História Soprattutto - Diciannove

KyungSoo riu quando Sehun bufou sentando ao seu lado, o alfa mais novo queria assistir um filme de terror, mas KyungSoo queria um de ação porque não estava o clima para terror e suspense; mesmo chateado o alfa aceitou. 

— Amanhã se quiser podemos assistir um de terror. — JongIn disse ao irmão. — Eu vou fazer pipoca já que Sehun na cozinha é o caminho para a morte. 

— Tá vendo? Ele não confia no meu potencial culinário. — Sehun disse e KyungSoo negou. — Ei Kyung, por que depois que voltaram da praia você ficou me encarando como se quisesse perguntar algo? 

— Eu? — KyungSoo engoliu seco. 

— Olha, que eu saiba só me casei com um KyungSoo e ele é você. — Sehun disse rindo. — O que você queria falar? Aproveita que o JongIn não tá aqui. 

— Não era nada não, Sehunnie. 

— Ah era sim, quando uma pessoa fala isso é porque era algo bem interessante, pergunta logo. 

— É que... — KyungSoo se aproximou mais do alfa encostando seu braço no dele. — Eu queria saber se você conseguiu aquilo lá.

— Aquilo o que? — Sehun perguntou confuso, mas logo sorriu malicioso. — Se eu consegui me masturbar pensando em você? 

— Não era pra falar idiota, era só dizer sim ou não. — O ômega disse vermelho.

— Mas eu queria confirmar se era isso que você queria saber. — O alfa disse se ajeitando e se inclinando para KyungSoo. — E sim, eu consegui... Foi tão bom.

— Sehun não pr-

— Pensei em você comigo, pensei nas suas mãos no meu corpo... Eu gozei tão forte, tão bem. — O alfa disse perto do ouvido de KyungSoo e o ômega mordeu o lábio. — Minha vontade de sair correndo dali e te beijar como um louco. 

— Você pode me beijar agora. — KyungSoo disse quando fechando os olhos ao sentir a respiração de Sehun em seu pescoço. Não sabia porque e como ficava daquele jeito perto dos dois alfas. 

— Você vai deixar? — KyungSoo balançou a cabeça em confirmação. 

Sehun assustou o ômega ao puxa-lo para o seu colo, o segurou pela nuca embrenhando os dedos pelos fios de cabelo do ômega. Beijou o pescoço branquinho do menor e não demorou a beijá-lo como queria há algumas horas atrás. 

As mãos do alfa estavam na cintura do ômega, sua vontade era descer e tocar na bunda do menor, mas não queria assustá-lo e nem passar dos limites daquele jeito. Se afastou sugando o lábio de KyungSoo e estava pronto para beijá-lo novamente quando JongIn o chamou, o alfa ignorou tentando beijar KyungSoo, mas foi negado. 

— JongIn está chamando, Sehun. — O ômega disse pausadamente. — Vá logo. 

— JongIn só fode e não no bom sentido. — O alfa disse e KyungSoo corou. — Já volto. 

KyungSoo voltou a sentar sozinho no sofá quando Sehun foi para a cozinha, o ômega pegou uma das almofadas colocando em seu colo, não havia uma ereção, mas se Sehun tivesse continuado KyungSoo teria a bela de uma marca aparecendo em sua bermuda. 

— Você não é assim, KyungSoo. — O ômega disse passando as mãos no rosto. — Sem muito intimidade por enquanto, sem muita intimidade. 

JongIn riu quando Sehun entrou na cozinha com a cara de poucos amigos, o alfa mais novo cruzou os braços. 

— Se você não fosse meu irmão eu te jogaria naquele mar. — O mais novo disse. 

— É, eu sei. — JongIn continuava rindo. — Vê se para de ficar tentando o KyungSoo. 

— Eu não estou tentando ninguém. — Sehun se defendeu. — Ele também quer. 

— Ele pode querer, mas ainda não tem total certeza, Hunnie. — JongIn se aproximou do irmão. — Com calma, ok? 

— Eu sei, eu sei. — Sehun selou os lábios do irmão. — Será que tem uma explicação para querer tanto o KyungSoo? Eu nem queria casar, JongIn. 

— Nenhum de nós dois queria casar. — JongIn lembrou. — Mas eu não sei, deve ser porque KyungSoo tem um jeito interessante de se portar, eu realmente não sei. 

— Ah, enquanto vocês estavam na praia, o Bambam ligou, acho que o gatinho sumiu. 

— Como assim meu gatinho sumiu? — KyungSoo perguntou entrando na cozinha e pegando o fim da conversa. 

— Eu disse que era melhor trazer. — Sehun disse e KyungSoo fez um bico indo abraçar JongIn. — Vou ligar pro Bambam para saber se foi isso ou não, o Jackson tava falando umas merdas e eu desliguei. 

— Você como sempre a pessoa mais sensível. — JongIn disse apertando KyungSoo em seus braços. — Ei Soo, seu gatinho deve estar bem, lembra que ele gosta de se esconder no banheiro? Vai ver o Bambam não o procurou direito. 

— Se ele sumiu a gente compra outro, eu queria ter te dado logo cinco, mas aí o JongIn me mataria. — Sehun disse segurando o celular. 

— Só cala a boca e liga pro Bambam. 

— Se eu calar a boca como vou falar com o Bambam? — Sehun perguntou sorrindo para o irmão e KyungSoo riu baixinho no peito de JongIn. 

-x- 

— Eu não perdi, seu besta. — Bambam disse fazendo carinho entre as orelhas do gatinho enquanto falava com Sehun pelo celular. — Eu disse que ele tinha fugido pro quintal, mas você não me deu ouvidos... Não, não foi culpa do Jackson... Vai se foder Sehun. 

— O que eu fiz? — Jackson perguntou assim que Bambam encerrou a ligação. 

— Nada amor, besteira do Sehun. — Bambam disse voltando sua atenção ao gatinho em seu colo. 

— Bammie, o que você acha da gente casar logo no cartório? — O alfa perguntou recebendo uma careta confusa do ômega. — Ok, esquece. 

— Ei Jack, eu não disse nada, apenas não entendi porque casar logo no cartório. Não sou contra, mas por qual motivo? 

— Eu quero logo estar casado com você. 

— Não vem que não tem, Jackson. — O ômega colocou o gatinho no chão da sala. — O que falaram? 

— Estamos enrolando demais e eu vou acabar não casando porque antes você vai me dar um pé na bunda. 

— Amor, eu amo a sua bunda, por que bateria nela? — Bambam perguntou e Jackson revirou os olhos. — Não liga para o que os seus tios falam, mas se você acha melhor casar logo, pra mim tanto faz. Contanto...

— Não não, você disse que tanto faz. 

— Mas amor, se vestir de bombeiro não é tão ruim assim. 

— Bambam! 

-x- 

Já havia anoitecido quando Sehun simplesmente pegou no sono ao lado de KyungSoo, o ômega sorriu. 

— Efeito dos remédios. — JongIn disse ao ômega. — Ainda vai querer assistir? 

— Não. — O ômega respondeu se ajeitando no chão ficando mais próximo de JongIn com Sehun do outro lado. — Será que vamos conseguir dormir aqui e não acordar doloridos? 

— Não tenho tanta certeza assim, mas vamos tentar. — O alfa respondeu. — Vai dormir no meio de nós dois? 

— Sim. — KyungSoo se aconchegou no peito de JongIn e sentiu o braço de Sehun sobre sua cintura. — Ele realmente dormiu? 

— Sim, não fique com medo, ele tem a mania de jogar o braço assim. — JongIn riu. — Se dormimos agora vamos acordar bem cedo. 

— Eu realmente estou com sono Nini, mesmo sendo quase oito da noite. — O ômega bocejou. — Passamos a tarde assistindo filmes. 

— Estava pensando em ir na pequena cidadezinha a alguns quilômetros daqui, o que você acha? 

— Por mim tudo bem. 

— Soo. 

— Sim? 

— Você sente o meu cheiro e o do Sehun? 

— Sinto, é gostoso. — O ômega disse já fechando os olhos. — Bom, muito bom Nini. 

JongIn ficou olhando para o teto sentindo a respiração pesada de KyungSoo. Se ele e Sehun sentiam o cheiro forte do ômega e achavam bom já era algo muito estranho, agora KyungSoo sentir o cheiro dos dois alfas e também achar bom estava fazendo tudo ainda ficar mais estranho na mente de JongIn.