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História Sorria sempre para mim - 2 temporada - Capítulo 24


Escrita por: BelaRecatada

Notas do Autor


Gente eu queria dar só um aviso p vocês, a 2 temporada não vai ser taaaao longa igual a primeira.

Capítulo 176 - 2 temporada - Capítulo 24


Vilu:_ Leon Vargas ! - Falei séria.

Leon:_ Ah meu Deus.E adianta falar alguma coisa pra ela? - Revirou os olhos. - Me espera que vou junto.

Vilu:_ Amor não precisa.

Leon:_ Amor eu vou tá? Já tá decidido! - Falou  firme.

Vilu:_ Tá. - Bati o pé no chão.

Leon:_ Tá! - Fez o mesmo.

Vilu:_ Tá. - Revirei os olhos.

Leon:_ Ai amor chega, vem cá vem. - Me puxou e beijou meu pescoço. - Não me faz brigar com você.. odeio fazer isso com você.

Vilu:_ Só não acho que tenha necessidade de você ir amor, mas tudo bem. Você mal entrou de férias, pensei que queria aproveitar, acordar tarde.. não sei. - Respirei fundo. - Te espero lá em baixo certo?

Leon:_ Certo.Mas ei.. - Pegou meu queixo e me fez olha-lo, colocou as mãos em minha cintura e com cuidado me girou, em seguida tirou meu cabelo da minha nuca e a beijou me fazendo se arrepiar inteira. - Bom dia amor.

Vilu:_ Bom dia. - Sorri toda boba. - Te espero lá em baixo. - Soltei beijo e desci. - Bom dia Olga. - Cheguei na sala de refeição e ela arrumava a mesa.

Olga:_ Bom dia. E ai animada?

Vilu:_ É.. vou na ONG. Estou com saudades de todos!

Olga:_ Faz tempo que não vai lá não é?

Vilu:_ Nem me fala. - Me sentei. - O Lê não deixa..

Olga:_ Ele fica preocupado né?

Vilu:_ Pra lá disso..

Olga:_ Ele sente essa necessidade de cuidar de vocês.

Vilu:_ É. - Sorri e comecei a me servir.

Olga:_ Voltam pro almoço?

Vilu:_ Ah não, vamos almoçar lá. Não precisa se preocupar com isso. - Sorriu se retirando. Eu bem que tentei esperar Leon mas não consegui, a fome foi maior.

Leon:_ Agora sim. - Antes mesmo de ouvir sua voz senti seu cheiro inalando o ambiente. 

Ele vestia uma calça jeans clara, camiseta branca, por cima uma blusa xadrez vermelha com preta que tinha as mangas arregaçadas até os músculos, calçava all star preto. 

Vilu:_ Ual! - Mordi os lábios e ele gargalhou.

Leon:_ Tô gostoso né?

Vilu:_ Não. - Falei séria e ele arregalou os olhos. - Você já é. - Enfim sorriu.

Leon:_ Eu sei, eu sei. - Sorri enquanto ele se sentava ao meu lado. - Tá tomando café filha? Tá bom né.. É bom levar algumas coisas pra você comer na viagem.

Vilu:_ Amor, é só 30 km, não dai tempo nem de sentir fome.

Leon :_ Eu te conheço.. - Riu começando a comer. 

Cerca de trinta minutos depois saim-os e como Leon agora ia comigo, ele liberou Ramalho. Liguei o som baixinho enquanto ele dava partida e coloquei o cinto.

Vilu:_ Cinto já aperta..

Leon:_ Ih é né amor? Deixa eu ajustar aqui. - Se esquivou para o meu lado e ajustou. - Tá melhor?

Vilu:_ Anham.. - Aumentei o volume do som, abaixei o vidro e coloquei o óculos, o olhei e ele sorria me olhando. Era tão bom pegar a estrada com ele, era tão natural, era tão.. a gente. - Amor você trouxe? - Fiz bico e ele riu.

Leon:_ Eu falei né. - Me passou uma sacola cheia de coisas para comer, peguei uma maça e comecei a comer enquanto ele ria. - Te conheço amor, te conheço.

Vilu:_ Mas é a Manu..

Leon:_ Conheço minha filha também. - Piscou e ajustou o óculos.

Olhei em volta e faltava pouco, voltei a olha-lo e nossa! Ele dirigia focado, bem sério, o braço forte passou a marcha do carro, seus lábios bem desenhados cantando baixinho a música.

Vilu:_ Eu casei com um Deus grego meu Deus, é isso. - Sussurrei e ele riu.

Pegou minha mão e a beijou, em seguida a colocou em colo, fomos assim até lá o que não demorou muito.

Carol:_ Tia, tia, tia, tia! - Chegou pulando nas minhas pernas, em seguida abraçou minhas pernas. - Você veio.

Vilu:_ Sim eu vim meu amor. - Sorri a olhando.

Leon :_ A titia agora não pode pegar você no colo mas eu posso. - Desceu e ela correu até ele que a pegou no colo e a encheu de beijos no rosto. - Que saudade Carol.

Carol:_ Eu também. - Grudou no seu pescoço e me olhou. - Nossa, mas ela já tá uma barriga enorme.

Leon:_ É nossa princesinha que vem aí. - Sorri acariciando minha barriga.

Carol:_ Como é o nome dela?

Leon:_ Manuela.O que você acha?

Carol:_ Eu acho lindo. - Sorrimos.

Carla:_ Ai meu Deus Carol você já está aí, me desculpa senhor Le..

Leon :_ Ah Carla pelo amor de Deus muié para de me chamar assim. - Gargalhamos. - E deixa a menina, ela não tá incomodando, nunca incomoda.

Carla:_ Violetta, meu Deus! Que barriga linda. - Se aproximou. - Posso pegar?

Vilu:_ Claro, claro. - Mal tocou e Manu chutou. - Filha..

Carla:_ Tá todo mundo doido pra ver sua barriga, vem.. - E fomos visitando todas as seções da ONG, por onde passavam-os, cumprimentavam-os todos e as crianças iam nos seguindo, no final Leon montou um time de futebol com todos e foi brincar com eles.

Subi os degraus de madeira bem conservada sentindo o cheiro das flores que habitavam aquele ambiente e vi dona Beatriz sentada e como todas as vezes ela bordava ouvindo seu rádio.

Vilu:_ Dona Beatriz? - A chamei e ela me olhou correndo, assim que me viu se levantou com certa dificuldade pela idade e veio me encontrar, quando chegou na minha frente passou a mão na minha barriga e atrás da vista cansada vi seus olhos transbordarem lágrimas. 

Não consegui falar nada, apenas a abracei bem forte e ela correspondeu. Ali lembrei de todas as vezes em que chegava até ela implorando por um conselho, por seu colo, por palavras que me passavam forças para não desistir da minha gravidez, e também lembrei de todas as vezes em que eu se quer não falava nada, e ela já chegava me falando coisas que me acalmavam como se tivesse o poder de ler meu coração. - Eu só tenho que lhe agradecer por tudo. Se eu consegui a senhora também fez parte disso.

Beatriz:_ Bobagem. - Enxugou o rosto e apontou para a cadeira de balanço de madeira, me sentei frente a ela que pegou minhas mãos e fechou os olhos, em seguida os abriu sorrindo. - A Manu foi uma criança apontada a dedo por Deus de vim para vocês. Ela já é muito amada e tenho certeza que será até os últimos segundos da sua vida, por todos. Ela vai vim com um dom que vi em poucas pessoas até hoje. O dom de acalmar o coração dos aflitos na hora certa. - A olhei sem entender e ela sorriu. - Não me pergunte como eu sei.. certas coisas a gente guarda apenas para nós mesmo.

Vilu:_ Ah dona Beatriz.. - Acariciei sua mão. - Quantos conselhos, quantas conversas, quantas histórias..

Beatriz:_ Sempre te vi como uma filha Violetta.. você sabe disso não sabe? - Concordei. - Fico feliz por ter passado o que fiz de bom na vida para alguém como você.

Vilu:_ Não.. não fala assim. Parece até que está se despedindo..

Beatriz:_ Ah querida.. aguardava ansiosa sua visita.

Vilu:_ É? - Sorri.

Beatriz:_ Vou descansar.

Vilu:_ Ah claro, quer entrar? Eu ajudo..

Beatriz:_ Não, estou bem. - Sorriu. - Olha o que fiz.. - Tirou da cesta dois sapatinhos brancos. - Essas mãos aqui cansadas que fizeram, é simples mas é de coração.. não precisa usar, mas guarde.. ficaria feliz.

Vilu:_ É lindo.. - Peguei. - Obrigada.

Beatriz:_ Uma criança que tem tudo das melhores marcas, isso aqui não é nada.

Vilu:_ Uma vez certo alguém me disse que as coisas mais lindas da vida está na simplicidade. - Ela sorriu olhando os sapatinhos.

Beatriz:_ Realmente consegui. Te ensinei tudo que aprendi. Vou descansar. - Repetiu.

Vilu:_ Dona Beatriz? Como assim?

Beatriz:_ Quer comer bolinho de chuva?

Vilu:_ É sério que tem? Mas a senhora só faz quando eu venho.

Beatriz:_ E eu sabia. - A olhei sem entender. - Certas coisas a gente guarda apenas para nós mesmo.

Vilu:_ Vem. - Dei a mão e a ajudei a se levantar, fomos para a cozinha a onde nos sentamos e comemos bolinho de chuva com seu chá preferido e como sempre; ouvindo boas histórias e delas tirando bons aprendizados, depois de lavar a louça eu me ofereci de fazer o almoço e a pedido dela fiz macarronada. Pouco tempo depois Leon se juntou na mesa com a gente.

Beatriz:_ Se eu soubesse que viria almoçar com a gente teria pedido algo mais arrumado..

Leon:_ Ah dona Beatriz para. Eu amo macarronada.. - Ela sorriu e pegou uma das mãos dele e em seguida outra minha as unindo.

Beatriz:_ Simplicidade, companheirismo, confiança, amor.. vocês foram feitos um para o outro mesmo. - Olhei para Leon que tinha o sorriso largo. - Há tanto o que enfrentar na vida ainda, e irão vencer.

Leon:_ Quando a senhora fala isso me deixa arrepiado. É lindo ouvir isso de alguém como a senhora.. que ensina tanto com o coração.

Beatriz:_ Vou descansar.. - Falou mais uma vez.

Leon:_ Ah, quer ajuda?

Beatriz:_ Hora meu rapaz, pra se descansar não precisa de ajuda. - Sorriu, nos olhamos sem entender. - Leon, canta para mim?

Leon:_ Opa, é claro. Mas eu nem trouxe violão..

Beatriz:_ Só um minuto. - Se levantou e sumiu no corredor.

Leon:_ Ela é demais não é amor?

Vilu:_ Ela é como uma mãe pra mim..

Leon:_ Pra gente não é? Por que o tanto que essa mulher ensinou e cuidou da gente não foi pouco..

Vilu:_ É.. - Sorriu.

Beatriz:_ Aqui. - Chegou com um violão antigo nas mãos.

Leon:_ Um violão cara, e ele.. nossa cara, é tão antigo, é lindo. - Olhou maravilhoso.

Beatriz:_ Era do meu falecido esposo.Ninguém tocou nele desde que ele se foi..  estava guardando para um momento especial.

Leon :_ Então guarde dona Beatriz.

Beatriz:_ Ah.. esse é um momento especial. - Leon me olhou sorrindo, fiz o mesmo. - Comemoração da existência da sua filha, e eu vou descansar. - Nos entre-olhamos e ela sorriu. - Bobagem.. cante. - Tocou nas cordas e ela descansou a cabeça na cadeira sorrindo de olhos fechados, então ele começou a cantar, cantou uma, duas, três, quatro, cinco, seis.. cantou a tarde inteira. 

Mal vimos a hora passar e quando percebi já era a noite, era hora de ir para casa. Nos despedimos de todos e como de costume; voltamos para nos despedir dela por ultimo. - Vão com Deus, todos os três.

Vilu:_ Obrigada dona Beatriz. Foi ótimo! - A abracei.

Beatriz:_ Obrigada vocês por tudo.. vou descansar.

Vilu:_ Dormir?

Beatriz:_ É.Só que agora de verdade. - Não entendi o comentário porém não revidei

Leon:_ Dona Beatriz valeu por tudo. - A abraçou.

Beatriz:_ Leon, leve pra você. - Pegou o violão e o entregou.

Leon:_ Ah.. cara que lindo.Mas eu não posso aceitar, foi do seu esposo..

Beatriz:_ Mas pertence á você.As notas combinam com seus dedos.

Leon:_ Ah! - A abraçou mais uma vez. - Obrigada.. - Beijei sua testa e ela deu tchau, entrelaçamos nossas mãos e descemos os degraus, olhei pra trás e ela sorriu grandemente.Que paz aquele ambiente, aquelas pessoas e ela me passava meu Deus. - Que dia ein amor?

Vilu:_ Pois é.. forças renovadas. - Pisquei entrando no carro e ele sorriu colocando o violão no banco de trás em seguida sentando ao meu lado. - Acho que não quero jantar. - Ele me olhou sério. - Comi bolinho de chuva demais..

Leon :_ Tem certeza?

Vilu:_ É.. - Passei a mão na barriga.

Leon:_ Comer contra vontade não faz bem também, então não vou obrigar.

Vilu:_ Ah que bom. - Passei o cinto. 

Assim como na ida, na volta também fomos ouvindo músicas e como sempre dizem "a volta sempre é mais rápida", concordo plenamente pois não demorou muito para chegar em casa.

Leon:_ Não vai querer jantar mesmo amor?

Vilu :_ Só quero tomar banho e ir pra cama amor..

Leon:_ Tudo bem, já eu subo. - Me deu um selinho.

Subi já me desfazendo do que calçava e dos acessórios, quando entrei no banheiro tirei as roupas e entrei de baixo do chuveiro, não demorei muito e já sai de lá, vesti minha roupa, penteei o cabelo e me deitei.Dei graças a Deus por Manu não está agitada aquela noite, eu estava cansada demais.Dormi logo-logo e só minutos depois senti um corpo se aproximar do meu. - Dorme, shiu.. - Acordei duas vezes durante a noite e todas as vezes para ir ao banheiro. 

Abri os olhos com certa dificuldade e diferente dos outros dias ele não estava ao meu lado e sim na poltrona no canto e me observando. Sorri grandemente.

Vilu:_ Bom dia amor..

Leon:_ Bom dia amor. - Forçou um sorriso e se sentou na cama. - Como tá? Dormiu bem? E você bebê? - Acariciou minha barriga.

Vilu:_ O que aconteceu?

Leon:_ Ah! - Pareceu lembrar de algo, ia beijar minha nuca quando o olhei.

Vilu:_ Não é por isso. Eu te conheço.. poderia ter beijado minha nuca mas ainda assim saberia que tem alguma coisa errada.

Leon:_ Amor. - Respirou fundo. - Você precisa entender que nem tudo é como a gente quer. - Falou com cuidado e se agachando na minha frente.

Vilu:_ Ham?

Leon:_ Como eu vou falar isso pra ela? Ai Deus! - Sussurrou. - Lembra que a Dona Beatriz disse que ia descansar com um sorriso no rosto. Pois é.. é assim que ela está agora. Descansando e feliz. - Ergui as sobrancelhas sem entender. - Ela.. - Engoliu em seco. - Ela se foi, amor.

Me levantei atordoada e comecei a andar de um lado para o outro enquanto ele se levantou e me olhava flito, esperando alguma reação.

Vilu:_ Não, não, não. - Sussurrei.

Leon:_ Amor. - Ele me parou e segurou em meu ombro.

Vilu:_ Não. - Neguei com a cabeça.

Leon:_ Amor! - O olhei negando. 

Vilu:_ Diz, diz pra mim que é mentira. - Supliquei.

Leon:_ E..eu sinto muito. - Abaixou a cabeça, coloquei a mão na boca tentando segurar o choro preso na minha garganta mas não aguentei, desabei a chorar e ele me abraçou, de inicio recusei tamanha dor sentia no meu coração, era como se ele tivesse levado inúmeras facadas e tentasse pulsar sem forças, mas me entreguei á aquele abraço que tanto precisava segundos depois. - Shiu.. vai passar. Eu te prometo que vai passar.

Vilu:_ Ela não Leon, por favor. Ela não.. - Ele respirou fundo e me guiou até a cama, me sentou nela e se agachou frente a mim.

Leon:_ Foi a vontade de Deus e a gente não pode fazer nada, nada pra mudar isso..

Vilu:_ Mas ela.. ela não poderia. - Comecei a chorar enquanto abaixava a cabeça.

Leon:_ Não, por favor. Calma.. - Me abraçou. - Não chora por favor. - Respirou fundo acariciando minha cabeça. - Me bate, me xinga, briga comigo, mas não chora por favor.. isso eu não posso suportar.

Vilu:_ Então faz parar, faz parar de doer..

Leon:_ Vai parar, eu te prometo que isso vai parar.

Vilu:_ Então faz. - Supliquei baixinho.

Leon:_ Quem dera tomar todas as dores que você sente, amor.Mas a vida não é assim.Só de te ver nesse estado, eu me acabo por dentro, mas você continua sofrendo.. e.. é horrível não poder fazer nada pra tirar isso dai de dentro agora, agora mesmo sabe? Mas eu te prometo que eu vou te ajudar.. - O olhei e vi que ele chorava também.Senti Manu chutar com força e foi automático levar minhas duas mãos até minha barriga.

Vilu:_ Ai. - Gemi pela dor.

Leon:_ O que foi? - Ele me olhou apreensivo. - Ai Deus, vem.. deita aqui. Vou pedir pra Olga fazer seu café e vou trazer aqui tudo bem? Você tem que descansar, ficar calma e comer direitinho.. Eu nem queria contar pra você, mas.. ia ser crueldade demais mentir pra você.

Vilu:_ Ai! - Gemi mais uma vez.

Leon:_ Tá tudo bem? Quer ir no hospital? Ah meu Deus, Olgaaaa! OLGA. 

"Vou descansar.." - 

Aquilo não saia da minha mente, fechava os olhos e a havia com um sorriso nos lábios sussurrando aquelas palavras.Coloquei a mão no rosto tentando conter o choro forte.

Leon:_ Tá doendo muito? Ai Senhor, socorro.

Vilu:_ Não.. - Neguei. - Não é a Manu, é aqui. - Apontei pro coração, ele respirou fundo e me puxou com cuidado fazendo com que eu deitasse me escorando na cabeceira da cama.

Maria:_ FILHA? CADÊ MINHA FILHA? - Ela entrou no quarto chorando desesperada, assim que me viu nos braços do Leon correu até mim, me sentei e ela me abraçou forte. - Como você tá meu amor? 

Vilu:_ Mal mãe, muito mal. - Confessei.

Maria :_ Tava tão preocupada com você. Eu sei que ela sempre foi como uma mãe pra você.. - E as lágrimas já me consumiam novamente. Vi Leon fazer gestos para ela parar de falar sobre tal assunto. A abracei forte e ela me aconchegou em seus braços. - Sempre funcionou quando você era criança, lembra? Por que não agora. - Alisou meu rosto por alguns segundos. - Brilha linda flor, teu poder venceu. Trás de volta já o que uma vez foi meu.Cura o que se feriu, salva o que se perdeu, trás de volta já.. o que uma vez foi meu. - E foi ouvindo a minha canção de ninar que ouvia todas noites antes de dormir quando criança que dormi.E o que eu realmente queria era aquilo.. que curasse oque estava ferido e salva-se o que havia perdido..

*

Poov Leon

Maria :_ Ela dormiu..

Leon:_ Ela nem comeu. - Falei completamente derrotado a olhando com o rosto ainda molhado pelas lágrimas. 

Maria:_ Leon.. você sabe o quanto a Violetta considerava a dona Beatriz não sabe? - Concordei com a cabeça. - E sabe o quanto vai ser difícil pra ela superar isso não sabe? 

Leon:_ Sei..

Maria:_ Ela precisa de você, ela precisa de mim, de todos nós, mas especialmente de você.

Leon:_ Eu sei.. e vou dar o melhor de mim pra isso.

Maria :_ Sei que sim.. - Ela sorriu de leve e observou Vilu. - Ela é forte, é guerreira, luta sem medidas, mas ela também sofre, ela também cai, ela também sofre.. - Limpou as lágrimas do rosto. - E.. uma mãe ver um filho desamparado e não poder fazer nada é a pior coisa do mundo. - Me olhou pensativa. - Hoje você não entende ainda, mas quando a Manu nascer.. você vai saber disso..

Leon:_ Eu sei.. eu já sinto isso. - Confessei. - Fiquei com medo de contar pra ela sobre a dona Beatriz, tanto por ela, como pela Manu por que sei que afetaria as duas.. eu tenho a necessidade de proteger as duas sabe? E quando eu não consigo.. eu me sinto a pior pessoa do mundo. - Respirei fundo.

Maria:_ Não fale assim.. você fez o que tinha que ser feito.

Leon:_ Odeio ver ela assim, tão frágil, chorando, triste.

Maria:_ Eu também, eu também.. - Se levantou com cuidado para não acorda-la mas foi tentativa frustada, ela se sentou assustada e segurou a mão dela firme enquanto tinha a respiração acelerada. - Tá tudo bem filha, mamãe tá aqui com você..

Leon:_ Vou pegar seu café amor, não demoro. - Ela me olhava de uma maneira tão frágil, era como se pedisse colo e ai meu Deus que dor ver ela assim. - Olga prepara o café da Vilu em uma bandeja? Vou levar pra ela na cama. - Me sentei no balcão da cozinha.

Olga :_ E..

Leon:_ Não, eu não quero comer, valeu. - Ela concordou com a cabeça e começou a arrumar a bandeja já que o café já tava pronto.

Olga:_ Desculpa perguntar mas.. como ela está?

Leon:_ Ah Olga, tá mal cara.. tá nevosa, apreensiva, ansiosa, é tanta coisa. - Passei a mão no rosto.

Olga:_  Ela vai ficar bem..

Leon:_ Assim espero. - Peguei uma rosa do vazo de vidro de cima do balcão e coloquei do lado na bandeja. - Valeu Olga ..

Olga:_ Leon.. você não tá bem não é? Você também gostava dela e..

Leon:_ Guardei minha dor pra poder curar a dela.. 

Olga:_ Força menino, você já superou tanto.

Leon:_ Valeu, de verdade . - Sorri pequeno e segui para o quarto.Do corredor já ouvi a voz dela.

Vilu:_ Mas ela não sofreu então? 

Maria:_ Não meu amor, não.. ela partiu dormindo.

Vilu:_ Ela não sofreu.. 

Maria:_ Não filha.. foi ataque fulminante, foi rápido, ela não teve nem tempo de acordar.

Leon:_ Tô entrando.. - Abri a porta com os pés por tá com as mãos ocupadas. - Olha o que trouxe pra você.. - Ergui a bandeja.

Maria:_ Olha só, que delicia filha.

Vilu:_ Eu não quero.. - Negou.

Leon:_ Amor..

Vilu:_ Eu não quero, eu não consigo, não vai descer. 

Maria:_ Mas filha olha.. - Ela apontou.

Vilu:_ Mãe não.Por favor.. - Começou a chorar.Ela tava nevosa demais cara, com tudo. - Por favor..

Leon:_ Não, não chora.. 

Maria:_ Ninguém vai te obrigar a comer filha, calma. - Ela se levantou meio sem rumo e entrou no banheiro. 

Leon:_ Cara, ela não tá bem..

Maria:_ Não mesmo.. - Ouvi o barulho da água caindo e respirei aliviado. - Eu organizei tudo do velório e do enterro então tenho que tá presente..mas não sei Leon, não acho que ela tem que ir, vai ser forte demais pra ela e ela não pode passar por emoções tão fortes assim.

Leon:_ Não, claro, claro.. eu também acho. Vai tranquila, vou ficar com ela.

Maria:_ Promete que qualquer coisa você me liga?

Leon:_ Prometo. - Assim que falei Vilu abriu a porta vestindo um roupão.

Vilu :_ Fui só esfriar a cabeça mesmo..

Maria:_ Filha, a mamãe tem que ir, mas o Leon vai ficar com você tudo bem?

Vilu:_ Você vai pro enterro né? Mãe, eu não quero ir, eu não quero ver ela assim, mãe por favor..

Maria:_ Meu Deus filha, calma, você tá tremendo, tá nevosa demais, não pode ficar assim. Pensa na sua filha.

Vilu:_ Minha cabeça vai explodir, vai explodir. - Colocou a mão na cabeça e depois me olhou. - Tudo bem mãe, vai.. - Elas se abraçaram forte, levei a sogra até a porta e depois de ouvir algumas recomendações ela foi.

Leon:_ Vamos comer? - Ela negou. - Mas amor.. hoje é dia de caminhada e precisa tá forte. 

Vilu:_ Eu não quero comer, não quero caminhar, não quero nada.. - Falou baixinho se sentando na cama. 

E nesses três dias que passaram ela realmente não comeu muito e o pouco que comeu foi pela minha insistência, não caminhou, não dormiu bem anoite, acordava assustada, tremendo, andava frágil, tudo era motivo de choro, ansiedade, só se acalmava nos meus braços e isso é quando se acalmava. E sinceramente.. ver ela assim tava acabando comigo.

Leon:_ Amor o sol tá lindo, bora tomar café lá fora?

Vilu:_ Não sei amor.. 

Leon:_ Ah por favor, faz três dias que você não sai desse quarto.

Vilu:_ Exagerado.. - Forçou um pequeno sorriso.

Leon:_ Não tô exagerando, tô? 

Vilu:_ Está..

Leon:_ Bora vai.. a Olga fez um bolo de chocolate tão bom..

Vilu:_ Não estou afim amor.

Leon :_ Mas é seu preferido.

Vilu:_ Só não estou afim.

Leon:_ Tá, mas vai ficar afim quando souber disso. Ela colocou morango em cima amor, morango, você ama morango.

Vilu:_ Ah..

Leon:_ Que carinha é essa ein? Ai amor.

Vilu :_ É só que não estou afim mesmo. - Respirei fundo.

Leon:_ Bora tomar café lá embaixo então, pelo menos?

Vilu:_ Acho que quero na cama mesmo.. e bem pouco por favor.

Leon:_ Amor chega. - Me sentei ao seu lado. - Chega disso cara.. eu sei que você tá sofrendo, eu também tô e tô em dobro, mas olha como você tá, olha como eu tô, olha como tudo tá.. a dias você não come direito, não dorme bem, não conversa muito, anda nevosa, tudo é motivo pra chorar, eu sei que não é fácil, eu sei, eu já passei por isso. Mas amor.. - Coloquei minha mão sobre sua barriga. - Olha pra nossa filha. A gente.. - Engoli em seco. - A gente.. lutou tanto, tanto pra conseguir que ela existisse e agora.. agora que ela existe, você vai deixar tudo ir pro ar? - Enxuguei as lágrimas que existiam em cair. - Não faz isso com ela, não faz isso comigo, não faz isso com você. 



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