História Soprattutto - Quarantaquattro

— Um filho, Eunwoo? — Jinyoung perguntou para a pequena, estava levando a ômega mais uma vez na escola. Gostava do fato de Yifan e Zitao confiarem e deixarem Eunwoo passar um tempo a mais com ele, até porque Mark está viajando e o ômega se sente sozinho. — O tio não pode ter filho agora. 

— E por que não? — Ela perguntou apertando as alças da mochila. — Eu quero um amiguinho. 

— Você já tem vários amiguinhos. 

— Tenho não. — Fez um bico. — Faz um filho titio. 

— Eunwoo! 

— É fácil, né? Coloca na barriga e boom nasceu. — ela murmurou e Jinyoung encarou a sobrinha. — Pode me dar um amiguinho. 

— Na escola tem muitos amiguinhos, um dia eu vou ter um filho, ok? 

— Tá. — ela disse ficando séria. — Por que o senhor não quer agora? 

— Eunwoo! 

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— Papai! — Yugyeom chamou correndo pela casa. — Papai!

— Ninguém tem paz nessa casa. — Youngjae disse rindo sentado no sofá. — Tô na sala.

— Papai, eu não fui pra aula. — o pequeno Choi fez uma careta e Jaebum que estava conversando com Yixing por mensagens riu baixinho. — Por que eu não fui? 

— Porque hoje não teve aula. — O alfa disse e Yugyeom o encarou. — Estou falando sério. 

— Papai Jae.

— É verdade. — Youngjae disse rindo. — Vá limpar o rosto que está todo sujo e eu vou colocar o seu café. 

— Ele duvidou do que eu falei? — Jaebum perguntou e o ômega deu de ombros. — Precisamos mesmo afastar Sehun dele. 

— Amor, eu queria perguntar uma coisa. — Youngjae murmurou e Jaebum sorriu. — Você se sente mal ou estranho em ver o Sehun muito próximo ao Yug? 

— Não, lógico que um ciúme existe, mas eu sei que meu filho me ama e muitas vezes já largou do Sehun para ficar comigo brincando. — Jaebum disse simplesmente e Youngjae sorriu. — Yug sempre vai gostar mais dos tios, eles são os tios, animados e bagunceiros, nós como pais somos os chatos. 

— Papai. — Yugyeom apareceu correndo e parou em frente Jaebum. — Olha o meu cabelo, igual seu, sou igual o papai agora. 

O alfa olhou para YoungJae que sorriu entendendo o que o alfa queria dizer.

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— Repete que eu não entendi. — Bambam disse andando pelo quarto. — Eu acabei de acordar, porra!

— Bambam, não precisa disso. 

— Meu… Como assim ir morar na China? — perguntou e Jackson suspirou. — Temos uma vida aqui, meu trabalho, meus amigos, minha família! 

— Trabalhar para os Kim é o seu sonho? Você se formou em Nutrição e nem atua nisso. — O alfa disse sério e Bambam riu. 

— Eu gosto da área que escolhi, eu só não estou atuando porque gosto de trabalhar para os meninos e mais, quando eu quiser eu começo a trabalhar na área que me formei. Mas por enquanto eu não quero. 

— Bammie… Pensa comigo, na China tem portas não só para você como para mim. — o alfa lembrou e Bambam revirou os olhos. — Pensa com carinho, morar na China seria muito bom. 

— O que tem por trás disso? — O ômega perguntou e Jackson deu de ombros. — Antes de casar estávamos assim, depois de casados também… Pensa bem Jackson, eu não vou aguentar muito tempo. 

O ômega saiu do quarto quase quebrando a porta ao bater, Jackson se jogou na cama e bufou. Seus tios estavam errados em achar que Bambam aceitaria ir simplesmente do nada para a China. 

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— Estamos bem? — Chanyeol perguntou a Baekhyun enquanto ajudava o marido a arrumar a cozinha. 

— Não sei, estamos bem? Parecemos bem? — O ômega sorriu olhando para o alfa que bufou logo em seguida. — Lu não está então vamos colocar umas coisas na mesa. 

— Quer que eu me ajoelhe e peça perdão, eu peço amor. 

— Se ajoelhar é fácil. — O ômega suspirou. — Chanyeol, eu não queria e nem tenho o direito, mas foda-se. Se afasta ao menos um pouco da sua mãe. 

— Já me afastei, com o tapa na cara que você e o Lu me deram eu parei para perceber o quão bosta eu estava sendo em escutar minha mãe, mas você entende amor? Era minha mãe, eu queria agradá-la. 

— Eu entendo, eu realmente te entendo. Sei que aquele demônio que você chama de mãe se afastou de você porque começou a namorar comigo e com o Lu, sei que pra ela isso é um maior pecado e que você sofreu com esse afastamento. — suspirou. — Mas Chanyeol, eu sei mais ainda que ela aproveitou essa proximidade para colocar coisas na sua cabeça, você nunca esqueceu um aniversário de namoro, uma data comemorativa e do nada, nossa que dia é hoje mesmo? 

— Baek… 

— Eu entendo, eu e o Lu entendemos, mas querendo ou não, isso não é tão fácil aguentar. Eu amo você, e o que eu vou falar agora pode ser uma merda, mas… Dê valor a mim e ao Luhan, nós somos aqueles que estão te apoiando. — se aproximou do marido. — A Bíblia lá, aquele livro lá, então… Ele diz que depois de casado se esquece pai e mãe e se foca na mulher, no nosso caso homem.

— Você sabe que está falando besteira agora, não sabe? 

— Foco no que eu disse. — Baekhyun sorriu. — Agora sim, estamos bem? 

— Ainda não. — O alfa beijou a testa do ômega. — Mas vamos ficar e eu vou conquistar vocês de novo. 

— Espero mesmo, eu casei pra sempre seu merda. Não me faz te matar pra poder me casar de novo, eu li a Bíblia esses dias e lá diz que casamento é pra sempre, livro um tanto emocionante e chato, mas obrigado Deus. 

— Amor, cala a boca. 

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— Você quem deveria ir para o restaurante e não o Jaebum. — Junmyeon reclamou e Yixing riu. 

— Acabei de chegar em casa de uma viagem e você me recebe assim? — perguntou abraçando o ômega por trás. 

— Você demorou, tinha voltado e foi de novo. — O ômega tentou sair dos braços do alfa que não forçou, soltou o ômega. — Me explica. 

— Eu esqueci uma coisa e tive que voltar. — Deu de ombros passando a mão pelo rosto do ômega. — Ei, isso é verdade. Para com esse bico lindo. 

— Xing, você não está me traindo, não é? — perguntou e Yixing negou. — Sei que é besta perguntar, mas às vezes dá certo. 

— No fim de semana você vai saber porque eu voltei e cheguei mais tarde que o combinado. — O alfa beijou o queixo do ômega. — Agora, que tal você me deixar matar a saudade, uh? 

— No fim de semana. — Junmyeon sorriu afastando o alfa que riu assentindo. — Vá desfazer as malas. 

— Ei, te amo. 

— Xing… 

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— Obrigado, JongIn. — Chen agradeceu e encerrou a ligação. — Estou liberado. 

— Agradeço ao JongIn por ser um bom chefe, o pai dele não era tão liberal assim. — Minseok disse terminado de preparar a vitamina de Donghun. — Leva pra ele, amor? 

— Aconteceu alguma coisa enquanto estive viajando? 

— Claro que não. — Minseok negou virando de costa para o alfa e fingindo lavar algo na pia. — Leva logo amor, o chão está frio e o Dong tem a mania de andar descalço e depois fica de cama. 

— Minseok… — Chen murmurou encarando as costas do beta. — Volto já. 

O alfa sabia que tinha acontecido alguma coisa, tinham mais vitaminas que o normal em casa e o médico sempre entrava em contato com os dois, mas apenas desta vez lhe mandou uma mensagem dizendo ‘’os exames estão normais’’. Mas mesmo desconfiando não iria confrontar seu marido, Minseok sabia a hora de dizer, nesses anos desde que Donghun nasceu, Minseok havia mudado e se tornado um pouco mais calmo então se tivesse sido algo muito sério ele teria ligado para o marido. 

— Ei, nem pense. — Jongdae brigou quando viu Donghun pronto para pisar no chão sem as meias. — O chão está frio. 

— Pai… Posso brincar na chuva? 

— Amor, os papais já falaram com você sobre isso… — suspirou. — Agora ainda não, mas quando estiver maiorzinho vai poder sim, vai fazer natação e entrar em qualquer atividade.

— Posso mesmo? 

— Sim. — Jongdae sorriu. 

Donghun com sua baixa imunidade era impedido de fazer certas coisas para não pegar uma pneumonia ou ficar de cama. Mas como o tratamento envolvia tanto a parte da alimentação e no que ele pode ou não comer, Jongdae descobriu recentemente que o filho poderá fazer atividades e qualquer brincadeira contanto que seja algo que ajude em seu organismo. 

— De morango com iogurte? — O ômega perguntou e Jongdae assentiu entregando o copo para o filho. — Papai, pede pro papai Min não dar tomate hoje. 

— Tomate tem vitamina A que ajuda você. — o alfa explicou e Donghun fez um bico.— Donghun. 

— Mas papai, eu não gosto. 

— Te deixo escolher o jantar se comer todos os tomates na hora do almoço. — Donghun assentiu bebendo sua vitamina. 

Jongdae acabou se dando conta do que havia falado, só esperava que o filho não escolhesse nada do que não poderia comer, porque seria um sacrifício negar. 

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— Tenha um bom dia. — KyungSoo disse beijando o rosto de JongIn. — Me avise quando chegar na empresa.

— Eu só não te beijo direito aqui, porque tem pessoas do seu trabalho ali. — JongIn reclamou e KyungSoo riu. — Sehun vai mandar mensagem quando entrar no avião. 

— Estou um pouco nervoso com isso e com você sozinho na empresa. — suspirou o ômega e JongIn fez carinho em sua mão. 

— Ele volta em menos de uma semana e na empresa com a ajuda do Luhan eu vou me ajeitar. — riu. — Bom trabalho. 

KyungSoo beijou mais uma vez o marido dessa vez na boca e rapidamente, saiu do carro e antes de entrar no prédio viu Yongguk se aproximando, o alfa sem pensar duas vezes abraçou o ômega e o puxou para dentro do prédio. JongIn apertou o volante com um pouco de força, respirou fundo antes de dar partida. 

— É um amigo de trabalho, amigo de trabalho. — murmurou para si mesmo. — Não passe vergonha, não passe vergonha JongIn… Amigo de trabalho que sabe que o outro é casado e faz isso… Ok, respira. 

O alfa foi do prédio do jornal até sua empresa resmungando para si mesmo manter a calma.