalie

Notas do Autor


Olá! Estou muito feliz com o retorno que a história tem me dado aqui no site. Eu já tinha postado em outros sites, então isso era mais uma experiência para conhecer melhor como tudo funciona por aqui. Mas acho que funcionou. Estou gostando bastante da experiência, e provavelmente vou terminar de postar tudo aqui. Vamos combinar de deixar certo todo sábado um capítulo novo? Pode ser? Então tá bom. :)

Capítulo 4 - Eu Vou Voltar


Hermione

 

              Rony parecia preocupado. Estava se assustando facilmente, constantemente distraído e com a testa franzida. Eu, como uma boa amiga, queria ajuda-lo. Sabia que algo o estava perturbando. Mas ele, como um bom cabeça dura, desconversava, dizendo que não havia nada com o que se preocupar. Mas eu sabia que havia.

             Em uma tarde, após as aulas do dia, finalmente ficamos sozinhos. Harry estava praticando quadribol. Ele estava praticando mais do que o que era de costume. Apesar de Draco ter entrado no time por causa do suborno com as vassouras, ele realmente estava desenvolvendo suas habilidades como apanhador.

         Eu e Ron estávamos terminando a redação para a aula de história da magia, e eu o observava escrever. Ele olhava a todo momento para a porta ou para as janelas, como se estivesse com medo que alguém entrasse.

        —Certo, Rony. Agora me conte o que aconteceu.— Eu digo de uma vez, e ele me encara com seus olhos claros arregalados.

      —Ér... mas... como?— ele gagueja. Eu teria achado graça se ele não parecesse tão assustado.

     —Já faz alguns dias que eu percebi. Alguém fez alguma coisa para você? Você está com medo de alguém?

     Ele parece desesperado tentando pensar em algo para falar algo convincente. Eu sabia que ele hesitaria em admitir, mas gostaria que ele me contasse a verdade.

     

      

        —Claro que estou com medo de alguém! Você tem lido o jornal? Sabe quem está por aí? Fenrir Greyback! Até hoje e o ministério ainda não conseguiu prendê-lo em Askaban. Todos nós deveríamos estar assustados!

         Sim, Greyback ainda estava a solta, o que com toda certeza era um fato preocupante, mas eu sabia que era aquilo. Rony sabia que Hogwards era provavelmente o lugar mais seguro do mundo bruxo. Eu sabia que ele estava escondendo alguma coisa. E que eu precisava descobrir.      

        Tentei afastar pensamentos ruins de minha cabeça, e voltei a me concentrar na enorme redação que eu ainda tinha pela frente. 

           

           Draco

 

            Nos finais de semana de calor, era comum que alguns alunos assistissem ao por do sol no gramado do lado de fora, e as vezem observassem as estrelas no céu no início da noite. É bem relaxante, especialmente quando se está tentando esquecer dos testes finais se aproximando. E dos jogos de quadribol a serem vencidos.

          Portanto, lá estávamos Pansy e eu, enquanto Crabbe e Goyle colocavam nossas lições de casa em dia. Não que eles fossem espertos ou algo do tipo, mas eu duvidava que o professor Binns realmente lesse alguma coisa que escrevíamos. Eu já havia escrito em uma das redações que Dumbledore e a Professora Minerva estavam se pegando escondido, e ele me dera dez. Ou a redação não havia sido lida, ou o professor Binns tinha um senso de humor muito pervertido para a idade dele.

       Além do mais, eu queria esquecer um pouco dos meus problemas. Já fazia algum tempo que minha mãe não me escrevia cartas, e eu estava preocupado. Não importa o que dizem sobre os Sonserinos ou sobre os Malfoy. Se tem algo que valorizamos, é nossa honra e nossa família. Agora com Greyback livre, eu sabia que meus pais estavam correndo perigo.

      Pansy passava seus dedos em meu cabelo, e eu estava começando a me irritar com ela. Não era culpa dela, eu sabia que tinha as melhores das intenções, mas não era com ela que eu queria estar. E isso me deixava irritado, não só com ela, mas comigo mesmo.

     Estou olhando para o céu, que se dissolve lentamente em um laranja profundo, conforme o azul desbota, e o sol desce no horizonte, alongando as sombras. O sol finalmente se esconde, mas o dia ainda está claro. É crepúsculo, e é nesse momento que tudo acontece.

     A primeira coisa que percebo é Pansy, que de repente aperta forte minha mão, e grita. Ouço gritos ao nosso redor, e levanto minha cabeça imediatamente para ver o que está acontecendo.

    E lá está ele. O homem lobo.

    Greyback corria sobre duas pernas, em sua forma humana, mas suas feições lembravam um lobo. O homem tinha os dentes pontudos arreganhados, e de longe pude ver sangue em suas mãos e em seus dentes. Ele empurrava e golpeava todos que estavam a sua frente, mas eu percebi que tudo que ele fazia era abrir caminho. Pansy sai correndo para dentro do castelo, me deixando sozinho.

      Pude ver, ao meu lado, Harry se aproximando. Aquele garoto estúpido com sua mania de heroísmo, nem percebera que o assunto daquela vez não era com ele. Ao seu lado estavam seu amigos, Weasley e Granger. Eu bem que gostaria de não estar sozinho agora.

     O homem de feições lupinas deixa um rastro de alunos feridos, até me alcançar. Minhas mãos tremem, e eu quero correr, mas sei que não vou resolver nada assim. Tento deixar o medo de lado. Tento olhar naqueles olhos frios e sem sentimentos.

     Harry Potter ergue sua varinha e lança qualquer feitiço idiota no lobisomem. Greyback não parece nem mesmo sentir cócegas, e com um movimento poderoso, pega Harry pela camisa e o lança para longe.

     —Meus assuntos com você acabaram, Potter.— Ele diz, com uma gargalhada rouca e sem humor.

      —Você sabe que tem assuntos a tratar comigo— diz Greyback, em minha direção, com um rosnado. Eu posso sentir seu hálito de carne fresca, e sinto náuseas.

      Rony ajuda Harry a se erguer, mas Hermione continua a nos encarar, perplexa.

     —Não tenho nada a ver com isso. Meus pais têm uma dívida, não eu. Nunca solicitei seus serviços.— Me esforço para manter a voz firme, e não deixar meu medo evidente. Mas ele sorri, com aquele sorriso macabro e maldoso, e sei que ele percebe que não estou tão confiante.

      —É mesmo? Já parou para pensar que talvez seus pais não estejam em condições de pagar essa dívida? Há quanto tempo não fala com eles? Como sabe que eles não estão mortos, agora mesmo? Talvez eu tenha feito uma visita antes de vir te ver... O que importa, Malfoy, é que você herdou tudo de seus pais, e está em débito comigo.

      Ele fica em silêncio, e percebo que ele espera que eu diga algo, mas estou simplesmente sem palavras.

    —Vou voltar, e espero que você já tenha recuperado o que é meu.

       Sua voz rouca continua em minha cabeça, mesmo horas depois de já ter ido embora. Eu nunca me sentira tão sozinho.

 


Notas Finais


E aí? Gostaram? Se sim, comentem, favoritem, etc, etc. Até próximo sábado, então.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...