História Soprattutto - Cinque

JongIn entrou em casa quase ás dez horas da noite, tinha passado o dia com Minseok e Jongdae, pois precisava ser ouvido e receber conselhos, poderia pedir aos pais, mas sabia que não ouviria a verdade e nem o que realmente queria ouvir; que ele estava fodido nisso tudo de casamento. O alfa suspirou subindo as escadas e indo para o seu quarto, não ficou nada surpreso ao ver BamBam ali arrumando suas coisas, o ômega ainda tinha essa mania de querer de algum modo retribuir o que os Kim fizeram por ele, era uma atitude bonita, mas nenhum dos Kim queria isso.

— Quantas vezes eu já conversei com você? — Kai disse e BamBam se assustou se virando para o alfa e sorrindo sem graça.

— Desculpe, eu achei melhor vir arrumar, você deixa suas coisas bagunçadas agora, nem parece mais Kim JongIn. — Bambam disse risonho e JongIn riu se aproximando e puxando o ômega para o seu peito. — O que houve, hyung?

— Se eu me casar você vai comigo?

— Posso levar o Jackson?

— Fazer o que né, você vai casar com ele. — Kai disse e Bambam riu. — Mas é sério, Bambam, quero você e o Jackson com a gente, não vamos morar aqui mesmo e eu quero vocês dois como nossos vizinhos.

— Eu vou hyung, pode ter certeza que nem eu e nem o Jackson vamos deixar você e o Sehun nessa nova jornada.

— JongIn eu t- Opa, que negocio é esse? Bambam é nosso quase irmão JongIn, já não basta me pegar vai querer pegar seu meio irmão? — Sehun disse assim que abriu a porta e JongIn revirou os olhos. — Depois vamos sentar e conversar sobre isso Kim JongIn, agora desça porque Jaebum e Youngjae estão aqui.

— O quê?

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— Eu estou um pouco curioso para ver o Kyung. — Jinyoung disse enquanto terminava de arrumar suas roupas na mala. — Vamos ficar em um apartamento?

— Por enquanto sim. — Mark disse retirando sua camisa e indo se deitar. — Yibo já conseguiu uma casa, sabe a influência que ele tem por ser um empresário e que Zitao queria logo uma casa, acho que temos amigos loucos.

— Nah, eles são apaixonados da maneira deles. — o ômega disse rindo e fechando sua mala, foi até o alfa se jogando na cama.

— O que te faz ficar curioso, Jin?

— Não sei, Baek ter falado que KyungSoo não negou e quer seguir em frente com isso, é um pouco incomum, não acha? — O ômega se ajeitou deitando a cabeça no peito do alfa que começou a fazer carinho em seus cabelos.

— KyungSoo nunca fugiu de algo que lhe foi imposto, se ele acha que é o certo ele vai fazer, mas não acho que vai ser fácil.

— Dois alfas amor, Zitao explicou melhor.

— Por isso mesmo Jin, não vai ser fácil.

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— Hyung não inventa, não dá nós quatro na cama. — KyungSoo disse e Luhan bufou. — Vou para o meu quarto, boa noite, hyungs.

— Não daria mesmo nós quatro na cama, Lu. — Baekhyun disse se aconchegando nos braços de Chanyeol. — Vem dormir, dormindo as horas passam e daqui a pouco vamos estar indo vigiar o Kyung.

— Tudo bem. — Luhan foi se deitar do outro lado de Chanyeol. — Chan dormiu rápido.

— Se cansou, não é? Veio correndo pra cá.

— Eu espero que o encontro do Kyung dê certo.

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Jaebum e Youngjae se conheceram ainda pequenos Jaebum como alfa sempre teve o lado de alfa protetor e Youngjae gostava de ser protegido pelo alfa e isso foi crescendo cada vez mais enquanto ficavam maiores, Jaebum não demorou para pedir Youngjae em namoro e o ômega aceitou na hora, porém a família de Jaebum e Youngjae não apoiavam esse tipo de relacionamento entre os dois, deveriam ser amigos e apenas isso.

Aos 18 anos Jaebum ainda morava com os pais, mas estava juntando dinheiro para comprar um lugar para ele e Youngjae, porém um tempo depois o ômega engravidou e tudo veio como uma bomba, os pais de ambos souberam e não demoraram a expulsar os dois sem perguntar para onde iriam e se tinham dinheiro para se manter. O casal conheceu JongIn e Sehun quando os irmãos fizeram uma viagem para a cidade do casal, Jaebum tinha conseguido alugar um pequeno lugarzinho para que pelo menos Youngjae conseguisse dormir, trabalhava pela tarde em uma pequena lanchonete e foi assim que fez amizade com os irmãos Kim e ainda contou a sua história com Youngjae para os dois, por isso os alfas falaram que quando o alfa precisasse poderia ir até eles que não lhe faltaria nada, nem para ele e nem para Youngjae.

— Venha, acho melhor você ir se deitar. — Bambam disse puxando Youngjae que olhou para Jaebum, o alfa assentiu e o ômega seguiu o mais novo.

— O que aconteceu? — JongIn perguntou apontando para o sofá, Jaebum se sentou.

— Seus pais não estão? — O alfa perguntou e Sehun negou. — Perdi o emprego, os remédios do Youngjae aumentaram, a gravidez dele é de risco, eu fui me humilhar pedindo dinheiro para os meus pais, não foi por mim, mas sim pelo meu filhote.

— Ei, calma. — Sehun sentou ao lado do alfa e passou a mão pelas costas dele. — JongIn e eu falamos que você poderia contar com a gente, sabe bem disso.

— Lá no fundo eu acho errado isso, mas ao ver que Youngjae precisa e o meu filhote também, eu aceito. — Jaebum disse e JongIn riu.

— Amigos não são somente para curtir ou rir, uma prova de que temos você como amigo é isso, ajudar você e o Youngjae. — JongIn disse.

— E também, o fato de escolher o nome do seu filho e também outra vez, porque eu sou o padrinho. — Sehun sorriu e Jaebum negou com a cabeça enquanto mantinha um pequeno sorriso nos lábios.

— Não se preocupe, vamos cuidar de vocês dois. — JongIn afirmou.

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Sábado.

KyungSoo já tinha trocado de roupa, Sehun havia mandado uma mensagem dizendo que ele deveria usar uma roupa simples e nada chique ou algo assim, o ômega ficou feliz por isso, não gostava de se arrumar tanto assim, colocou uma calça preta com rasgos nos joelhos e uma camisa branca, Baekhyun arrumou seu cabelo e Luhan apenas passou um pouco de maquiagem no rosto.

— Sehun chegou. — A mãe de KyungSoo avisou e o ômega assentiu.

— Não esqueça que estamos atrás de você. — Baekhyun disse.

KyungSoo saiu da casa e sorriu pequeno ao ver Sehun encostado no carro, nunca negaria que os irmãos Kim eram uma perdição, nunca poderia nem pensar em negar isso. O menor se aproximou do alfa que o deu boa noite, KyungSoo riu quando Sehun abriu a porta do carro para si, assim que o ômega entrou e fechou a porta, Sehun deu meia volta e entrou no carro logo em seguida.

— A onde vamos? — KyungSoo estava curioso e Sehun riu dando partida no carro.

— É surpresa. — Sehun olhou rapidamente para o ômega. — Você está lindo.

— Obrigado. — O ômega corou.

— Espero que goste da noite, espero mesmo porque se no fim você falar que gostou de sair com o JongIn, eu vou ficar puto. — Sehun jogou e KyungSoo riu colocando a mão na boca para não rir mais alto.

— N-não se preocupe, eu vou deixar claro de qual encontro eu gostei.

— Obrigado, sincero da sua parte.

KyungSoo sabia que não iria aguentar a noite toda, iria rir muito com Sehun.

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— Chanyeol segue ele! — Baekhyun disse.

— Estou seguindo. —  O alfa disse olhando para a rua enquanto dirigia. — Espera, estamos naquelas ruas aonde só tem boates?

— Ele vai levar o Kyung para uma boate? — Luhan perguntou do banco detrás.  — Eu vou matar esse menino.

— Chanyeol levou a gente para tomar sorvete, deixa o cara. — BaekHyun disse e Chanyeol olhou para o ômega e logo voltou a sua atenção para a rua.

— Éramos novos, lógico que Chanyeol não ia nos levar para uma festa. —Luhan defendeu o noivo e Baekhyun riu.

— Ele parou. — Chanyeol disse estacionando o carro um pouco atrás de Sehun, viu o alfa saindo com KyungSoo do carro e logo em seguida entraram na boate. — Vamos entrar?

— Vamos! — Luhan disse junto a BaekHyun.

Os ômegas junto a Chanyeol conseguiram entrar na boate depois que o alfa pagou para o segurança os deixar entrar, a boate não estava tão lotada assim, mas os ômegas não largavam os braços de Chanyeol.

— Não estou os vendo. — Chanyeol disse. — Cadê eles?

— Olha que se aquele cara de coisa pegar no corpo do meu irmão sem permissão, você mata ele, Chan. — Baekhyun disse também procurando os dois pela boate. — Porra.

— O que cara de coisa significa? — Chanyeol perguntou.

— Também não sei amor, finge que não prestou atenção. — Luhan murmurou. — Vamos nos separar, eu só saio daqui com meu irmão e o Sehun cheio de marcas na cara por causa dos meus tapas.

Os outros dois assentiram e cada qual foi para um lado, a boate não era muito grande então seria fácil o encontrarem, até no banheiro eles foram e Baekhyun quase colocou a cabeça por debaixo de uma das cabines do banheiro e se não fosse por Luhan, ele teria feito.

— Será que eles saíram? — Baekhyun perguntou ao irmão. — Cadê o Chan?

— Eu não sei Baek, vamos encontrar o Ch-O que aquela puta está fazendo? — Luhan perguntou e Baekhyun confuso seguiu o olhar do irmão, vendo um rapaz passando a mão pelo braço de Chanyeol.

— Me segura se não eu arranco a pele daquela coisa e ainda faço de casaco! — BaekHyun disse e Luhan segurou o irmão pela mão. — Chanyeol tá falando com ele? Chanyeol tá mesmo falando com ele ou é coisa da minha cabeça, Luhan?

— Tá sim, não me importa ele falar, o negocio é a porra da mão dessa puta pelo corpo do nosso alfa! — Luhan saiu puxando o irmão até o alfa e o tal rapaz. — Chanyeol?

— Oi amor. — Chanyeol sorriu para o ômega e ficou confuso quando não recebeu um sorriso de volta, o rapaz em frente a Chanyeol sorriu e se aproximou do alfa deixando um beijo na bochecha dele. — O que? — O alfa limpou o rosto bem aonde o rapaz beijou. — Licença, eu já tenho dois e não abro exceção para mais ninguém.

—Ah eu vou me vestir com a pele desse demônio! — Baekhyun disse quando o rapaz se afastou indo para a pista de dança. — Eu vou criar a linha de roupas feitas a base de pele de puta!

— Baekhyun! — Chanyeol chamou atenção do ômega. — Pare com isso.

— Você pode calar a boca. — Luhan disse ao alfa. — Vamos embora e em casa a gente conversa Chanyeol.

— O que eu fiz?

— Pergunta pra puta que eu vou matar. — BaekHyun falou olhando ainda para o rapaz que agora dançava.

— Não gaste saliva falando dessa puta Baek, agora vamos— Luhan puxou o irmão para a saída.

Chanyeol suspirou, já era ruim quando só Baekhyun tinha os ataques de ciúme, imagine quando Luhan entrava no clima também, nessas horas dava uma dor de cabeça no alfa por ter dois ômegas.

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— Eu não acredito Sehun! — KyungSoo riu enquanto Sehun dirigia agora por uma estrada, KyungSoo não fazia ideia de onde estavam. — Meus irmãos vão te matar.

— Ninguém mandou eles darem bandeira, e outra, você sabia que eles estavam nos seguindo, achei que fosse apenas meu encontro com você e não com seus irmãos e seu cunhado. — Sehun disse diminuindo a velocidade para estacionar e KyungSoo ficou confuso olhando para a janela, estava tudo escuro. — Calma, ok? Vem.

O alfa estacionou o carro e saiu dele junto com KyungSoo, foi até o ômega pegando na mão deste e o fazendo caminhar no meio do escuro, Sehun por ser alfa tinha bons sentidos e ainda sabia com a palma da mão aquele lugar. O ômega sorriu quando viu luzes, era uma casa na arvore, KyungSoo nunca tinha visto uma de perto e até achava que nunca iria ver ali, até porque não era tão comum quanto para fora do país.

— Sobe na frente, prometo não olhar para a sua bunda.

— Meu Deus, Sehun! — KyungSoo riu subindo a escada e entrando na casa, ainda desacreditado observando quadrinhos espalhados por ali, uma mesinha com comida e ao olhar para cima viu que não estava sendo iluminada por uma lâmpada e sim pela lua, pois não tinha teto. — Meu Deus.

— Gostou? Quando eu falei que ia te levar para sair, veio meio mundo duvidando do lugar e dizendo que eu ia fazer merda. — Sehun apontou para o chão e KyungSoo se sentou perto da pequena mesa, o alfa fez o mesmo. — Não confiam muito em mim.

— Como assim?

— Eu gosto de brincar demais, e quando eu falei que já sabia para onde te levar o povo começou a falar que eu ia fazer merda mesmo. — ele riu e KyungSoo ainda o encarava. — Eu queria te levar em primeiro aqui, mas como falaram que eu ia fazer merda e te levar para uma boate, eu fiz o que eles queriam e achavam.

— Não liga pra isso.

— Eu sou assim mesmo, KyungSoo. Eu brinco demais e às vezes não sei parar, espero que se acostume com o meu jeito. — Sehun disse e KyungSoo pegou em sua mão.

— Espero que se acostume com o meu. — KyungSoo sorriu apertando a mão do alfa que retribuiu o toque, nenhum dos dois sabia de onde vinha esse carinho e vontade de tocar mesmo com poucos dias de convivência. — E ah, se o encontro fosse mesmo na boate, eu não iria me importar.

Sehun sorriu.