Duas semanas depois.
― Olha o nosso bebê, ChenChen. ― Minseok disse olhando para a impressão em suas mãos, haviam acabado de chegar do hospital onde o beta fez a ultrassom do mês. ― Vou começar a comer mais regrado.
― O médico disse que você está muito magro e precisa mesmo comer direito por causa do bebê. ― Jongdae beijou a testa do marido. ― Você escutou o que ele disse? Você está bem melhor fisicamente e internamente para poder chegar ao fim dessa gravidez, ambos os dois com saúde.
― Você entendeu? ― Minseok rebateu e o alfa o encarou confuso. ― Eu sei que nessas semanas você está com mais medo do que eu, e sou eu quem está carregando o bebê.
― Você pode estar carregando o bebê, mas quem corre o risco de perder a pessoa mais importante da minha vida, sou eu. ― Jongdae soltou. ― Não tá fácil, não tá fácil para nenhum de nós, não joga na minha cara o meu medo.
― Eu não estou jogando na sua cara, Jongdae. ― O beta deixou os papéis na cama e se levantou ficando em frente ao marido e segurando o rosto dele. ― Eu apenas estou dizendo que não é preciso amor, eu tenho hoje com dois meses sessenta porcento de conseguir dar a luz ao bebê, antes... Antes eu não tinha nem cinquenta porcento.
― Minseok...
― Não fique com medo, tudo bem? Eu sei que você tem medo de me perder e eu não estou falando isso me vangloriando, mas saiba que eu tenho medo de te perder também e de perder o nosso bebê. ― O beta sorriu. ― Vamos aproveitar a minha gestação, vamos aproveitar como a gente não aproveitou daquela vez.
― E-eu não vi ele direito. ― O alfa disse segurando as lágrimas, toda vez que Minseok lembrava da gestação passada o alfa ficava completamente sentido. ― Ele ainda tá pequeno não é?
― Olha amor. ― Minseok voltou a cama pegando os papéis e mostrando ao marido. ― Ele está saudável.
― Ele já é lindo mesmo sendo um feto. ― Jongdae disse e Minseok riu.
•
― Como o Zitao vai reagir quando falarmos que achamos um apartamento? ― Jinyoung perguntou e Mark deu de ombros. ― Eu estou com medo da reação dele, Mark.
― Acho que ele pode chorar, eu não sei.
― Não é só isso, ele ajudou a gente esse tempo todo que estamos aqui aí do nada vamos embora? Ele vai ficar magoado, amor.
― Jinyoung, nós não vamos sem mais nem menos, Zitao sempre soube que nunca ficaríamos aqui para sempre. ― Mark beijou a testa do namorado. ― Eu só não sei como dar a notícia para ele, porque não posso negar que ele foi como um pai pra gente, ele e o Yifan mesmo tendo quase a nossa idade.
― Tao tem espírito de pai. ― Jinyoung riu. ― O que acha de fazer um jantar e dizer a ele?
― Ele vai desconfiar, acho bom apenas sentarmos e dizer de uma vez. ― O alfa disse e Jinyoung suspirou. ― Não precisa ficar assim amor, a gente vai morar aqui perto e outra, vai ser um lugar só nosso.
― Eu sei, só fico pensando em como ele vai se sentir aqui, Taozi fica sozinho a manhã toda e metade da tarde porque o Yifan trabalha.
― Quer mudar de ideia e só ir mesmo depois que ele tiver o bebê?
― Ele está para completar cinco não é? ― Mark assentiu. ― Podemos esperar não acha?
― Se é esse o seu desejo, tudo bem. ― O alfa sorriu.
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― Se o Sehun sonhar que eu estou comprando as roupinhas para o YugYeom sem ele, eu estaria morto agora. ― YoungJae disse e Zitao riu.
― Ele simplesmente se grudou em você não é? ― Zitao olhou rapidamente para onde estavam Yifan e Jaebum escolhendo os móveis dos bebês. ― Ainda falta muita coisa para o quarto do meu bebê.
― Zitao você tem quase tudo, para com isso. ― YoungJae riu. ― E sobre o Sehun, ele me ajudou muito, ele e o JongIn, mas o Sehun se manteve mais próximo de mim e o JongIn mais próximo do Jaebum.
― Entendo. ― Zitao disse pegando um macacão de recém nascido azul-bebê. ― Eu não iria perguntar, mas... Nunca mais falou com seus pais?
― Jaebum não me deixa ligar, ele havia tentado uma vez e ouviu muitas coisas, então para me proteger ele disse que eu não deveria ligar agora enquanto estou grávido. ― O ômega suspirou. ― Disse que eu poderia ficar triste e afetar o Yug.
― Concordo com ele. ― Zitao sorriu pequeno. ― Você tem muitos ao redor para te ajudar ok? A você e ao Jaebum.
― Obrigado de verdade.
― Zitao! ― Yifan gritou chamando atenção dos ômegas. ― Achei uma réplica de coroa toda em dourado.
― Ai meu deus. ― Zitao foi até o marido.
― Qual a necessidade em ter uma réplica de uma coroa em casa? ― Jaebum perguntou quando YoungJae se aproximou. ― Escolheu tudo?
― Do pouco que conheço do Zitao, ele ama essas coisas, me admira ele ainda não ter pedido ao Yifan um castelo. ― O ômega riu entregando a cestinha ao alfa.
― Na verdade ele pediu e o Yifan está avaliando os melhores para dar ao marido. ― Jaebum disse e olhou para o ômega. ― Eu não posso te dar um castelo, você sabe.
― Me dê bolo com geleia quando chegarmos em casa e eu estarei completamente satisfeito.
― Fechado.
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― Se eu soubesse que arrumar a casa era tão chato, não tinha casado e nem saído da casa da mamãe e do papai. ― BaekHyun reclamou tirando o pó da estante. ― Não faz nem dois meses que estamos aqui, acho que menos que isso e já tem poeira no teto.
― Você acha que casa se arruma sozinha? ― Luhan perguntou ao irmão. ― Claro que não, BaekHyun.
― Mamãe não quer vir arrumar não?
― BaekHyun! Nossa mãe não é empregada.
― Eu sei ué, mas ela sempre gostou de arrumar, sabe o que é unir o útil ao agradável? Pois é. ― BaekHyun sorriu e Luhan jogou um pano em sua cara. ― Ai amor!
― Vamos terminar logo porque você sabe que o Chanyeol sempre espirra quando tem muita poeira. ― O ômega mais velho lembrou.
― Channie disse que amanhã ele tá de folga. ― BaekHyun murmurou. ― E amanhã eu trabalho, aí vocês vão curtir o dia sem mim.
― Você esqueceu que amanhã eu irei fazer uma entrevista de emprego? ― Luhan perguntou, o mais velho da família era formado em administração.
― Ah, é mesmo. ― BaekHyun bufou. ― Porra, Chanie vai ficar sozinho.
― Ele vai dormir bem e comer bem, nosso grandão tem estado cansado e nem dormir direito ele dorme.
― Isso é verdade. ― suspirou. ― Os pais dele ligaram, sabia?
― Quando? ― Luhan estava surpreso.
― Ontem, mas ele estava no banho e você fazendo o jantar, eu atendi e como sempre foram amáveis quando ouviram minha voz. ― BaekHyun bufou. ― Eu apaguei a chamada nos registros.
― Não liga pra eles amor, estamos com o Chanyeol, estamos felizes e fazendo ele feliz.
― Eu só queria que aqueles chatos nos aprovassem e dessem ao Chanyeol essa felicidade. ― O ômega choramingou e Luhan se aproximou o abraçando e logo deixando selinhos em seus lábios.
― Fica assim não amor, um dia eles vão perceber o quanto magoaram o próprio filho por uma idiotice, Chanyeol merece muito mais do que aqueles dois queriam para ele. ― Luhan acariciou o rosto de BaekHyun. ― Vamos logo terminar de arrumar.
― Que tal a gente transar na sala? ― BaekHyun apertou a cintura do marido e Luhan revirou os olhos.
― BaekHyun arruma logo isso. ― O mais velho se afastou. ― E você lembra do que o Chanyeol disse, nada de foda sem ele.
― Merda, em plena folga e eu aqui limpando estante. ― Bufou. ― Lu, liga pra mamãe vir ajudar.
― A mamãe não é empregada.
― Eu também não sou, caralho.
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Bambam riu quando Jackson o abraçou por trás enquanto estavam embaixo do chuveiro.
― Às vezes eu te imagino grávido. ― Jackson disse passando a mão pela barriga do ômega. ― Mas aí eu lembro que não estamos preparados.
― Eu também acho, por mais que seja um sonho nosso, ainda somos novos demais para isso. ― O ômega encostou a cabeça no peito do alfa. ― temos que ir ver a casa dos meninos hoje.
― Eu vou e você vai ver suas coisas na faculdade.
― Jackie...
― Não vou fazer faculdade, estou bem assim.
― Mas seria tão bom amor.
― Não quero. ― O alfa desligou o chuveiro. ― Temos que sair.
― Por que não, Jackson?
― Bambam, eu não quero, fim. ― O alfa disse e o ômega assentiu preferindo ficar calado para não começar uma discussão. ― Desculpa amor.
― Tudo bem. ― Bambam se virou deixando um selinho nos lábios do alfa e se afastou pegando sua toalha e saindo do box.
Jackson encostou a cabeça na parede, teria que aguentar o dia todo Bambam o tratando com frieza.
•
― Olá senhora Kim. ― Yixing disse ao ver a mãe de seu noivo no restaurante do seu pai.
― Agora trabalha como garçom? ― a mulher perguntou. ― Devia imaginar a vida que daria ao meu filho.
― Como?
― Não tem dinheiro, não é um alfa de porte, eu ainda não consigo entender como deixei Junmyeon cair em suas garras. Mas que ele aprenda a viver com pouca coisa, porque eu sempre avisei para ele procurar um alfa com dinheiro e olha o que ele encontrou. ― A mulher disse e Yixing por um segundo se assustou, mas logo se recompôs. ― Junmyeon é mesmo um menino burro.
― Se eu trabalho ou não como garçom a senhora não deveria me desmerecer, é um trabalho como qualquer um. Não fale sobre Junmyeon dessa maneira e eu agradeço por ele não ter seguido o que a senhora tentou ensinar. ― Yixing disse deixando o cardápio na mesa. ― E outra coisa, eu não sou um alfa poderoso e com milhões, mas eu tenho muito a dar ao seu filho.
O alfa entregou os pedidos para um dos garçons que estavam livres e pedindo que ele desse conta por alguns minutos. Caminhou em direção a cozinha onde seu pai deveria estar preparando alguns pratos.
― Estou puto. ― Yixing disse lavando as mãos para ajudar o pai com a comida.
― O que aconteceu? Cliente chato? ― Zhang Quon perguntou ao filho.
― A mãe do Junmyeon está aí.
― Sua mãe não vai com a cara dessa mulher.
― Percebi o porquê e percebi também porque Junmyeon faz de tudo para afastá-la de nós. Mesmo assim eu ainda estou puto porque ele não me disse.
― Não fique chateado com ele, meu filho. ― Quon olhou para o filho. ― Apenas converse, não brigue.
•
― E daí se era amigo? Era preciso ficar passando a porra da mão no seu braço? ― JongIn entrou com tudo na casa com Sehun e KyungSoo o seguindo. ― Tô pouco me lixando, Sehun! Você está casado e deixar aquela coisa ficar querendo te beijar também não é normal.
― Ele é meu amigo. ― Sehun disse sem entender pra quê tudo aquilo.
Os três haviam ido para a pequena cidade próxima dali como dias atrás, dessa vez ficaram pela praça conversando quando um rapaz simplesmente chegou abraçando Sehun. O alfa mais novo não viu nada de errado nisso, nem quando o tal amigo tentou deixar um selinho em seus lábios e se não fosse por KyungSoo o chamar pedindo para ir embora, talvez aquele rapaz teria conseguido o selinho.
― Amigo que tentou te beijar na frente dos seus maridos e você agindo normalmente. ― JongIn bufou subindo para o quarto.
― Kyung, eu não fiz nada de errado. ― Sehun disse ao ômega.
― Talvez você não viu as segundas intenções do seu amigo, eu até entendo, mas não fugir do selinho que ele iria te dar? Você iria o corresponder, Sehun? ― KyungSoo perguntou de braços cruzados.
― Nós sempre nos cumprimentamos assim, eu não... Eu sinceramente não achei que iriam ficar chateados. ― Sehun disse sincero.
― Estamos casados, Sehun. ― KyungSoo se aproximou do alfa colocando as mãos envolta do pescoço dele. ― Você é meu marido e marido do JongIn.
― Eu sei. ― Sehun disse baixinho sentindo os lábios de KyungSoo tocarem nos seus devagar.
― Sabe? ― KyungSoo passou a língua pelo lábio do alfa, e Sehun assentiu meio perdido. ― Pois não pareceu.
KyungSoo se afastou e Sehun piscou algumas vezes incrédulo com o que acabou de acontecer.
― Sem beijo e sem dormir comigo. ― KyungSoo disse subindo as escadas.
― JONGIN OLHA O QUE O KYUNG FEZ!
― SEJA LÁ O QUE ELE FEZ FOI MERECIDO! ― JongIn gritou de volta.
― E outra, JongIn vai dormir comigo. ― o ômega disse e Sehun abriu a boca surpreso.
― MAS ERA O MEU DIA! ― O alfa rosnou frustrado.
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