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História Sophie - No Regrets


Escrita por: FuckMeanGirl

Notas do Autor


Oie!
Espero que gostem, perdoem os eventuais erros e aproveitem a leitura!

Capítulo 13 - No Regrets


Capítulo 13 – No Regrets.

 

O sol brilhava e queimava absoluto no céu azul celeste de San Andrés naquela manhã. A praia mais próxima do nosso hostel estava lotada, mas não nos importamos. Alugamos duas espreguiçadeiras e tirei o short jeans claro que cobria a parte inferior do meu biquíni violeta escuro. Soltei os meus longos cabelos e fechei os olhos após repousar as costas. Pedro deitou-se na sua espreguiçadeira ao meu lado e aproveitamos aquela manhã ensolarada. Na noite anterior, estávamos tão cansados da viagem que apenas tomamos um banho e nos deitamos para dormir e descansar um nos braços do outro.

Aqui, neste lugar, eu me sinto bem. Desde que saímos da minha casa, eu não sinto que devo satisfações à ninguém. Não sinto que os meus desejos são reflexos imundos da minha alma e o mais importante, não sinto que poderei machucar os pais por causa das minhas decisões. Completarei quinze anos de idade amanhã e ainda sou responsabilidade da minha família. Tudo o que faço ou que deixo de fazer é responsabilidade deles, caso algo não saia como o esperado. Eu tenho esse desejo dentro de mim. Uma chama tão ardente que me consome, que me faz querer gritar de desespero. É um incômodo que me corrompe mais e mais a cada dia, mas quando olho para o rosto de Pedro, eu já não sei distinguir o certo do errado.

Pedro e os seus profundos olhos escuros de víbora, os cabelos negros como carvão e a boca pecaminosa de onde saíam as palavras mais sujas e mais bonitas que um homem já havia dito para mim. Tomei a decisão de entrar naquele avião em direção ao paraíso de San Andrés porque queria que ele me fizesse mulher, que amasse cada mínima parte do meu corpo, que me beijasse e que jurasse estar ao meu lado até o dia da sua partida. E sei que ele fará tudo que eu quiser. No entanto, eu tenho o fogo que me mata e a dúvida.

Como qualquer adolescente, eu tenho dúvidas. Eu não sei se amo Pedro como uma mulher ama um homem, mas sei que o meu corpo grita por ele. E exatamente por esse motivo, eu tenho dúvidas. Não quero que a nossa relação seja algo vazio e superficial. Não quero que ele apenas me foda, me faça feliz por alguns dias e vá embora sem nunca mais se preocupar comigo. Não quero usá-lo como um objeto assim como não quero que ele me use. Eu quero tê-lo no meu coração e isso será possível depois que eu entender o que ele realmente sente por mim.

Frequentemente, eu me pergunto: O que está acontecendo com você, Sophie?

Ainda não sou capaz de nomear esse sentimento. Ou fenômeno? Sinceramente, não faço a mínima ideia.

Olhei para o lado e o encontrei de olhos fechados, cobertos pelos óculos de sol. A pele morena irradiava um calor e uma sensualidade indescritível. Pequenas gotículas de água cobriam o seu peito naturalmente esculpido. As pernas descansavam, calmas. As duas mãos repousavam ao lado do corpo e como se soubesse que estava sendo observado, Pedro se virou e abriu os olhos. E eu pude vê-los através das lentes escuras por conta da claridade.

— O que você tanto olha? – ele perguntou suavemente.

Me virei para o lado dele e respondi:

— Você. Você por inteiro. Gosto de te observar.

— Assim como eu gosto de te admirar, meu amor. Mas o que foi? Está cansada da praia?

— Um pouquinho, sim. – menti. — Depois do almoço nós podemos dormir um pouco e aproveitar o luau que vai acontecer na Praia dos Coqueiros.

— Como quiser. – ele ficou em silêncio por um segundo. — Amanhã é o seu aniversário. Já pensou no que quer fazer?

— Sim. – respondi e dei um dos meus sorrisos travessos. — Só posso dizer que você terá uma grande participação nesse que será um dos dias mais importantes da minha vida.

— Sinto-me honrado. – ele riu e pegou uma garrafinha de água que estava numa pequena mesa entre nós dois. — Ah, não se esqueça de ligar para a sua mãe. Eu já falei com ela, mas agora é a sua vez.

— Não me faça lembrar que eu tenho uma casa e pais neuróticos.

Quando me sentei, percebi que Pedro observava as minhas pernas.

— Caso queira ir para o quarto, nós podemos aproveitar a ducha juntos. O que acha?

— Não tão cedo, querido. Você terá o que desejar quando eu não tiver mais dúvidas.

Ele tirou os óculos e me encarou visivelmente preocupado. Os olhos como duas pedras de ônix que queimavam.

— E você ainda tem dúvidas?

Tirei os óculos da mão de Pedro e os coloquei no meu rosto para que ele não pudesse enxergar a verdade estampada no fundo da minha alma.

— E que garota não tem dúvidas? Eu não devo ser a primeira.

— Sophie... – ele segurou a minha mão esquerda. — Não quero que se sinta pressionada a fazer nada disso. Quero que isso seja prazeroso para os dois. Eu quero o seu bem, meu amor.

Inclinei-me para beijar o seu rosto e ele fez o mesmo. Afinal, as pessoas estranhariam uma troca de beijos normal entre um casal com uma diferença de idade tão grande. O que é normal para os outros, é estranho e condenável para nós somente por causa dos anos que nos separam.

Pedro ficou de pé e me ofereceu a mão que estava livre. Levantei e o abracei por alguns segundos. Ele beijou a minha testa e disse:

— Vamos para o nosso quarto? Quero tomar um banho e depois pretendo te levar para almoçar no restaurante que vende o melhor camarão com creme da Ilha de San Andrés.

— Mal posso esperar! – e saímos abraçados. Pedro sorria e eu também. E sim, a vida pode ser fácil quando você se permite abraçar as oportunidades e viver um dia de cada vez com leveza.

E eu mal podia esperar para tomar a minha decisão, pois não seria capaz de viver uma vida de remorsos e arrependimentos.


Notas Finais


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Bjs e até o próximo! ♥


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