História Soprattutto - Quaranta

KyungSoo não aguentou e acabou se despedindo de Bambam no caminho e dizendo que iria para a casa dos irmãos, estavam tão distantes nesses anos, praticamente só se viam em almoços de família ou quando conseguiam uma brecha para se falarem. O ômega ainda segurava a rosa com um pequeno sorriso no rosto, foi um gesto bonito, fazia tempo que não recebia flores assim do nada. Não que seus alfas estivessem longe, JongIn e Sehun sempre estavam lhe dando presentes e carinhos, mas aquela surpresa de receber uma flor dos maridos, ele não sabia mais como era.

 

— Lu? — KyungSoo chamou entrando na casa, a porta já estava aberta. — Baek?

 

— Vai pra casa da sua mãe, então. — KyungSoo escutou e reconheceu a voz de seu irmão Luhan. — Você acredita mais nela do que em nós.

 

— Não é assim, mas você sabe quanto tempo eu fiquei longe dela. — O ômega ouviu o cunhado dizer e ficou sem graça por estar escutando a conversa alheia.

 

— Eu sei mais do que ninguém, porque fui eu aquele que te falou para tentar se aproximar dela, você lembra na nossa viagem quatros anos atrás? Pois é, mas eu não imaginava que sua mãe fosse usar dessa aproximação para fazer do nosso casamento um inferno. — KyungSoo se sentiu mal pelo irmão, se sentiu mal até por si próprio por não estar perto dele e nem de Baekhyun. — Eu te amo, Baekhyun te ama, mas não aguentamos isso.

 

— Eu vou colocar um ponto final, você vai ver. E vai começar agora, vou ter uma bela conversa com a senhora Park. — KyungSoo escutou a voz do cunhado mais próxima e quando pensou em correr, Chanyeol apareceu. — KyungSoo? O que está fazendo aqui?

 

— Eu vim ver meus irmãos, a porta estava aberta e eu acabei entrando, eles estão? — Perguntou e Chanyeol assentiu. — Tá tudo bem? Você parece cansado.

 

— Não está, mas vai melhorar, meu casamento também. — O alfa disse e se aproximou do ômega beijando a testa dele. — Luhan está na cozinha.

 

— Obrigado. — foi andando até a cozinha encontrando o irmão sentado a mesa com as mãos no rosto. — Lu?

 

— KyungSoo! — o ômega sorriu surpreso. — Que bom te ver, meu amor.

 

— Vem cá. — KyungSoo chamou e Luhan ficou confuso, mas se levantou e foi até o irmão. — Me abraça, me aperta muito.

 

— KyungS-

 

— Chora, Lu. — O ômega disse sentindo Luhan lhe apertar. — Chora, pode chorar por tudo que tem passado nesses anos.

 

Luhan chorou enquanto KyungSoo acariciava seus cabelos.

 

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— Ele ficou com ciúmes? — Daehyun perguntou a Sehun, estavam saindo para almoçar. — Ele não sabe que é brincadeira?

 

— Eu não sei. — Sehun riu. — Mas é até legal.

 

— Você é louco. — Daehyun riu. — Seu irmão está fazendo as entrevistas para o novo secretário?

 

— Sim, Luhan continua com ele, mas como agora eu preciso de um, ele mesmo disse que vai avaliar os melhores e eu vou escolher. — O alfa disse olhando para os restaurantes da rua. — Qual você acha melhor hoje?

 

— Aquele que fomos semana passada, a carne de lá é maravilhosa. — O alfa respondeu. — Lembra daquela pessoa que eu estava conversando pela internet?

 

— Que eu acho que é um cara?

 

— É uma menina. — Daehyun disse e Sehun o encarou antes de entrar no restaurante. — Estranho, mas normal?

 

— Daehyun a gente se conhece há quase o que? Dois anos? Eu nunca te vi ficar com uma menina, você sempre gostou de homens. Mas assim, sentir atração por uma mulher não é errado cara, é comum até demais. — Sehun disse indo para uma mesa. — Não se taxe por nomes, apenas leve aquilo de que, você está no mundo para amar pessoas, independente de gêneros , cor ou nacionalidade. JongIn vive dizendo isso lá em casa quando estamos assistindo algum programa com coisas do tipo.

 

— Ela é diferente, sabe. — sorriu pegando o cardápio. — Ela me faz sorrir, e é bonita pra caralho tanto por dentro quanto por fora.

 

— Qual o nome da sua amada da internet?

 

— Young.

 

 

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— Seu currículo é maravilhoso. — JongIn disse observando a folha de papel. — Muito mesmo.

 

— Obrigado.

 

— Meu irmão nem precisa escolher, eu já decidi. — JongIn largou o papel na mesa e sorriu. — Você está contratado Kim Himchan.

 

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Já era tarde quando os irmãos chegaram em casa, haviam comido qualquer coisa, mas avisaram o marido. Sehun estava um pouco irritado com o irmão por ter escolhido seu novo secretário, mas preferiu não comentar nada, se JongIn disse que o tal ômega era maravilhoso por causa do currículo, Sehun não iria ir contra.

 

— Soo! — JongIn chamou subindo as escadas com Sehun atrás.

 

— Tô no banho, já tô saindo! — KyungSoo gritou do banheiro.

 

Os alfas entraram no quarto não demorando a tirar aqueles paletós insuportáveis, Sehun se jogou na cama e JongIn riu terminando de tirar sua roupa. KyungSoo não demorou para sair do banho enrolado em uma toalha, sorriu para os maridos.

 

— Seus olhos estão vermelhos. —  JongIn disse se aproximando do ômega. — Aconteceu alguma coisa?

 

— Não, JongIn. —  sorriu. —  Se levanta e vai tomar banho, Sehun.

 

— Nem um beijinho?

 

— Não. — KyungSoo disse e Sehun riu se levantando. — Sai de perto.

 

— Vai logo, Sehun. — JongIn disse sério e Sehun deu de ombros pegando sua toalha. — Vem, me diga.

 

— O que?

 

— KyungSoo. — O alfa sentou na cama puxando o ômega para o seu colo. — Me diga o que te fez chorar.

 

— Meus irmãos estão passando por problemas e isso mexeu comigo. — O ômega suspirou. — Não vamos passar por problemas, não é? Me promete que mesmo que não sejamos perfeitos, nosso casamento sempre será bom, porque eu vou fazer ele ser bom!

 

— Eu não posso prometer isso. — JongIn disse acariciando o rosto do marido, Sehun havia aberto a porta do banheiro e estava encostado ali observando. — Eu e Sehun vamos sempre dar o nosso melhor, mas casamento não é fácil e você sabe.

 

— Mas vamos tentar. — Sehun disse e KyungSoo se virou olhando para o alfa. — Tudo bem? Tudo que te deixar irritado, você pode falar. Conversar é sempre o melhor em um relacionamento.

 

— Ok. — O ômega suspirou. — Odeio o Daehyun.

 

— Vai começar. — JongIn murmurou baixinho enquanto KyungSoo começava a falar o que não gostava do amigo do marido e Sehun apenas ria.

 

JongIn olhou para a cômoda e ficou confuso ao ver uma rosa ali, KyungSoo não era de comprar rosas para si próprio. Deu de ombros, poderia ter ganhado dos irmãos ou até mesmo comprado, acabou fazendo uma nota mental para avisar Sehun que deveriam voltar a fazer pequenas surpresas para o ômega.

 

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Dias depois.

 

— Ele está melhor, JongIn. — Minseok disse ao alfa enquanto via KyungSoo brincando com Donghun. — Bem melhor na verdade.

 

— Fico mais aliviado, como está indo com os remédios, falta algum? — perguntou e o beta negou. — Passamos aqui agora porque eu estou levando o Kyung para o trabalho dele, mas ainda nessa semana vou pegar o Dong para dormir com a gente.

 

— Ah, ele vai adorar. — O beta sorriu. — Yugyeom está de castigo, ele ficou todo mole ao saber que o amigo não poderia vir brincar.

 

— Sehun me disse sobre isso, KyungSoo também deixou ele de castigo. — JongIn disse e Minseok riu alto. — Ele parece uma criança com o Yug, meu deus. Pior é quando a Eunwoo entra nisso, Sehun parece um louco.

 

— Não sei se acho uma pena ou eu fico feliz em Donghun não gostar de ficar brincando dessa maneira mais soltas. — O beta disse. — Jongdae te ligou?

 

— Sim, chega agora no fim de semana. Não se preocupe que nesse ano eu não faço mais ele viajar. — JongIn disse colocando a mão no peito e Minseok riu.

 

— JongIn, precisamos ir. — KyungSoo disse se aproximando com Donghun. — O tio promete te pegar nessa semana ainda.

 

— Posso papai? — Donghun perguntou e Minseok assentiu. — Deixa tábem tio Nini?

 

— Também amor, também. — Minseok corrigiu e Donghun fez um bico.

 

— Deixo amor, você vai passar o dia todo lá na nossa casa.

 

 

JongIn e KyungSoo se despediram e foram a caminho do jornal onde o ômega trabalha, JongIn estacionou o carro e se despediu do marido avisando que viria o buscar junto com Sehun. KyungSoo ainda estava pensando se tirava ou não a carteira de motorista, pois gostava de ser levado pelos maridos e as vezes voltar sozinho para casa.

 

O ômega ficou confuso ao entrar na área de revisão do jornal, foi para a sua sala e voltou para o corredor ainda confuso, Sulli que estava passando pelo corredor sorriu para o amigo.

 

— Tem gente nova. — ela disse puxando o ômega. — Ele vai trabalhar com você na parte de revisão e nas colunas.

 

— Mas não me avisaram nada.

 

— Foi ordem do senhor Jinki, não sei de nada. — ela deu de ombros. —  É aquele ali.

 

— Esse que está vindo em nossa direção? — O ômega perguntou confuso e arregalou os olhos quando Sulli riu se afastando.

 

— Você deve ser Do KyungSoo, não é? — O homem perguntou e KyungSoo assentiu devagar. — Muito prazer.

 

— Ah, é Kim Do KyungSoo. — O ômega corrigiu sem graça quando percebeu o erro do outro.

 

— Desculpe, me falaram apenas o Do. — ele sorriu. — Sou Bang Yongguk, e espero que possamos ser bons colegas de trabalho.

 

— Eu também. — sorriu sem jeito.

 

KyungSoo poderia estar louco ou imaginando coisas, mas aquele alfa era parecido com o que havia lhe dado a rosa dias atrás.