História Soprattutto - Quattordici

― Nem temos uma semana de casados e vocês já nem me esperam para o café, que beleza. ― Sehun disse entrando na cozinha enquanto passava as mãos pelo cabelo, KyungSoo corou encarando o corpo do alfa. ― Bom dia Kyung.

― Sehun! ― JongIn disse alto e o alfa se assustou. ― Vai colocar uma roupa, como você sai do quarto assim?

― Eu estou com uma roupa, não tá vendo a camisa? ― O mais novo perguntou e puxou uma cadeira para se sentar. ― O que temos para o café?

― Sehun pelo menos abotoa essa camisa. ― JongIn reclamou e Sehun fingiu que não ouviu. ― Kim Sehun!

― Mas que porra. ― Sehun resmungou. ― Eu não vou abotoar, não vejo problema andar assim na minha casa.

― Não é problema você andar assim na sua casa e sim porque o KyungSoo não está acostumado com isso. ― JongIn disse e apontou para o ômega que apenas comia encarando uma vez JongIn e depois Sehun. ― Se você não percebeu o deixou sem jeito quando entrou?

― Ele vai se acostumar, não é Kyung? ― Sehun perguntou e KyungSoo assentiu ainda sem jeito. ― Olha só JongIn, para de ser idiota.

― Eu espero que a gente não se mate nesse primeiro ano de casamento, ainda quero entender porque nossa mãe fez a gente também se casar. ― JongIn reclamou se levantando e saindo da cozinha. ― A louça é sua, Sehun!

― Mas eu nem fiz nada. ― Sehun murmurou e KyungSoo riu. ― Você não me disse bom dia.

― Bom dia Sehunnie, dormiu bem?

― Não tão bem assim, JongIn me chutou.  ― O alfa reclamou e KyungSoo riu de novo, não dava para se manter sério com Sehun ao lado. ― O que você quer fazer hoje?

― Já disse para o JongIn, acho que ele vai passar o dia em casa e você?

― Minha mãe me ligou, preciso levar a Krystal no shopping para escolher as coisas do filho dela, ainda nem tem barriga direito. ― Sehun reclamou. ―Não sei porque a mulher dela não vai.

― Você não gosta da sua prima? ― KyungSoo perguntou confuso, Krystal foi tão carinhosa que o ômega achou que todos da família a amassem.

― Eu não, a gente não se dá bem desde pequeno. ― Sehun disse se servindo. ― Mas eu vou fazer essa boa ação, quero ganhar presente no natal.

― Você é uma criança. ― KyungSoo disse olhando para o alfa.

― Você já terminou de comer? ― KyungSoo assentiu. ― Pode sair Kyung, não é preciso ficar aqui me olhando enquanto como.

― Não quero te deixar sozinho.

― Que isso, vá conhecer a casa ou procurar o idiota do JongIn. ― Sehun revirou os olhos ao falar o nome do irmão. ― Vai logo, Kyung.

― Não se esqueça de me avisar quando for sair. ― KyungSoo disse se levantando, se aproximou do alfa  deixando um beijo na  testa dele. ― Bom café.

Sehun sorriu olhando para seu prato.

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KyungSoo estava andando pela casa, achou um quarto, uma biblioteca pequena e agora uma outra sala que parecia ser um escritório, assim que saiu se dirigiu para outra porta – deveria conversar com o senhor Taeho e agradecer pela imensa casa – assim que abriu a porta viu JongIn andando por ali, parecia uma sala de dança pois havia uma parte da parede que era completamente espelhada.

― Ah, Oi Soo. ― JongIn sorriu. ― Sehun ainda está na cozinha?

― Sim, acho que ele vai sair para ajudar Krystal em alguma coisa, eu acho né. ― KyungSoo sorriu e JongIn o chamou com a mão. ― É uma sala de dança, certo?

― Sim, eu tinha o sonho de virar um dançarino, mas no fim acabou virando um hobby qualquer. ― JongIn deu de ombros. ― Mas minha mãe deve ter lembrado disso e mandou fazer essa sala.

― Deveríamos agradecer os seus pais pela casa. ― KyungSoo disse observando cada canto da sala. ― Essa casa é imensa.

― Minha mãe disse que é porque você vai dar muitos netos a ela. ― Sehun disse encostado na porta e KyungSoo se assustou um pouco sendo segurado por JongIn. ― Ela ligou agora a pouco e disse que eu não vou com a Krystal porque ela se sente indisposta, eu nem fiquei feliz, que isso.

― Como lidar com você? ― JongIn perguntou e Sehun riu.

― Espero que ela esteja bem. ― KyungSoo disse. ― Mas... Pelo menos você vai ficar em casa, Sehun.

― Sim. ― ele sorriu entrando na sala. ― Cara, isso ficou foda.

― Palavras chulas, Sehun, palavras chulas. ― JongIn o lembrou.

― Cara, isso ficou bonito. ― Sehun resmungou. ― Feliz agora?

― ótimo. ― JongIn apertou KyungSoo em seus braços. ― Espera, você sabia dessa sala?

― Eu pedi ela. ― Sehun disse rindo. ― Gostou?

― Claro que sim. ― JongIn disse e KyungSoo riu baixinho. ― O que foi?

― Você não entendeu, JongIn? ― O ômega perguntou e o alfa negou. ― Sehun pediu essa sala para você.

― Oh...

― Mas é lerdo mesmo, ainda bem que o KyungSoo existe. ― Sehun disse brincando.

JongIn se afastou largando KyungSoo no meio da sala, foi até Sehun o abraçou fazendo o mais novo sorrir, por fim segurou o rosto dele delicadamente e selou os lábios alheios em um singelo selinho. KyungSoo viu pelo espelho e não sabia o que achava naquele momento, sabia que os irmãos trocavam caricias, mas por que estava se sentindo estranho? Por que queria que os alfas estivessem o beijando e não trocando caricias sozinhos e o ignorando? Seu ômega interior se remexeu afetado por aquele momento, ele queria aquilo também, estava chateado por ver os alfas o ignorando.

KyungSoo conseguiu se controlar e suspirou de alivio quando JongIn se afastou de Sehun, seu lobo interior estava tão afetado que a qualquer momento algo poderia acontecer.

― Tudo bem, Soo? ― JongIn perguntou e o ômega assentiu. ― Então, o que vamos fazer hoje?

― O que você acha de dançarmos para o Kyung? ele nunca nos viu dançar e no dia da festa dos irmãos dele ainda estávamos nos recuperando do acidente. ― Sehun comentou e JongIn ponderou por um momento.

― Ok, o que você acha Soo?

― Por mim tudo bem. ― O ômega sorriu indo para o cantinho da sala e sentando ali, riu quando JongIn brigou outra vez por Sehun não ter mudado de roupa. ― Deixa ele assim, JongIn. Eu não me importo.

― Tá vendo? KyungSoo é um ótimo marido. ― Sehun disse e JongIn bufou indo até a parte dos cds. ― Eu trouxe alguns dos que estavam lá em casa.

― Que bom. ― JongIn murmurou escolhendo um dos cds, quando colocou para tocar sorriu se virando para Sehun.

Era uma musica lenta e KyungSoo sabia que não sairia dali com a mente sã.

JongIn e Sehun começaram a dançar e o ômega parecia hipnotizado pelos movimentos dos irmãos, eram sincronizados e de um jeito sexy tão longe de algo vulgar, para KyungSoo naquele momento,  ver JongIn e Sehun dançando poderia ser a oitava maravilha do mundo.

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 ― Ainda não acredito que acordaram cedo para vir nos ajudar na mudança. ― Youngjae disse para Junmyeon.  ― Muito obrigado, eu não sei como agradecer tudo que JongIn, Sehun e agora vocês estão fazendo por mim e Jaebum.

― Não vamos esquecer o Yugyeom. ― Junmyeon disse animado. ― Não se preocupe, ajudar vocês é uma honra e não pense que faço isso como favor, faço porque gostei de vocês.

― Yixing deixou escapar a Jaebum que você ficou sentido com nossa história. ― O ômega gravido disse colocando uma das bolsas na sala vazia da casa.

Sehun havia mesmo comprado a casa vizinha para Jaebum e Youngjae, o casal achou que JongIn seria contra, mas o moreno deixou bem claro que se faltasse dinheiro ele ajudaria Sehun a pagar, porque era um presente para o casal.

― Eu só fiquei meio chateado, sabe? Não imaginava que havia pais assim. ― Junmyeon disse pegando uma das cadeiras que estavam na sala e colocando perto de Youngjae para que ele sentasse.

― Eu parei de tentar entender os meus pais, eu só preciso me focar no bebê e no Jaebum. ― O ômega sorriu. ― Eu sei que foi um erro engravidar, não ter me protegido devidamente, mas não tenho como voltar atrás, agora é só olhar para o futuro e tentar deixar as coisas melhores.

― Tenho certeza que vão melhorar e você pode contar com todos daqui, comigo e com o Yixing principalmente. ― Junmyeon disse sorrindo.

― Eu estou morrendo. ― Yixing reclamou entrando na casa com uma caixa nos braços. ― Me lembre de nunca nos mudarmos, bebê.

― Sim senhor. ― Junmyeon disse e Youngjae riu baixinho passando a mão pela sua barriga.

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― Será que eles transaram? ― BaekHyun perguntou enquanto tomava banho com Luhan e Chanyeol.

― Você está pensando na vida sexual do seu irmão? ― Chanyeol perguntou passando shampoo nos cabelos de Luhan.

― Eu penso na do Lu.

― Somos casados, querido. ― Luhan disse suavemente sentindo Chanyeol fazer uma massagem em seus cabelos.

― Mas eu só pensei rapidamente. ― BaekHyun murmurou pegando o sabonete para passar nas costas do alfa. ― Vai dizer que não pensou, Lu?

― Claro que não, KyungSoo é nosso irmãozinho, seria pecado o imaginar transando... ainda mais com dois alfas. ― Luhan disse indo para debaixo do chuveiro e BaekHyun ficou de frente a Chanyeol. ― E eu acho que ele não dormiu com ninguém.

― Também acho, os dois não são do tipo de obrigarem e eles sabem muito bem que se algo acontecer com KyungSoo os dois vão sofrer. ― Chanyeol disse e ofegou quando BaekHyun arranhou seu abdômen. ― BaekHyun, não.

― Ele vai chegar atrasado amor, deixa pra depois. ― Luhan disse terminando de lavar seus cabelos e puxando BaekHyun. ― Quando ele chegar a gente faz aquilo.

― Aquilo o que? ― O alfa perguntou curioso e os ômegas negaram. ― Ahh seus anjinhos.

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― Eu só tenho um mês, amor, eu não vou morrer indo sozinho para o quarto. ― Minseok disse e JongDae não ligou e continuou seguindo o beta. ― Puta que pariu.

― O que foi?

― JongDae, senta aqui. ― O beta apontou para a cama e o alfa obedeceu. ― O nosso bebê dessa vez vai vingar ok? Ele vai nascer, mas não é preciso você ficar me seguindo amor, eu me sinto sufocado, caralho!

― Entendi, desculpa. ― Chen sorriu sem graça. ― Só é estranho sabe? Eu ainda sinto medo de que algo possa te acontecer e eu quero te proteger.

― Você faz isso, mas não precisa ficar me seguindo. ― Minseok beijou a testa do marido. ― Agora volte para a cozinha para fazer o almoço que eu vou tirar um cochilo.

― Qualquer coisa você me chama?

― Qualquer coisa amor. ― Minseok murmurou indo se deitar.

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― Você ofereceu um trabalho para o Chanyeol? ― Zitao perguntou ao marido que assentiu. ― Ele aceitou?

― Vem aqui conversar comigo. ― Kris murmurou e beijou a testa do ômega. ― É bom que ele aceite, ficar indo até onde ele trabalhava vai gastar muito.

― Concordo, e é bom para ele e os meninos. ― Zitao se ajeitou no colo do marido. ― Acha que KyungSoo está bem?

― Tenho certeza. ― O alfa beijou o ômega.

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― As vezes no silencio da noite... eu fico te imaginando vestido de bombeiro e dançando para mim. ― Bambam disse abraçando o travesseiro enquanto encarava o corpo nu de Jackson pelo quarto. ― Põe logo uma cueca porque eu não vou me aguentar.

― Eu não sei onde você jogou a que eu estava usando. ― O alfa apontou e Bambam sorriu. ― E sobre a sua fantasia, depois que casarmos.

― Nossa, como você é chato. ― O ômega bufou. ― Sério, Jack?

― Esse corpinho aqui usando uma fantasia de bombeiro só depois do casamento. ― O alfa disse e Bambam fez um bico. ― nem adianta.

― E em pensar que eu queria casar virgem, mas você me induziu a transar com você... posso induzir você a se vestir de bombeiro. ― Bambam disse e Jackson riu.

― Pois tente.

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― Nenhum apartamento bom para o nosso orçamento. ― Jinyoung murmurou. ― Vamos continuar aqui.

― Só por mais umas semanas, eu vou encontrar algo bom para nós  e não tão longe. ― Mark disse selando os lábios do ômega. ― Você espera não é?

― Claro que sim. ― ele sorriu. ― Zitao ainda precisa de ajuda aqui, então é melhor ficar por mais um tempo.

― Te prometo que em breve vamos ter um lugar só nosso e que você irá decorar. ― O alfa prometeu e Jinyoung sorriu.

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KyungSoo estava terminando de cortar os legumes quando Sehun o chamou, quando virou para o alfa sentiu logo os lábios dele encostarem os seus, acabou largando a faca na pia e segurando a nuca de Sehun enquanto se beijavam. O ômega não sabia como se rendia tão fácil e porque seu coração batia tão rápido, os dois se afastaram com Sehun deixando mordidas pequenas nos lábios do ômega.

― Agora sim eu posso voltar a arrumar a mesa. ― O alfa disse se afastando e KyungSoo corou se virando novamente para a pia.

Quando estava voltando a pegar a faca, sentiu duas mãos segurarem a sua cintura, sentiu um beijo em sua nuca e em seguida foi virado e encostado contra a pia, foi tão rápido quanto Sehun.

Beijar JongIn estava sendo algo novo, só havia selado os lábios do alfa naquela vez no hospital e poucas vezes depois, mas nada se comparava ao sentir os lábios do alfa se moverem contra os seus, sentir a língua afoita do alfa em sua boca.

Sehun beijava com calma e terminava com malícia.

JongIn começava com malícia e terminava com calma.

KyungSoo pensou quando JongIn finalizou o beijo com selinhos, o alfa sorriu de um jeito fofo e saiu da cozinha.

― No que meus pais me meteram? ― O ômega perguntou a si mesmo com um sorriso no rosto.