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História Sorrows, Loves and Happiness. - Disembosom


Escrita por: hxsxkx

Notas do Autor


Bem, eu só tenho que agradecer a quem chegou até aqui e desejar uma Boa Leitura.
Espero que não desistam de mim.

Capítulo 6 - Disembosom


Fanfic / Fanfiction Sorrows, Loves and Happiness. - Disembosom

— Já vai. — disse Youngjae caminhando da cozinha para a sala, de onde vinham os barulhos de batida na porta. Youngjae a abriu e viu Bang Yong Guk parado em sua frente com uma expressão séria.

— Eu preciso falar com você.... Posso? – o mais velho  perguntou calmo.

— Falar comigo? Ahn... tudo bem, entra aí. — Respondeu Youngjae dando espaço para que o outro passasse – Pode sentar ali. – apontou para o sofá e trancou a porta atrás de si.

— Ok. Obrigado.

— Então, você disse que precisa falar comigo... Perdão, mas, eu fiz algo de errado? — Youngjae perguntou meio aflito.

— Você não fez nada de errado! E para de se desculpar comigo, por favor. —  Yong Guk respondeu com o tom irritado e ao mesmo tempo chateado.

— Des – Youngjae já ia se desculpar novamente, quando foi interrompido pelo mais velho, que colocou o dedo indicador em seus lábios fazendo-o se calar.

—  Você é mesmo difícil. — permaneceu com o dedo sobre o mais novo – A partir de agora, cada vez que me pedir desculpas será castigado.

— Castigado? – Youngjae se afastou do mais velho, assustado.

— Sim, castigado. — Yong Guk se aproximou novamente dele – E, pelos meus cálculos, se isso valesse pelas vezes que você já fez eu te castigaria muito agora mesmo. —  encarou o mais novo com um olhar provocante.

— Bang Yong Guk... — Youngjae se afastou, mas logo a distância foi novamente cortada pelo outro, que o puxou num abraço lhe dizendo algo no ouvido.

— Youngjae, não fuja de mim. – Yong Guk soltou as palavras com sua voz baixa e rouca no ouvido de Youngjae, fazendo-o estremecer.

 Youngjae ficou intacto, com os braços soltos. Então o mais velho afastou-se e o olhou nos olhos.

— Agora me ouve... Por favor. – Yongguk olhou ainda mais fundo nos olhos do mais novo – Quando eu era criança eu costumava ser atacado verbal e fisicamente por outros garotos. Eu sempre fui  muito magro e sempre tive uma aparência frágil e isso era um prato cheio para aqueles garotos... Eu dava o dinheiro do meu lanche pra eles, fazia seus deveres escolares, mas isso não bastava, então, eles me batiam. Eu era empurrado de um para o outro e eles se revezavam para “brincar” comigo. No começo, eles só me batiam, mas um dia resolveram fazer diferente.... Me cercaram e me levaram para o banheiro do colégio onde estudávamos, eu já estava “preparado” para ser espancado, quando o mais velho, chefe do grupo, me encostou na parede e começou a passar as mãos no meu rosto, aquelas mãos sujas percorreram todo o meu corpo e aquele garoto fez comigo tudo o que quis e, eu.. me senti sujo... – Yong Guk olhou para o chão com os olhos cheios de nojo e lágrimas — e depois de terminar sua brincadeira eu fui deixado naquele banheiro, caído, machucado, transtornado, assustado... E eu voltei pra casa ,já pensando no que eles poderiam fazer comigo no dia seguinte, mas quando eu cheguei e deitei na minha cama a única coisa que eu conseguia sentir era ódio.

 No outro dia eu achei que aqueles garotos me perseguiriam como sempre e até fariam coisa pior, novamente, comigo. Mas ninguém veio atrás de mim e, pela primeira vez naquele ano eu tive um dia inteiro de paz. Foi quando eu vi Zelo pela primeira vez.

 O motivo da minha paz era que o grupinho do mal do colégio havia arrumado um brinquedo novo, o aluno transferido recém chegado na escola, Choi Junhong.

 Zelo era bem alto pra sua idade, mas sua inocência e indefesa eram visíveis.

 Aqueles garotos nunca mais me incomodaram e Zelo foi quem passou a sofrer as agressões em meu lugar. Eu via , presenciava de longe as maldades que faziam com ele e era insuportável ver aquilo, eu temia que fizessem com ele o mesmo que fizeram comigo e eu não queria aquilo; ele, mais do que ninguém, não merecia ser abusado por aquele garoto imundo. Então, um dia eu vi aqueles garotos mexendo com Zelo e, finalmente criei coragem de agir. Eu bati naquele monstro até minhas mãos sangrarem e hoje eu nem sei se ele acordou depois disso, pois eu e Zelo fugimos.

 Depois disso eu decidi que não seria mais o mesmo, decidi que só seria amável com Zelo, só ele mereceria meu carinho, peguei nojo de outros garotos. Várias vezes eu quis tratar bem a todos e mostrar meu verdadeiro lado, mas eu sabia que a única maneira de me defender das pessoas era ser mau com elas, ou pelo menos achava isso.

 Agora você deve estar se perguntando o que tem a ver com tudo isso...

 Youngjae... – Yongguk chegou mais perto do mais novo começando a explica r devagar e calmamente – Desde o dia em que aquele garoto fez o que fez comigo minha cabeça virou um inferno e a única coisa que me confortava era Zelo perto de mim, mas ainda assim eu vivia num inferno comigo mesmo.  Mas aí eu conheci alguém especial. Pra mim foi especial desde a primeira vez que eu o vi. Não estou dizendo que Zelo não é especial, ele é muito especial pra mim, mas eu falo de uma maneira diferente.  Esse alguém é tão gentil, educado, cuidadoso, inteligente e... bonito. É o meu primeiro amor... Eu venho o observando há tempos, mas ele nunca percebeu.

 Mas eu criei coragem pra contar a ele sobre meus sentimentos... — O mais velho olhou fundo nos olhos de Youngjae.

— Bang Yong Guk... — e mais novo não sabia o que dizer ou fazer.

— Youngjae, desde a primeira vez que eu te vi eu o amei  como nunca havia amado alguém antes. Você me faz querer mostrar meu lado verdadeiro, me faz sorrir à toa... Se você soubesse quantas vezes eu já perdi a noção do tempo e fiquei bobo te olhando e você nem desconfiou... – Yong Guk se aproximou mais, quebrando qualquer distância entre ele e Youngjae.

 O mais novo, sem reação, olhava para ele com um olhar perdido.

— Desculpa, Youngjae, mas eu acho que já esperei demais pra fazer isto... — selou os lábios fartos, que pareciam um coração, do mais novo, que aceitou sem mover qualquer parte de seu corpo.

O mais novo não sabia direito o que fazer, pois nunca havia beijado alguém antes. O beijo era lento, doce... Youngjae dava passagem para a língua alheia, que explorava cada canto de sua boca e, pela falta de experiência, Youngjae bateu seus dentes nos do outro algumas vezes, mas logo pegou o ritmo do mais velho e as duas línguas logo estavam brincando entre si, em movimentos  lentos, porém muito provocantes.

 Yong Guk abraçou a cintura do mais novo o trazendo pra si, caminhou de costas, sem desfazer o beijo, e se sentou no sofá  fazendo o outro se abaixar automaticamente se sentando em seu colo, de frente para si. O mais velho levou uma as mãos até o pescoço do mais novo e acariciou o local, enquanto continuava a abraçar a cintura alheia com a outra mão. Youngjae acariciava os cabelos descoloridos do mais velho. Os toque de um para com o outro eram delicados e carinhosos, mas sensuais. Os estalos daquele beijo deixavam Yong Guk excitado, mas ele não iria ultrapassar com Youngjae, pelo menos agora não, porque sabia como o mais novo era e percebeu que aquele era seu primeiro beijo; queria conquistá-lo aos poucos, pra ele aquilo era o certo a fazer.

 O beijo foi ficando cada vez mais quente e agora já não era mais tão lento e delicado. Youngjae, por conta do momento, involuntariamente puxou os cabelos do mais velho, que mordeu seus lábios em resposta. Ao ter os lábios mordiscados por Yong Guk, o mais novo deixou escapar um baixo gemido, que foi ouvido pelo mais velho atiçando-o ainda mais. Yong Guk parou o beijo repentinamente, olhou para Youngjae, que estava ofegante e com os lábios avermelhados, sorriu doce e o abraçou carinhosamente. Youngjae retribuiu o abraço, afundando o pescoço no ombro do mais velho, que deitou a cabeça de lado nele. Os dois permaneceram daquele jeito por alguns minutos, até Yong Guk decidir quebrar o silêncio.

 

— Foi seu primeiro beijo, certo? – O mais velho perguntou levantando a cabeça para olhar Youngjae.

— Uhum... – o mais novo respondeu erguendo a cabeça, com as bochechas coradas.

— Tão fofo. – Yong Guk sorriu novamente; um lindo sorriso jovial e "gengival".

— Hm? – Youngjae ergueu as sobrancelhas  franzindo a testa.

— Você... você é muito fofo. Suas bochechas são fofas.

— Obrigado... — Youngjae abaixou a cabeça com um sorriso tímido.

— Você tá bravo por eu ter feito isso? Me desculpa por não te avisar... — o mais velho perguntu, olhando um tanto receoso  para Youngjae.

— Não estou bravo, estou bem... obrigado. — o mais novo olhou nos olhos do outro – Obrigado por isso. Se você não tivesse feito eu não teria feito, pois sou muito tímido. E obrigado por ser tão carinhoso.

— Você não tem que me agradecer. Eu que tenho sorte por ser a primeira pessoa a beijar você. – Yong Guk sorriu com os olhos brilhantes.



🌸


Faziam alguns dias que Junhong não estava comendo direito, por isso ficou meio fraco e, com a pancada forte que levou, ficou desacordado a tarde toda e Daehyun não parou de chorar e se culpar um minuto sequer. Cansando e com muita dor de cabeça Daehyun acabou pegando no sono e adormeceu ao lado do mais novo.

Não demorou muito para que Junhong acordasse.

— O que... – Junhong se calou ao ver o quem dormia ao lado. Daehyun, que estava acordando, se espreguiçou todo; ainda sonolento, esfregava muito os olhos, que pareciam não querer abrir.

  “Como ele é bonito... E parece tão inofensivo dormindo assim... Espera. O que  eu estou pensando? Ele não é bonito. E é bem malvado.” Junhong se irritou com os próprios pensamentos e estapeou o próprio rosto.

— Você acordou! – Daehyun conseguiu abrir os olhos e abraçou forte o mais novo. Junhong ficou intacto.

—  Você me assustou tanto! Idiota. – exclamou , apertando o abraço.

— Ahn...Desculpa. – Junhong disse num tom baixo.

— Tudo bem... – Daehyun desfez o abraço — Agora chega.

— Mas, foi você que me abraçou.

— Mas a culpa é sua! – Daehyun reclamou.

— Minha? Por quê? – o mais novo se irritou.

— Sim, sua! O susto que me deu foi tão grande que fiquei sensível... Por isso te abracei! – Daehyun disse irritado com a voz falhando – Olha, vamos apenas esquecer isso.

— Okay! É melhor eu ir embora. – Junhong ia se levantando da cama

— Não. – Daehyun puxou o braço do mais novo, fazendo-o cair deitado ao seu lado.

O mais novo olhou para Daehyun e ambas as bochechas coraram.

 Daehyun ainda segurava sua mão.

— Já tá escuro e não quero ninguém falando merda pra mim se algo acontecer com você. – o mais velho disse olhando para o teto e depois soltou a mão alheia.

— Mas... 

— Apenas fecha os olhos e fica calado — Daehyun disse vagarosamente – É só uma noite, agora dorme.

Junhong ficou confuso, mas preferiu não contrariar o outro e apenas permaneceu calado até pegar no sono.



 

— Sinto muito pelas coisas ruins que lhe fizeram. Eu nunca imaginei que você pudesse ter sofrido tanto, não passou pela minha cabeça que... — Youngjae, pelo próprio choro foi impedido de continuar a falar — Eu sinto muito.

— Youngjae, não chora, por favor. Você não tem culpa de nada, eu que fui um idiota desde o início, afastando todos de mim, inclusive você. Mas eu  estou bem e o que importa é que agora você sabe como eu me sinto e sabe que pode confiar em mim. — Yong Guk abraçou forte o mais novo e os dois ali choraram  juntos.

Passaram o resto da tarde abraçados e, ao anoitecer, Yong Guk se levantou do sofá para ir pra casa.

— Não. – Youngjae segurou uma das mãos do mais velho e apertou sem força – Fica aqui esta noite.

— Você quer que eu durma aqui? – perguntou, surpreso.

— Aham... você pode? 

— Claro. Dormirei aqui então. – Yong Guk se empolgou, mas conteve sua reação com um sorriso tímido e meio bobo.

Ainda com sua mão dada à do mais velho, Youngjae levantou do sofá e o levou até seu quarto.

— A gente dorme aqui.

— Na sua cama?

— Sim, algum problema?

— Não, tudo bem...

— Certo. Mas eu vou te pedir algo.

— Pode pedir.

— Só dormiremos juntos, nada a mais, ok? — Youngjae pediu com a cabeça baixa, corando.

— Tudo bem, não vou tentar nada durante a noite. – o mais velho rindo.

— Não ri! Eu tô falando sério. – Youngjae reclamou e sem perceber acabou fazendo bico.

— Você fica lindo assim... bravo. – Yong Guk comentou todo sorridente ao olhar para o mais novo.

— Não mude de assunto. — Youngjae retrucou bravo.

 

 Yong Guk deitou na cama sem dizer nada. Youngjae também se deitou, ficou um pouco receoso, mas logo apoiou a cabeça no peito do mais velho. Yong Guk fez carinho na cabeça do mais novo e ficou olhando-o até que ele dormisse e, depois pegou no sono também.

Poderia ser estranho, pra um "primeiro encontro", mas Youngjae se sentia confortável de estar ali, porque nunca odiou o outro, pelo contrário, seus sentimentos em relação a ele eram confusos; sabia que não deveria gostar de alguém que aparentava ser tão agressivo, pro isso decidiu não nutrir esses sentimentos, mas no fundo sempre olhou para o mais velhos com os olhos de alguém que admira à beleza alheia.




— Ei! Acorda!

— hh...

— Tem metade da cama pra você e ainda toma meu peito como travesseiro?

— Nossa, me desculpa... – o mais novo  disse baixinho, depois de ser acordado por Daehyun.

— Tudo bem. Agora sai de cima de mim – disse de forma nada paciente e o outro, corado, fez o que ele dizia.


Junhong gempre foi um tanto frágil e extremamente carente de carinho; desde quando era criança sempre dormiu com Bang Yong Guk e era acostumado a usar o peito do mais velho de apoio para si, e fazia isso inocentemente.


— Me desculpa, Daehyun — murmurou, depois de sair da cama e ficar de pé em frente ao outro – Eu não fiz por maldade.

— Ok. – o mais velho respondeu, já calmo — Já pode parar de se desculpar.

— Obrigado, hyung. – o mais novo agradeceu fazendo uma pequena mesura, com as mãos juntas como quem vai rezar.

— Sem formalidades, por favor. — debochou.

— O que eu te fiz? – Junhong perguntou olhando para o chão.

— Ahn? – Daehyun parecia  realmente desentendido.

— Por que você me trata assim, tão mal? – agora Junhong olhava profundamente em seus olhos – O que eu fiz pra me odiar tanto?

— Eu não te odeio... – Daehyun desviou o olhar de Junhong.

— Não? – o mais novo olhou com uma expressão curiosa.

— Não! É claro que eu não te odeio! –  Daehyun parecia novamente irritado.

— Se não me odeia, então por que me trata mal?

— É que...

— É que?...

— Você me deixa louco! É isso, Zelo! – exclamou num tom praticamente gritado.

—  Você me chamou de Zelo... — o mais novo ficou surpreso – Mas, como assim eu deixo você louco?

— Eu sou todo durão com todos, mas quando eu fico perto de você eu mudo, é como se eu amolecesse. Eu não gosto de me sentir assim, como se eu estivesse sendo manipulado por você – o mais velho se confessava, nervoso, com as palavras quase se atropelando.

Junhong ficou olhando para ele e não disse nada, estava confuso demais pra pensar em qualquer coisa.

 — Não me olha assim. Apenas esqueçe o que eu acabei de dizer.

— Mas...

— Certo?! – Daehyun advertiu.

— Certo.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então... Este foi o último capítulo que foi postado antes da fanfic entrar em um hiatus de 3 fucking anos. Pra quem leu até aqui, já é uma coisa maravilhosa pra mim e, por isso, peço que não desistam, pois a partir do próximo capítulo as coisas tendem a melhorar, por conta das melhorias que eu passei a fazer na minha escrita durante esse tempo.
Espero que fiquem comigo e passem a AMAR está fanfic tanto quanto eu estou amando dar continuidade é uma nova cara à ela.
Até o próximo capítulo. Espero. <3


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